Florestan Fernandes foi um sociólogo, ativista pela educação pública e intelectual orgânico da classe trabalhadora. Fernandes ganhou destaque na produção acadêmica da recém criada Universidade de São Paulo na década de 1930. Na medida que foi amadurecendo como intelectual, se engajou na luta pela escola pública e no fortalecimento de serviços públicos. Foi um deputado constitucional em 1988 pelo partido no qual ajudou a fundar, o Partido dos trabalhadores.
Morte
“Seis dias depois de se submeter a uma operação de transplante de fígado, o sociólogo Florestan Fernandes, 75 anos, morreu no início da madrugada no Hospital das Clínicas na capital paulista. Seu corpo foi velado no Salão Nobre da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, de onde partiu para a cremação no cemitério de Vila Alpina, também em São Paulo”, noticiou o Jornal do Brasil em 10 de Agosto de 1995.
Jornal do Brasil, edição de 10/08/1995 |
Florestan Fernandes publicou, a partir dos anos 40, 56 livros e mais de 100 artigos. Atuou 24 anos como professor da Universidade de São Paulo (USP).
Florestan Fernandes algumas de suas obras:
- Organização social dos Tupinambá (1949);
- A função social da guerra na sociedade Tupinambá (1952);
- A etnologia e a sociologia no Brasil (1958) (resenhas e questionamentos sobre a produção das Ciências Sociais no Brasil, até os anos 50);
- Fundamentos empíricos da explicação sociológica (1959);
- Mudanças sociais no Brasil (1960) (nesta obra Florestan faz um panorama de seu trabalho e retrata o Brasil);
- Folclore e mudança social na cidade de São Paulo (1961) (esta obra reúne trabalhos e pesquisas realizadas nos anos em que Florestan foi aluno de Roger Bastide na USP, dedicados a várias manifestações de cultura popular entre crianças da cidade de São Paulo).
- A integração do negro na sociedade de classes (1964) (estudo das relações raciais no Brasil);
- Sociedade de classes e subdesenvolvimento (1968);
- A investigação etnológica no Brasil e outros ensaios (1975) (reedição em volume de artigos anteriormente publicados em revisas científicas e dedicados à produção recente da antropologia brasileira);
- A revolução burguesa no Brasil: Ensaio de Interpretação Sociológica (1975).