Poucos tem acompanhado o que a Estado de Bahrain, apoiado pelos EUA tem feito nos últimos dias.
Abaixo posto dois vídeos filmados no último dia 18 de fevereiro. Enquanto eu estava a completar mais um ano de vida, cidadãos que lutam pela democracia em Bahrain são assassinados pela polícia.
Essa situação nos leva a diversos questionamentos.
Mas um fato me chama atenção especial: Como a ideologia do Estado é forte. Tão forte que levam policiais (que antes de serem policiais, são, irmãos, amigos, filhos, pais, etc.) a assassinarem friamente seus conterrâneos em nome do Governo (acreditamdo estarem certos). Os governos comumente acusam as religiões fundamentalistas de conduzir fiéis a praticar atos violentos. Vemos que não são apenas as religiões fundamentalistas que assim agem.
Existe uma canção portuguesa muito famosa por lá que trata dessa questão: Eunucos
ouvir em: https://www.youtube.com/watch?v=3kvcRBn9HOQ. “Defende os direitos contra os pais…”
É necessário repensarmos a ideologia do Estado. Retomar as ideias de Rousseau, Hobbes e Lock parece ser o caminho inicial; Estaria sendo cumprido o “contrato social”? Estaria o Estado representando o interesse coletivo? Seria o Estado (com os políticos que temos) a instituição mais adequada para julgar entre o bem e o mal?
Fica os questionamentos…
Abaixo os vídeos (são cenas violentas)
A pergunta da enfermeira Zenab: Isto é democracia?
Parece que para os EUA é!
Lamentável a atuação dos Estados Unidos.
Deixo mais uma idagação, que parece ser simples mas importante: Se faz democracia impondo-a?
Cristiano,
A ideia de estado de Rousseau não seria justamente a legitimação de tal violência contra o indivíduo. Se bem me lembro, o contrato de Rousseau significa a renúncia de todos os direitos individuais em favor de uma classe privilegiada, "iluminada", bem ao estilo dos talebãs et caterva que se espalham Oriente afora. A ideia de unaminidade no pensamento rousseauniano significa, literalmente, pau na dissidência. Os tais contratos podem significar coisas diversas: a renúncia dos próprios direitos individuais em favor do Estado (o Leviatã) ou a noção de que o Estado é um mal necessário.
Ao citar Rousseau pensei justamente na questão de renúncia da individualidade em prol do coletivo. A questão está no Estado. Como renunciar seu "poder" e o transferir, via contrato, a um Estado que não representa-o. A ideologia do Estado cega os indivíduos a ponto de não ver essa questão (mata em nome do Estado achando que está fazendo-o para o seu bem).