Mito da Caverna de Platão: Video didático da UNIVESP

mito da caverna
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“O mito da caverna” ou “A alegoria da caverna” é uma metáfora produzida por Platão e incluída em sua obra “República”. A República é a obra política de Platão. Ela fala sobre a política ateniense da Grécia antiga e apresenta a tese de Platão de vincular o conhecimento ao poder político. Segundo esse filósofo, somente o raciocínio pode fornecer a verdade mais profunda, que é a condição básica para um governante realizar uma boa gestão. Este livro é todo em forma de diálogo. O trecho que apresenta a alegoria da caverna é um diálogo entre o protagonista Sócrates e o personagem Glauco, inspirado nos irmãos Platão. Sócrates deu início à sua imaginação com Glauco, que disse ao jovem que surgira a situação dentro de uma caverna, que mantinha prisioneiros desde o seu nascimento.

O mito da caverna de Platão descreve os seres humanos amarrados à parede, eles só podem ver a parede paralela à sua frente. Naquela parede, antes de projetar os presos, um fogo em uma cova formou uma sombra. As pessoas caminhavam com estatuetas, gesticulavam junto ao fogo e projetavam sombras na parede frontal do prisioneiro, acreditavam que toda a realidade eram aquelas sombras, pois seu mundo restrito se limitava a essas experiências. Um dia, um dos prisioneiros foi libertado e começou a explorar o interior da caverna, descobrindo que a sombra que estava vendo era na verdade controlada pela pessoa por trás do fogo. O homem livre saiu da caverna e descobriu uma realidade mais ampla e complicada do que ele pensava quando ainda estava na prisão.

No início, o homem se sentiu muito incomodado com a luz do sol, elemento ao qual sua retina não estava acostumada, e o deixou temporariamente cego. Após um período de cegueira, essa pessoa pode ver e perceber que a realidade e o mundo inteiro são diferentes do que ela conhecia antes. Enfrentando problemas, voltando à caverna e arriscando-se a ser loucamente julgado por seus companheiros como um lunático ou descobrindo um novo mundo, esse homem aprende que o que antes sabia é fruto enganoso de sua percepção, que é limitada. O propósito de Platão é propor uma hierarquia de níveis de conhecimento. O nível inferior refere-se ao conhecimento adquirido por meio das sensações físicas (é o tipo de conhecimento que permite ao prisioneiro ver apenas as sombras), e o nível superior refere-se ao conhecimento racional adquirido fora da caverna. .

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Cristiano Bodart

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Centro de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Pesquisador do tema "ensino de Sociologia". Autor de livros e artigos científicos.

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