Atualizado 01/05No último jogo entre Barcelona e Villarreal o jogador brasileiro Daniel Alves foi provocado por um torcedor adversário que atirou uma banana em sua direção durante a partida. Essa prática é comum na Europa, no Brasil e em outros lugares e tem uma conotação racista, uma vez que cria o esteriótipo de que o negro é simbolicamente um macaco; atríbuindo uma metáfora racista e nefasta.
s.m. Gênero de mamíferos quadrúmanos, da tribo dos monos. (Os macacos formam a subordem dos símios. Vivem nos países quentes, onde se alimentam de frutas e de sementes. São geralmente animais inteligentes, sociáveis, muito ágeis. Os grandes macacos [chimpanzé, gorila, orangotango] são atualmente os animais mais próximos do homem.) / Fig. Aquele que parodia, imita as ações dos outros: é um verdadeiro macaco. // Macaco velho, sujeito astuto, ladino, finório. // Macaco velho não mete a mão em cumbuca, quem tem experiência e astúcia não cai em esparrela. // Mandar (alguém) pentear macaco, mandá-lo às favas. // Cada macaco no seu galho, cada um deve ficar na sua condição. / &151; Adj. Fino, sagaz, astucioso. / Feio, desproporcionado. (AURÉLIO, 2014)
O processo de desconstrução ocorre do estranho para o familiar, do particular para o geral, no sentido do atributo macaco não ser apontado como algo estritamente relacionado ao negro.
Desta maneira, a imagem associada a uma ideia pejorativa e que causa um desconforto subjetivo, o qual Roland Barthes¹ que chama de punctum, tornar-se-ia
studium que está relacionado à ordem natural ou cultural.
Outro vídeo trata o assunto de maneira bem humorada, chama-se “Dancem macacos” que mostra exatamente essa percepção traz uma crítica sagas da nossa negação da humanidade:
têm as menores rendas e os menores acessos a bens e serviços? O negro nos altos escalões de poder é regra ou exceção? Não basta aderir as campanhas publicitárias estilo flashmob, é necessário transcender as hashtags: compreender a situação dos negros e pobres no Brasil e buscar soluções para que ela melhore. Como se não bastassem a banalização da coisa, é incrível como a indústria cultural consegue se apropriar da desgraça alheia para tirar proveito financeiro, seja visando a promoção pessoal ou visando lucro material direto. O preconceito que é pra ser discutido para encaminhamento das melhores soluções, acaba se banalizando no consumo.
A Minha vontade é que essa mesma disposição seja usada para a valorização da cultura afro-brasileira e na luta para garantir melhores oportunidades, serviços e condições para as pessoas, independentemente de sua cor, e ajude a superar as conclusões de Florestan Fernandes², de que estamos longe de ser uma democracia racial.
1- BARTHES Roland, A Câmara Clara, Lisboa, Edições 70, 2005, 172 p
2- FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Dominus-
USP, 1965.
E uma pena ouvir do ser humano atos racistas .porque somos todos iguais aos olhos de Deus independente de cor ,raças,
Isso mesmo.
E uma pena o ser humano agir dessa forma reafirmar o racismo.fazendo gracinhas.sabendo que é crime.somos todos iguais independente de cor ,cultura,
verdade
INACEITAVEL ESSA SITUACAO JA QUE FALAM QUE VIEMOS DO MACACO,NAO DEVERIA ACHAR QUE E PRECONCEITO ,MAS ISSO PROVA QUE O SER HUMANO NAO QUER SE COMPARAR A ESSE ANIMAL.DEVERIA TER LEIS MAIS SEVERA PARA PUNIR ESSES RACISTAS SEM NOCAO
O racismo sempre será uma pauta importante e nunca poderá ser tratada como vitimismo. Quem sofre o racismo tem a pior experiência e não tem remédio que cure essa dor.
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