Letícia Spiller: Carta-resposta aberta de alguém que gostaria de responder em lugar da Letícia Spiller

Leticia Spille
Rodrigo Constantino escreveu uma carta aberta a Letícia Spiller. Como ela certamente tem mais o que fazer e eu estou, nesse momento, de bobeira, resolvi responder por ela.
Prezado Rodrigo Constantino,
Antes de mais nada, gostaria de dizer que não admiro seu talento como escritor e também te considero muito feio (mas isso não me incomoda como aquilo). Infelizmente, você tem endossado certas ideias um tanto estapafúrdias, aplaudido regimes nefastos como o brasileiro, e criticando quem se arrepende de ter usado uma camisa com a bandeira americana no passado, sobretudo os que afirmaram que se fosse hoje usariam uma com o Che Guevara. Primeiro ponto, “prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
Ontem, a casa da Letícia, no Itanhangá foi assaltada por bandidos armados, que a fizeram refém enquanto sua filha dormia logo ao lado. Acredito que até gente como você lamenta o ocorrido, embora seja, sem dúvida, uma oportunidade para tentar usar a emoção das pessoas para impor algo que foge a razão. De fato nossa casa é nosso castelo, e se sentir inseguro nela é terrível, especialmente quando temos filhos menores morando com a gente. Rodrigo, peço que deixe de olhar para o umbigo e ver ao redor a realidade de milhões de brasileiro que nem casa têm, isso porque a lógica especulativa imobiliária impede que esses tenham seu lugar seguro. Em situações de risco, é claro que a sensação de impotência é avassaladora, mas, ao contrário de você, a grande maioria da população brasileira não tem a possibilidade de decidir se mudar de bairro, quanto mais de país. Muitos não sabem nem mesmo o que é um país. Não estou querendo dizer com isso que quem comete crime esteja correto (muito pelo contrário), apenas dizendo que usar um abalo psicológico para defender o sistema econômico me parece bastante apelativo. Use outros argumentos.
O que eu, Letícia Spiller,  gostaria, entretanto, é que você fosse capaz de fazer uma limonada desse limão que é sua retórica, ou seja, que pudesse extrair lições importantes dessa sua confusão analítica e que isso te ajudassem a transformá-lo em uma pessoa melhor, mais consciente dos reais problemas que nosso país enfrenta. Se isso acontecesse, então aquelas horas de profunda insensatez deixariam de ocupar seu tempo.
Como você certamente não sabia, sou um cientista social que estuda quase que exatamente grupos sociais com seu perfil (aproveito para lhe indicar bons livros, bem melhores do que o que escreveu recentemente, se assim desejar). Grupos sociais compostos de escritores e “intelectuais” ricos, que vivem no conforto que só a concentração de renda do capitalismo pode oferecer, protegidos pela polícia que está a seu serviço, grupos que adoram pregar o capitalismo selvagem, a competição sob a desigualdade de condições ou tratar a criminalidade como culpa exclusiva do indivíduo que a sociedade desigual produz: eis o alvo de minhas reflexões.
Essa campanha ideológica feita por escritores como você acaba tendo influência em nossa cultura, pois, para o bem ou para o mal (quase sempre para o mal), escritores são formadores de opinião por aqui. Quando um coxinha, por exemplo, abraça a privatização, ele se presta a um sistema nefasto, ignorando todo o sofrimento do povo brasileiro. Isso é algo bastante abjeto.
No Brasil, vários escritores de direita têm elogiado o sistema capitalista, beneficiando as empresas que buscam lucrar mais de forma legal, já que ela controla a política e consequentemente o legislativo que lhe proporciona legitimidade. Muitos chegaram a enaltecer empresários que contratam mão-de-obra quase escrava, cuja ação já resultou na morte de milhares de pessoas por fome e outras causas relacionadas a ela.
Pois bem: a impunidade é o maior convite ao crime que existe. Nisso concordo. Porém quando vocês tratam bandidos de colarinho branco como bem feitores da sociedade, como se fossem intocáveis, como se esses não tivessem culpa da existência da pobreza e que esta não é um mal que afeta outras esferas da sociedade estão sendo coniventes com a situação que nos encontramos. Nisso não tenho como concordar.
Pense nisso, Rodrigo. Gostaria de perguntar uma coisa: quando você se viu ali, escrevendo a carta a Letícia Spiller, com sua cabecinha confusa, com armas de tinta apontadas para a cabeça dos leitores, você realmente acreditou que estava falando algo que tenha sentido real? Ou você escreveu para que o texto fossem aceito em uma revista que não faz mais do que isso?
Tio Sam, que você parece idolatrar por falta de conhecimento, achava que era absolutamente justo explorar a força de trabalho e os países vizinhos (basta olhar para a América Latina). Afinal, o capitalismo é isso: tirar dos que não têm para dar aos que têm muito, como se alguém ganhasse sem alguém perder. Você se enxerga como um serviente dos exploradores? Ou acha que seus argumentos marcados pelo “olhar ao umbigo” colabora para a felicidade da maioria da sociedade?
Nunca é tarde para aprender, para tomar a decisão correta. Por isso, Rodrigo, faço votos para que esse momento de insensatez que você teve se transforme em um chamado para uma mudança. Abandone a direita caviar e qualquer extremismo (entre o branco e o preto há uma escala infinita de cinzas), pois ela não presta, é hipócrita por ser extremista, e chega a ser cúmplice desse tipo de crime que milhares de pessoas são vítimas. Saia das sombras do capitalismo selvagem e passe a defender um mundo mais justo, humano e igual, o fim da impunidade e o combate ao crime, sobretudo o político, e a nobre missão dos que se colocam no lugar dos menos favorecidos.
Eu, Letícia Spiller, Não te espero de um “lado de cá”, pois o endeusamento da ideia de “lados” só interessa aos políticos partidárias. Quem sabe passa a desejar ser, de fato, “altruísta” com base na realidade social. Será bem-vindo, como tantos outros que já acordaram e tiveram a coragem de reconhecer o enorme equívoco das lutas de classe no formato que temos hoje, sobretudo em países tão desiguais como o Brasil.
Um abraço,
Cristiano Bodart
Ops: não sou comunista nem socialista, apenas alguém que conhece a face do sistema capitalista. Alguém que, como o saudoso e sano Milton Santos, pensa que carecemos de um outro capitalismo, uma outra globalização. Já ia me esquecendo: odeio caviar.

Cristiano Bodart

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Centro de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Pesquisador do tema "ensino de Sociologia". Autor de livros e artigos científicos.

52 Comments

    • Luciano Fernandes, sua resposta a respeito da Veja está baseada apenas em preconceito e mostra sua falta de capacidade de análise crítica. Dizer que a revista que tem mais que a soma da venda da Época e da Istoé juntas não tem credibilidade?! Nenhum veículo de comunicação é perfeito. Mas para criticá-los de um ponto de vista superficial é, no mínimo preconceito, ou por tendencia ideológica.

    • Se escrevesse para a Carta Capital não teria mais credibilidade e acredito que estaria sendo cúmplice de uma ideologia que arruinou lugares antes bem melhores, como Venezuela e Argentina e em pleno curso no Brasil. Se o capitalismo que a esquerdalha combate é ruim, o que dizer do terra arrasada que dua esquerda já semeou pelo mundo afora, defendida por apaniguados de governos populistas, cujo "amor pelo povo", no Brasil, já ficou bem evidente em coisas como mensalão e petrolão. A esquerda e sua inconfundíveis hipocrisia, mentiras e falácias só serve para fazer barulho e semear a desordem. Não é exemplo e nem solução para nada que pretenda ser decente. O que se vê no Brasil de hoje é um exemplo perfeito dela.

  1. Prezado Cristiano Bodart, se voce não é socialista, nem comunista e, pelo visto, odeia caviar de direita, só lhe resta o caviar oposto (ainda que voce odeie caviar), até porque não dá para não gostar de "nada" e escrever tanta asneira lustrosa. Voce é um tremendo demagogo.

    • Prezado Carlos, em poucas palavras é sempre difícil dizer em que "lado" nos encontramos, principalmente porque dependerá sempre do referencial usado pelo outro. Entre Karl Marx e Adam Smith existem milhares de outras posição. Como escrevi no texto, "entre preto e branco, há uma escola infinitas de cinza". Se eu fosse procurar um teórico único para dizer que estou alinhado com ele, seria isso impossível, embora alguns pensamentos teóricos possam se alinhar ao que penso, dentre eles a ideia de que não carecemos de um socialismo, mas de um outro capitalismo menos feroz. Nessa direção temos o Milton Santos e o próprio Keynes. Se isso é ser de direita ou de esquerda, dependerá de seu ponto de referência. Bourdieu, certa vez disse a um jornalista que o perguntou se ele era de esquerda e ele disse algo do tipo: "Se ser de esquerda é questionar as injustiça, certamente serei".

    • hahahahahahahaha O sujeito condena as privatizações – feitas até pelo governo do PT – e apresenta todos os clichês e cacoetes de opinião de um socialista, e diz que não é socialista… hahahaahahah Não… você é só mais um marxista cultural alienado pelo discurso influente. Milton Santos também era socialista, de fato, como o livro de entrevistas dele deixa claríssimo. Ele, inclusive, aponta o colega Josué de Castro como igualmente socialista – só que sem declarar, ou seja, criptocomunista. Esses criptocomunistas são fantásticos! Você é um gênio incrível, estrombólico! Só que não…

  2. Ah vah… bateu, bateu… e não disse nada velho… Desculpe, mas como vc fez seu texto, vc saiu do foco que o Rodrigo falou, que era o fato da Leticia… Vcs saem com conversa dos caras do colarinho branco… e entendi que pobre roubando é correto, devido o sistema e blá, blá, blá… e quem é empresário ao contratar uma pessoa para trabalhar (ganhando salário, como manda a lei) está errado… Se eu for na tua conversa, vou pedir demissão amanhã (pois estou sendo vítima do capitalismo) dispensar minha empregada (pois esta sendo vítima também)… e daí o que eu faço pra sobreviver??? peço um bolsa família ou como que faço pra sobreviver??? Me conta como faz que vou lutar pela classe??? Abraço e desculpe o meu pé no chão… fico no aguardo

    • Eder, as mudanças para um mundo mais justo infelizmente não depende de você mandar sua empregada embora. Depende de desvincular a política da economia, depende de medidas políticas que visam a coletividade, buscando uma divisão menos desigual da riqueza. Defender o capitalismo que temos é aplaudir o estado das coisas, e isso não faço (Já o Rodrigo se serve a isso). Dizer que não concordo com o atual estado das coisas não quer dizer que devemos implantar o comunismo. Essa leitura é fruto de extremismos, ora para a direita, ora para a esquerda. Como já disse, precisamos entender que o mundo não é dividido em "Maxs" e "smiths", no meio há ideias moderadas, na minha opinião mais harmoniosas. abs.

    • Exatamente isto, ÉDER Almeida.
      Ele falou, falou, falou e não disse nada.
      Parece aquelas discussões que tinhamos na época de calouros da faculdade.
      mas agora não somos mais calouros de faculdade, somos cidadãos que trabalham , trabalham, trabalham e não temos direito de exigir que seja aplicada a justiça.
      Somos os vilões da sociedade.

      Mas existe algo que ainda me dá alguma esperança, antes pessoas como a Rachel Sheherazadee o Constantino, gente de vergonha na cara,seriam cruxificados, hoje são apoiados pela maioria da população ( nao a maioria de vive de bolsa familia, ou maioria dos intelectuais de ONGs finaciadas com dinheiro publico, mas a maioria da populacao de bem, gente que trabalha e tá tendo seus filhos assassinados )

  3. Tentei uma, tentei duas, tentei três vezes postar meu comentário na coluna do sr. Constantino, e nada. A democrática moderação do blog e/ou do site da Veja vetou meu texto. Fico grato a você, Cristiano, por ter publicado aquilo e bem mais do que aquilo que eu pretendia ver na coluna original. Assim como é triste que a Letícia não leia a "carta", triste também que o sr. Constantino não leia a merecida resposta. Grande abraço

  4. Li as duas cartas. Votei no PT a minha vida inteira. Tinha a esperança que melhorando as condições de vida dos menos favorecidos, todos evoluiríamos para um país melhor. Não aconteceu. Hoje não vejo esperança para este país. Me animei um pouco ao ver a carta aberta que o Constantino fez.
    Sinceramente, ler esta sua carta e perceber que você não entendeu o que ele coloca, é desanimador.
    Mas não vou ficar criticando sua postura aqui no seu blog não. Acho contraditório demais, assim como acho estes pseudo-intelectuais que acreditam piamente que bandidos são vítimas da sociedade. Quem poupa os lobos, sacrifica as ovelhas.
    Abraços

  5. Li as duas cartas. Votei no PT a minha vida inteira. Tinha a esperança que melhorando as condições de vida dos menos favorecidos, todos evoluiríamos para um país melhor. Não aconteceu. Hoje não vejo esperança para este país. Me animei um pouco ao ver a carta aberta que o Constantino fez.
    Sinceramente, ler esta sua carta e perceber que você não entendeu o que ele coloca, é desanimador.
    Mas não vou ficar criticando sua postura aqui no seu blog não. Acho contraditório demais, assim como acho estes pseudo-intelectuais que acreditam piamente que bandidos são vítimas da sociedade. Quem poupa os lobos, sacrifica as ovelhas.
    Abraços

    • Eu também sou fruto da sociedade, mas não cometo crimes violentos e nem sou corrupto. Sempre votei nos que agora estão no poder, mas a resposta foi a mesma de antes. Querem um mundo melhor ? Vamos copiar "quem deu um pouco mais certo" e não estes regimes capengas que existem por ai. Por enquanto, só há discurso e nada de bom, principalmente na ilha que este pessoal tanto venera. Pimenta

  6. Primeiro o seu texto começa com um parágrafo que me lembra um pouco uma discussão de crianças. Desnecessário, ofendendo o autor de um pensamento que diverge do seu como um menino mimado. Fora isso, achei que você usou alguns argumentos que, no meu ponto de vista, são inválidos, tais como "Porém quando vocês tratam bandidos de colarinho branco como bem feitores da sociedade, como se fossem intocáveis", o que é um argumento ridículo, ja que a punição deve ser concebida para os que infligem a lei, independente de quem seja. Concordo que no Brasil não acontece assim, mas não por um mérito da direita, o PT por exemplo está envolvido no maior escândalo do país, e ninguém é punido. Culpa da direita? creio que não. Isto, no entanto, não deve atrair os bandidos de classe baixa ao status de vítimas da sociedade, e sim trazer os de colarinho branco ao mundo dos mortais, aos que são punidos. Outro ponto é quando você afirma que o capitalismo é isso "tirar dos que não têm para dar aos que têm muito" O que é outro argumento que, como você criticou, é vitimista, ao ponto de não levar em conta o numero de empregos gerados por empresários e as oportunidades de crescimento que o estado não oferece. Finalizando, gostaria de dizer que o Ad Hominem foi muito usado, o que nunca é algo bom. Chamando um homem de ignorante e de pouco estudo apenas por não ter o mesmo pensamento que o seu. Rodrigo constantino tem instrução e uma opinião diferente da sua, a qual me identifico mais com o pensamento, nem por isso te julgo ignorante por não concordar com 90% do seu texto.
    Deixo aqui minha opinião, seria legal se você respondesse.
    Abraço 😉

    • Melhor resposta até agora. Todo sistema tem seus defeitos, mas não inventaram ainda nada melhor. Por acaso os países como Finlândia e Suíça são deste regime pretendido?

  7. Prezado leitor “Utopia Br”,

    Vou tentar responder o que consegui entender de seus argumentos.

    Quando a sua afirmação de que “Primeiro o seu texto começa com um parágrafo que me lembra um pouco uma discussão de crianças. Desnecessário, ofendendo o autor de um pensamento que diverge do seu como um menino mimado” é uma questão interessante, já que gosta do que o Rodrigo escreve. Digo isso porque o texto é basicamente uma paródia do texto dele. Não sei se notou isso. Não é meu estilo de produção textual, nota-se isso facilmente nos demais textos que escrevo nesse blog.

    Você colocou que: “você usou alguns argumentos que, no meu ponto de vista, são inválidos, tais como "Porém quando vocês tratam bandidos de colarinho branco como bem feitores da sociedade, como se fossem intocáveis", o que é um argumento ridículo, ja que a punição deve ser concebida para os que infligem a lei, independente de quem seja”. É justamente esse o recado que tentei passar para o Rodrigo. Basta ler o que ele costumadamente escreve e verá que existe dois pesos e duas medidas. Lembra daquela ideia de que “bandido bom é bandido morto”? Pois é, a ideia quase sempre deixa de ter validade quando trata-se de um filhinho de papai ou um ator global, por exemplo. O mesmo ocorre com políticos e empresários sonegadores. Como você, tenho a “utopia” de ver um dia uma justiça realmente com vendas nos olhos, como idealizada em seu símbolo.

    A expressão "tirar dos que não têm para dar aos que têm muito" foi uma paródia do que o Rodrigo escreveu. Como afirmei no fim do texto, não defendo o fim do capitalismo, mas sua reformulação, sobretudo defendo o afastamento da economia da política.

    O Ad Hominem foi muito usado por uma opção de parodiar o texto do Rodrigo. Observe como ele ataca a atriz, e faz isso em um momento indelicado, penso eu.

    Por fim, agradeço pela sua opinião. Acho que isso é bom para enriquecer o debate, que é a proposta desse blog que, inclusive, está aberto a bons textos, independente de perspectivas ou posicionamentos ideológicos. Fica o convite. Abs.

  8. Muito perspicaz e pertinente esta carta resposta.
    É impressionante como o "dito cidadão respeitado(r)" se dirigiu a uma pessoa que passou por um trauma psicológico, como se estivesse fazendo um favor a ela.
    Mas a paródia irônica de Cristiano Bodart foi mas eficaz que uma resposta pontual a cada absurdo escrito na carta original.
    Como posturas iguais a essas que ainda me faço crédulo na transformação real de mundo primitivo e capitalismo selvagem em uma era de economia capitalista e coração socialista. Pois como citado pelo Cristiano todo extremo é perigoso. Não é o modelo econômico que tem de mudar e sim a nossa mentalidade a respeito da vida e de nossa sociedade. Ser mais humano é ser mais grato por toda riqueza que recebemos por nascer em um mundo com tanta coisa boa de se aprender.

    Exemplo de como somos traídos por nos apegarmos aos extremos: Pega o cara rico com o filho dele tira tudo dele (não façam isso de verdade só na sua imaginação), joga ele na África ou Sudão (num lugar bem, mas bem pobre) sem celular e quando o filho dele estiver a beira da morte por inanição de a ele a oportunidade de roubar comida, para salvar seu filho.
    Independente da escolha que ele faça, seguir os preceitos legais (não roubar) ou morais (salvar seu filho) alguém vai pagar o preço. Pois em alguns países a pena de morte é a aplicada em casos de roubo ou furto.
    Mas a lei não fala que seus filhos tem de morrer de fome ou que um pai não pode salvar seu filho. Assim como a lei não fala que temos de ignorar as que passam fome nas ruas e cidades mais pobres ou países. Quem esta errado a lei ou a interpretação dela ou melhor a aplicação dela. Pois como citado pelo Cristiano todo extremo é perigoso. Por isso vejo como valido e pertinente as ideias do Sr.Cristiano Bodart (h) . Que não sei ele concorda comigo, mas concordo com ele!!!

  9. Vários trechos de seu texto apresentaram grandes pontos desconexos, criticar um "lado" sem ao menos ver, ou defender um ponto específico, alguns pontos me parecem um pouco abrangentes.

    "Saia das sombras do capitalismo selvagem e passe a defender um mundo mais justo, humano e igual".
    – Defina "justiça", "humanidade" e "igualdade". Talvez tenhamos opiniões radicalmente opostas sobre a definição destas palavras. No meu ponto de vista, defender justiça é exatamente defender o capitalismo. Existe justiça maior do que o merecimento dos seus esforços? O sr Constantino fez uma pergunta legítima a Letícia Spiller: se a riqueza da qual ela (que faz parte de uma pequena minoria aqui do Brasil) conquistou tem frutos na exploração dos necessitados e impotentes? Ou é merecimento de seu trabalho árduo?
    O que é humano? o capitalismo é desumano? então os países não-capitalistas são humanos? Mesmo os com regimes autoritários como a Coreia do Norte e Cuba? Me defina um mundo "humano".
    Defina "igualdade". Talvez este seja um dos pontos mais controversos ao conversar com aqueles que defendem a distribuição de renda, para aumentar a igualdade. Imagino que pelo que escreveu, entenda ser uma necessidade para a igualdade a distribuição de renda, então me responda francamente, estaremos sendo igualitários, àqueles que trabalham e obtém um nível maior (consequentemente ganham mais) e tem que ser obrigados a dividir o que ganharam através de seu merecimento (criativo ou intelectual) com aqueles que não querem trabalhar?

    Não conheço o Sr., mas imagino que para escrever este texto, o senhor teve que escrever através de um computador (Intel, AMD, Nvidia), usando um sistema operacional (provavelmente Windows – Microsoft), imagino também que o Sr. deve fazer uso de um celular (Samsung, LG, Apple, etc), talvez o senhor possua um carro dentre outras coisas, que não seriam possíveis sem o tão malvado "capitalismo selvagem" do qual o senhor tanto critica.
    Mesmo este Blog, não seria possível, o senhor estar escrevendo, o Blogspot é fruto de uma empresa altamente capitalista, a Google.

    E aqui fica minha ultima reflexão. O Senhor abriria mão de todas essas modernidades e "facilidades capitalistas" para que todos pudessem ter "igualdade"?

    Um grande abraço.

    • "defender justiça é exatamente defender o capitalismo". De fato pensamos diferente. Uma leitura mais atenta perceberá que não defendo o socialismo e nem proponho o extermínio do capitalismo (repito, entre Marx e Smith há milhares de possibilidades). O que não defendo e o perfil selvagem do capitalismo. Quanto a abrir mão do que tenho por um mundo melhor, se dependesse só disso certamente teríamos um mundo melhor. A mudança infelizmente não está nas mãos do indivíduo. Felizmente nem todos nós somos tão egoísta quanto pensa. Por fim, quanto aos conceitos abrangentes, mais que natural em um pequeno texto que é uma paródia de um outro. abs e grato por comentar o texto/paródia.

  10. Boa noite, Cristiano Bodart.

    Em primeiro lugar, percebe-se pelo texto que vc é uma pessoa culta e letrada.
    O texto é muito bem escrito, parabéns.
    Mas você, como todo integrante da esquerda caviar, não escreve absolutamente nada com nada, não apresenta soluções, ou pelo menos propostas.
    Claro que vc deve ter um certo conhecimento do que está falando. Deve ter um trabalho no meio social.

    Mas, se vc me permitir, gostaria que você usasse também um pouco do seu intelecto para tentar estudar as causas que tem levado tantos e tanto cidadãos ( que não vivem de colocar a camisa do Che ) a apoiar ideias que não são mais de direita, são ideias de valores, do que é certo, de quem trabalha, de quem produz, de quem n~qao vive de bolsa familia, ou de verbas públicas que financiam uma consciência social comprada.

    • Rodrigo Campos, sua sugestão é simples, porém interessante.
      Por que a maioria das pessoas de uma sociedade defendem "ideias de valores do que é certo"?
      A pergunta parte de um pressuposto duvidoso: o que é certo e o que é errado? Não são essas definições, em grande parte, produtos culturais? Além desse caráter reprodutivista (sugiro ler Bourdieu) das percepções do mundo há o desejo do homem pela harmonia social (ai já entraríamos no campo da ética) pois dela dependerá para sobreviver. Temos que defender o que é justo, humano e saudável. Oportunidades iguais me parece um ponto que nosso sistema econômico não proporciona e por isso temos tanta gente preso a programas sociais (na atual conjuntura, ruim com eles, pior sem eles). Só indico que tome cuidado ao criticar quem vive de programas sociais, pois eles não tiveram as mesmas condições de oportunidades que nós dois tivemos. Atravessar um rio tendo por herança um barco é mais fácil do que atravessar nadando ou sobre "gravetos" doados pelo governo. Abraço e grato por colocar no blog Café com Sociologia suas considerações, pois divergências colaboram para a reflexão.

  11. Meu caro Cristiano Bodart,
    Aprecio o debate, principalmente de pessoas com alguma cultura. Infelizmente não vejo sua resposta como um debate a altura do seu alvo porque, enquanto o Rodrigo Constantino escreve sobre fatos e soluções reais, seu campo de defesa é teórico e sem alternativas concretas para apoiar suas teses. Diz-se que não se enquadra como comunista ou socialista, que suas ideias são de pesquisas de campo, que necessitamos de outro tipo de globalização, etc. Explique-se melhor, como fez seu detrator para que fique claro qual alternativa você propõe.

  12. Você escreveu: "……que vivem no conforto que só a concentração de renda do capitalismo pode oferecer", isso é papo de comunista, que vc diz não ser, duvido muito, por acaso você não gosta de conforto que o dinheiro ganho com seu trabalho lhe proporciona? ou divide tudo que ganha com quem nada produz e vive na miséria? esse papo de "anti-imperialismo" é conversa de botequim.

  13. Paulo Almeida o problema não está em eu ou você ganhar dinheiro para levarmos a vida, mas milhares de pessoas que acabam não tendo essa opção. Roth, quando me referi a "uma outra globalização" já deixei a dica de leitura. Leia Milton Santos, cuja obra é "Por uma outra globalização" e entenderá que o mundo não é reduzido a duas possibilidades únicas. Essa é a maior crítica que desejei fazer com esse texto paródia, o qual não se propõe dar conta de uma explicação teórica alternativa ao capitalismo em sua face desumana. Bom seria, Paulo, se reflexões para além da dualidade capitalismo-socialismo chegassem ao botequim… as pessoas comuns.

  14. CARACA COMO TEM GENTE OBTURADA NESTE POST. QUERIA QUE ESSE POVO FOSSE MORAR NA FINLÂNDIA UMA SEMANA PRA SENTIR A DIFERENÇA DE REALIDADE!!!!
    POVO TUDO DOIDO EM SEM NOÇÃO DA REALIDADE, ASSISTE GLOBO, LÊ VEJA, CARAS E ACHA QUE SABE O QUE É VERDADE!!! VOCÊS "ANARFAS" CULTURAIS ASSISTAM AO MENOS "MUITO ALÉM DO CIDADÃO KANE", VÃO LER TEXTOS INTERNACIONAIS A RESPEITO DA REALIDADE SOCIAL E POLÍTICA DO MUNDO, POIS REVISTINHAS QUE VOCÊS BASEIAM SUAS REALIDADES SÃO MUITO AQUÉM DA REALIDADE.
    QUEM CRITICA A INTELECTUALIDADE DO AUTOR DESTE POST DEFENDENDO Rodrigo Constantino E PARTIDOS DE DIREITA SÃO MESMO ALIENADOS DA HISTÓRIA E NÃO TEM CREDIBILIDADE NENHUMA. ESTUDEM NOSSA PRÓPRIA HISTÓRIA, PENSEM COM BASE CIENTÍFICA O QUE É ALIENAÇÃO E QUAL SUA CAUSA!!!
    PESSOA IGNORANTES SÃO QUE NEM O CAVALO DO LIVRO "A REVOLUÇÃO DOS BICHOS"-LEIA O LIVRO SE QUISER:
    http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/animaisf.pdf
    OU SE TEM PREGUIÇA DE LER:


    RECOMENDO COMO LEITURA BÁSICA, QUE COMESSEM COM ESTE TEXTO:
    http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7614

    PS: CANSEI DESSA ENXURRADA DE ASNEIRA SEM BASE!!!! ACORDA BRASIL TÃO COMENDO SEU FÍGADO, SEU RIM E VOCÊ AINDA ESTA COM SAUDADE. NÃO TEM PARTIDO BOM (É SÓ O "CAPITAL MANIPULANDO O PODER), SÓ A COLETIVIDADE VAI RESOLVER O PROBLEMA DE CORRUPÇÃO. PAREM DE CRITICAR E ASSUMA SEU POSTO NA LUTA.
    VOCÊ É PRESIDENTE DE BAIRRO? JÁ PARTICIPOU DE ALGUMA REUNIÃO DA CÂMARA DE VEREADORES DA SUA CIDADE? SABE O QUE É FEITO COM O DINHEIRO DA PREFEITURA? EU SOU MEMBRO DO CA (CENTRO ACADÊMICO) DA MINHA TURMA, SUPLENTE DA DIRETORIA DO SINDICATO DA MINHA CATEGORIA, FISCALIZO A AS DESPESAS DECLARADAS DA INSTITUIÇÃO NA QUAL TRABALHO (AUTARQUIA FEDERAL). TRABALHO EM DOIS EMPREGOS E FAÇO FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL A NOITE E TENHO TEMPO PRA CUIDAR DA MINHA PARTE E VOCÊ PARCEIRO, COMO ESTA ME AJUDANDO A COMBATER A CORRUPÇÃO E DESIGUALDADE SOCIAL! QUEREM SOLUÇÃO ESTOU MOSTRANDO PRA VOCÊS!!! SEM BLABLA DE PAPAGAIO QUE ASSISTE GLOBO E ACHA QUE SABE DE TUDO. SÓ FALE COMIGO SE VOCÊ PRATICA!!! SE NÃO AMIGO NÃO GASTE MEU TEMPO!!!

  15. Olá Cristiano Bodart, ao responder um dos cometários vc diz que.." indico que tome cuidado ao criticar quem vive de programas sociais, pois eles não tiveram as mesmas condições de oportunidades que nós dois tivemos. Atravessar um rio tendo por herança um barco é mais fácil do que atravessar nadando ou sobre "gravetos" doados pelo governo.Acho esse discurso tão falido e tão carente de verdades práticas que o sustentem.Sou micro empresária, dou emprego a um funcionário, pago meus impostos, faço a máquina girar inditeramente por que pago contador, pago a micro empresa que produz minhas embalagens, pago a micro empresa que fornece material gráfico e assim por diante como tantos outros micro empresários neste país.Mas sabe como cheguei até aqui? Trabalhando honestamente, sem ajuda de algum programa de governo e já vejo você dizendo:"ah, vc teve oportunidades que outros não tiveram.Lêdo engano, a única opção que sempre me foi dada por meus pais foi o trabalho(tive oportunidade de fazer faculdade só depois de muitos anos de trabalho).Sou filha de pais semi analfabetos, venho de uma famìlia de extrema pobreza(só não passei fome nessa vida) e no entanto minha famìlia e eu optamos pelo caminho da conquista através do trabalho e deu certo.E não venha me dizer que sou minoria, que casos assim são a excessão.Não, não acho.Penso que é só mais uma ideia que pseudo-intelectuais querem nos fazer crer.Conheço muitas famílias que como a minha optaram pela luta honesta, pelo trabalho, ainda que tudo ao redor dissesse o contrário, ainda que o chamado maior fosse o de viver de assistencialismo ( o que já virou emprego nesse país, só falta assinar a carteira de trabalho, mas nesse caso o nome da CTPS tinha que mudar né? seria chamada Carteira do Òcio) .Acredito que o que falta neste país é um conceito que ouço desde pequena dentro da minha casa: O VALOR DO TRABALHO.Enquanto perdurar o ciclo vicioso de alguns produzindo e carregando no lombo um bando de improdutivos, esses vitimizados defendidos pela velha e batida retórica"…de que não tiveram as mesmas oportunidades que você, não teremos essa sua tão sonhada justiça social.Mas te digo com toda certeza, neste caso, quem está se sentindo vítima sou eu.

    • Como cientista social faço sempre uma análise da regra e não da exceção. Eu e você somos exceções. Na regra (o que se repete) a história é diferente, basta averiguar os dados das pesquisas existentes. O próprio IPEA lançou um relatório de uma de suas pesquisas onde o texto inicia-se com uma frase do tipo: "No Brasil, quem nasce preto, pobre e na favela, tende, na sua grande maioria das vezes, viver toda a vida na pobreza". Ignorar isso seria jogar no lixo todo um histórico de pesquisas empíricas e teóricas no campo da Sociologia. Abs

    • Cara Edilene Souza, também sou filho de família de origem humilde, família retirantes do nordeste, que foram pra São Paulo em busca de trabalho. Apesar de pobres meus avós sempre foram pessoas de trabalho e criaram minha mãe e tios como disciplina. Mas por mais incrível que pareça, infelizmente para a maioria e felizmente pra nós, você e minha família são exceções a regra. Não sou eu falando é a expressão da realidade em números.
      E não são poucos números, são bastante números. A cultura familiar de autonomia não é uma coisa incentivada pelos governos anteriores. O governo que mais investiu na auto estima do brasileiro foi o governo Lula, e por si mesmo o senhor Luis Inácio Lula da Silva já se fez um ícone para os de origem mais humildes.
      Tem muita gente que não gosta do Lula, eu não gosto de muita coisa que foi feita no seus dois mandatos. Mas ele tem sua contribuição para a história de crescimento do Brasil e brasileiros, assim como o FHC.
      Mas essa cultura de autonomia ainda não é uma coisa tão forte em nós brasileiros.
      O maior exemplo de falta de autonomia que nós temos é o de autonomia política. Se o estado não anda bem dizemos que a culpa é dos políticos! E é verdade, a culpa é toda dos políticos, mas não dos eleitos e sim dos políticos que elegem! Somos todos agentes políticos!!! Se você desenvolve um trabalho gera emprego, você é exemplo!!!! Se você rouba ou sonega é um exemplo! E se temos um governo ruim, se temos políticos ruins é porque em nossa maioria ainda somos ruins, uns por falta de caráter e outros por falta de atitude.
      Parabéns pela sua história de vida.
      Ps: e desculpem aos leitores deste blog pelo desabafo do meu poste anterior, não deveria ofender a ninguém.
      por favor desconsiderem.

  16. Só sei que sou trabalhador da GM e que estou lá porque quero, se eu não estiver gostando de alguma coisa, e tiver uma outra proposta de emprego caio fora. Juntei uma graninha e acabei de comprar um GM Cruze pasme da empresa onde eu trabalho fabriquei um carro e comprei, assim como os da WV, Ford etc… e isso só o capitalismo pode dar. O pior é a Marilena Chaui ganhar 15 mil da UsP e criticar o capitalismo

  17. Não sei o que uma coisa tem a ver com outra. Sua pequena capacidade de entendimento e notória. então uma pessoa não pode falar o que pensa e deveria concordar com o que vc pensa. Somos livres, apesar de sermos respeitados por pessoas de mentes pequenas. A violência em nosso pais e uma realidade triste…………Vc escreve o que mandam vc escrever. Isso e liberdade,,,,,,,,,SO PRA VCS.

  18. A questão se resumi em ter um bom caráter ou um mal caráter. Se teve ou não boas oportunidades na vida não é justificativa para se tornar criminoso. Há incontáveis casos de pessoas com ótimas oportunidades e que partiram para o lado mal….

  19. Este jornalista Rodrigo Constantino está surfando na onda e se aproveitando da desgraça de uma figura pública para se promover. Aposto q este foi o seu post de maior repercussão.
    O tom de ironia e de dono da verdade mostra sua total insensibilidade, inflexibilidade, ignorância, daquela típica de quem tem preguiça de pensar e adota as ideias prontas q ouve por aí, alguém q não consegue fazer fazer o tal suco de um limão, ou mesmo de uma dúzia. Pessoa pequena que joga na verdade contra o país e seu povo.

  20. Sem muito, só quero dizer, Cristiano, que no seu texto-paródia, você conseguiu desconstruir toda a retórica pré-pronta, pré-fabricada, pré-moldada do Rodrigo e de todos que ele representa: um bando de cérebros preguiçosos para pensarem por si só a sociedade e seu papel nela. Então, tem a revista certa para lerem e lhes dizer o que "pensar" sobre os assuntos da semana; os enlatados bem organizadinhos para assistirem sem necessidade de reflexão alguma; as "músicas que colam", enfim. Interessante, eu acho, é que nem se percebem como peça também manipulada nessa engrenagem – esta, sim, nefasta a TODOS. Inventar um novo capitalismo, uma nova globalização, sociedades mais justas e igualitárias é condição básica para a sobrevivência humana, pois o que está aí é autodestrutivo. Mesmo que muitos achem que estamos divididos em dois lados, somos todos animais ameaçados de extinção!! Parabéns pelo texto e pelo blog. Um abraço!

  21. Eu li com atenção os dois textos (mais de uma vez) e praticamente todos os comentários a respeito. Sabe qual a conclusão que eu cheguei?? Nenhuma!! E não é porque sou ignorante ou não tenho personalidade. Simplesmente eu vi bons e maus argumentos em ambos os textos (mesmo pesando mais para o lado capitalista, mas assim como o Cristiano, de maneira reformada). Em relação ao Constantino, creio que ele disse muitas verdades, não entrando no mérito e desvirtuando um pouco o foco que ele quis demonstrar, creio que um dos grandes problemas dessa esquerda-caviar (que existe mesmo e é bem chata) é justamente achar que tudo que vem do capitalismo é ruim. É ser contra a polícia (já tive a oportunidade de realizar diversos trabalhos com foco na polícia e posso afirmar que a grande minoria é corrupta, assassina ou fascista) e contra os ricos (se saí alguma notícia que envolve filho de rico ou famoso, já chegam 'metendo o pau', sem nem analisar os fatos de forma descente – e se o resultado das análises não for contra os ricos e famosos afirmam que foi tudo armado, só porque são ricos e famosos). Por outro lado, vem a opinião em forma de paródia do Cristiano. Sem entrar em detalhes ou rebater qualquer argumento, entendo que seu texto foi uma forma de "explicar" os fatos negativos no texto do Constantino e colocar alguns outros assuntos em debate. Assim como acho a esquerda-caviar ruim, pelo que já escrevi acima, a direita-caviar é do mesmo nível. Para manter os exemplos, a polícia, por mais que seja a minoria, realmente possui assassinos, corruptos e fascistas, assim como os ricos e famosos utilizam seus status e dinheiro para ter "vantagens" em algumas situações. Acho justo que o povo, que na maioria não é rico nem famoso, se indigne com isso e generalize a situação, gerando estes debates acalorados de esquerda x direita. Contudo, assim como o Cristiano disse existe um meio termo, algo que seja utópico na nossa geração, mas que pode se iniciar na criação de nossos filhos. Não me importo se o bandido é pobre, preto, favelado e não teve condições nenhuma. Assim como não me importo se o outro bandido é rico, branco e de família de classe alta, com todas as oportunidades. O que me importa é que é tudo bandido! Não me importa se as estatais estão ou serão privatizadas ou não, desde que o serviço atenda as necessidades de todos com preços honestos. Não me interessa se é melhor um lado ou o outro, desde que eu siga minha vida com dignidade, caráter e espírito de solidariedade, sem me diminuir e parasitar os outros, além de muito trabalho, claro.

  22. Perfeito texto, amigo! Fico admirado com pessoas que ainda conseguem ter educação e usar de tanta inteligência na argumentação com um merda tão desprezível e enojante quanto esse bostantino… Só por isso já mereceria os parabéns, porque, para mim, o que esse imbecil desse gordinho bunda mole desse bostantino merece há algum tempo é MUITA PORRADA, mesmo! E o merda ainda vai importunar uma das mulheres mais lindas do mundo???!!! Só matando! Abraços!

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