Contracultura: Os hippies enquanto movimento cultural e político

Hippies

«No final da década de 1960 surgiu uma extensa subcultura nos EUA composta de jovens motivados por uma sociedade que julgavam muito materialista e tecnológica. Esse grupo incluía basicamente radicias políticos e “hippies” que tinham “abandonado” as instituições sociais dominantes. Esses jovens, homens e mulheres, rejeitavam a pressão para se acumular cada vez mais carros, casas cada vez maiores e um conjunto sem fim de bens materiais. Expressavam, em contrapartida, o desejo de viver em uma cultura baseada em valores mais humanos, dividindo amor e vivendo em harmonia com a natureza. Politicamente, essa subcultura se opôs ao envolvimento dos EUA na guerra do Vietname e pregou a resistência ao alistamento militar obrigatório.

 

Quando uma subcultura se opõe de maneira clara e deliberada contra certos aspectos da cultura maior, ela é chamada de contracultura. As contraculturas, em geral, surgem entre os jovens, que fizeram até ao momento o menor investimento na cultura existente. Na maioria dos casos, um jovem de 20 anos pode se ajustar a novos padrões culturais mais facilmente do que alguém que já viveu 60 anos seguindo os padrões da cultura dominante.»

Richard T. Schaefer, Sociologia, 6ª edição, McGraw-Hill, São Paulo, 2006, pág. 70.
Retirado de https://cadernosociologia.blogspot.com/2009/01/contracultura-o-exemplo-dos-hippies.html

Cristiano Bodart

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Centro de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Pesquisador do tema "ensino de Sociologia". Autor de livros e artigos científicos.

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