Introdução
A alienação mental tem sido historicamente compreendida como um fenômeno médico, frequentemente reduzido a desequilíbrios orgânicos e à hereditariedade biológica. Contudo, uma leitura sociológica desse tema permite revelar as imbricações entre sofrimento psíquico, condições materiais de existência e formas de regulação social. Longe de ser um problema apenas individual, a alienação mental se articula com a estrutura social, atravessando questões de classe, gênero, profissão, cultura e controle institucional.
Com base no texto clássico de Antonio Luiz da Silva Peixoto (1837), pioneiro da psiquiatria no Brasil, esta análise busca interpretar o conceito de alienação mental para além de seus aspectos clínicos. Ao integrar essa abordagem com as contribuições das ciências sociais, compreende-se que a loucura não é apenas um distúrbio do cérebro, mas também uma resposta – muitas vezes trágica – às violências e tensões impostas pela vida social.
O contexto histórico da alienação mental
O pensamento de Peixoto, inserido no século XIX, reflete a transição entre uma explicação da loucura centrada no sobrenatural e uma tentativa incipiente de cientificização da doença mental. Seu texto, embora fundado no saber médico da época, dialoga com as preocupações sociais do Brasil imperial, especialmente no que tange à exclusão e ao abandono dos indivíduos considerados “loucos”.
Nas palavras do autor, a alienação mental seria a “moléstia que perverte e aniquila à espécie humana o que ela tem de mais precioso, tal é a ação fisiológica da inteligência” (Peixoto, 1837, p. 645). Essa definição já aponta para uma concepção centrada na racionalidade como valor máximo da modernidade – ideia que, como lembram Foucault (1972) e Goffman (1961), serve historicamente para justificar a segregação dos considerados “irracionais” ou “inadequados”.
No Brasil, esse processo de medicalização e institucionalização da loucura acompanha a consolidação do Estado nacional e do campo médico como instância reguladora. A figura do alienado passa a representar, simultaneamente, um risco à ordem e um objeto de intervenção científica. Como afirma Foucault (1972), a loucura deixa de ser tratada como desvio moral ou possessão demoníaca e se torna uma anomalia biológica, confinada nos hospícios e silenciada pelos saberes técnicos.
Alienação mental e ordem social: um fenômeno classista
Um dos aspectos centrais do texto de Peixoto é a relação entre a loucura e as condições de vida. Ele reconhece que “a classe indigente da sociedade […] é a mais atacada da loucura” (Peixoto, 1837, p. 648), antecipando o que autores como Émile Durkheim e Karl Marx mais tarde evidenciariam: a saúde mental está profundamente conectada à estrutura socioeconômica.
Durkheim (2001), ao estudar o suicídio, mostrou como a coesão social, ou sua ausência, pode ser determinante nos quadros de sofrimento psíquico. Já Marx (2011), ao abordar a alienação do trabalhador no capitalismo, traçou um paralelo entre a perda do sentido do trabalho e o esvaziamento subjetivo do indivíduo. Sob essa ótica, a alienação mental pode ser entendida não apenas como uma falha do indivíduo, mas como um sintoma das contradições sociais em que ele está inserido.
As categorias propostas por Peixoto – como a influência das profissões, das crises econômicas e das revoluções políticas na gênese da loucura – apontam para uma compreensão incipiente de que os desarranjos mentais são também produtos sociais. Profissões marcadas pela instabilidade, como as dos negociantes e militares, bem como o impacto de eventos históricos, como as revoluções, são destacados como gatilhos recorrentes. Essa leitura se aproxima do conceito contemporâneo de determinantes sociais da saúde, segundo o qual o adoecimento mental está intrinsecamente relacionado às desigualdades sociais (Minayo, 2006).
Gênero, loucura e dominação patriarcal
A perspectiva sociológica também permite compreender como o diagnóstico e o tratamento da alienação mental reproduzem desigualdades de gênero. No texto de Peixoto, observa-se uma recorrente associação entre o corpo feminino e a irracionalidade. As mulheres aparecem como mais propensas à loucura em virtude de sua “irritabilidade” e de funções corporais como a menstruação, a gravidez e o celibato (Peixoto, 1837, p. 649).
Essa visão reforça o discurso patriarcal que historicamente patologizou a subjetividade feminina, reduzindo-a à histeria e ao desequilíbrio emocional. Como analisa Rago (2004), a psiquiatria do século XIX foi fundamental na construção de um modelo de feminilidade pautado na fragilidade e na passividade, legitimando a tutela masculina sobre os corpos e mentes das mulheres.
Além disso, o celibato feminino, especialmente entre as “senhoras que envelhecem sem se casar”, é associado por Peixoto à melancolia e à monomania. Esse tipo de diagnóstico reflete não apenas uma concepção médica, mas um julgamento moral sobre a mulher que foge à norma heterossexual e reprodutiva, revelando o caráter normativo da ciência médica de então.
Alienação mental e cultura: entre razão e delírio
As análises de Peixoto sobre os sintomas da alienação mental revelam uma tentativa de categorizar as múltiplas expressões do delírio: desde os acessos maníacos até os estados de idiotismo e demência. No entanto, do ponto de vista das ciências sociais, essas manifestações não são apenas expressões clínicas, mas também culturais. Como demonstram autores como Clifford Geertz (1989), a forma como uma sociedade entende o sofrimento mental está profundamente enraizada em seus valores, crenças e práticas simbólicas.
O próprio Peixoto reconhece que a forma de governo, os costumes e as religiões influenciam o surgimento e o tipo de loucura (Peixoto, 1837, p. 651). Ele afirma, por exemplo, que em sociedades despóticas o número de alienados tende a ser menor, pois as paixões estão reprimidas. Já nas repúblicas e democracias, em que a liberdade de expressão é maior, haveria um aumento de casos. Essa observação, ainda que marcada por uma visão conservadora, pode ser interpretada à luz da sociologia como um indício da tensão entre liberdade subjetiva e controle social.
Michel Foucault (1978), ao estudar o surgimento das instituições disciplinares, argumenta que a loucura é definida não por um critério objetivo, mas pela exclusão do que escapa à norma da razão. Nesse sentido, a alienação mental funciona como um marcador do desvio, delimitando os contornos do que é considerado aceitável. Trata-se, portanto, de uma construção social e histórica do que é “normal” e do que deve ser segregado.
As figuras descritas por Peixoto – como o homem que se julga rei, o que acredita ter um demônio no corpo, ou a mulher que vê fantasmas – são representações de um delírio que, embora desprovido de lógica científica, possui coerência simbólica. Essas figuras revelam desejos, frustrações e medos que são socialmente compartilhados, ainda que reprimidos. A loucura, assim, pode ser vista como uma forma de expressão do inconsciente coletivo, como defende Erving Goffman (1961), ou como um grito de resistência simbólica à racionalidade dominante.
A institucionalização da loucura: exclusão e controle
Peixoto menciona que, no Brasil de seu tempo, não havia ainda instituições especializadas para o tratamento da alienação mental, o que dificultava a observação estatística e científica do fenômeno (Peixoto, 1837, p. 649). Essa constatação permite um diálogo direto com a análise foucaultiana do surgimento dos asilos como instrumentos de controle e disciplinarização social.
Segundo Foucault (1978), os hospitais psiquiátricos não surgem apenas como espaços de cuidado, mas sobretudo como dispositivos de exclusão. A medicalização da loucura foi acompanhada pela segregação dos “loucos”, afastando-os do convívio social e tratando sua diferença como patologia. O hospício, portanto, não apenas trata, mas também silencia, reprime e normaliza.
Essa crítica pode ser estendida à própria construção da racionalidade moderna. Como argumenta Franco Basaglia (1985), a psiquiatria clássica, ao definir a loucura como perda da razão, nega ao sujeito alienado sua capacidade de expressão, transformando-o em objeto de saber e intervenção. Ao invés de ouvir o louco, a medicina o interpreta, prescreve e isola. A loucura, que poderia ser uma forma radical de questionar a lógica social, torna-se um diagnóstico, uma patologia a ser extirpada.
Goffman (1961), em sua etnografia sobre instituições totais, mostra como os hospitais psiquiátricos moldam o comportamento dos indivíduos, retirando-lhes a identidade anterior e impondo uma nova forma de subjetivação. O “louco”, assim, é produzido institucionalmente, não apenas pela doença, mas pela forma como é tratado. Nesse sentido, a alienação mental não é apenas uma condição biológica, mas uma relação social marcada pelo poder.
Alienação e capitalismo: produção do sofrimento
Embora Peixoto não tenha formulado uma crítica direta ao modo de produção capitalista, suas observações sobre o impacto das profissões, das crises econômicas e das transformações sociais sobre a saúde mental antecipam, de certo modo, a leitura marxista da alienação. Ele menciona que profissões sujeitas ao risco e à especulação – como a dos comerciantes e militares – são mais propensas à loucura (Peixoto, 1837, p. 650), e que o crescimento da civilização aumenta os casos de alienação.
A partir da teoria marxista, pode-se interpretar esses dados como indícios de uma sociedade que adoece seus sujeitos. Marx (2011), ao analisar a alienação do trabalhador no capitalismo, mostra como o processo produtivo despoja o indivíduo de sua essência criativa, transformando-o em mero instrumento do lucro. Essa alienação do trabalho se reflete na subjetividade, gerando sentimentos de vazio, frustração e desamparo – sintomas muitas vezes medicalizados como transtornos mentais.
David Harvey (2008), ao discutir o neoliberalismo, reforça essa ideia ao apontar que a precarização das condições de vida, a competição exacerbada e a mercantilização das relações humanas contribuem para o aumento da ansiedade, depressão e outros quadros psíquicos. A alienação mental, nesse contexto, pode ser compreendida como uma reação legítima a um sistema que nega a dignidade humana em nome da eficiência e da produtividade.
Essa leitura sociológica se articula com o conceito de sofrimento ético-político, desenvolvido por Maria Rita Kehl (2009), segundo o qual muitas das dores psíquicas diagnosticadas como patologias são, na verdade, respostas subjetivas a situações de violência, desigualdade e exclusão. A medicalização da dor, portanto, esconde os conflitos sociais e individualiza o sofrimento.
A dimensão política da alienação: entre normalidade e desvio
A delimitação do que é considerado normal ou patológico sempre foi uma questão profundamente política. A partir da análise histórica de Peixoto, observa-se como os critérios de diagnóstico da alienação mental refletem não apenas uma tentativa de objetividade médica, mas também um esforço de conformar os sujeitos a um ideal de racionalidade e disciplina. Ao categorizar os loucos em maníacos, melancólicos, idiotas e imbecis, a medicina do século XIX construiu classificações que, ao mesmo tempo que buscavam tratamento, operavam como formas de controle (Peixoto, 1837, p. 647-648).
Essa lógica foi criticada com intensidade por Foucault (1972), que revelou como a ciência psiquiátrica nasce articulada a mecanismos de vigilância e punição. A loucura deixa de ser vista como diferença ou sabedoria transgressora — como em algumas tradições pré-modernas — e passa a ser rotulada como disfunção a ser corrigida. O louco não deve ser ouvido, mas silenciado; não deve ser acolhido, mas isolado.
A psiquiatria, nesse contexto, funciona como um braço do biopoder — conceito foucaultiano que se refere às técnicas de regulação da vida pelas instituições modernas. A gestão da população, o controle da natalidade, os exames médicos, a escolarização e, especialmente, a segregação dos “inaptos” fazem parte de uma engrenagem que pretende garantir a produtividade e a estabilidade do corpo social. A alienação mental, nesse sentido, torna-se uma etiqueta atribuída àqueles que perturbam a ordem, recusam os padrões ou não se adaptam às normas da produtividade e da civilidade.
Essa leitura ganha respaldo também nas obras de Thomas Szasz (2007), que considera a psiquiatria uma forma de opressão disfarçada de ciência. Segundo ele, o diagnóstico de doença mental frequentemente é utilizado como instrumento para invalidar comportamentos que divergem do esperado. A “cura”, muitas vezes, é a adaptação forçada ao status quo, e não a real escuta das necessidades do sujeito.
Família, sofrimento e a reprodução da alienação
Peixoto dedica uma seção de sua obra às “causas morais” da alienação mental, e destaca entre elas os “desgostos domésticos” (Peixoto, 1837, p. 653). Trata-se de um conceito amplo, que engloba desde conflitos conjugais até perdas familiares, passando por tensões cotidianas no âmbito privado. Essa dimensão é fundamental para a sociologia da família, pois revela como as dinâmicas afetivas e de gênero influenciam diretamente o bem-estar psíquico.
A família, em contextos historicamente patriarcais, funciona muitas vezes como um espaço de reprodução de desigualdades e opressões. A naturalização da autoridade masculina, a submissão da mulher, o silenciamento das emoções e a cobrança por performance social tornam o ambiente familiar uma possível fonte de sofrimento subjetivo. Em vez de ser exclusivamente um refúgio, a casa pode ser um território de controle e exclusão — e, nesse caso, contribuir para o adoecimento mental.
Essa leitura é corroborada por estudos contemporâneos da sociologia da saúde mental, como os de Minayo (2006), que destacam o papel das relações familiares como fatores de risco ou proteção. Em contextos em que há violência doméstica, abandono, negligência ou sobrecarga emocional, o desenvolvimento de transtornos psíquicos tende a ser mais comum, especialmente entre mulheres, crianças e idosos.
Peixoto reconhece que, frequentemente, as mulheres adoecem devido ao amor contrariado, à supressão da menstruação, à viuvez e à solidão. Contudo, sua análise permanece limitada ao viés biologizante. A perspectiva sociológica amplia essa leitura, mostrando que o sofrimento feminino decorre, em grande parte, da opressão estrutural a que estão submetidas. O isolamento, a subalternidade e a ausência de canais de expressão produzem sintomas que são frequentemente diagnosticados como loucura, mas que expressam uma dor legítima diante de uma realidade injusta.
A crítica à medicalização: loucura ou resistência?
Diante da multiplicidade de causas e manifestações da alienação mental, torna-se necessário questionar a tendência contemporânea de transformar todo sofrimento em diagnóstico. A crítica à medicalização — compreendida como o processo de transformar experiências sociais e existenciais em doenças a serem tratadas com fármacos — é uma das contribuições mais contundentes da sociologia da saúde.
Autoras como Ehrenberg (2010) e Siqueira (2014) apontam que, nas últimas décadas, tem havido um crescimento exponencial no número de diagnósticos de depressão, ansiedade e transtornos de comportamento. Muitos desses quadros, no entanto, não são patologias em sentido estrito, mas formas de expressão da dor social. Ao individualizar o sofrimento, a medicalização obscurece os fatores sociais que o produzem — como desemprego, racismo, violência urbana, exploração do trabalho e desigualdade de gênero.
Essa crítica dialoga diretamente com o conceito marxista de alienação, que indica uma cisão entre o sujeito e sua existência concreta. Para Marx (2011), o ser humano só se realiza plenamente na atividade criadora e livre; ao ser transformado em engrenagem do capital, ele se vê privado de sua humanidade, tornando-se estrangeiro de si mesmo. A alienação mental, nesse caso, não é um desvio, mas uma consequência direta da desumanização social.
Assim, quando o sofrimento psíquico é tratado exclusivamente com medicamentos, sem que se escute a história de vida do sujeito, a intervenção pode ser ineficaz ou até mesmo danosa. A escuta clínica precisa estar articulada a uma escuta social — capaz de reconhecer o sofrimento ético-político e criar estratégias de acolhimento que transcendam o modelo biomédico.
Novas perspectivas: saúde mental e políticas públicas
A compreensão da alienação mental a partir das ciências sociais exige também uma análise das políticas públicas de saúde mental. O Brasil passou, nas últimas décadas, por importantes transformações nesse campo, sobretudo com a reforma psiquiátrica, iniciada oficialmente com a Lei n.º 10.216/2001. Essa legislação representou um marco na superação do modelo asilar e na valorização de práticas de cuidado baseadas na inclusão, na autonomia e no respeito à cidadania dos usuários.
O fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos e a criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) evidenciam uma mudança de paradigma: da institucionalização para o cuidado em liberdade. Essa perspectiva está em consonância com o que Basaglia (1985) defendia: que o tratamento da loucura deveria acontecer em espaços que respeitassem os direitos humanos e favorecessem a reinserção social.
Contudo, essa transição é incompleta e constantemente ameaçada por retrocessos. A persistência de internações involuntárias, a precarização das redes de atenção psicossocial e a insuficiência de políticas intersetoriais dificultam a consolidação de um modelo verdadeiramente emancipador. Como aponta Amarante (2007), a lógica manicomial continua presente em muitos serviços, mesmo que travestida de linguagem técnica e moderna.
A alienação mental, nesse cenário, permanece como um desafio coletivo. Seu enfrentamento exige não apenas políticas de saúde, mas também políticas de renda, educação, habitação e cultura. O cuidado com a saúde mental deve ser entendido como parte de um projeto maior de justiça social, que enfrente as causas estruturais do sofrimento psíquico.
Considerações finais
A alienação mental, conforme descrita por Antonio Luiz da Silva Peixoto em 1837, já evidenciava elementos que hoje são objeto de reflexão crítica nas ciências sociais. Ao considerar as condições de vida, o contexto histórico, as desigualdades de classe, gênero e cultura, o autor, mesmo imerso em uma tradição médica do século XIX, forneceu pistas valiosas para uma leitura ampliada do sofrimento psíquico.
A sociologia, ao incorporar essas pistas e aprofundar suas implicações, revela que a loucura não pode ser compreendida como um fenômeno exclusivamente biológico. Ela é atravessada pelas relações sociais, pela história, pelas formas de poder e pelas estruturas que organizam a vida em sociedade. Alienar-se mentalmente, nesse sentido, pode ser tanto um colapso do sujeito quanto uma forma de denúncia – um grito diante do insuportável.
Romper com a medicalização do sofrimento, ouvir as vozes silenciadas e construir políticas públicas que respeitem a singularidade dos sujeitos são passos fundamentais para reverter a lógica da exclusão. A alienação mental deve ser reconhecida, antes de tudo, como uma questão social, e o cuidado deve nascer do compromisso com a dignidade humana.
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