Por Cristiano Bodart
O rito de passagem é caracterizado pela mudança de fase da vida social; o que é comum em todas as sociedades humanas. O ritual de passagem, como indica o termo, simboliza a passagem de um grupo para outro, ou seja, o desligamento do indivíduo de seu antigo grupo para a sua inclusão em um outro. Como exemplos de nossa sociedade, temos a “festa de 15 anos” e a “despedida de solteiro”.
Na festa de 15 anos, a jovem é apresentada à sociedade como a mais nova mulher, pronta para participar do ciclo de mulheres adultas, assinalando o fim da infância ou da adolescência e o início do reconhecimento de sua capacidade sexual. Na “despedida de solteiro”, é realizado um ritual, com modelos variados, onde o indivíduo comemora a passagem de uma vida solteira para uma casada. O formato do ritual de passagem é bem variado, mas resume-se como se alguém estivesse dizendo ao iniciado “agora és um de nós”, “agora podes fazer o que fazemos”.
Um rito de passagem muito praticado nas sociedades urbanas ocidentais são os “trotes”. Ritual de inclusão de novos indivíduos a vida acadêmica. Tal ritual é realizado em formato de recepção aos iniciados, que são chamados de calouros. Realizado o ritual o ingressante no curso superior passa a ser parte do grupo de estudantes acadêmicos. Porém, o que parece é que tal ritual de passagem vem a cada dia mais se transformando em um “ritual de legitimação de dominação”.
O ritual denominado “Trote” apresenta-se, quase sempre, como uma forma de legitimar o poder e, consequentemente, a dominação dos “veteranos” sobre os “ingressantes” ou “calouros”. Tal relação de dominação vai perdurar enquanto a próxima cerimônia ritualística não ocorrer. Enquanto isso o iniciado será sempre conhecido como calouro, termo, quase sempre, carregado de sentido pejorativo e de inferioridade em relação aos “veteranos”.
Na festa de 15 anos, a jovem é apresentada à sociedade como a mais nova mulher, pronta para participar do ciclo de mulheres adultas, assinalando o fim da infância ou da adolescência e o início do reconhecimento de sua capacidade sexual. Na “despedida de solteiro”, é realizado um ritual, com modelos variados, onde o indivíduo comemora a passagem de uma vida solteira para uma casada. O formato do ritual de passagem é bem variado, mas resume-se como se alguém estivesse dizendo ao iniciado “agora és um de nós”, “agora podes fazer o que fazemos”.
Um rito de passagem muito praticado nas sociedades urbanas ocidentais são os “trotes”. Ritual de inclusão de novos indivíduos a vida acadêmica. Tal ritual é realizado em formato de recepção aos iniciados, que são chamados de calouros. Realizado o ritual o ingressante no curso superior passa a ser parte do grupo de estudantes acadêmicos. Porém, o que parece é que tal ritual de passagem vem a cada dia mais se transformando em um “ritual de legitimação de dominação”.
O ritual denominado “Trote” apresenta-se, quase sempre, como uma forma de legitimar o poder e, consequentemente, a dominação dos “veteranos” sobre os “ingressantes” ou “calouros”. Tal relação de dominação vai perdurar enquanto a próxima cerimônia ritualística não ocorrer. Enquanto isso o iniciado será sempre conhecido como calouro, termo, quase sempre, carregado de sentido pejorativo e de inferioridade em relação aos “veteranos”.
No Trote tem-se início a dominação do veterano sobre o calouro. Nesse momento o calouro deve se submeter a situações muitas vezes constrangedoras e até humilhantes. Muitos vêm se opondo a prática do trote, especialmente onde o ritual leva os iniciados à condições “desumanas”. O que não se vê é que a dominação não se limita ao ritual. Este parece ser apenas o ápice da evidência da dominação que é exercida durante todo o ano letivo.
Sem dúvida, em muitos casos, o “Trote” deixou de ser apenas um ritual de inclusão para ser um ritual de dominação. No máximo um ritual de inclusão de indivíduos em condições de subjugados e dominados por outros que antes estavam nessa condição. Longe de ser uma manifestação de expressão do tipo “agora és um de nós”. Pena que muitos subjugados de hoje desejam ser os dominadores de amanhã.
Sou caloura do curso de letras e o trote foi realmente o que você falou: não me senti participando de um grupo e sim prejudicada.
Na minha opinião o trote deveria ser facultativo.
Parabens Cristiano pela analise, concordo plenamente que muitos dos ritos de passagens das instituiçoes modernas são muito mais do que inserir um neofito ao grupo ou da-lhes as boas vindas e sim fortalecer e legitimar uma ação de dominição que poderar permanecer durante toda a vida institucional do individuo. Faço este mesmo tipo de analise no mestrado em sociologia em que estudo ritos de passagem na policia militar nesta perspectiva de legitimar a dominação. Edson Bertoldo
Edson, caso queira compartilhar suas ideias, existe a opção nesse blog de você enviar seu texto para avaliação e posterior publicação. Abç
Excelente texto e trata de um assunto muito polêmico, que são os trotes que envolve os jovens que estão ingressando em uma nova vida acadêmica,em muitas situações o trote não é tratado apenas como uma simples brincadeira de recepção aos chamados "calouros" mas uma maneira dos "veteranos" os comandarem durante todo o ano,os iniciantes podem se sentir excluídos porque acabam levando essa"fama" até o final do ano acadêmico e com isso podem ser até mesmo prejudicados nos estudos porque ao se sentirem inferiores aos demais perdem a vontade de estar indo a faculdade ou participando de algo porque sempre vão estar sendo subjugados pelos demais colegas os "veteranos".
Não sou contra os trotes, mas penso que os mesmos não precisassem ser tão humilhantes assim. Faz parte da idade, são brincadeiras. Mas uma coisa eu não concordo, a humilhação, o abuso de certas pessoas que promovem esses "trotes" com má intenção. Atos desnecessários que extrapolam os limites da boa vontade, e a falta de respeito com a opção do aluno de participar ou não do trote.
Para mim foi um excelente texto trata se de um assunto muito polêmico, que são os trotes que envolve os jovens que estão ingressando em uma nova vida acadêmica,em muitas situações o trote não é tratado apenas como uma simples brincadeira de recepção aos chamados calouros mas uma maneira dos veteranos
Para mim foi um excelente texto trata se de um assunto muito polêmico, que são os trotes que envolve os jovens que estão ingressando em uma nova vida acadêmica,em muitas situações o trote não é tratado apenas como uma simples brincadeira de recepção aos chamados calouros mas uma maneira dos veteranos
Para mim foi um excelente texto trata se de um assunto muito polêmico, que são os trotes que envolve os jovens que estão ingressando em uma nova vida acadêmica,em muitas situações o trote não é tratado apenas como uma simples brincadeira de recepção aos chamados calouros mas uma maneira dos veteranos
Um texto muito bom retrata muito bem um grande assunto que de vez em quando aparece nas ruas e nos jornais que tem vez que começa com uma brincadeira e termina numa fatalidade e por isso que devemos brincar sim faz parte da vida mais n devemos abusar e nem mal tratar os outros.
Excelente texto e trata de um assunto muito polêmico, que são os trotes que envolve os jovens que estão ingressando em uma nova vida acadêmica,em muitas situações o trote não é tratado apenas como uma simples brincadeira de recepção aos chamados "calouros" mas uma maneira dos "veteranos" os comandarem durante todo o ano,os iniciantes podem se sentir excluídos porque acabam levando essa"fama" até o final do ano acadêmico e com isso podem ser até mesmo prejudicados nos estudos porque ao se sentirem inferiores aos demais perdem a vontade de estar indo a faculdade ou participando de algo porque sempre vão estar sendo subjugados pelos demais colegas os "veteranos".
Excelente matéria, super de acordo com o meu ver em relação aos "trotes" desde sempre.
E realmente é uma pena 'que muitos subjugados de hoje desejam ser os dominadores de amanhã.'