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Uma breve análise do Brasil: “bancamos” a festa e nosso povo ficou de fora.

Por Cristiano Bodart

 

Nosso fracasso tem múltiplos motivos. Faltou planejamento, sobrou erros de juízes, excesso de dirigentes incompetentes e muitas vezes corruptos. A tradicional fé depositada, de quatro em quatro anos, sobre os ombros de um herói, um “salvador da pátria”, não foi até aqui suficiente. Perdemos… fracassamos…
Nossa torcida é sempre no sentido de ver o Brasil brilhar. Sobra o desejo de expressar ao mundo nosso orgulho de ser brasileiro. De desfilar com nossa bandeira sob o grito de “eu sou brasileiro, com muito orgulho”.
Erros sequenciais fizeram grande parte de nosso povo chorar, sofrer, perder a esperança, rasgar nossa bandeira… O nosso fracasso era esperado pelo mundo, mas nós acreditávamos. Sempre elegemos um herói para nos salvar, para nos trazer alegria. Depositamos nele nossa esperança, ainda que no fundo sabíamos que sozinho pouco poderia fazer. Esperávamos que com o decorrer dos dias tivéssemos uma equipe lutando pelo nosso país, nos representando com orgulho e desejo de nos trazer muitas alegrias.
A realidade é que fracassamos e isso está estampado em jornais de todo o mundo. Vimos em nosso solo juízes não cumprindo seu oficio de forma esperada e nos prejudicando. Aqueles que escolhemos para que fossem nossos “heróis” foram os únicos que encheram os bolsos, ainda que o Brasil seja, ao seu povo, um fiasco. No quesito estratégia fomos ridicularizados por diversos momentos: o domínio e a superioridade dos países do velho continente foi latente e constante. Não trata-se de um pequeno apagão: estivemos em trevas por bastante tempo. Nossa defesa nunca funcionou, por isso os europeus “pintaram e bordaram” em nossa casa. Não apresentamos nenhuma organização mínima para resistir o abuso em solo brasileiro. Não tivemos, em todo esse tempo, planejamento. Até sabíamos que nosso desejo era ser “um campeão”, mas não tivemos foco, sobrou amadorismo dentre nossos dirigentes, quando não corrupção.
O certo é que fracassamos. “Bancamos a festa” para outros e o povo brasileiro ficou de fora.
Mudanças precisam acontecer. O primeiro passo é deixar de pensar que tudo se refere ao futebol, inclusive esse texto. Estamos tratando de coisas bem mais reais e importantes: falamos de Brasil e não de CBF.
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