Autor: Roniel Sampaio Silva

  • Documentário sobre História do Brasil por Boris Fausto

    Documentário sobre História do Brasil por Boris Fausto

    Documentário sobre História do Brasil produzido pela TVE e por Boris Fausto que aborda a história do País em vários momentos de nossa história: Colônia, Império, Rep. Velha, Era Vargas, Período Democrático, Ditadura Militar, Redemocratização.

    A obra escrita é considerada uma das mais completas e acessíveis para quem quer entender a história do país, desde o período pré-colonial até o final do século XX. Boris Fausto utiliza uma linguagem clara e objetiva para descrever os fatos históricos e analisar as transformações políticas, sociais e econômicas que ocorreram ao longo dos séculos.

    O livro está dividido em 18 capítulos, cada um focando em um período específico da história brasileira. Começando com a chegada dos primeiros habitantes do Brasil e a colonização pelos portugueses, passando pela exploração do pau-brasil, o período da escravidão, a independência, a república, a era Vargas, o governo militar e chegando até os anos 90.

    O autor destaca a importância da economia na formação do Brasil, desde a exploração do pau-brasil e a cana-de-açúcar até o café, a indústria têxtil e o petróleo. Boris Fausto também aborda a formação da sociedade brasileira, desde a escravidão e a influência africana até a miscigenação e a formação da identidade nacional.

    Uma das principais contribuições de “História do Brasil” é a análise das relações de poder ao longo da história do país. O autor destaca a luta entre as elites políticas e econômicas e as camadas populares, a importância dos movimentos sociais e das mudanças políticas para a construção da democracia no Brasil.

    Além disso, Boris Fausto traz à tona temas polêmicos da história brasileira, como a Guerra do Paraguai, a escravidão, a Revolução de 1930, o regime militar, entre outros. O autor apresenta diferentes perspectivas sobre esses temas e discute as interpretações que foram dadas a eles ao longo do tempo.

    Outra característica importante da obra é a contextualização dos acontecimentos históricos no cenário internacional. Boris Fausto mostra como o Brasil esteve envolvido em diversas transformações globais, como as revoluções industriais, as guerras mundiais, a Guerra Fria e a globalização.

    “História do Brasil” é uma obra indispensável para quem quer entender a formação e a evolução do Brasil ao longo dos séculos. A abordagem clara e objetiva de Boris Fausto torna a leitura acessível mesmo para quem não tem conhecimentos prévios em história. Além disso, a obra é uma fonte importante para estudantes, professores e pesquisadores que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre o país.

    Em suma, “História do Brasil” é uma obra fundamental para quem quer entender a formação e a evolução do país. Boris Fausto apresenta uma visão abrangente e contextualizada dos acontecimentos históricos, discutindo os temas mais polêmicos e destacando as relações de poder que moldaram a sociedade brasileira. Com uma linguagem clara e objetiva, o autor apresenta a história do Brasil de forma acessível e interessante, tornando a leitura da obra uma experiência enriquecedora.

    Além disso, Boris Fausto é conhecido por sua contribuição para a historiografia brasileira. Ao longo de sua carreira, ele escreveu diversas obras importantes sobre a história e a sociedade brasileira, como “Os Donos do Poder: Formação do Patronato Político Brasileiro” (1975) e “Caminhos da História do Brasil” (2000). Seus trabalhos têm sido amplamente utilizados por historiadores, sociólogos, cientistas políticos e estudantes de diversas áreas.

    Boris Fausto também teve uma atuação política ativa na juventude, tendo sido membro do Partido Comunista Brasileiro e participado de movimentos estudantis. Posteriormente, afastou-se do partido e passou a dedicar-se à reflexão crítica sobre o comunismo e o socialismo. Sua visão crítica e independente o tornou um dos mais respeitados intelectuais do Brasil.

    Em resumo, a obra “História do Brasil” de Boris Fausto é uma leitura essencial para quem deseja entender a formação e a evolução do país. Com uma abordagem clara e objetiva, o autor contextualiza os acontecimentos históricos e destaca as relações de poder que moldaram a sociedade brasileira. Além disso, sua contribuição para a historiografia brasileira e sua atuação política o tornam uma figura importante no cenário intelectual brasileiro.

    Como derivado da obra, a série audiovisual Documentário sobre História do Brasil por Boris Fausto

     

     

    A obra pode ser baixada gratuitamente no domínio Público. 

  • Gamificação de aulas: aplicativos e sites que podem turbinar suas aulas

    Gamificação de aulas: aplicativos e sites que podem turbinar suas aulas

    A gamificação de aulas é uma abordagem inovadora que utiliza técnicas de jogos para motivar e engajar os alunos em sala de aula. Essa metodologia vem ganhando cada vez mais adeptos no mundo todo, principalmente entre os jovens, que já estão acostumados a jogar videogames e outros tipos de jogos eletrônicos.

    O conceito de gamificação de aulas é baseado em dois princípios fundamentais: o primeiro é que os jogos são divertidos e envolventes, e o segundo é que as pessoas aprendem melhor quando estão envolvidas em atividades prazerosas e desafiadoras. Portanto, a gamificação de aulas busca criar um ambiente de aprendizado que seja divertido e desafiador ao mesmo tempo.

    Uma das principais vantagens da gamificação de aulas é que ela pode tornar o aprendizado mais interessante e motivador. Quando os alunos estão engajados em atividades lúdicas, eles ficam mais motivados a aprender e a participar ativamente das aulas. Além disso, a gamificação de aulas pode ajudar a desenvolver habilidades como trabalho em equipe, resolução de problemas e pensamento crítico.

    Para aplicar a gamificação de aulas de forma eficiente, é importante que os professores conheçam bem seus alunos e seus interesses. É preciso identificar quais são os tipos de jogos que mais despertam o interesse dos alunos e utilizar essa informação para criar atividades que sejam relevantes e desafiadoras para eles.

    Algumas das técnicas mais comuns de gamificação de aulas incluem o uso de pontos, recompensas e desafios. Os pontos podem ser atribuídos aos alunos por meio de atividades como participação em sala de aula, trabalhos em grupo e apresentações. As recompensas podem incluir prêmios como livros, jogos e outros itens que os alunos considerem interessantes. Os desafios podem ser propostos pelos professores e podem incluir atividades como resolução de problemas, quizzes e jogos educativos.

    Outra técnica de gamificação de aulas que tem se tornado cada vez mais popular é o uso de jogos digitais educativos. Esses jogos são desenvolvidos especificamente para ajudar os alunos a aprenderem conceitos e habilidades de forma divertida e interativa. Eles podem ser utilizados em sala de aula ou em casa, como uma forma complementar de aprendizado.

    Existem vários tipos de jogos educativos disponíveis, desde jogos simples para crianças em idade pré-escolar até jogos complexos para estudantes universitários. Muitos desses jogos são desenvolvidos por professores e educadores, e são baseados em princípios pedagógicos sólidos. Alguns exemplos de jogos educativos incluem jogos de matemática, jogos de ciências e jogos de história.

    Para que a gamificação de aulas seja eficiente, é preciso que os professores estejam dispostos a investir tempo e esforço no planejamento e na implementação das atividades. Além disso, é importante que os professores estejam abertos a feedbacks dos alunos e estejam dispostos a adaptar as atividades de acordo com as necessidades dos alunos.

    Outro ponto importante é que a gamificação de aulas não deve ser vista como uma solução mágica para todos os problemas de aprendo texto:

    Outro ponto importante é que a gamificação de aulas não deve ser vista como uma solução mágica para todos os problemas de aprendizagem. Ela pode ser uma estratégia muito eficaz para motivar os alunos e tornar o aprendizado mais divertido e envolvente, mas não substitui o papel fundamental do professor em guiar os alunos na construção do conhecimento.

    Além disso, é importante que os professores estejam cientes de que a gamificação de aulas pode não ser adequada para todos os alunos. Alguns alunos podem preferir métodos mais tradicionais de aprendizado, e outros podem não ter acesso aos recursos necessários para jogos digitais, como computadores e internet.

    Outra questão importante é que a gamificação de aulas deve ser utilizada de forma equilibrada. É preciso encontrar um equilíbrio entre a diversão e o aprendizado, para que os alunos não percam o foco do conteúdo e da aprendizagem. Além disso, é preciso garantir que as atividades sejam desafiadoras o suficiente para engajar os alunos, mas não tão difíceis a ponto de desmotivá-los.

    Por fim, é importante destacar que a gamificação de aulas pode ser utilizada em diversas áreas do conhecimento, desde aulas de matemática e ciências até aulas de línguas e história. Ela pode ser uma forma eficiente de tornar o aprendizado mais interessante e engajador para os alunos, e pode contribuir para o desenvolvimento de habilidades fundamentais para o sucesso acadêmico e profissional dos alunos.

    Em resumo, a gamificação de aulas é uma abordagem inovadora que utiliza técnicas de jogos para motivar e engajar os alunos em sala de aula. Ela pode ser uma forma eficiente de tornar o aprendizado mais interessante e desafiador para os alunos, e pode contribuir para o desenvolvimento de habilidades importantes, como trabalho em equipe, resolução de problemas e pensamento crítico. No entanto, é importante que os professores utilizem essa abordagem de forma equilibrada e estejam dispostos a investir tempo e esforço no planejamento e na implementação das atividades. Além disso, é preciso que os professores estejam abertos a feedbacks dos alunos e estejam dispostos a adaptar as atividades de acordo com as necessidades dos alunos.

    Aplicativos que podem ser usados para gamificação de aulas

    Kahoot

    Kahoot! é uma plataforma de aprendizagem baseada em jogos que permite aos professores criar jogos interativos para envolver os alunos em sala de aula. Com mais de 50 milhões de usuários em todo o mundo, o Kahoot! é uma ferramenta popular entre professores e alunos. A plataforma permite criar jogos de perguntas e respostas, que podem ser personalizados com imagens, vídeos e músicas. Os alunos participam dos jogos usando seus dispositivos móveis, como smartphones ou tablets, e a plataforma oferece feedback instantâneo sobre o desempenho dos alunos. O Kahoot! é uma maneira divertida e eficaz de envolver os alunos em sala de aula e estimular o aprendizado.

    Classcraft

    Classcraft é uma plataforma de gamificação que permite aos professores transformar suas aulas em aventuras épicas de RPG. Com mais de 8 milhões de usuários em todo o mundo, o Classcraft é uma ferramenta popular entre professores e alunos. A plataforma permite que os professores criem personagens e missões, e os alunos ganham pontos e recompensas virtuais por suas realizações acadêmicas e comportamentais. O Classcraft incentiva o trabalho em equipe e a colaboração, e ajuda a engajar os alunos em sala de aula. A plataforma também oferece recursos de monitoramento e análise para os professores acompanharem o desempenho dos alunos. O Classcraft é uma maneira divertida e eficaz de tornar o aprendizado mais envolvente e significativo.

    MinecraftEdu

    MinecraftEdu é uma versão educacional do famoso jogo Minecraft, projetado especificamente para uso em sala de aula. Com o MinecraftEdu, os professores podem criar mundos virtuais interativos que permitem aos alunos explorar e aprender por meio da experiência de jogar. A plataforma oferece recursos de gerenciamento de sala de aula e colaboração, permitindo que os professores controlem as configurações do jogo e monitorem o progresso dos alunos. O MinecraftEdu é uma forma divertida e envolvente de ensinar habilidades importantes, como resolução de problemas, trabalho em equipe e pensamento crítico. Com sua interface intuitiva e recursos de personalização, o MinecraftEdu é uma excelente ferramenta para professores que desejam criar experiências de aprendizado imersivas e envolventes.

  • Grammatical check: Ferramentas de correção gramatical

    Grammatical check: Ferramentas de correção gramatical

    A linguagem é uma ferramenta fundamental para a comunicação humana. É por meio da linguagem que transmitimos ideias, sentimentos, opiniões e informações para os outros. Quando se trata de escrever um texto, a escolha das palavras certas e a utilização correta da gramática são essenciais para garantir que a mensagem seja transmitida de forma clara e eficiente. Por isso, é importante escrever um texto com a linguagem correta, por isso é importante se valer de ferramentas do tipo Grammatical check.

    Uma das principais razões para usar a linguagem correta é evitar mal-entendidos. Se um texto é mal escrito, pode ser interpretado de maneira diferente do que o autor pretendia. Isso pode levar a confusão, falta de clareza e até mesmo a erros na compreensão das informações. Ao usar a linguagem correta, o autor garante que sua mensagem será clara e compreensível para o leitor. Para manter a linguagem correta use ferranmentas do tipo Grammatical check.

    Além disso, escrever com a linguagem correta ajuda a estabelecer credibilidade. Quando um texto é bem escrito, com vocabulário adequado e gramática correta, o autor passa a imagem de ser alguém confiável e competente. Por outro lado, um texto mal escrito pode dar a impressão de falta de cuidado e de falta de conhecimento por parte do autor.

    Outra razão para escrever com a linguagem correta é para que o texto possa ser entendido por uma audiência mais ampla. Ao usar termos técnicos ou jargões, o autor pode excluir leitores que não estejam familiarizados com esses termos. Por outro lado, se o texto é escrito com uma linguagem simples e acessível, mais pessoas serão capazes de entender e se envolver com o conteúdo.

    Por fim, é importante lembrar que a escrita é uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo do tempo. Ao escrever com frequência e prestando atenção à escolha das palavras e à gramática, é possível melhorar a qualidade dos textos. Portanto, dedicar tempo e esforço para escrever com a linguagem correta é um investimento em si mesmo e na sua capacidade de se comunicar de forma eficaz.

    Existem diversas ferramentas grammatical check disponíveis no mercado, algumas das quais são bastante eficazes. Aqui estão algumas das melhores ferramentas de correção gramatical disponíveis atualmente:

    1. Grammarly: Grammarly é uma ferramenta popular de correção gramatical que oferece sugestões de correção para erros de gramática, ortografia e pontuação. Ele pode ser usado como um aplicativo da web ou como uma extensão de navegador.
    2. ProWritingAid: ProWritingAid é outra ferramenta de correção gramatical popular que ajuda a identificar erros de gramática, ortografia e pontuação. Ele também oferece sugestões para melhorar a clareza e a legibilidade do seu texto.
    3. Ginger Software: Ginger Software é uma ferramenta de correção gramatical que oferece sugestões de correção para erros de gramática, ortografia e pontuação. Ele também tem recursos adicionais, como um dicionário integrado e uma função de leitura em voz alta.
    4. WhiteSmoke: WhiteSmoke é uma ferramenta de correção gramatical que ajuda a identificar erros de gramática, ortografia e pontuação. Ele também oferece sugestões para melhorar a clareza e a coesão do seu texto.
    5. LanguageTool: LanguageTool é uma ferramenta de correção gramatical gratuita e de código aberto que verifica a gramática, ortografia e pontuação em vários idiomas. Ele também oferece suporte para sugestões de correção para erros de estilo e coesão.
    6. Spell cheker: Verfificação ortográfica com base em página de website e blogs.

    Cada uma dessas ferramentas de correção gramatical oferece recursos e vantagens únicas. É recomendável experimentar algumas para encontrar a que melhor atenda às suas necessidades e preferências.

     

  • Registro de sociólogo: como fazer junto ao Ministério do Trabalho

    Registro de sociólogo: como fazer junto ao Ministério do Trabalho

    Como faze o seu registro de sociólogo pelo Ministério do Trabalho

    Por Roniel Sampaio Silva
    carteira de trabalho 1

    Todas as profissões regulamentadas por lei e as que estão vinculadas ao Cadastro Brasileiro de Ocupações (CBO), as quais  ainda não dispõe de conselho profissional podem ser objeto de registro profissional junto à Delegacia Regional do Trabalho,
    órgão competente para atuar nesses casos.

    Em alguns destes casos, o registro profissional é requisito obrigatório para que o profissional possa gozar das prerrogativas legais do exercício da profissão, dependendo da legislação profissional específica.

    Quem pode fazer?

    No nosso caso, a profissão de sociólogo é regulamentada pela Lei Nº. 6.888/80 e Decreto Nº. 89.531/84. A regra geral é que apenas os bacharéis em Ciências Sociais ou Bacharéis em Sociologia pode se registrar. No entanto, a legislação dá vazão para o registro de profissionais que já atuavam antes da legislação.

    Quais as vantagens?

    Do ponto de vista individual, você se resguarda da comprovação legal da sua habilitação profissional para exercer qualquer atividade prevista em lei, de modo a dificultar que outros profissionais exerçam a profissão irregularmente. Em muitos concursos, o registro é requisito básico para a assumir o cargo público.
    Do ponto de vista coletivo é uma maneira de prestar informações ao Estado de quem são os profissionais formados e interessados em atuar na sua área de formação.

    Como fazer?

    Há duas formas de fazer o registro profissional. Uma de forma online e outra de forma presencial.

    I) Semi presencial

    1) Você deverá fazer uma autenticação no site do Ministério do Trabalho e emprego por meio deste link (acesse aqui):

    Digite seus dados pessoais para que o sistema reconheça quem é você:

    2) Agora que você acessou seu cadastro está disponível a tela “solicitação de registro profissional”, atualize seus dados e clique na opção “prosseguir”.

    3) Selecione a opção a categoria “Sociólogo” e a função também “sociólogo”. Em seguida selecione a opção “Incluir” para cadastrar o nome da instituição, o nome do curso tal qual está escrito no diploma/certificado de conclusão do curso.  Você deve ter o CNPJ da instituição para que o sistema reconheca a IES na qual você se formou.

    soliticacao de registro

    4) Agora, você deve clicar em transmitir para formalizar o seu pedido. Seu processo constará no sistema e você deve se dirigir a uma Delegacia Regional do Trabalho para entrega dos originais e cópias dos documentos abaixo:

         a) Duas cópias do requerimento devidamente preenchidas (acesse aqui)
         b)Cópia e original da cédula de identidade
         c) Cópia e original do CPF
         d) Cópia e original da Carteira da Trabalho (CTPS)
         e) Cópia e original do comprovante de residência atualizado
         f) Cópia e original do diploma de Bacharel em Ciências sociais ou Bacharel em Sociologia
    Entregue no setor de registro profissional da Delegacia Regional do Trabalho.
    A seleção do documento Certificado de conclusão de curso superior (devidamente assinado) conduzirá a concessão do registro profissional provisório e deverá ser apresentado o diploma no prazo de 1 ano a contar da data da concessão. Caso não o diploma não seja apresentado no prazo estipulado, o registro profissional será cancelado até que a pendência seja sanada.

    Resultado

    Ao final de todo processo, em aproximadamente 15 dias, você terá um selo na sua carteira de trabalho com o número de registro profissional.

    Considerações finais

    Há apenas regulamentação profissional legal para registro de sociólogo. Desconheço o registro para cientista social ou cientista político ou antropólogo. Embora esses dois últimos estejam no CBO, não há lei que regulamente seus exercícios profissionais ainda.

  • Afinal, você sabe realmente o que é o liberalismo?

    Afinal, você sabe realmente o que é o liberalismo?

    Afinal, você sabe realmente o que é o liberalismo?

    Afinal, você sabe realmente o que é o liberalismo? É o que veremos neste artigo. Além disso, veremos também conceito e idealizadores, bem como características, obras e muito mais.

     

    De antemão, se torna interessante pontuar que o liberalismo é uma filosofia política que valoriza a liberdade individual, a propriedade privada, a livre iniciativa e a limitação do poder estatal.

     

    Conheça de fato o liberalismo

    O liberalismo é uma filosofia política que defende a liberdade individual, a igualdade perante a lei e a limitação do poder do Estado. Os liberais acreditam que a liberdade individual é um valor fundamental e que a sociedade deve ser organizada de forma a permitir que as pessoas tenham o máximo de liberdade possível para buscar seus interesses e objetivos.

     

    Em termos econômicos, o liberalismo defende a livre iniciativa e a livre concorrência, e é contra a intervenção do Estado na economia. Os liberais acreditam que a liberdade econômica é fundamental para o crescimento e desenvolvimento econômico, e que as empresas devem ser deixadas livres para operar sem a interferência do Estado.

     

    Historicamente, o liberalismo surgiu no século XVIII, como uma resposta ao absolutismo monárquico e à economia mercantilista da época. A ideia foi popularizada por pensadores como John Locke, Adam Smith e Jean-Jacques Rousseau, e foi fundamental para a Revolução Francesa e a independência dos Estados Unidos.

     

    Conceito e idealizadores

    O liberalismo é uma filosofia política que tem como principais idealizadores os pensadores John Locke, Adam Smith e Jean-Jacques Rousseau.

     

    John Locke, filósofo inglês do século XVII, é considerado o pai do liberalismo político. Ele defendia a ideia de que o poder político deve ser limitado e que os indivíduos têm direitos naturais, como a vida, a liberdade e a propriedade, que devem ser protegidos pelo Estado.

     

    Adam Smith, economista escocês do século XVIII, é considerado o pai do liberalismo econômico. Ele defendia a ideia de que a livre iniciativa e a livre concorrência são fundamentais para o desenvolvimento econômico, e que o Estado deve ter um papel mínimo na economia.

     

    Jean-Jacques Rousseau, filósofo suíço do século XVIII, é considerado um dos principais idealizadores do liberalismo social. Ele defendia a ideia de que a liberdade individual só é possível em uma sociedade justa e igualitária, e que o Estado deve ter um papel ativo na promoção da igualdade social.

     

    Outros pensadores importantes para o desenvolvimento do liberalismo são Montesquieu, Voltaire, Thomas Jefferson e John Stuart Mill. Juntos, esses pensadores ajudaram a estabelecer os princípios fundamentais do liberalismo político, econômico e social que influenciam a política e a economia até os dias de hoje.

     

    Características

    Após ter visto o conceito e idealizadores do liberalismo, se torna importante ressaltar algumas das principais características do liberalismo, que são:

     

    • Liberdade individual: o liberalismo valoriza a liberdade individual e acredita que cada pessoa deve ser livre para buscar seus próprios interesses e objetivos.
    • Igualdade perante a lei: o liberalismo defende a ideia de que todas as pessoas devem ser iguais perante a lei, independentemente de sua origem, raça, sexo ou religião.
    • Limitação do poder do Estado: os liberais acreditam que o Estado deve ser limitado em seu poder e em sua intervenção na vida dos indivíduos e empresas.
    • Propriedade privada: os liberais defendem a ideia de que a propriedade privada é um direito fundamental e que os indivíduos têm o direito de possuir e controlar seus bens e recursos.
    • Tolerância e pluralismo: os liberais defendem a ideia de que a tolerância e o respeito pelas diferenças são fundamentais para uma sociedade livre e justa.

     

    Dessa forma, essas são apenas algumas características importantes a serem pontuadas da filosofia do liberalismo.

     

    Obras

    Visto algumas características do liberalismo, se torna relevante pontuar algumas obras importantes para o desenvolvimento do liberalismo, a seguir elas:

     

    • “Segundo Tratado sobre o Governo Civil”, de John Locke.
    • “A Riqueza das Nações”, de Adam Smith.
    • “Do Contrato Social”, de Jean-Jacques Rousseau.
    • “O Espírito das Leis”, de Montesquieu.
    • “Sobre a Liberdade”, de John Stuart Mill.
    • “Candide”, de Voltaire.

     

    Essas obras ajudaram a estabelecer os princípios fundamentais do liberalismo político, econômico e social e influenciaram o pensamento político e econômico ao longo dos séculos.

    Críticas

    críticos argumentam que ela pode ser limitada e insuficiente para garantir a participação e o poder real do povo. Por exemplo, a democracia liberal muitas vezes favorece a representação por meio de partidos políticos, o que pode levar a uma limitação da participação política por meio de outras formas de organização, como os movimentos sociais.

    Outra crítica ao liberalismo é que ele tende a promover a ideia de que a ciência e a tecnologia são sempre benéficas para a sociedade. Embora a ciência e a tecnologia tenham trazido muitos avanços para a humanidade, elas também têm o potencial de causar danos significativos, especialmente quando são utilizadas sem consideração pelos impactos sociais, culturais e ambientais. Isso pode levar a uma sociedade em que a tecnologia é vista como uma solução para todos os problemas, sem levar em conta as consequências negativas para as pessoas e para o planeta.

    Além disso, muitos críticos argumentam que o liberalismo tende a enfatizar a importância da liberdade individual em detrimento da igualdade social. Embora a liberdade individual seja certamente importante, ela pode ser limitada por desigualdades sociais e econômicas. Por exemplo, uma pessoa pode ter liberdade para escolher o que fazer com seu dinheiro, mas essa liberdade é limitada se ela não tem renda suficiente para satisfazer suas necessidades básicas.

    Finalmente, muitos críticos argumentam que o liberalismo tende a favorecer os interesses das elites econômicas em detrimento dos interesses da maioria. Embora o liberalismo defenda a igualdade perante a lei, ele muitas vezes não aborda as desigualdades econômicas que permitem que algumas pessoas tenham mais poder e influência do que outras. Isso pode levar a uma sociedade em que as elites econômicas têm um poder desproporcional sobre a política e a economia, o que pode prejudicar a justiça e a equidade.

    Conclusão

    Em conclusão, o liberalismo é uma filosofia política e econômica que valoriza a liberdade individual, a igualdade perante a lei e a limitação do poder do Estado. Defendido por importantes pensadores como John Locke, Adam Smith e Jean-Jacques Rousseau, o liberalismo ajudou a estabelecer os princípios fundamentais da democracia moderna, da economia de mercado e da defesa dos direitos individuais e liberdades civis. 

    Apesar das críticas que recebe, o liberalismo permanece uma das filosofias políticas mais influentes e relevantes da atualidade, orientando políticas públicas e decisões econômicas em diversos países do mundo. Por fim, se você tem alguma dúvida sobre o assunto, deixe nos comentários abaixo.

     

  • O que estuda a sociologia?

    O que estuda a sociologia?

    A Sociologia é uma ciência social que estuda o comportamento social, relações sociais e processos sociais nas sociedades criadas a partir da Modernidade capitalista. Neste sentido, tem como objetivo estudar a sociedade, suas instituições, normas, valores, relações sociais e processos sociais. Ela se preocupa em compreender como as pessoas vivem em sociedade, como interagem e como as relações sociais são organizadas. O presente texto tem como objetivo apresentar o objeto de estudo da Sociologia, destacando suas principais contribuições teóricas.

    O OBJETO DE ESTUDO DA SOCIOLOGIA: O que estuda a sociologia?

    O objeto de estudo da Sociologia é a sociedade. De acordo com Durkheim (1895), a Sociologia é a ciência que se ocupa do estudo dos fatos sociais, que são as maneiras coletivas de agir, pensar e sentir que são impostas às pessoas pela sociedade. Os fatos sociais são externos ao indivíduo e independem da vontade individual. Eles são produto das instituições e das relações sociais, e afetam a vida das pessoas de maneira profunda e duradoura.

    Para Weber (1904), a Sociologia é a ciência que se ocupa da ação social. A ação social é todo comportamento humano que é orientado pela presença dos outros, ou seja, é influenciado pela relação social que está sendo estabelecida. Weber destaca que a ação social pode ser compreendida a partir de quatro tipos ideais: ação tradicional, ação afetiva, ação racional com relação a valores e ação racional com relação a fins.

    Já para Marx (1867), a Sociologia é a ciência que se ocupa das relações sociais que se estabelecem no processo de produção. Marx destaca que a sociedade é dividida em classes sociais, e que a luta de classes é o motor da história. A Sociologia deve, portanto, estudar as relações entre as classes sociais e as formas de exploração que se estabelecem nesse processo.

    A CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA DE DURKHEIM

    Durkheim é considerado um dos pais da Sociologia e sua contribuição teórica é fundamental para a compreensão de o que estuda a sociologia. Durkheim destaca que a sociedade é composta por uma série de instituições sociais, como a família, a religião, a educação, entre outras, que são responsáveis por regular o comportamento humano. Essas instituições são externas ao indivíduo, mas são capazes de influenciar sua vida de maneira significativa.

    Para Durkheim, a Sociologia deve se preocupar em estudar os fatos sociais de maneira objetiva, ou seja, sem se preocupar com a subjetividade dos indivíduos. Ele defende que os fatos sociais devem ser estudados como coisas, ou seja, como entidades independentes dos indivíduos que as produzem. Essa perspectiva de estudo é fundamental para a compreensão da Sociologia como ciência.

    A CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA DE WEBER

    Weber é outro pensador fundamental para a Sociologia. Sua contribuição teórica se concentra na análise da ação social. Weber destaca que a ação social pode ser compreendida a partir de quatro tipos ideais: ação tradicional, ação afetiva, ação racional com relação a valores e ação racional com relação a fins.

    A ação tradicional é aquela que é guiada pelos costumes e tradições. A ação afetiva é aquela que é guiada pelas emoções e sentimentos. A ação racional com relação a valores é aquela que é guiada por princípios morais e éticos. E a ação racional com relação a fins é aquela que é guiada por objetivos racionais, como alcançar um determinado resultado.

    Weber também desenvolveu o conceito de burocracia, que é uma forma de organização que se caracteriza pela divisão do trabalho, hierarquia de autoridade, regras e regulamentos e impessoalidade. Essa forma de organização é muito comum nas instituições modernas, como empresas, governos e universidades.

    A CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA DE MARX

    Marx é um dos principais pensadores da Sociologia e sua contribuição teórica é fundamental para a compreensão da disciplina. Marx destaca que a sociedade é dividida em classes sociais, que se estabelecem a partir das relações de produção. Ele defende que a luta de classes é o motor da história, ou seja, as mudanças sociais ocorrem a partir dos conflitos entre as classes sociais.

    Para Marx, a classe dominante detém os meios de produção e explora a classe trabalhadora, que não possui esses meios e é obrigada a vender sua força de trabalho para sobreviver. Ele defende que o capitalismo é um sistema econômico que se baseia na exploração da classe trabalhadora pela classe dominante.

    CONCLUSÃO

    O que estuda a sociologia? Em conclusão, a Sociologia é uma disciplina que tem como objetivo estudar a sociedade e suas instituições, relações sociais e processos sociais. Durkheim destaca a importância dos fatos sociais, Weber se concentra na análise da ação social e das formas de organização burocráticas, e Marx destaca a luta de classes e as relações de produção como fundamentais para a compreensão da sociedade.

    As contribuições teóricas desses pensadores são fundamentais para a compreensão da Sociologia como ciência e para a análise da sociedade contemporânea. A Sociologia é uma disciplina que permite compreender as mudanças sociais e os conflitos que ocorrem na sociedade, contribuindo para a formulação de políticas públicas e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

    MARX, Karl. O Capital. São Paulo: Boitempo, 2013.

    WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

  • Conceito de capital: Marx, Weber e Bourdieu

    Conceito de capital: Marx, Weber e Bourdieu

    O capital é um conceito central para entender as relações sociais, políticas e econômicas na sociedade moderna. Nas últimas décadas, o debate sobre o capitalismo se intensificou, especialmente no que diz respeito às desigualdades sociais e econômicas que ele gera. Nesse sentido, a sociologia fornece ferramentas teóricas importantes para a compreensão do capital e seu impacto na sociedade. O objetivo deste trabalho é discutir o conceito de capital, suas diversas formas e como importantes pensadores como Pierre Bourdieu, Karl Marx e Max Weber lidam com ele.

    Por Rogerio Tineu 

    Conceito de capital em Marx
    No ensaio intitulado Estratificação Social e Estrutura de Classes, de 1962, Rodolfo Stavenhagen (1977, p. 133-134) afirma que o tema das classes, como elemento da estrutura social, ocupava um lugar de destaque na sociologia clássica no qual as classes sociais são vistas como elementos da estrutura social. Na sociologia latino-americana o conceito de classes sociais identificou-se com o da estratificação social e, em Marx e Engels, e na escola marxista, deram ao conceito de classes seu fundamento científico e o integraram como parte primordial do seu sistema sociológico e econômico. Nas últimas décadas houve uma perda do sentido original do conceito de classe que se confundiu com o de estratificação social.Com o olhar atento sobre a vasta obra de Marx, especialmente em relação ao fenômeno classe social, é possível fazer duas constatações importantes sobre esse fenômeno segundo Stavenhagen (1977, p.147-148): a primeira constatação, “não se encontra uma definição exaustiva sobre as classes e que a análise sistemática do tema no último livro de O Capital não chegou a ser concluída”; a segunda, “através das diversas obras de Marx aparecem diferentes interpretações do fenômeno que nem sempre são concordantes, mas que de maneira alguma se contradizem”. Isso resulta da aplicação do método dialético aos fenômenos sociais conjugado à maturação do conceito na própria mente do autor. O conceito de classe social para Marx se forma a partir de três aspectos: o filosófico, o econômico e o histórico, ou seja, uma abordagem estrutural-funcional e dinâmica. Para Stavenhagen essa abordagem implica em uma série de questões, expostas a seguir:
    a) Os estratos (camadas ou classes no sentido de uma estratificação) constituem categorias descritivas e estáticas. Já as classes sociais constituem categorias analíticas, ou seja, fazem parte da estrutura social com a qual mantêm relações específicas. Seu estudo conduz ao conhecimento das forças motrizes da sociedade ao permitir passar da descrição à explicação no estudo das sociedades.
    b) A classe social é uma categoria histórica, isto é, as classes sociais estão ligadas à evolução e ao desenvolvimento da sociedade, sendo encontradas no interior das estruturas sociais construídas historicamente. Por isso é que faz pouco sentido os sociólogos da escola da estratificação falarem de classes altas, médias e baixas em todas as sociedades em todos os tempos. Ainda, as classes sociais não são imutáveis no tempo, formam-se, desenvolvem-se e modificam-se à medida que a sociedade também se transforma.
    c) Desde que Weber distinguiu as dimensões econômicas, política e social, certos autores só reconhecem no conceito de classe uma base econômica, sendo esta posição geralmente atribuída ao marxismo. Vale lembrar que a concepção que Weber tinha sobre a ordem econômica não corresponde à de Marx. Para alguns autores “as semelhanças culturais, mentais, morais e de conduta dos membros de uma classe social são devidas à base objetiva de suas posições profissionais, econômicas e legais semelhantes de seus membros” (SOROKIN apud STAVENHAGEN 1977,p. 150). Mas, para Marx, “a classe era um princípio único e dominante… e quando um sistema social se estabelece as três dimensões convergem e as hierarquias econômicas, política e cultural se identificam” (MARSHALL apud STAVENHAGEN 1977, p. 150). Para a posição marxista, não é a ocupação, renda ou estilo de vida que constitui o principal critério para a formação de uma classe social, embora todos constituam critérios secundários que vigoram em casos particulares. A política, as ideologias e a cultura conjuntamente às questões de ordem econômica são fatores determinantes para o processo de constituição da classe social. Se por um lado, o que Weber separa a partir dos conceitos de ordem social e ordem econômica, do outro lado Marx integra em uma mesma totalidade complexa, materialmente determinada, a organização da produção social da existência. A noção de economia está assentada sobre a organização da produção material, o que explicaria o uso do conceito mesmo para sociedades nas quais não há predominância do mercado. Para o marxismo, a base econômica da constituição das classes sociais é a relação com os meios de produção.
    d) As classes sociais não existem de maneira isolada, mas como parte de um sistema de classes, o que define e distingue as classes sociais são as relações específicas que se estabelecem entre elas. De acordo com Lênin, são essas posições diferenciais que permitem que uma classe social se aproprie do trabalho de outra determinam que os interesses objetivos das classes não sejam distintos, mas, sobretudo, contrários e opostos.

    e) A consciência de classe é o elo que permite a passagem da classe “em si”, agrupamento com interesses objetivos e latentes, à classe “para si”, grupo de poder que tende a organizar-se para o conflito ou luta política com interesses objetivos claros e declarados. Contudo, a consciência de classe não surge espontaneamente a partir de uma situação de classe. São necessárias duas fases consecutivas para que ocorra o desenvolvimento da consciência de classe. Na primeira, uma classe social respeita outra classe devido à sua posição na organização socioeconômica. Na segunda fase, a classe tomou consciência de si mesma, de seus interesses e de sua missão histórica, como um grupo de ação política com efetivo papel nas lutas sociais ao contribuir para as mudanças sociais e para o desenvolvimento da sociedade. f) Luta de classes – expressa pelas contradições do próprio sistema socioeconômico. A contradição entre as forças de produção e as relações de produção é o motor da luta e dos conflitos de classes. Se de um lado encontra-se a classe dominante, proprietária dos meios sociais de produção e representante das relações de produção estabelecidas, do outro está a classe dominada, cujo trabalho é apropriado pela classe dominante. Mias cedo ou mais tarde as novas forças de produção entram em contradição com o sistema de relações vigente, estabelecendo-se assim relações conflituosas de interesses antagônicos entre as classes. g) Para alguns autores como Gurvitch e Sorokin, as classes são fenômenos recentes na história, originando-se a partir da Revolução Industrial. No sistema feudal era o Estado e as ordens que determinavam a estrutura social do mundo ocidental. Já para o marxismo, as classes constituem um fenômeno quase universal, característico de qualquer sociedade baseada na exploração de uma parte da população pela outra, ou seja, o escravismo, feudalismo ou capitalismo. Outra interpretação dos autores é de que a sociedade de classes decorre da divisão funcional do trabalho associado ao industrialismo ao invés de considerarem a sociedade de classes como fato central de um sistema determinado de exploração econômica. Dessa feita, a abolição das classes estaria sujeita ao fim do industrialismo, proposição falaciosa pela visão marxista, já que o industrialismo é um tipo de produção material e não um tipo de estrutura socioeconômica. É, por fim, o resultado do progresso técnico da humanidade e não das relações específicas que se estabelecem entre homens tendo por base determinadas forças de produção.h) Quantas e quais são as classes sociais no sistema capitalista? Nas obras de Marx são encontradas, tanto a visão dicotômica (senhores feudais e servos; burguesia e proletariado), quanto esquemas em que aparecem múltiplas classes nos cenários histórico e social. As diferentes visões não são contraditórias, pois a primeira abordagem permite a elaboração de modelos teóricos e a segunda, análises concretas de situações históricas particulares. Assim, em alguns países subdesenvolvidos, a produção industrial capitalista limitada coexiste com um sistema semifeudal de grandes latifúndios. Os sociólogos dedicaram parte de seus esforços ao problema das chamadas classes médias, ou ainda, a uma suposta classe de diretores e gerentes, ou tecnocratas, como um novo fenômeno novo proveniente do industrialismo. Stavenhagen analisa essa questão da seguinte maneira: para os estudiosos da estratificação há uma hierarquização dos estratos e, por conseguinte, sempre haverá classes médias entre os estratos superior e inferior da sociedade. Mas é evidente, segundo o autor, que esse procedimento não corresponde à concepção estrutural-funcional e dinâmica das classes sociais. Na concepção marxista de classe social, as categorias intermediárias podem ocupar posições determinadas, ou seja, o cruzamento de diversas divisões dicotômicas pode produzir uma terceira categoria, exemplo: entre aqueles que empregam sua própria força de trabalho e os que empregam a força de trabalho de outros, o resultado é uma terceira categoria, aqueles que possuem os meios de produção, mas não empregam mão de obra alheia (artesãos, propriedade agrícola familiar, trabalhadores autônomos).

    Nas obras de Marx, essas categorias intermediárias, às vezes, recebem o nome de pequena-burguesia e, em determinadas situações, podem transformar-se em classes sociais. Já a chamada classe tecnoburocrática também denominada de classe média decorrente do industrialismo é composta pelos diretores, gerentes e burocratas da sociedade capitalista, pretende-se, contudo, que tenha vindo substituir os capitalistas como classe dominante da sociedade e que constitui, por isso mesmo, a prova da negação do marxismo no século XX.Cabe assinalar, segundo Marx apud Lukács (1977, p. 16) que “o capital não é uma coisa, mas uma relação social entre pessoas, mediatizada pelas coisas”. O indivíduo ao compreender que ele não deve ser medido por coisas ou mesmo ser coisificado e o lança para um estágio anterior ao da consciência de classe. Ele precisa agora estabelecer relações com seus iguais, aqueles como ele que são oprimidos por sua condição de classe, ou ainda, por sua condição étnica, fundamentalmente por sua cor de pele, constituem-se em uma totalidade. A consciência de classe é descrita por Lukács (1977, p. 18-21) como sendo uma reação adequadamente racional que deve ser transferida a uma determinada situação típica no processo de produção. A consciência de classe é uma totalidade, não é, portanto, nem a soma nem a média do que os indivíduos que formam a classe pensam ou sentem. A consciência de classe ao se refletir em seu par dialético a ação e por sua vez a ação refletir-se na consciência de classe, considera-se, portanto, a ação decisiva da classe como totalidade e está determinada por essa consciência e não pelo pensamento do indivíduo. Essa ação não pode ser conhecida a não ser a partir dessa consciência. Lukács indaga “em que medida a totalidade da economia de uma sociedade pode ser percebida do interior de uma sociedade determinada a partir de uma posição determinada do processo de produção”. Ele responde que assim como se pode estar acima das limitações que fazem os indivíduos sofrerem os preconceitos inerentes à sua condição de vida, ao mesmo tempo eles não podem ir além do limite imposto pela estrutura econômica da sociedade de sua época e pela posição que nela ocupam. A classe dominante é que organiza, a partir de seus próprios interesses e sua consciência de classe, o conjunto da sociedade. Essa imposição organizativa acirra os conflitos de classe e a luta de classes se estabelece a partir da violência originada da classe dominante. Um exemplo é a acumulação primitiva do capital (espoliação da mão de obra e das colônias ao longo dos séculos XVI ao XVIII).

    Em segundo lugar, é justamente no enfrentamento conflituoso e violento entre as classes para a determinação de sua existência que emerge a consciência de classe. Na constituição de uma classe social legítima uma parte dos indivíduos deve estar completamente organizada e a outra parte quase organizada de acordo com Sorokin (1977, p. 85) em sua visão mais formalista. Ao se completar essa organização é que surge a consciência de classe entre os membros do grupo, consciência esta formada e composta pelos significados, valores e normas. Porém uma mera ideologia de classe fomentada por qualquer teórico não assegura a existência objetiva de uma classe.A dialética da consciência de classe, segundo Lukács (1977, p. 38-39), “repousa na oposição insuperável entre o indivíduo capitalista, o indivíduo segundo o esquema do capitalismo individual, e a evolução submetida às leis naturais necessárias, isto é, que escapam, por princípio, à consciência”. É justamente essa contradição dialética interna na consciência da classe burguesa acrescida da organização positiva e necessária da produção como forma a manter o domínio da sociedade que determina seu par dialético, o proletariado. Essa situação da burguesia é que determina a função, o papel que deve desempenhar a consciência de classe na luta pela dominação da sociedade. Como essa dominação não é exercida somente pela classe burguesa, mas também no interesse dela própria, é que se dá a condição contra o que não se pode vencer no sentido de manter a condição do regime burguês. É necessário que as outras classes se iludam ao permanecerem com uma consciência de classe confusa. Ou seja, o gerente ou o burocrata que por uma pseuda condição ético-estética considera-se capitalista, e se vê somente como dono dos meios sociais de produção sem mesmo sê-lo, absorveu para si a consciência de classe do outro.
    Conceito de capital em Weber

    Antes de entrar na questão central deste item é importante conhecer um pouco as preocupações sociológicas de Weber e seus tipos ideais, no sentido de compreender com mais clareza as ideias de Weber sobre classe social e grupo de status. A ação humana é social na medida em que, em função da significação subjetiva que o indivíduo que age lhe atribui, toma em consideração o comportamento dos outros e é por ele afetada no seu curso. A função da sociologia para Weber é investigar a ação social e ressaltar os elementos mais gerais de cada fase do processo histórico da sociedade.

    No método da compreensão social todo indivíduo, ao agir, age guiado por motivações que, por sua vez, são baseadas em valores. O cientista deve descobrir os possíveis significados ou sentidos da ação humana presente na realidade social que interessa estudar. O indivíduo age sempre em função de sua motivação e da consciência de agir em relação a outros indivíduos sendo impossível descartar-se das pré-noções, como queria Durkheim. Existe uma parcialidade na análise sociológica. Não há, portanto, neutralidade científica. Para Weber a sociedade é uma totalidade constituída de uma multiplicidade de interações sociais.O tipo ideal é um instrumento de análise proposto por Weber para a compreensão das ações sociais na construção de um tipo ideal. O sociólogo seleciona aspectos da ação humana que considera culturalmente relevantes para o estudo e o faz segundo seus próprios valores, configurando uma construção teórica abstrata do tipo ideal ou do tipo puro. Weber divide o tipo ideal ou puro em duas categorias básicas; a primeira constitui-se na tipologia da ação social e a segunda na tipologia da dominação legítima.Tipologia da ação social: os tipos a seguir se apresentam com intensidade diferenciada em diferentes sociedades. Nas sociedades antigas a tradição e afetividade eram dominantes, prevalecendo a família e a religião. Já as sociedades modernas são marcadas pela racionalidade em relação aos valores e aos fins. a) Ação tradicional: determinada por um costume arraigado como a troca de presentes no Natal, no dia das mães ou dos namorados; b) Ação afetiva: especialmente emotiva e determinada por afetos e estados sentimentais atuais como os encontrado nas torcidas de futebol; c) Ação emocional com relação a valores: determinada pela crença consciente em valores de cunho ético, estético, religioso ou qualquer outra forma, exemplo é o trabalho voluntário; d) Ação racional com relações afins: determinada por expectativas, condições ou meios para alcançar fins próprios, racionalmente perseguidos, exemplo é a empresa capitalista.Tanto a ação afetiva quanto a tradicional produzem relação entre pessoas e são coletivas e comunitárias ao promoverem a noção de comunhão e o conceito de comunidade. Na concepção de Durkheim, a comunidade é anterior à sociedade, ou melhor, a comunidade se transforma em sociedade. Já para Weber comunidade e sociedade coexistem. A comunidade existe no interior da sociedade, como por exemplo, a família que existe dentro da sociedade.

    Tipologia da dominação legítima: aqui a questão central é o poder e o porquê um determinado indivíduo ou conjunto de indivíduos detém a capacidade de dirigir a sociedade, ou ainda, por que é dado ao Estado o direito de estabelecer e aplicar as leis e controlar os meios de controle social. O Estado ou alguém detém a capacidade de dominar a sociedade porque são reconhecidos como legítimos pelos indivíduos. Essa abordagem é tipificada por Weber da seguinte maneira: a) Dominação tradicional: baseada no patrimonialismo e refere-se à autoridade pessoal do governante, investida por força do costume; b) Dominação carismática: baseada no carisma, ou seja, na capacidade excepcional de liderança de alguém; c) Dominação racional-legal: baseada na burocracia, no direito que se liga aos aspectos racionais e técnicos de administração.Weber (1977, p. 61-62) em Classe, Status, Partido, texto publicado postumamente, discorre a respeito do poder determinado economicamente e a ordem social. Antes mesmo de explicar esse dois pontos é importante explicar o significado da palavra “status”, de acordo com o tradutor da obra: “Em alemão ‘stände’. Há quem prefira traduzir por ‘estamentos’, estados, e mesmo ‘estratos de status’”. O mesmo cuidado o tradutor teve com o termo “partido”: “Frequentemente com esse termo Weber se refere, de forma ampla, a grupos corporativos orientados politicamente ou a estratos de poder, o que inclui, além de partidos políticos, também facções, grupos de pressão etc.”. O termo “estratificação social” será utilizado por alguns autores não significando, de forma alguma, classe social. Voltando à questão do poder Weber afirma que o poder condicionado economicamente difere do poder como tal, pois o surgimento do poder econômico pode ser decorrente de um poder que tenha outro fundamento. Ele afirma também que o homem não luta pelo poder apenas para se enriquecer. O poder econômico nem sempre é reconhecido com base na honra social. Nem é o poder, de forma geral, a única base da honra social. Reforça Weber, que a honra social ou prestígio pode até ser o fundamento do poder político e econômico. Tanto o poder (político ou econômico) como a honra podem ser garantidos pela ordem legal, contudo não se constituem em sua fonte principal.Já a ordem social, que difere da ordem econômica, é a forma pela qual a honra social se distribui numa comunidade entre seus diversos grupos. A ordem social e a ordem econômica estão ambas relacionadas à ordem legal. A ordem econômica é apenas a forma pela qual os bens e serviços são distribuídos

    e utilizados. A ordem social é condicionada a ordem econômica que por sua vez reage a ela.Conclui Weber: “(…) classes, grupos de status e partidos são fenômenos de distribuição de poder dentro duma comunidade” (1977: 62).Para Stavenhagen (1977, p. 134): “Aceita-se universalmente que todas as sociedades humanas estejam estratificadas de uma ou de outra maneira. Isso significa que os indivíduos ou grupos estão dispostos hierarquicamente numa escala”. Para testar sua premissa, Stavenhagen (Idem, p.135-142) elabora quatro problemas referentes ao estudo da estratificação:a) O primeiro problema é se essas hierarquizações existem realmente na sociedade ou se são apenas construções abstratas de investigação para serem usadas como instrumento de classificação na pesquisa social. Stavenhagen busca respostas em Davis & Moore (1977) que afirmam que as estratificações são universais e representam a distribuição desigual de direitos e obrigações numa sociedade, a base para diferentes estruturas sociais, constituídas pelo prestígio diferencial das diversas posições na sociedade e das pessoas que as ocupam, sendo que a determinação dessa base de prestígio depende do critério adotado.b) O segundo problema é o de determinar quais são os fatores empregados para estabelecer as hierarquias sociais. Davis & Moore (1977) constatam que existem dois fatores de uma hierarquia – a sua importância ou função para a sociedade e o treinamento ou talento necessário para ocupá-la.c) O terceiro problema relaciona-se a se são os indivíduos os hierarquizados segundo certos atributos individuais ou se a estratificação implica a hierarquização de grupos sociais bem definidos e delimitados. Davis & Moore (1977) respondem da seguinte maneira: no caso de ser o indivíduo, o status do indivíduo é o resultado de uma série de atributos individuais baseados nos fatores de hierarquização, ou seja, a posição de um indivíduo num sistema de estratificação é considerada como seu status social. Para o caso de ser um grupo social bem definido (também chamado de estrato, camada ou classe) é geralmente categoria estatística organizada em um conjunto de pessoas que têm em comum um número determinado de características mensuráveis, ou seja, um status comum. Portanto, o conceito de classe social implica em agrupamentos discretos, hierarquizados num sistema de estratificação.

    d) O quarto problema – qual a relação existente entre a estratificação e a estrutura da sociedade principalmente em relação às mudanças sociais. A resposta é dada por Weber (1977, p. 61-63) ao relacionar o poder determinado economicamente e a ordem social que organiza a estrutura social. Weber, portanto, faz distinção entre as três dimensões da sociedade: a) ordem econômica, representada pelas classes; b) a ordem social, representada pelo status; c) a ordem política, representada pelo partido. Cada uma dessas dimensões possui uma estratificação própria: na dimensão econômica, a estratificação é dada pelos rendimentos, bens e serviços de que o indivíduo dispõe; na social, é de prestígio e honra que o indivíduo desfruta, e na política é o poder que o indivíduo ostenta.Paralelamente ao conceito de classe, Weber desenvolve o conceito de grupos de status que são formados em uma comunidade a partir do prestígio e da distinção social que se formam pela honorabilidade, estima social e outros valores de nobreza social. Esse conceito contrasta com o de classe, designado a partir de um viés econômico. Portanto, os grupos de status podem acionar outras fontes de poder pelo fato de possuírem um determinado estilo de vida e uma cultura própria garantida por relações familiares, de educação, de amizade e casamento.O desenvolvimento de grupos de status a partir da segregação étnica não constitui para Weber (1977, p. 75-76) um fenômeno normal. Ele entende ser justamente o contrário, pois a segregação étnica deve ser percebida como diferença racial objetiva não se constituindo, de forma alguma, “básica para todo sentimento subjetivo de uma comunidade étnica, o fundamento inicial de raça da estrutura de status depende, absoluta e justificadamente, do caso concreto individual”. Não raro, um determinado grupo de status é utilizado como referência para a produção de um tipo antropológico puro.Os grupos de status podem ser formados a partir de um processo seletivo ao escolher os indivíduos mais aptos e qualificados. Porém, a seleção não é o único modo de formação de grupos de status. Também se formam a partir da participação política ou da situação de classe. Assim sendo, a situação de classe, de longe, é o fator predominante, pois a possibilidade de um estilo de vida que se espera dos membros de um grupo de status é normalmente condicionada pela condição econômica. Weber (1977, p. 63) não define as classes sociais como comunidades, entretanto considera que elas sejam bases possíveis para a “ação comunal”.A classe

    é definida, sob o ponto de vista econômico, de acordo com as três características descritas a seguir: a) como um grupo de pessoas que possuem em comum um componente causal específico de suas oportunidades de vida; b) na medida em que esse componente causal é representado exclusivamente por interesses econômicos ligados à posse de bens e oportunidades de rendimentos; c) é representado sob as condições específicas do mercado de produtos ou de mercado de trabalho. Portanto, a classe social para Weber, baseia-se na ordem econômica, não sendo mais do que um aspecto da estrutura social.Mesmo definindo classe por meio de um critério exclusivamente econômico, Weber não enfatiza a produção, mas o mercado no qual e pelo qual os indivíduos compartilham as mesmas oportunidades e recursos, que não são, exclusivamente, o capital econômico e o trabalho, pois incluem outros recursos como as habilidades específicas que advêm da experiência e do treinamento profissional.Stavenhagen (1977, p. 142-143) faz críticas à teoria weberiana por definir classe somente sob o ponto de vista econômico. Em primeiro lugar, o autor afirma que a classe baseada na ordem econômica não seria mais do que um aspecto da estrutura social, aspecto esse que segundo Marshall (apud Stavenhagen 1977: 142) “está perdendo sua importância na sociedade moderna, diante da importância do status como elemento primordial da estratificação social”. O conceito de classe tem por sinônimo estrato em qualquer tipo de estratificação e não somente na estratificação econômica. Em segundo lugar, é necessário destacar ser difícil ver como “os esquemas de estratificação que mostram status ou classes superiores, médias e baixas, com todas as suas variações, podem ser integrados à estrutura social, caso não sejam considerados outros fatores”. Em terceiro lugar, a estratificação não vai além do nível da experiência por se tratar de simples descrições estáticas e que conduzem aos estereótipos e não à compreensão das estruturas.Contudo, para Stavenhagen (1977, p. 165-166) existem estratificações que não se baseiam nas relações de classe, pelo menos à primeira vista. Exemplo são as categorias profissionais de prestígio ou certas hierarquias baseadas no pertencer racial ou étnico. A discriminação dos negros nos Estados Unidos, mesmo ignorando-se suas implicações econômicas, tem sua origem na escravidão combinada com o desenvolvimento do capitalismo industrial, logo após a abolição da escravidão desse país no ano de 1863. Portanto, a estratificação racial dos Estados

    Unidos, assim como no Brasil, baseia-se em uma situação de classe, ao menos em sua origem. A esse respeito, o autor chama a atenção e toma o cuidado ao lembrar que a tese da discriminação racial nos Estados Unidos é produto da exploração econômica considerada, por muitos sociólogos estadunidenses, um anátema. Eles preferem ver a discriminação racial somente pela ótica do irracionalismo humano.
    Conceito de capital em Bourdieu

    Bourdieu define classe social como sendo:(…) conjuntos de agentes que ocupam posições semelhantes e que, colocados em condições semelhantes e sujeitos a condicionamentos semelhantes, têm, com toda a probabilidade, atitudes e interesses semelhantes, logo, práticas e tomadas de posições semelhantes. (BOURDIEU, 1998, p.136)O estudo efetivo da classe social depende, segundo Bourdieu, de um necessário rompimento com Marx. O primeiro rompimento é com a substância ou aquilo que há de permanente nas coisas mutáveis. Classe não é um grupo real e sim um conjunto de relações, e para Bourdieu é necessário romper com a substância e privilegiar as relações. A segunda ruptura é com o economicismo passando a considerar o espaço multidimensional. Por fim, romper com o objetivismo e privilegiar as lutas simbólicas nos mais diferentes campos.Silva (1995, p. 30) afirma ser útil considerar as duas maneiras que Bourdieu (1987) utiliza o conceito de classe; ele faz uma distinção entre classes teóricas ou prováveis e classes concretas ou reais. As classes teóricas ou prováveis – essas classes são definidas a partir de uma avaliação das disponibilidades que indivíduos ou grupos têm das formas básicas de poder (capital econômico e capital cultural). Na concepção de Bourdieu são várias as formas de poder e o indivíduo é visto como ocupante de um determinado ponto num espaço social multidimensional e as classes são os grupos que ocupam posições próximas neste mesmo espaço. Essa concepção, de acordo com Silva (1995, p. 31) sugere uma imagem gráfica (Figura 1 – Representação gráfica das classes teóricas de Bourdieu) das classes como estruturas prováveis de estilo de vida designado pelo capital provável sendo este o resultado das inter-relações do capital econômico, do capital cultura e do capital social, pelos quais cada indivíduo pode estar imerso e exposto. Embora a Figura 1 apresentada em Silva (1995, p. 31) não seja utilizada por Bourdieu e até, de certo ponto, viole

    suas propostas, ela é um recurso didático-visual que facilita compreender a ação conjunta dos capitais.A expressão capital cultural é uma expressão cunhada por Pierre Bourdieu com o objetivo de analisar as diversas situações de classe. Silva (1995, p. 24) destaca que em certa medida o capital cultural serve para caracterizar subculturas de classe ou setores de classe. Grande parte da obra de Bourdieu é dedicada à descrição minuciosa da cultura em seu sentido mais amplo, como: os gostos, os estilos de vida, os valores, habitus etc. decorrentes das condições de vida específicas das diferentes classes, moldando as suas características e contribuindo para distinguir, por exemplo, a burguesia tradicional da nova pequena burguesia e esta da classe trabalhadora.A representação gráfica das classes teóricas de Bourdieu é construída a partir de um espaço tridimensional e em cada um dos seus eixos são designados três poderes distintos na forma do capital econômico, capital social e capital cultural. FIGURA 1 – Representação gráfica das classes teóricas de BourdieuFonte: Silva (1995, p. 31)Sobre as classes concretas ou reais Bourdieu apud Silva (1995, p. 31) afirma que os indivíduos, em geral, que ocupam posições próximas nesse espaço tridimensional têm maior probabilidade de formar grupos concretos, conforme segue:

    ..agentes que ocupam posições vizinhas nesse espaço … estão sujeitos aos mesmos fatores condicionantes; consequentemente eles têm toda a chance de desenvolver as mesmas disposições e interesses e de produzir as mesmas práticas e representações. Aqueles que ocupam posições semelhantes têm toda a chance de desenvolver o mesmo habitus … (BOURDIEU 1987, p. 5).Entretanto, não há nesta abordagem ao conceito de classe em Bourdieu uma relação determinística causal entre a classe provável e as classes reais. Se fosse, valeria a máxima de que todos aqueles que descendem de um indivíduo rico (filhos, netos, bisnetos etc.) serão inevitavelmente ricos e cultos. A recíproca também seria verdadeira se a expressão partisse de um indivíduo pobre. Equivale afirmar que o movimento da probabilidade para a realidade não é dado, pois depende de outros princípios e fatores aglutinadores e formadores de valores e identidades grupais. As classes reais ou concretas têm características semelhantes visíveis: gosto artístico-cultural e estilo de vida similar; compartilham local de moradia e práticas culturais; agem em função de seus próprios interesses etc. Possuem gosto legitimado pelo prestígio, também são legitimadores do gosto de nobreza relacionado à arte, cultural e moda por darem valor simbólico às coisas. O capital cultural, portanto, se destaca em Bourdieu tanto na concepção das classes prováveis quanto na formação das classes reais. A partir do exposto, Silva (1995, p. 31) com o intuito claro de relacionar as teorias de Marx e Weber as de Bourdieu faz o seguinte questionamento: “Como essa concepção de classe e esse destaque dado à cultura se inserem nas teorias clássicas de Marx e Weber?” A autora afirma que Bourdieu frequentemente é associado à corrente neomarxista, por adotar um estilo radical e fazer uso de termos e conceitos familiares à abordagem marxista, como por exemplo: o capital como princípio constitutivo das classes, as classes como prioridades de análise e a ênfase em mecanismos utilizados pela classe dominante para garantir a sua reprodução na forma de luta de classes como lutas simbólicas ou lutas de classe simbólicas. Para Marx, as condições sociais típicas de uma classe estão associadas a dimensões psicológicas e culturais, como a consciência de classe e a utilização das ideias da classe dominante como instrumentos de dominação.Neste sentido, de acordo com Gramsci, a classe dominante é que detém o poder hegemônico quando sua ideologia penetra nas massas. Quem detém o poder simbólico, o gosto nobre, o privilégio e a cultural legítima possui a hegemonia. Entretanto, como já visto anteriormente, a análise de Marx se reduz ao nível das relações econômicas, especificamente, a esfera de produção e as relações capital e trabalho já que é a infraestrutura econômica ou a base material da sociedade que determina a superestrutura em suas dimensões artísticas, culturais, sociais, religiosas, legais e ideológicas.Em relação à teoria weberiana foi visto que as classes são determinadas estritamente pela ordem econômica, não sendo a ênfase na esfera da produção, e sim o mercado no qual os indivíduos compartilham as mesmas chances de vida, os mesmos recursos que não são exclusivamente o capital trabalho, pois são incluídos outros recursos como as habilidades específicas que advêm do treinamento e da experiência profissional. Weber também desenvolve o conceito de classe social paralelamente ao conceito de “grupos de status” ou grupos concretos formados a partir do prestígio, da honra e da estima. Por essas características os grupos de status se constituem comunidades e não classes sociais. Silva (1995, p. 31) afirma que tanto pelo conceito de classe, em que são destacadas as chances de vida e não a relação capital trabalho, quanto pelo conceito de grupo de status como forma de estratificação social que aciona recursos simbólicos e culturais, a teoria de Bourdieu tem sido considerada mais weberiana do que marxista. O próprio Bourdieu relaciona a passagem das classes teóricas às classes reais com a formação dos grupos de status em Weber e também parece haver certa similitude entre as classes como chances de vida e as classes prováveis de Bourdieu. Da mesma forma, as classes e os grupos de status de Weber se assemelham aos grupos concretos de Bourdieu.Bourdieu, pelo viés weberiano, se torna mais weberiano que o próprio Weber ao incluir a dimensão cultural e simbólica na definição das chances de vida ou classe provável e não apenas na formação de grupos reais. Portanto, Silva (1995, p. 33) conclui que em Bourdieu: O capital que estabelece essas classes teóricas não é apenas econômico, mas também social, cultural e simbólico. Ao se identificar tanto com Marx quanto com Weber, ou mais com Weber do que com Marx, a teoria de Bourdieu não se mostra inconsistente ou reacionária, mas, ao contrário, segue a tendência convergente que caracteriza abordagens mais recentes à teoria de classe.
    O gosto legítimo, o gosto de nobreza ou a cultura legítima em Bourdieu se assemelham à dominação legítima de Weber por não haver a incidência ou necessidade do uso da violência como forma de dominação. O poder é reconhecido pela condição de classe social privilegiada (de nobreza ou aristocrática) tem em legitimar o gosto cultural, já o controle social ocorre também devido à tradição, ao carisma e à burocracia
  • Método Aba: Alguns apontamentos

    Método Aba: Alguns apontamentos

    O método ABA, nome para Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma abordagem terapêutica amplamente utilizada no tratamento de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), porém não tem apenas esta única finalidade. Essa metodologia baseia-se nos princípios da análise do comportamento, que se concentra na compreensão das interações entre o ambiente e o comportamento humano. A ABA busca identificar padrões de comportamento, analisá-los em contextos específicos e implementar intervenções para promover mudanças positivas e significativas no comportamento do indivíduo.

    A ABA foi inicialmente desenvolvida por B.F. Skinner e seus colaboradores, e sua aplicação no contexto do autismo começou a ganhar destaque nas décadas de 1960 e 1970. Segundo Skinner, o comportamento humano é moldado por suas consequências, ou seja, as reações do ambiente em resposta a determinadas ações. Essa premissa forma a base da ABA, que busca modificar comportamentos problemáticos por meio de estratégias de reforço positivo, modelagem e análise funcional.

    Um estudo recente de Nascimento et al. (2023) explora as possíveis contribuições dos métodos TEACCH, ABA e PECS para a avaliação pedagógica de estudantes com TEA. Embora a discussão se concentre no contexto pedagógico, as considerações sobre o Método ABA podem ser estendidas a outras áreas de aplicação. A ABA é frequentemente implementada por terapeutas comportamentais, que trabalham de forma individualizada com o objetivo de desenvolver habilidades sociais, comunicativas e adaptativas nos indivíduos com TEA.

    Uma das principais características do método ABA é a análise funcional do comportamento. Essa abordagem envolve a identificação das causas subjacentes a um comportamento específico. Segundo Cooper, Heron e Heward (2007), a análise funcional busca responder a perguntas como: “Por que um indivíduo está se engajando nesse comportamento?” e “Quais fatores ambientais estão influenciando esse comportamento?”. Ao entender as motivações por trás dos comportamentos problemáticos, os terapeutas podem desenvolver estratégias de intervenção mais eficazes e direcionadas.

    Outro aspecto fundamental do método ABA é o uso de reforço positivo. Como discutido por Lovaas (1987), um dos pioneiros na aplicação da ABA ao autismo, o reforço positivo envolve a concessão de recompensas ou incentivos quando um comportamento desejado ocorre. Isso fortalece a probabilidade de que o comportamento se repita no futuro. A ABA também enfatiza a generalização, ou seja, a capacidade do indivíduo de aplicar as habilidades aprendidas em diferentes contextos e situações.

    A individualização é um princípio essencial da ABA. Cada intervenção é adaptada às necessidades e características únicas do indivíduo com TEA. Isso envolve a coleta de dados detalhados sobre o comportamento do indivíduo, permitindo uma análise precisa e a tomada de decisões informadas sobre as estratégias a serem implementadas. A avaliação contínua do progresso é fundamental para ajustar as intervenções conforme necessário.

    Em resumo, a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma abordagem terapêutica que se baseia nos princípios da análise do comportamento para promover mudanças positivas e significativas no comportamento de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Através da análise funcional, reforço positivo e individualização, a ABA busca desenvolver habilidades sociais, comunicativas e adaptativas, contribuindo para uma melhoria na qualidade de vida desses indivíduos.

    Referências:

    • Cooper, J. O., Heron, T. E., & Heward, W. L. (2007). Applied Behavior Analysis. Pearson.
    • Lovaas, O. I. (1987). Behavioral treatment and normal educational and intellectual functioning in young autistic children. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 55(1), 3-9.
    • Nascimento, C. V., et al. (2023). Os métodos TEACCH, ABA e PECS e as possíveis contribuições para a avaliação pedagógica de estudantes com transtorno do espectro autista.
  • O que é método científico: Fundamentos, Etapas e Importância

    O que é método científico: Fundamentos, Etapas e Importância

    O método científico é uma ferramenta fundamental no mundo da pesquisa e da ciência. É um processo sistemático e organizado que permite aos cientistas investigar e compreender o mundo ao seu redor. Neste artigo, exploraremos o que é método científico, suas etapas e sua importância na construção do conhecimento científico.

    O Que é Método Científico?

    O método científico é um conjunto de passos ou procedimentos utilizados pelos cientistas para responder a perguntas, testar hipóteses e gerar conhecimento confiável e verificável sobre um determinado fenômeno. Ele serve como uma estrutura lógica que orienta a pesquisa e ajuda a evitar vieses e conclusões precipitadas.

    As Etapas do Método Científico

    1. Observação: A primeira etapa do método científico envolve a observação cuidadosa de um fenômeno ou problema. Os cientistas observam o mundo ao seu redor e identificam um tópico de interesse.
    2. Formulação de uma Pergunta: Com base na observação, os cientistas formulam uma pergunta clara e específica que desejam responder. Essa pergunta é muitas vezes chamada de hipótese.
    3. Revisão da Literatura: Antes de iniciar qualquer experimento ou coleta de dados, os cientistas revisam a literatura existente para entender o que já se sabe sobre o assunto. Isso ajuda a evitar a duplicação de esforços e a construir sobre o trabalho anterior.
    4. Elaboração de uma Hipótese: A hipótese é uma declaração que descreve uma possível resposta à pergunta formulada. Ela deve ser testável e passível de verificação.
    5. Experimentação e Coleta de Dados: Nesta etapa, os cientistas projetam e realizam experimentos para testar sua hipótese. Eles coletam dados cuidadosamente e registram todas as observações.
    6. Análise dos Dados: Após a coleta de dados, os cientistas analisam as informações reunidas para determinar se os resultados apoiam ou refutam a hipótese.
    7. Conclusão: Com base na análise dos dados, os cientistas tiram conclusões sobre sua hipótese. Eles discutem se os resultados são consistentes com suas expectativas e o que isso significa em termos do fenômeno estudado.
    8. Comunicação dos Resultados: Finalmente, os cientistas comunicam seus resultados por meio de relatórios, artigos científicos, apresentações ou outros meios. Isso permite que outros pesquisadores revisem, validem e construam sobre o trabalho realizado.

    A Importância do Método Científico

    O método científico é essencial para a construção do conhecimento científico confiável e objetivo. Aqui estão algumas razões pelas quais ele é tão importante:

    1. Objetividade: O método científico busca eliminar vieses e opiniões pessoais, concentrando-se em dados objetivos e observações verificáveis.
    2. Reprodutibilidade: Quando os cientistas seguem o mesmo método, outros pesquisadores devem ser capazes de reproduzir os resultados. Isso ajuda a verificar a validade das descobertas.
    3. Progresso Científico: O método científico permite que o conhecimento seja construído gradualmente, à medida que novas hipóteses são testadas e resultados são acumulados.
    4. Tomada de Decisões Informadas: A ciência baseada no método científico fornece informações sólidas que podem ser usadas na tomada de decisões em diversas áreas, como medicina, tecnologia e meio ambiente.
    5. Inovação: Muitas inovações e avanços tecnológicos surgem de pesquisa científica baseada no método científico.

    Exemplo Prático

    Para ilustrar o método científico, consideremos um exemplo prático. Imagine um cientista que observe que as plantas em seu jardim estão crescendo mais lentamente do que o esperado. Ele formula a seguinte pergunta: “Por que as plantas do meu jardim estão crescendo mais lentamente este ano?”.

    O cientista, então, elabora uma hipótese de que a falta de luz solar pode ser a causa desse crescimento mais lento. Ele projeta um experimento para testar sua hipótese, medindo a quantidade de luz solar que as plantas recebem diariamente e comparando-a com o crescimento das plantas ao longo do tempo.

    Após coletar e analisar os dados, o cientista conclui que, de fato, a falta de luz solar está relacionada ao crescimento mais lento das plantas. Ele comunica seus resultados em um artigo científico, compartilhando suas descobertas com a comunidade científica.

    Considerações finais

    Tal tipo de conhecimento é uma ferramenta vital na busca do conhecimento científico confiável e na compreensão do mundo que nos rodeia. Ele fornece uma estrutura lógica e sistemática para a pesquisa, garantindo que as descobertas sejam baseadas em dados objetivos e observações verificáveis. Ao seguir as etapas do método científico, os cientistas contribuem para o avanço da ciência e a tomada de decisões informadas em uma variedade de campos. Portanto, compreender o que é método científico e como ele funciona é essencial para qualquer pessoa interessada em explorar e entender o mundo natural.

  • APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil

    APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil

    A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) é uma organização não governamental formada por representantes de diversos povos indígenas do Brasil. Fundada em 1996, a APIB tem como objetivo fortalecer a luta dos povos indígenas pelos seus direitos e pela proteção de suas terras, culturas e modos de vida.

    A APIB trabalha para garantir que os direitos dos povos indígenas sejam respeitados e que eles tenham acesso à justiça, saúde, educação e outros serviços públicos. Além disso, a organização busca sensibilizar a sociedade e o governo sobre a importância da preservação das culturas indígenas e da defesa dos direitos dos povos indígenas.

    A APIB tem participado ativamente de debates sobre questões relevantes para os povos indígenas, como a demarcação de terras, a proteção da biodiversidade, a garantia de direitos à saúde e educação, entre outros. Além disso, a organização tem realizado campanhas de conscientização sobre a importância da preservação das culturas indígenas e tem trabalhado para fomentar a participação dos povos indígenas nas decisões que afetam suas vidas.

    A APIB tem sido um importante aliado na luta dos povos indígenas pelos seus direitos e pela proteção de suas terras e culturas. A organização tem contribuído para a visibilidade e valorização das culturas indígenas no Brasil e para a defesa dos direitos dos povos indígenas. A APIB é fundamental para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento das culturas indígenas no Brasil.

    O policial federal que preside a FUNAI desde o ano passado mandou processar a principal organização indígena do país, a Apib, por ter produzido a série em 9 capítulos chamada “Maracá”, feita em 2020 para d enunciar o genocídio indígena.

    Veja no link http://bit.ly/SerieMaraca

    Divulgue isso amplamente, os indígenas agradecem

    Maracá – Emergência indígena

    Episódio 1 – Plano de Cura
    https://youtu.be/9lARwM_0hkg

    Episódio 2 – A mãe do Brasil é indígena
    https://youtu.be/nWVvZ49sC74

    Episódio 3 – Ancestralidade https://youtu.be/7s1La749LSM

    Episódio 4 – Antropoceno
    https://youtu.be/JGm97_Z3Pvk

    Episódio 5 – Genocídio
    https://youtu.be/i_BioJyaBe0

    Episódio 6 – Sangue indígena: nenhuma gota a mais.
    https://youtu.be/HzfRaGIOM8o

    Episódio 7 – O grande aldeamento
    https://youtu.be/dFrqNI–Aho

    Mente Sitêmica – https://www.facebook.com/profile.php?id=100071629344963