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O que é comunismo?

O que é o comunismo resumo: O comunismo é um sistema político, social e econômico que busca estabelecer uma sociedade sem classes e sem propriedade privada. O objetivo é criar uma sociedade igualitária em que todos os membros da comunidade possam participar igualmente da produção e da distribuição de bens e serviços. “O comunismo é a solução final para a questão social” – Karl Marx.

O comunismo foi desenvolvido no século XIX pelo filósofo alemão Karl Marx e pelo economista alemão Friedrich Engels. Eles acreditavam que o capitalismo, que é uma economia baseada na propriedade privada dos meios de produção e no lucro, leva à exploração dos trabalhadores e à criação de classes sociais oprimidas que são exploradas em favor do aumento da desigualdade social e da miséria.

Para Marx e Engels, a revolução comunista seria a forma de superar essas desigualdades e de criar uma sociedade mais justa. Eles acreditavam que o comunismo só poderia ser estabelecido depois de uma revolução social que destruísse o capitalismo e o Estado burguês.

Na prática, o comunismo foi implementado em vários países ao longo do século XX, principalmente na Europa Oriental e na União Soviética. Nesses países, o governo comunista controlava todos os aspectos da vida econômica e política, e a propriedade privada era proibida. Para algumas correntes de comunistas e anarquistas tal modelo não é considerado comunismo uma vez que o Estado não foi abolido, ele passou a não mais estar a serviço do capital.

Em resumo, o comunismo é um sistema econômico, político e social que busca estabelecer uma sociedade igualitária sem classes e sem propriedade privada. Ele foi desenvolvido por Karl Marx e Friedrich Engels no século XIX e foi implementado em vários países no século XX.

o que é o comunismo resumo : precursores

Um dos precursores mais importantes do comunismo foi o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, que viveu no século XVIII. Rousseau acreditava que a sociedade deveria ser organizada de maneira a promover a igualdade entre os indivíduos. Ele também defendia a ideia de que a propriedade privada era a principal fonte de desigualdade e opressão na sociedade.

Outro precursor importante foi o filósofo inglês Thomas More, que viveu no século XVI. More escreveu a obra “Utopia”, que descreveu uma sociedade idealizada onde não havia propriedade privada e todos os bens eram compartilhados.

O pensamento comunista também foi influenciado pelo iluminismo, um movimento filosófico que surgiu no século XVIII e defendia a razão e a igualdade. Os iluministas acreditavam que a sociedade poderia ser reorganizada de maneira mais justa e que o governo deveria ser responsável por garantir a igualdade de oportunidades para todos.

Outro precursor importante do comunismo foi o filósofo alemão Henri de Saint-Simon, que viveu no século XIX. Saint-Simon defendia a ideia de que a sociedade deveria ser reorganizada de maneira a promover a justiça social e a igualdade. Ele também acreditava que a ciência e a tecnologia poderiam ser usadas para melhorar a vida das pessoas e criar uma sociedade mais justa.

Em resumo, o comunismo foi influenciado por diversos pensadores e movimentos ao longo da história, como Jean-Jacques Rousseau, Thomas More, o iluminismo e Henri de Saint-Simon. Esses precursores defenderam ideias como a igualdade, a justiça social e a reorganização da sociedade de maneira mais justa.

Comunismo versus socialismo

O comunismo e o socialismo são ideologias políticas e econômicas que buscam estabelecer uma sociedade mais justa e igualitária. No entanto, existem algumas diferenças entre os dois.

O comunismo é uma ideologia mais radical que busca estabelecer uma sociedade Estado, sem classes e sem propriedade privada. O objetivo é criar uma sociedade igualitária em que todos os membros da comunidade possam participar igualmente da produção e da distribuição de bens e serviços. O comunismo foi desenvolvido no século XIX pelo filósofo alemão Karl Marx e pelo economista alemão Friedrich Engels e foi implementado em vários países no século XX, como a União Soviética e países da Europa Oriental.

O socialismo, por outro lado, é uma ideologia menos radical que busca estabelecer uma sociedade mais justa e igualitária, mas que permite a existência de propriedade privada e de classes sociais. O objetivo é redistribuir a renda e os recursos de maneira mais justa e criar um sistema econômico mais equilibrado. O socialismo pode ser implementado de diferentes maneiras, como através de políticas públicas, impostos progressivos e sistemas de seguridade social.

Em resumo, o comunismo é uma ideologia mais radical que busca estabelecer uma sociedade sem classes e sem propriedade privada, enquanto o socialismo é uma ideologia menos radical que busca estabelecer uma sociedade mais justa e igualitária, mas que permite a existência de propriedade privada e de classes sociais. Cabe destacar que esta classificação não é feita por Marx e sim pelos seus sucessores, tais autores que se apropriam das ideias de Marx para dar novos sentidos são chamados de marxistas.

Socialismo utópico

Os socialistas utópicos foram um grupo de pensadores e revolucionários que defendiam a ideia de um socialismo baseado em ideais utópicos, ou seja, uma sociedade perfeita e idealizada. Eles surgiu na Europa do século XIX e foram precursoras do comunismo, mas diferem deste em alguns aspectos.

Os socialistas utópicos acreditavam que a sociedade poderia ser reorganizada de maneira a promover a igualdade e a justiça social. Eles defendiam a abolição da propriedade privada e a criação de cooperativas para produzir bens e serviços. Alguns deles também defendiam a ideia de comunas, ou seja, comunidades autônomas que viviam de acordo com principios socialistas.

Um dos socialistas utópicos mais conhecidos foi o francês Charles Fourier, que defendia a ideia de “falanstérios”, ou seja, comunidades organizadas de acordo com os interesses e as aptidões de cada indivíduo. Outro importante socialista utópico foi o inglês Robert Owen, que criou comunas experimentais com o objetivo de promover a igualdade e a justiça social.

Os socialistas utópicos também foram influenciados pelo iluminismo, um movimento filosófico que surgiu no século XVIII e defendia a razão e a igualdade. Os iluministas acreditavam que a sociedade poderia ser reorganizada de maneira mais justa e que o governo deveria ser responsável por garantir a igualdade de oportunidades para todos.

No entanto, os socialistas utópicos foram criticados porque suas propostas não levavam em conta as realidades econômicas e políticas da época. Alguns deles também foram acusados de não ter um plano concreto para implementar suas ideias.

Em resumo, os socialistas utópicos foram um grupo de pensadores e revolucionários que defendiam a criação de uma sociedade perfeita e idealizada, baseada em princípios socialistas. Eles foram precursoras do comunismo, mas foram criticados por não levar em conta as realidades econômicas e políticas da época e por não ter um plano concreto para implementar suas ideias. Alguns deles faliram porque tentaram criar formas de atuação paralela ao capitalismo sem se preocupar em combater o capital. Acabaram sendo consumidos pelo capital.

Socialismo Real

O socialismo real foi um sistema político e econômico que foi implementado em vários países do Leste Europeu e da União Soviética durante o século XX. Ele se baseava na ideologia socialista e buscava estabelecer uma sociedade igualitária sem classes e sem propriedade privada.

No socialismo real, o governo controlava muitos dos aspectos da vida econômica e política do país e a propriedade privada era proibida. As empresas e os meios de produção eram propriedade do Estado e a produção e a distribuição de bens e serviços eram planejadas de maneira centralizada.

O socialismo real também incluía um sistema de seguridade social que garantia acesso universal a serviços de saúde, educação e habitação para todos os cidadãos. Alguns países socialistas reais também implementaram políticas de igualdade de gênero e de raça, como a criação de quotas de mulheres e minorias étnicas em cargos públicos e empresas estatais. Os países socialistas tiveram e têm excelentes indicadores sociais como emprego, renda, educação e saúde.

O socialismo real também foi criticado por não conseguir atingir o objetivo de criar uma sociedade igualitária. Em muitos países socialistas reais, ainda havia desigualdades sociais e econômicas significativas entre os cidadãos, especialmente pelos comunistas/anarquistas que pregaram a extinção total do estado. Além disso, o socialismo real era criticado pelos grandes empresários que enxergavam no desenvolvimento social um impedimento para ampliação dos seus lucros.

 

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Referências

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do partido comunista. Global Editora e Distribuidora Ltda, 2015.

Roniel Sampaio Silva

Mestre em Educação e Graduado em Ciências Sociais. Professor do Programa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Campo Maior. Dedica-se a pesquisas sobre condições de trabalho docente e desenvolve projetos relacionados ao desenvolvimento de tecnologias.

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