Na sociologia, a competição é frequentemente estudada como uma dinâmica social que influencia as interações e relações entre indivíduos e grupos. Ela pode surgir em diferentes contextos sociais, como no mercado de trabalho, na educação, na política, nas relações familiares, entre outros. A competição pode envolver tanto uma busca individual por vantagens e benefícios como também disputas entre grupos ou classes sociais.
Por Robert E. Park & Ernest W. Burgess [Tradução de Mauro Guilherme Pinheiro Koury]
“A competição”, diz Walker (1888, p. 92), “se opõe ao sentimento. Sempre que qualquer agente econômico faz ou omite algo sob a influência de qualquer outro sentimento do que o desejo de dar o mínimo e ganhar o máximo que puder emuma troca, seja por sentimento de patriotismo, de gratidão, de caridade ou devaidade, levando-o a fazer o contrário enão aquilo a que o interesse próprio o conduziria, nesse caso, também, a regra da competição se apartou. Outra regra, com o tempo, é substituída”.
Competição é a luta que ocorre quando pessoas tentam maximizar suas vantagens às expensas dos demais. A cooperação é esforço coordenado para atingir objetivos comuns. A competição tem importância sociológica por causa dos efeitos positivos e negativos que produz na vida social. Antigos pensadores sociológicos, como Herbert SPENCER, consideravam a competição um mecanismo necessário para promover o progresso social, opinião esta que concordava em grande parte com o sistema capitalista então emergente e com sua crença na competição como um motor que promove baixos preços e alta eficiência.
de Sociologia da Emoção, v. 13, n. 38, pp. 129-138, Agosto de 2014. ISSN 1676-8965