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Conceito de Região: uma perspectiva sociológica e crítica

Podemos abordar a região como uma construção social material e simbólica, podendo também ser vista como um espaço de dominação, onde frações do capital controlam as condições de reprodução local, sendo uma forma de classificação do território legitimado. Construção social material, pois está, quase sempre, bem delimitada fisicamente, e simbólica por ser dotada de significados subjetivos e reconhecimento social, o que possibilita a noção de unidade.

A noção de unidade compartilhada entre os atores sociais, legitima uma “realidade” que é, antes de mais nada, representação subjetiva. A região é portanto, um espaço dotado de simbolismo.
A região é um espaço onde se dar os embates sociais, estando sua identidade vinculada aos conflitos sociais ali desencadeados. A região é um segmento de território como o locus. Se limitando às relações e elementos nele localizados.

Partindo do conceito de região. É na região que ocorre o processo de dominação de frações do capital e portanto as lutas de classe. Para a sociologia esse espaço, chamado região é o palco das relações sociais, ou seja, das relações de dominação. Nesse sentido a região caracteriza-se pela manutenção/reprodução ou pela dialética das relações de dominação.
A identidade regional é inerente a formação/delimitação acerca do conceito de região. As metodologias meramente cartográficas, em sua especificidade física, têm habitualmente delimitado regiões a fim de facilitar pesquisas, produzindo consequentemente uma problemática metodológica. Essas pesquisas de caráter quantitativas podem apresentar distúrbios em seus resultados. Ao delimitar uma região para estudo é fundamental respeitar os limites socialmente constituídos e legitimados pelos grupos sociais locais em seus processos históricos de conflitos de poder.
(Bodart, Cristiano das N.)
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