Autor: Roniel Sampaio Silva

  • O que é ancestralidade?

    O que é ancestralidade?

    A ancestralidade é a herança ou a linhagem de uma pessoa ou grupo o qual inclui seus respectivos ancestrais e suas respectivas raízes familiares. Tais raízes constituem parte importante da identidade de grupos ou pessoas e podem interferir muitos aspectos da vida da vida, incluindo sua cultura, suas crenças, práticas e suas tradições.

    Por Roniel Sampaio-Silva

     O conceito de ancestralidade pode ser amplamente categorizado em duas partes: biológica e cultural. A ancestralidade biológica pertence à linhagem genética de um indivíduo, enquanto a ancestralidade cultural abrange costumes, crenças e tradições. Esses dois aspectos geralmente estão intimamente interligados, pois as práticas e crenças culturais podem ser transmitidas de uma geração para outra, como traços genéticos.

    Ancestralidade biológica

    A ancestralidade ou ascendência biológica refere-se à linhagem e raízes familiares de um indivíduo com base na herança genética de seus pais e ancestrais. Pode afetar vários aspectos da vida, como aparência física, saúde e temperamento.

    Para muitos indivíduos, o aspecto biológico de sua identidade é um componente significativo que pode evocar emoções de orgulho e pertencimento. Alguns indivíduos estão profundamente apegados à sua linhagem biológica e podem encontrar desafios em sua busca para descobrir os costumes e a história da família. Outros podem achar difícil se conectar com suas raízes, mas ainda mantêm um curioso fascínio para descobrir mais sobre suas origens.

    Para determinar a ancestralidade biológica, existem vários métodos disponíveis. Uma das abordagens mais usadas é a genealogia, que envolve pesquisar e rastrear a linhagem familiar através das gerações. A genealogia pode ser realizada de forma independente, utilizando livros, documentos e recursos on-line ou contratando um genealogista profissional. Outra forma de determinar a ancestralidade biológica é por meio do teste de DNA, que exige a análise dos genes de um indivíduo para estabelecer sua herança genética.

    Explorar a ancestralidade biológica de alguém pode ser uma questão complicada e delicada, particularmente em sociedades que carregam feridas profundas do colonialismo, escravidão e outros regimes opressores. Fatores históricos, como ancestralidade biológica obscurecida ou negada, podem tornar difícil para os indivíduos sentirem uma conexão com suas raízes.

    Ancestralidade cultural

    A ancestralidade cultural abrange os costumes, crenças e tradições de uma pessoa transmitidos por seus predecessores. É parte integrante de sua cultura e identidade, abrangendo uma ampla gama de práticas e valores. Exemplos de ancestralidade cultural incluem linguagem, culinária, rituais, artesanato e muito mais.

    A importância da cultura na formação da identidade de uma pessoa não pode ser exagerada, pois muitas vezes gera orgulho e um sentimento de pertencimento nos indivíduos. Enquanto alguns indivíduos se sentem profundamente conectados à sua herança ancestral e trabalham diligentemente para preservar suas tradições para as gerações futuras, outros podem lutar para se conectar com suas raízes, mas ainda mantêm um senso de intriga e curiosidade sobre sua ancestralidade cultural.

    A cultura da ancestralidade pode ser transmitida de várias maneiras, incluindo educação, participação em eventos e celebrações culturais e contato com familiares mais velhos e membros da comunidade. Algumas pessoas têm uma ancestralidade cultural muito forte e bem definida, enquanto outras têm uma ancestralidade cultural mais fluida e diversificada, dependendo da história familiar e das experiências de vida.

    Também pode ser um tema complexo e controverso, especialmente em sociedades caracterizadas pela colonização, escravidão e outras formas de opressão. Muitas vezes você tem dificuldade em se conectar com suas raízes culturais, que foram negadas. Nesses casos, você pode fazer pesquisas ou procure ajuda profissional para saber mais sobre o histórico cultural da pessoa.

    Em resumo, a ancestralidade cultural é a herança de uma pessoa em termos de tradições, crenças e costumes. Ela pode ser uma fonte de orgulho e de conexão para muitas pessoas e pode influenciar muitos aspectos da vida de uma pessoa.

    A ancestralidade é uma categoria de relação – no que vale o princípio de coletividade – pois não há ancestralidade sem alteridade. Toda alteridade é antes uma relação, pois não se conjuga alteridade no singular. O Outro é sempre alguém com o qual me confronto ou estabeleço contato. Onde tem alteridade temos relação. A ancestralidade é uma categoria de relação porque ela é um dos modos pelos quais as relações são geridas. Stricto sensu, diria mesmo que a ancestralidade é o princípio, ela mesma, de qualquer relação. Toda relação tem uma anterioridade que não prescinde da alteridade. Chega a ser mesmo condição para que as relações se efetivem. (Oliveira, 2007, p. 257)

    importância

    Os ancestrais são uma fonte de orgulho e conexão para muitos e podem ser uma fonte de inspiração e orientação em tempos de dificuldade ou incerteza. Algumas pessoas sentem uma forte conexão com suas raízes e tradições ancestrais e podem trabalhar duro para preservar essas tradições e transmiti-las às gerações futuras. Outros podem se sentir menos conectados com suas raízes ou podem ter dificuldade em se conectar com eles, mas ainda podem estar curiosos e interessados ​​em aprender mais sobre seus ancestrais.

    A linhagem também pode ser um tópico complexo e controverso, especialmente em sociedades marcadas pela colonização, escravidão e outras formas de opressão. As pessoas geralmente acham difícil rastrear suas raízes porque sua ancestralidade foi encoberta ou negada por razões históricas. Nesses casos, pode ser necessário fazer alguma pesquisa ou buscar a ajuda de um especialista para saber mais sobre a ancestralidade de uma pessoa.

    Em resumo, a ancestralidade é a linhagem ou herança de uma pessoa, incluindo sua ancestralidade biológica e cultural. Ela pode ser uma fonte de orgulho e de conexão para muitas pessoas e pode influenciar muitos aspectos da vida de uma pessoa. No entanto, a ancestralidade também pode ser um tema complexo e controverso e pode requerer pesquisa e esforço. Muitos povos oprimidos e explorados que tiveram sua história apagada e silenciada tem buscado resgatar as raízes histórica para valorização da histórica, cultura e autoestima por meio do reconhecimento da ancestralidade.

    Referências

    OLIVEIRA, E.. Filosofia da Ancestralidade: Corpo e Mito na Filosofia da Educação Brasileira. Curitiba: Editora Gráfica Popular, 2007.

  • Planejamento Projeto de vida: 1, 2 e 3º anos

    Planejamento Projeto de vida: 1, 2 e 3º anos

    Este Planejamento Projeto de vida busca auxiliar professores e estudantes a estimular o autoconhecimento, a identificação de valores e propósitos, a definição de metas e estratégias, além de habilidades como comunicação e liderança. O planeamento cuidado e estruturado da disciplina permite aos alunos adquirir um conjunto de conhecimentos e ferramentas que lhes permitem desenvolver uma perspetiva crítica e reflexiva sobre o mundo em que vivem e, assim, tomar decisões mais informadas e conscientes sobre a sua vida pessoal e profissional decisão de escolhas. inserir.

    Ementa:

    capacitar os alunos a traçar sua trajetória futura. O curso oferece uma perspectiva reflexiva sobre os objetivos pessoais e profissionais, levando em consideração fatores sociais, culturais e econômicos. O currículo abrange tópicos como autoconsciência, identificação de valores, definição de propósitos, estabelecimento de metas, desenvolvimento de estratégias, comunicação e habilidades de liderança.

    Objetivo Geral:

    Analisar empreendimentos pessoais e ocupacionais, considerando as variáveis ​​e perspectivas da comunidade em que estão inseridos.

    Objetivos Específicos:

    • Reconhecer e questionar como os fatores sociais e culturais moldam o desenvolvimento do projeto de vida de uma pessoa, destacando áreas potenciais de preocupação.
    • Avaliar aprofundadamente o cenário econômico e político no qual se está inserido;
    • Adquira a capacidade de navegar na imprevisibilidade e se adaptar às transformações no âmbito profissional.
    • Entender dimensões pessoais e sociais dos desafios de viver em sociedade.

    Conteúdos:

    • Meu eu na minha mente
    • Meu corpo, transformações e mídias
    • Desigualdade,  diferença e Direito
    • Cultura, Comunicação e expressão artística
    • Identidades políticas, cidadania e coletividade
    • Trabalho,  mundo do trabalho e Globalização

     

    Metodologia:

    As aulas serão expositivas e dialogadas, com uso de recursos multimídia e dinâmicas de grupo para estimular a participação e reflexão dos alunos. Serão utilizados também textos e discussões críticas para analisar as influências sociais e culturais na construção do projeto de vida, bem como debates e pesquisas sobre as condições econômicas e políticas do contexto em que estão inseridos.

    Avaliação:

    A avaliação será contínua e considerará a participação e o desempenho dos alunos nas atividades propostas em sala de aula, bem como a elaboração e apresentação de um projeto de vida pessoal e profissional com base em uma perspectiva crítica e reflexiva.

    Bibliografia:

    • ANTUNES, R. Adeus ao Trabalho? Ensaio sobre as Metamorfoses e a Centralidade do Mundo do Trabalho. São Paulo: Cortez Editora, 2015.
    • BECK, U. Sociedade de Risco: Rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Editora 34, 2011.
    • BOITO Jr., A. A Classe Média Brasileira: Ambiguidades e Perspectivas. São Paulo: Editora Unesp, 2018.
    • BOURDIEU, P. A Distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp, 2018.
    • CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2015.
    • CASTRO, C. de. Empreendedorismo: conceitos e aplicações. São Paulo: Saraiva, 2015.

     

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  • O que é mediana: Uma Abordagem Didática

    O que é mediana: Uma Abordagem Didática

    O que é mediana? A estatística é uma ciência fundamental para compreender e analisar dados em diversas áreas do conhecimento. Entre os vários conceitos estatísticos, a mediana desempenha um papel crucial na interpretação e representação de conjuntos de dados. Neste texto, abordaremos de maneira didática o conceito de mediana, explorando suas aplicações e importância, com base em fundamentos do livro “Estatística Básica” de Morettin e Bussab (2017).

    Definição e Características

    A mediana é uma medida de tendência central que busca identificar o valor que divide um conjunto de dados em duas partes iguais: metade dos valores está abaixo da mediana e a outra metade está acima. Diferentemente da média, que é a soma de todos os valores dividida pelo número de observações,  ela não é afetada por valores extremos, tornando-a uma medida robusta em situações onde há presença de outliers.

    Tal variável é especialmente útil quando os dados não apresentam uma distribuição simétrica, já que ela não sofre influência de valores muito altos ou muito baixos. Em outras palavras, ela é a observação do meio quando os dados são organizados em ordem crescente ou decrescente.

    Aplicação Prática e Exemplos

    Para ilustrar a aplicação da mediana, consideremos um exemplo prático: o salário de um grupo de dez pessoas. Se os salários forem organizados em ordem crescente, a mediana será o valor do salário que ocupa a quinta posição. Isso significa que metade das pessoas ganha menos que a mediana e metade ganha mais.

    Imagine que os salários são os seguintes (em unidades fictícias):

    1200, 1500, 1600, 1700, 2000, 2500, 2600, 2800, 3000, 3500.

    Nesse caso, a mediana será o valor 2500, pois ele ocupa a quinta posição, dividindo o conjunto em duas partes iguais.

    Sugestão de Atividade para o Ensino Médio

    Uma atividade interessante para o ensino médio é a coleta e análise de dados do cotidiano dos alunos, seguida pelo cálculo da mediana. Os estudantes podem registrar informações como altura, idade, número de irmãos, tempo de deslocamento até a escola, entre outros.

    Após a coleta, os dados podem ser organizados e a mediana calculada. Os alunos poderão discutir como essa medida representa a tendência central dos dados e como ela se compara à média, especialmente quando há valores discrepantes.

    Essa atividade não apenas proporciona uma compreensão mais profunda da mediana, mas também desenvolve habilidades de coleta e análise de dados do mundo real, habilidades cruciais em um mundo cada vez mais orientado por informações.

    Conclusão

    A mediana é uma medida estatística fundamental para analisar e compreender conjuntos de dados, especialmente em situações em que a distribuição não é simétrica ou quando valores extremos podem afetar a interpretação. Sua aplicação é ampla e vai desde a análise de salários até a interpretação de dados científicos. Ao entender e utilizar a mediana de maneira adequada, tornamo-nos capazes de extrair informações significativas dos dados, contribuindo para uma tomada de decisão mais informada e precisa.

    Referências Bibliográficas

    MORETTIN, Pedro A.; BUSSAB, Wilton O. Estatística básica. São Paulo: Saraiva Educação, 2017.

  • Fordismos e taylorismo: principais diferenças e semelhanças

    Fordismos e taylorismo: principais diferenças e semelhanças

    Fordismos e taylorismo são próximos uma vez que são formas de racionalização do trabalho. O taylorismo pensa cientificamente o espaço, tempo e movimento na fábrica, já o fordismo é a aplicação do fordismo por meio da esteira mecânica que passa a ditar o ritmo da produção. O objetivo deste texto é apresentar os princípios fundamentais de forma clara e concisa. Ao analisar as obras de Henry Ford, Frederick Winslow Taylor e Antonio Gramsci, vamos expor seus princípios fundamentais.

    Por Roniel Sampaio-Silva

    Taylorismo

    Frederick Winslow Taylor, um engenheiro mecânico americano, é creditado com o desenvolvimento do taylorismo – um sistema que enfatiza a racionalização do trabalho. O modelo envolve análise científica de tarefas, padronização de procedimentos de trabalho e monitoramento rigoroso dos movimentos e do tempo dos trabalhadores. Seu objetivo era aumentar a eficiência e a produtividade do trabalhador.

    Na definição de Taylor (apud LAKATOS; MARCONI, 2019), o trabalho científico refere-se à utilização de princípios e metodologias científicas para escrutinar o trabalho humano, visando aumentar a produtividade do trabalhador. Taylor também sugere que os trabalhadores sejam treinados para realizar suas tarefas com a máxima eficiência, respeitando as normas estabelecidas pela empresa. Assim, Taylor realizou um estudo sobre tempos e movimentos, envolvendo observação meticulosa dos processos de trabalho para determinar a forma ideal de executá-los.

    Fordismo

    Henry Ford, o criador da Ford Motor Company, foi pioneiro na ideia do fordismo, que enfatiza a produção em massa de produtos uniformes. Ele introduziu um modelo inovador de produção em série que dividia o trabalho em tarefas repetitivas e de baixa qualificação que dependiam fortemente de máquinas e equipamentos. O objetivo do fordismo era otimizar a eficiência da fabricação e minimizar os gastos de produção.

    Segundo Ford (apud PIRES, 2006), a chave do triunfo industrial está na produção em massa. Na avaliação de Ford, a padronização de produtos é indispensável para reduzir gastos e, ao mesmo tempo, atender à demanda cada vez maior de consumidores que buscam produtos econômicos e de qualidade. Com a criação de seu Modelo T, a Ford revolucionou o setor automotivo, imbuindo-o de simplicidade, durabilidade e preço acessível.

    O fordismo e o taylorismo: sistemas que marcaram história

    Embora originários de autores separados, o fordismo e o taylorismo compartilham inúmeras semelhanças. Padronizar o trabalho e diminuir os custos de produção são princípios fundamentais de ambas as escolas de pensamento. Além disso, a utilização de máquinas e equipamentos pesados ​​na produção define ambos os modelos.

    O fordismo e o taylorismo compartilham semelhanças, mas divergem de maneiras significativas. O fordismo prioriza a produção em massa padronizada, enquanto o taylorismo busca racionalizar o trabalho e otimizar a produtividade do trabalhador. Outra distinção é que o fordismo valoriza trabalhadores especializados, enquanto o taylorismo enfatiza o treinamento e a capacitação de trabalhadores.

    A crítica de Gramsci ao fordismo e ao taylorismo

    Antonio Gramsci, um notável político e filósofo italiano, criticou fortemente os princípios do fordismo e do taylorismo. Segundo Gramsci (conforme citado em SOUZA, 2018), essas ideologias abriram caminho para o controle e disciplina operária que acabou resultando na desumanização e alienação dos trabalhadores. Gramsci afirmava que a padronização do trabalho e a especialização dos trabalhadores diminuíam a criatividade e a independência dos indivíduos, forçando-os a papéis repetitivos e tediosos.

    Gramsci afirma que fordismos e taylorismo resultam em uma fragmentação social do trabalho, onde os trabalhadores são afastados dos meios de produção e submetidos à lógica de mercado e à competição. Essa divisão do trabalho leva à fragmentação da classe trabalhadora e impede sua organização coletiva.

    Sugestão de atividade 

    Faça uma tabela comparativa com as principais diferenças entre fordismos e taylorismo

    Referências

    FORD, Henry. Minha vida e minha obra. São Paulo: Hemus, 2006.

    LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2019.

    GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

    PIRES, João Maia. A evolução da produção em massa. São Paulo: Edgard Blücher, 2006.

    SOUZA, Jessé. A tolice da inteligência brasileira. São Paulo: Leya, 2018.

  • Sociologia na prática: como a Sociologia pode ajudar em nossa vida pessoal?

    Sociologia na prática: como a Sociologia pode ajudar em nossa vida pessoal?

    Sociologia na prática, como é? Ao contrário do que muita gente pensa, a Sociologia tem implicações práticas as quais podem ser instrumentalizadas pelas experiências individuais e sociais de modo tal que sua compreensão pode ajudar a desenvolver algumas habilidades. Neste texto iremos apontar algumas dessas contribuições. 

    Por Roniel Sampaio-Silva

    Vamos começar com algumas contribuições do sociólogo Antony Giddens nos ajuda a pensar em alguns pontos em que a Sociologia, aliada à imaginação sociológica, pode nos aprimorar como sujeitos. É fato que pensamos a partir da nossa visão de mundo. Portanto, nosso ponto de vista algumas vezes é passível que equívocos o quais naturalizam certas diferenças sociais e amplia o preconceito e a intolerância. Sendo assim, a sociologia ajuda-nos a refletir sobre certas posturas e visões de mundo.

    1- Leitura de contexto

    A Sociologia pode nos proporcionar uma visão de mundo ampla e ajuda a entender que nosso “mundo social” não é único. O que existe, na verdade, é um universo social que é construído socialmente e por meio da Sociologia, temos a possibilidade de conhecer, compreender e aprender a respeitar as diferenças dessa multiplicidade de configurações sociais que se modificam com o tempo e o espaço.
    Sociologia na prática
    Sociologia na prática
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    Deste modo, Giddens, em seu livro “Sociologia”, cita como exemplo “o fato de um assistente social branco, operando numa comunidade predominante negra jamais ganhará a confiança dos habitantes se não desenvolver uma sensibilidade às diferenças na experiência social, que amiúde,  separam brancos e negros” (Giddens, 2005, p.27). Portanto, a sociologia nos ajuda a entender certos contextos e isso nos possibita melhores formas de nos colocar-mos neles.

    2- Alteridade

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    Além disto, a sociologia auxilia naquilo que chamamos de exercício de alteridade. Habilidade ou competência de se colocar no lugar do outro a partir da leituras das referências culturas que o outro tem. Um fundamento básico para implementar tal alteridade nas relações cotidianas está relacionado ao que a sociologia chama de naturalização e estranhamento. O sociólogo Wright Mills em sua obra imaginação sociológica propõe que para nos distanciarmos de nossos preconceitos etnocêtricos devemos: “Ver o similar como diferente e o diferente como similar”. Ou ainda, o que DaMatta chama de “transformar o familiar em exótico e o exótico em familiar”. Neste sentido, desnaturalizar as próprias vivências nos ajuda a se colocar no lugar do outro. 

    3- Enxergar as regras do jogo e não apenas o movimento dos jogadores

    O aprofundamento da sociologia desvela uma das principais funções da sociologia, que é proporcionar uma leitura do mundo social para que o indivíduo possa compreender que vivemos numa teia de relações sociais. Em vários espaços da nossa vida, que Bourdieu chama de campo, estamos sujeitos à complexas regras de poder que se solidificam e parecem eternas. Estamos mergulhados em elementos culturais que carecem de leitura e releituras constantes e a Sociologia na prática nos possibilita compreender tal realidade, o que nos auxilia a jogar dentro das regras e possibilidades sociais a qual estamos inseridos. 

    4- Interdependência 

    Tal ciência social pode nos fazer uma pessoa melhor pelo fato de instigar no indivíduo a compreensão que a sua história de vida está entrelaçada com a vida de outros indivíduos os quais são influenciados por fenômenos sociais dentro de uma estrutura social. Tal padrão condiciona boa parte das escolhas de nós, criando teias sociais que vão “amarrando nós aos outros”. Como diria Weber “o Homem é um animal amarrado a teia de significados que ele mesmo teceu”. Diante disto, o indivíduo passa a ter noção das suas limitações e possibilidades de ação. Passa a entender o que pode ser modificado por ele e o que pode ser transformado apenas por uma adesão da coletividade. Nesse sentido, aprende a analisar como pode atuar diante das estruturas que a coletividade nós impõe, passando a ter consciência de como funciona o jogo social e para quem as regras trabalham. Assim, entende boa parte das suas responsabilidades e limitações, passando a entender os próprios limites.

    5- Convivência com outros pontos de vista

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    A Sociologia possibilita o confronto de diversos pontos de vista, proporcionando uma abordagem crítica da vida social, o que ajuda o indivíduo a fazer conexões de eventos sociais que viabilizam uma avaliação dos resultados da política. Como diz Bourdieu “Não há uma verdadeira democracia sem espírito crítico”. Sujeitos mais informados e bem preparados a fazerem uma leitura da realidade social tornam-se mais aptos a avaliar ações governamentais, por exemplo, que dizem respeito a todo sistema social e que afeta a sua vida pessoal.
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    Vivemos numa sociedade em que há um turbilhão de informações. Lidar com o grande fluxo de dados na “sociedade da informação” não é tarefa fácil. Nossa mente fica mais volátil e se tais informações não forem relativizadas e passarem por um filtro crítico, as notícias podem ser meramente reproduzidas e nos deixarão “perdidos” em relação a o que somos e qual nosso papel na sociedade.
    O pensador Egdar Morin, usa a expressão made self para se referir a uma cegueira do conhecimento que nos faz tomar para si um raciocínio que já vem pronto. Este equívoco, que é provocado principalmente pelos meios de comunicação em massa, pode nos levar a termos uma opinião vinculada a um “pensamento acabado”, de modo tal que as notícias sejam transmitidas de maneira que já trazem um direcionamento de percepção e opinião.
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    A Sociologia na prática nos auxilia a fazermos reflexões como sujeitos pertencentes a um mundo social o qual nos constrói socialmente e ao mesmo tempo é construído por nós. Nos ajuda a entender quem somos e para onde vamos.
    Esta ciência tem oferecido subsídios para movimentos sociais, grupos de auto-ajuda e grupos reivindicatórios, por exemplo, dando-lhes condições para alcançar um entendimento mais amplo da realidade a qual estão inseridos, podendo igualmente contribuir para a resoluções de problemas.

    Considerações finais

    Finalizando, tomamos por exemplo comum: um indivíduo que tem uma visão influenciada pela Sociologia entenderá que a sua atração pela compra de bens de consumo oriundos de grifes famosas nada mais é que uma necessidade social que este tem pertencer a um determinado grupo, grupo este que, por sua vez, tem seu padrão criado pela indústria da moda que passa a lucrar a partir de uma necessidade canalizada para o consumo. O sujeito consciente pode optar ou não por romper com tal atração. 

     

    Referências

    GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed Ed. S.A., 2005.

    MILLS, Charles Wright. A imaginação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1972.

    MARTINS, José de Souza. Uma sociologia da vida cotidiana – ensaios na perspectiva de Florestan Fernandes, , de Wright Mills e de Henri Lefebvre. São Paulo: Editora Contexto, 2014. 224p.

    MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução. Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya ; revisão técnica de Edgard de Assis. Carvalho. – 2. ed. – São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : UNESCO, 2000.

    Publicado originalmente em 14 de fevereiro de 2013 às 06:27

     
  • Necropolítica

    Necropolítica

    O termo necropolítica está ganhando força como forma de descrever de políticas que priorizam a morte como meio de exercer o poder. Achille Mbembe, um filósofo dos Camarões, cunhou o termo em seu livro “Necropolítica” (2018). Mbembe afirma que as práticas violentas e a morte não são apenas efeitos colaterais do conflito político, mas sim táticas calculadas para sustentar o poder político.

    Achille Mbembe, um proeminente filósofo camaronês, introduziu o termo necropolítica para definir como o poder político é exercido através da vida e da morte. Mbembe afirma que esta estratégia de governação envolve a regulação das massas através do uso da força letal. Tal necropolítica não envolve apenas assassinatos, mas também assassinatos direcionados a grupos específicos.

    Exemplos de Necropolítica

    Ações de necropolítica são evidentes na África do Sul da era do apartheid, onde os negros foram sistematicamente excluídos e privados de recursos e serviços fundamentais, muitas vezes resultando em sua morte trágica. Da mesma forma, na Europa contemporânea, os imigrantes são frequentemente submetidos a duras políticas de deportação e criminalização, que os expõem a condições de vida perigosas e instáveis, aumentando o risco de mortalidade.

    A prática da necropolítica se estende para além da esfera política, manifestando-se em áreas de conflito armado onde a vida do inimigo é depreciada para manter o domínio. A invasão americana do Iraque durante a guerra é um exemplo claro, onde a morte de centenas de milhares de cidadãos iraquianos foi usada como ferramenta para controlar e dominar a região.

    A prática insensível da necropolítica se mostrou reiteradamente durante a pandemia de Covid-19 em curso, com algumas nações priorizando o comércio e o ganho financeiro sobre o bem-estar das pessoas. Isso levou a consequências devastadoras, causando perda significativa de vidas entre as comunidades mais desfavorecidas e marginalizadas.

    A necropolítica se manifesta de diversas formas ao redor do mundo, em diferentes contextos históricos e sociais. Um exemplo claro disso é o genocídio de Ruanda, ocorrido em 1994, onde o governo da minoria tutsi orquestrou um massacre contra a maioria hutu, matando cerca de 800 mil pessoas em apenas três meses. A necropolítica também é evidente na história do colonialismo e da escravidão, que foram sustentados pelo extermínio e pela subjugação de povos inteiros.

    A necrópole também é uma realidade em outros países africanos, como a Nigéria, onde a violência do grupo islâmico Boko Haram já matou milhares, a maioria muçulmanos, desde 2009. A política de extermínio do Boko Haram, voltada para a criação de um estado islâmico, é um exemplo de como a necrópole pode se manifestar em contextos não ocidentais.

    A presença persistente da necropolítica é um fenômeno global, principalmente no Brasil, onde a brutalidade policial atinge desproporcionalmente jovens negros de favelas e periferias empobrecidas. O governo, por meio de políticas como a guerra às drogas, encarceramento em massa e estratégias brutais de despejo urbano, legitima essa opressão violenta contra comunidades vulneráveis. Esse fenômeno não é de forma alguma limitado ao Brasil e existe de várias formas nas sociedades em todo o mundo, inclusive no mundo ocidental.

    Para Mbembe, a necrópole é uma forma extrema de biopoder que busca exercer controle sobre a vida e a morte dos indivíduos. O biopoder é uma forma de poder cujo objetivo é gerir a vida a nível biológico e social. Os biodireitos se expressam por meio de políticas públicas destinadas a regular o nascimento, a saúde pública, a educação, a moradia e outros aspectos da vida social. A necropolítica, por sua vez, é uma forma extrema de biopoder que busca controlar a vida por meio da morte.

    Segundo esse autor, a necropolítica é uma forma de governança baseada na lógica da guerra, onde o outro é visto como um inimigo a ser eliminado. A necropolítica é assim uma forma de violência estrutural que opera através da assimilação da morte e da marginalização de certos grupos sociais. Em suma, a necropolítica é uma forma de governo que busca controlar a população por meio da ameaça e uso da violência letal. É uma política que não apenas mata pessoas, mas também as mata seletivamente de forma a atingir determinados grupos. A necropolítica é uma manifestação extrema do biopoder onde a vida é controlada pela morte. Manifesta-se em diferentes contextos históricos e sociais, mas é sempre acompanhada pela comum marginalização e violência contra grupos percebidos como inimigos ou ameaças. Para Mbembe, a oposição à necropolítica deve se basear na afirmação da vida, na valorização da diversidade e na oposição à marginalização e à opressão. Resistir à necropolítica deve, portanto, ser uma luta por igualdade e justiça social, visando a criação de uma sociedade mais inclusiva e democrática.

    Portanto, o conceito básico da necropolítica é entender como o poder político é exercido por meio do controle da vida e da morte. Manifesta-se em diferentes contextos históricos e sociais, mas é sempre acompanhada pela comum marginalização e violência contra grupos percebidos como inimigos ou ameaças. A oposição à necropolítica deve ser uma luta por igualdade e justiça social, visando a construção de uma sociedade mais inclusiva e democrática.
    Referências
    MBEMBE, Achille. Necropolítica. Arte & Ensaios, Rio de Janeiro, n. 32, p. 21-37, 2016.

     

  • Conceito de oligarquia visão da ciência política

    Conceito de oligarquia visão da ciência política

    O conceito de oligarquia é um termo frequentemente mencionado na ciência política, mas sua definição e aplicação podem variar consideravelmente. Este artigo explorará o conceito de oligarquia na perspectiva da ciência política, com base em insights de autores proeminentes como Robert Michels, Darcy Leach (2005), Gaetano Mosca, Vilfredo Pareto e Gazmuri (2004). Vamos analisar três abordagens comuns para entender a oligarquia e discutir como essa ideia tem evoluído ao longo do tempo.

    Oligarquia como Domínio de Grupos Políticos Tradicionais

    Uma das formas mais comuns de se pensar em oligarquia é como um termo que denota grupos políticos tradicionais que dominam determinadas regiões ou seus governos. Nesse contexto, a oligarquia está ligada a elites políticas que exercem controle sobre a tomada de decisões em uma determinada área. O autor Darcy Leach (2005) destaca que esses grupos muitas vezes são compostos por membros que ocupam cargos de destaque na política e têm laços estreitos com o poder.

    Por exemplo, a oligarquia pode ser vista como a elite política estadual em um contexto específico, como é discutido por Cerri (1998). Os membros dessa elite são frequentemente associados a partidos políticos ou outros grupos influentes na região. No entanto, é importante notar que a definição de oligarquia nesta perspectiva não é uniforme, e a relação entre riqueza, classe social e pertencimento à oligarquia pode variar de um contexto para outro.

    Oligarquia como Governo dos Ricos

    A segunda abordagem para entender a oligarquia é mais próxima da definição clássica de Platão e Aristóteles, onde a oligarquia é vista como o governo dos ricos. Nesse sentido, a oligarquia é caracterizada por um grupo de indivíduos economicamente privilegiados que exercem influência desproporcional sobre o poder político.

    Gazmuri (2004) discute essa visão, destacando como a classe média chilena, apesar de seu crescimento, aspirava a entrar na oligarquia, que era vista como um estrato social superior. Nessa perspectiva, a riqueza é frequentemente o critério determinante para se pertencer à oligarquia. No entanto, como no primeiro enfoque, a relação entre riqueza e oligarquia não é absoluta e pode variar dependendo do contexto político e social.

    Oligarquia como Grupo Minoritário com Poder Dentro de Organizações

    A terceira abordagem para compreender a oligarquia se concentra no contexto das organizações, especialmente as de caráter representativo. Robert Michels (2001) é um autor importante nessa perspectiva. Ele argumenta que a organização tende a levar à oligarquia, uma vez que a estrutura organizacional cria uma divisão entre uma minoria de líderes e uma maioria de liderados.

    Michels introduz a ideia de que “Organization implies the tendency to oligarchy.” Em outras palavras, em qualquer organização, seja um partido político, um sindicato profissional ou qualquer outra associação, há uma tendência aristocrática que se manifesta claramente. A medida que a organização cresce, essa tendência se torna mais evidente, com uma minoria de diretores e uma maioria de direcionados.

    O ponto crucial que Michels levanta é que as organizações, com o tempo, tendem a distanciar-se dos objetivos para os quais foram criadas e passam a buscar metas estabelecidas por seus líderes, muitas vezes à revelia do mandato recebido e da vontade dos outros membros. Isso gera um problema de legitimidade, uma vez que a organização deixa de representar efetivamente os interesses da maioria.

    Considerações Finais

    A compreensão da oligarquia na ciência política é multifacetada e complexa. Ela pode ser vista como o domínio de grupos políticos tradicionais em uma região, como um governo controlado por ricos ou como um grupo minoritário com poder dentro de organizações. Autores como Michels, Mosca, Pareto, Gazmuri e Leach contribuíram para a discussão desse conceito, trazendo perspectivas variadas.

    É importante reconhecer que a oligarquia não é um conceito estático, e sua definição pode mudar de acordo com o contexto e a época. A compreensão da oligarquia na ciência política é fundamental para analisar as dinâmicas de poder, a representatividade política e os desafios à democracia. À medida que a política e a sociedade evoluem, o debate sobre a oligarquia continua a ser relevante e em constante evolução.

    Referências

    Aristóteles. Política. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

    Gazmuri, Cristián. Alberto Edwards y La Fronda Aristocrática. Historia, Nº 37, Vol. I, Instituto de
    Historia. Pontificia Universidad Católica De Chile. Enero-Junio 2004: 61-95.

    Leach, Darcy K.. “The Iron Law of what again? Conceptualizing oligarchy across organizational
    forms”. Sociological Theory, vol. 23, nº 3, Sep. 2005, pp. 312-337.

    Michels, Robert. Political parties: a sociological study of the oligarchical tendencies of modern
    democracy. Ontario: Batoche Books, 2001[1915].

    Mosca, Gaetano. La Clase Política. México: Fondo de Cultura Económica, 1998.

    Pareto, Vilfredo. I sistemi socialisti. Torino: Unione Tipografico-Editrice Torinese, 1974

     

  • Baixar livros gratuitamente pela Library Genesis é legal?

    Baixar livros gratuitamente pela Library Genesis é legal?

    Library Genesis é uma plataforma online que se dedica a oferecer  oferercer o serviço de baixar livros gratuitamente ampla variedade de livros, artigos científicos e outros tipos de publicações que normalmente estão disponíveis apenas por meio de assinaturas caras ou aquisições individuais. A plataforma, também conhecida como LibGen, foi criada em 2008 como um projeto colaborativo e sem fins lucrativos, e desde então se tornou uma das principais fontes de conhecimento gratuito na internet.

    A missão do Library Genesis é simples: tornar o conhecimento acessível a todos, independentemente de sua localização geográfica ou situação financeira. Para alcançar esse objetivo, a plataforma oferece uma enorme quantidade de recursos educacionais gratuitos em uma ampla variedade de áreas, incluindo ciências naturais, engenharia, medicina, história, literatura e muito mais.Baixar livros gratuitamente é uma das principais funções do site.

    Uma das principais vantagens do Library Genesis é a sua facilidade de uso. A plataforma possui uma interface simples e intuitiva, o que significa que os usuários podem encontrar rapidamente o que estão procurando. Além disso, a plataforma é totalmente gratuita e não exige que os usuários criem uma conta para acessar seu conteúdo. Baixar livros gratuitamente não existe cadastro.

    O Library Genesis também possui uma enorme base de dados de publicações, que é constantemente atualizada com novos recursos. Atualmente, a plataforma possui mais de 2,5 milhões de livros e cerca de 50 milhões de artigos científicos, e essa quantidade continua a crescer a cada dia. Os usuários podem pesquisar o conteúdo do Library Genesis usando uma variedade de critérios, incluindo título, autor, editora, ISBN e muito mais.

    Uma das principais razões pelas quais o Library Genesis é tão popular é porque ele permite que os usuários acessem publicações que normalmente são extremamente caras ou difíceis de encontrar. Por exemplo, muitos livros didáticos e publicações acadêmicas são vendidos por centenas de dólares, o que significa que muitos estudantes simplesmente não têm os recursos financeiros para comprá-los. O Library Genesis oferece a esses estudantes uma alternativa acessível, permitindo que eles acessem essas publicações sem gastar um centavo.

    Library Genesis (LibGen) é uma plataforma online que oferece acesso gratuito a milhões de livros, artigos científicos, trabalhos acadêmicos, periódicos e outras publicações que normalmente exigiriam pagamento ou assinatura para serem acessadas. Embora muitas pessoas considerem o LibGen como uma ferramenta valiosa para a pesquisa e o aprendizado, há controvérsias sobre sua legalidade. Neste texto, exploraremos as questões legais relacionadas ao LibGen e discutiremos se a plataforma é legal ou não.

    Em termos gerais, o LibGen não é uma plataforma legal. Muitos dos materiais disponíveis no site foram obtidos sem permissão dos proprietários dos direitos autorais, o que significa que seu acesso e download constituem violações da lei de direitos autorais. A maioria dos países tem leis rigorosas que protegem os direitos autorais de obras literárias, artísticas e científicas, e é ilegal distribuir ou usar essas obras sem permissão do proprietário dos royalties.

  • Decodificando o passado: explorando o conversor de algarismos romanos

    Decodificando o passado: explorando o conversor de algarismos romanos

    Num mundo dominado por sistemas numéricos modernos, o fascínio dos numerais antigos persiste como uma janela para a história e a cultura. Os algarismos romanos, com a sua elegância intemporal, são um testemunho da engenhosidade das civilizações passadas. Hoje, o conversor de algarismos romanos serve como uma chave digital para desvendar os mistérios deste antigo sistema de contagem. Neste artigo, nos aprofundaremos no significado dos algarismos romanos, na arte de convertê-los e no papel do conversor em preencher a lacuna entre as épocas.

    O charme atemporal dos algarismos romanos

    Os algarismos romanos originaram-se na Roma antiga e foram amplamente utilizados em todo o Império Romano para diversos fins, incluindo numeração, registro de datas e denotação de quantidades. O sistema emprega letras do alfabeto latino para representar valores numéricos. Este método de contagem único acrescenta uma camada de profundidade cultural aos números, ligando-nos ao legado de civilizações passadas.

    A necessidade de conversão: o antigo encontra o moderno

    Conversor Numeros Romanos para o nosso sistema decimal moderno é essencial por vários motivos. Simplifica registros históricos, facilita cálculos matemáticos e melhora a compreensão intercultural. Além disso, os algarismos romanos aparecem frequentemente em símbolos arquitetônicos, mostradores de relógio, créditos de filmes e muito mais. Convertê-los para números modernos revela os significados por trás desses símbolos, tornando-os acessíveis a um público mais amplo.

    O papel do conversor de algarismos romanos

    O conversor de algarismos romanos é uma ferramenta digital que traduz perfeitamente os algarismos romanos em seus valores numéricos modernos correspondentes. Esta ferramenta elimina a necessidade de cálculos e decodificações manuais, tornando o processo eficiente e preciso. Atua como uma ponte entre o passado e o presente, preservando o legado dos antigos sistemas de numeração ao mesmo tempo que os harmoniza com os métodos contemporâneos.

    Desbloqueando a conversão: passos para o sucesso

    A conversão de algarismos romanos em números modernos envolve uma abordagem sistemática:

     

    Compreendendo os símbolos romanos: Familiarize-se com os símbolos básicos dos algarismos romanos: I (1), V (5), X (10), L (50), C (100), D (500) e M (1000).

     

    Escrevendo algarismos romanos: Os algarismos romanos são escritos combinando símbolos em ordem decrescente de valor, da esquerda para a direita.

     

    Notação Subtrativa: O princípio da notação subtrativa permite que números menores sejam colocados antes de números maiores para representar a subtração. Por exemplo, IV representa 4 (5 – 1) e IX representa 9 (10 – 1).

     

    Usando o conversor: insira o algarismo romano no conversor e ele fornecerá instantaneamente o número moderno correspondente.

    Preenchendo a lacuna: importância e aplicações

    Exploração Histórica: O conversor permite que indivíduos modernos explorem documentos históricos, inscrições e artefatos que usam algarismos romanos, revelando as histórias numéricas de épocas passadas.

     

    Simplicidade Matemática: A conversão de algarismos romanos em números modernos agiliza as operações matemáticas, tornando os cálculos mais eficientes e acessíveis.

     

    Comunicação Global: Num mundo globalizado, o conversor promove a comunicação intercultural, permitindo que pessoas de diferentes origens compreendam símbolos antigos.

     

    Ferramenta Educacional: O conversor serve como auxílio educacional, ensinando os princípios dos algarismos romanos e ao mesmo tempo oferecendo resultados imediatos.

    Conclusão: uma ligação digital com a sabedoria antiga

    O conversor de algarismos romanos é uma porta de entrada digital para a sabedoria antiga e a herança cultural. Ele encapsula a essência de uma época passada, permitindo aos indivíduos modernos decifrar a linguagem numérica do passado. Ao usar esta ferramenta, você não estará apenas convertendo números; você está atravessando os corredores da história, decodificando as marcas deixadas pelas civilizações antigas e se conectando com a engenhosidade das culturas que moldaram o mundo que habitamos hoje. Quer você seja um historiador, um estudante ou uma mente curiosa, o conversor de algarismos romanos convida você a explorar, aprender e celebrar o encanto atemporal dos números ao longo dos tempos.

     

  • Revogar o novo ensino médio: 10 motivos para aderir à campanha*

    Revogar o novo ensino médio: 10 motivos para aderir à campanha*

    Revogar o novo ensino médio é necessário e urgente porque este modelo traz uma série de prejuízos à educação brasileira. Veja no texto.

    1. Na terceira série do ensino médio, os alunos da escola pública paulista passaram a ter, por semana, apenas 2 aulas de Língua Portuguesa e 2 de Matemática. Todas as demais matérias são de disciplinas dos itinerários com quase nada de conteúdos. ENQUANTO ISSO, NA MESMA SÉRIE, OS FILHOS DA CLASSE MÉDIA E ALTA PASSAM A TER AULAS DE REFORÇO, REVISÃO E SIMULADOS NAS AULAS REGULARES, ALÉM DE FAZEREM CURSINHOS NO CONTRATURNO PARA PODEREM SE PREPARAR PARA O ENSINO SUPERIOR.

    2. Essas disciplinas dos itinerários são de assuntos bem gerais e vagos. Pelo Brasil, já foram identificados temas como ‘Brigadeiro caseiro’, ‘Mundo PET’, ‘RPG’ etc. Em São Paulo, na parte diversificada, há desde Empreendedorismo (obrigatório) até eletivas para ensinar maquiagem.

    3. Se uma única escola conseguir oferecer os 11 itinerários formativos propostos em São Paulo, realmente deixando o estudante escolher qual ele quer cursar, então A ESCOLA TERÁ QUE OFERECER 276 DISCIPLINAS POR SEMANA. Não há gestor escolar que administre isso. Não há nem espaço físico para comportar as horas de estudo e de preparo de aulas destes professores nas escolas.

    4. Além disso, não há professor formado para essas 276 disciplinas dos itinerários. Por isso, as escolas oferecem poucos itinerários e, mesmo assim, estão contratando todo tipo de profissional sem formação para dar aulas para adolescentes (que é um dos trabalhos que mais exigem especialização no mundo todo): dentistas, administradores de empresas, bacharel em direito, engenheiros etc. Esses profissionais têm implorado por material e formação aos diretores de escola para seguirem com as aulas.

    5. Os professores que têm licenciatura e dão aulas nas redes fogem o quanto podem dessas disciplinas dos itinerários, preferindo dar aulas dos assuntos que estudaram. Porém, como a quantidade de aulas de suas matérias foi reduzida, eles pegam muito mais turmas para completar a jornada, aumentando enormemente seu cansaço, tornando inviável conhecer seus alunos.

    6. Como é pequena a quantidade de aulas das disciplinas desses itinerários, um mesmo profissional chega a receber a tarefa de ministrar aulas de até 10 disciplinas diferentes por semana, inclusive para as mesmas turmas. Os alunos de uma mesma turma sequer sabem qual é a disciplina que o professor ministra em determinado momento. Imagine a jornada deste professor: 10 aulas diferentes para preparar, 10 planos de aula, 10 formas de avaliar etc.

    7. Os diretores estão há meses tentando atribuir aulas dessas disciplinas, sem sucesso. Muitos profissionais aceitam pegá-las e desistem quando entendem o que é para fazer na prática. No ano passado, em agosto, quase 30% dessas aulas ainda estavam sem professor na rede estadual paulista.

    8. Essa parte diversificada do currículo tem, supostamente, o objetivo de preparar para o mundo do trabalho. Ocorre que, para a maioria das profissões, é necessário fazer estágio, cursar determinados conteúdos, além de outras regulações profissionais. Nada disso é proposto na reforma.

    9. As escolas privadas driblam a reforma com aumento de horas na escola ou colocando os mesmos conteúdos que davam antes, mas com outros nomes de disciplinas. Assim, há registros de disciplinas dos itinerários como “química olímpica”, “biologia prática”, “linguística olímpica”, “história da arte” etc.

    10. Com a reforma do ensino médio, nenhuma escola do Brasil tem o mesmo currículo, nem que estejam numa mesma rua.

    Por isso, há uma revolta generalizada dos alunos, professores e gestores com essa reforma, que é defendida apenas pelas fundações empresariais e pelos secretários de educação que, em sua maioria, são muito próximos dessas mesmas fundações (vários ex-funcionários delas). A criação de tantas disciplinas, sem nenhum aumento de verba para dar condições de infraestrutura e preparo para os professores e gestores, parece ter o objetivo de vender materiais e cursos que essas mesmas fundações elaboraram, além é claro de evitar que os mais pobres ascendam para determinadas carreiras mais valorizadas ou para o ensino superior.

    Em suma, é a barbárie.

    Por isso,  todos e todas na rua defendendo a revogação desta violência contra os nossos jovens pobres.

    E, se não estiver nas ruas, converse entre os seus familiares e amigos.

    #revogaNEM #RevogaJá

    Revogar o novo ensino médio é necessário e urgente porque este modelo traz uma série de prejuízos à educação brasileira.

    Autoria do texto desconhecida*