Origem do capitalismo: transição e consolidação
Cada vez mais pessoas percebem e se preocupam com a situação de injustiça, miséria, corrupção e exploração a que são submetidas. Poucos, porém, têm clareza sobre as origens e as causas desta situação. Queremos mostrar, como surgiram e o que defendem o Capitalismo e o Socialismo. E para o trabalho ficar mais completo, apresentamos uma análise crítica dos dois tipos de sociedade.
A origem do capitalismo: Pensamento capitalista
Origem do capitalismo renita à configurações que iniciaram na Idade Média, quando as antigas corporações feudais se desintegraram e, com isso, os mestres e aprendizes instalaram empresas de propriedade individual, com operários assalariados que fabricavam manufaturados em série.
Nasceu assim a burguesia (nome derivado de “burgo”, isto é “cidade”, pois os donos das empresas moravam na cidade, enquanto os senhores feudais, pelo fato de serem grandes proprietários de terra, moravam nos castelos rurais).
Nesta sociedade, as funções produtivas, as prerrogativas, os direitos e deveres de cada um eram pré-estabelecidos e definitivos do nascimento até a morte. Esta estrutura feudal padronizada e hereditária não era interessante para os novos empresários.
Nasceu assim a burguesia (nome derivado de “burgo”, isto é “cidade”, pois os donos das empresas moravam na cidade, enquanto os senhores feudais, pelo fato de serem grandes proprietários de terra, moravam nos castelos rurais).
Nesta sociedade, as funções produtivas, as prerrogativas, os direitos e deveres de cada um eram pré-estabelecidos e definitivos do nascimento até a morte. Esta estrutura feudal padronizada e hereditária não era interessante para os novos empresários.
Essa burguesia nascente não aceitou a sociedade feudal “fixa e fechada”, porque a liberdade de empresa (a liberdade de produzir e comercializar) inexistia, uma vez que todos os aspectos da vida social eram codificados e controlados pelos senhores feudais, a começar pelo primeiro deles, o rei, associados à Igreja (também grande proprietária de terras). Essa contestação colocou em dúvida também a origem divina do poder e colocou o indivíduo como devendo ser o articulador (com base num pacto com os outros indivíduos) da ordem social.
Esta ideia de uma sociedade construída sobre a base de um “contrato” entre indivíduos livres e iguais (em oposição às desigualdades da sociedade feudal), que instituem o Estado, para serem por ele protegidos no exercício das respectivas liberdades individuais (compatíveis com a convivência social) encontra sua formulação mais clara na obra “O Contrato Social”, de J. J. Rousseau. Esta obra serviu como base teórica para a Revolução Francesa, mãe da sociedade capitalista.
Na Inglaterra, a burguesia tinha conquistado, aos poucos, a liberdade de empresa e o direito de participar das decisões políticas a partir de um pacto com o poder real e o dos senhores feudais.
Na França, a revolução apoiada nas ideias do “Contrato Social”, de Rousseau, conseguiu abolir a estrutura de poder absoluto dos monarcas feudais, como também conseguiu abolir (na sua primeira fase) o poder temporal e espiritual da Igreja. A religião foi substituída pela filosofia (o “livre pensamento”) na determinação das pautas morais de convivência.
Foi assim que a Revolução Francesa marcou o nascimento da sociedade capitalista na sua plenitude.
As ideias básicas defendidas na Revolução Francesa foram: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Essas três palavras, em particular as duas primeiras, Liberdade e Igualdade, sintetizam a imagem que a sociedade capitalista tem de si mesma e a imagem que ela pretende que todo homem tenha dela.
Foi assim que a Revolução Francesa marcou o nascimento da sociedade capitalista na sua plenitude.
As ideias básicas defendidas na Revolução Francesa foram: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Essas três palavras, em particular as duas primeiras, Liberdade e Igualdade, sintetizam a imagem que a sociedade capitalista tem de si mesma e a imagem que ela pretende que todo homem tenha dela.
O Estado, nesta nova sociedade, teria a função de garantir o cumprimento dos direitos individuais. Neste Estado, o Poder Legislativo codificaria tais direitos nas leis, o Poder Judiciário julgaria os conflitos inter-individuais segundo esses direitos e leis, e o Poder Executivo faria com que fossem respeitados uns e outros, se necessário pelo uso da força, que a todos representaria face ao eventual infrator.
A Origem do capitalismo está relacionado aos princípios que até hoje é defendidos pelos chamados “liberais”, para quem a sociedade capitalista é o modelo social que efetivamente os realizou e os realiza.
Marx, numa abordagem crítica pessoal, pegou ao pé da letra os princípios de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, sobre os quais dizia descansar a sociedade capitalista, e fez um questionamento a fundo dessa sociedade a partir dos seus próprios princípios.
Marx mostrou como a suposta igualdade era ilusória no Capitalismo, uma vez que todo homem, ao nascer, encontrava uma sociedade dividida em dois blocos desiguais: de um lado, o bloco dos proprietários dos meios de produção (empresas, terras, máquinas), e do outro lado, os proletários que, pelo fato de não serem proprietários destes, se viam obrigados a vender a sua força de trabalho aos donos das empresas, e desta forma ganhar o necessário para subsistir.
Marx mostrou como a suposta igualdade era ilusória no Capitalismo, uma vez que todo homem, ao nascer, encontrava uma sociedade dividida em dois blocos desiguais: de um lado, o bloco dos proprietários dos meios de produção (empresas, terras, máquinas), e do outro lado, os proletários que, pelo fato de não serem proprietários destes, se viam obrigados a vender a sua força de trabalho aos donos das empresas, e desta forma ganhar o necessário para subsistir.
Para Marx, o capitalista se enriquece apropriando-se, sem qualquer tipo de retribuição, de uma parte do produto do trabalho realizado pelo operário.
Marx mostrou, também, que a liberdade individual no Capitalismo estava condicionada pela divisão da sociedade em classes: de um lado, os proprietários dos meios de produção e, do outro lado, os trabalhadores.
Marx mostrou, também, que a liberdade individual no Capitalismo estava condicionada pela divisão da sociedade em classes: de um lado, os proprietários dos meios de produção e, do outro lado, os trabalhadores.
Nessas circunstâncias, o filho do operário, vindo ao mundo não tem escolha livre do seu projeto de vida; carente dos meios de produção, ele não tem outro remédio senão vender a sua força de trabalho ao capitalista (este sim tem a “liberdade” de contratá-lo ou não) e perpetuar a estirpe deste novo tipo de escravo moderno, gerado pelo Capitalismo. Escravo, porque uma vez vendida a sua força de trabalho, é o capitalista e não o operário quem decide pela vida deste (o que produzir, como produzir, horários, regulamentos da empresa com as devidas sanções e a sempre possível demissão e condenação ao desemprego).
De fato, pensava Marx, o que defendem os capitalistas quando falam de “liberdade”, não é nada mais do que a sua “liberdade de empresa”, isto é, a sua “liberdade” de enriquecerem às custas do trabalho operário não remunerado.
Autor: Dr. Sírio Lopez Velasco
Programa de Pós-Graduação (Doutorado e Mestrado) em Educação Ambiental Universidade Federal do Rio Grande (FURG), RS
Autor: Dr. Sírio Lopez Velasco
Programa de Pós-Graduação (Doutorado e Mestrado) em Educação Ambiental Universidade Federal do Rio Grande (FURG), RS
A origem do capitalismo: questões para debate
1 – Por que os empresários liberais (burgueses) entraram em conflito com os senhores
feudais?
feudais?
2 – Qual a ligação (relação) entre o Capitalismo e a Revolução Francesa?
3 – Como surgiu o Capitalismo?
4- Qual a função do Estado no Capitalismo?
5 – O que defende e propõe o Capitalismo, como nova sociedade, em oposição ao
Feudalismo?
Feudalismo?
6- Qual é o conceito de trabalho na sociedade capitalista?
7- Qual a origem do capitalismo?
Obrigado, Cristiano, por colocares um texto meu na folha de rosto do teu Blog. Só que esse texto é antigo; de lá pra cá tenho publicado os seguintes livros:
LOPEZ VELASCO, Sirio (1991). Reflexões sobre a Filosofia da Libertação, CEFIL, Campo Grande.
––––– (1994). Ética de la Producción: Fundamentos, CEFIL, Campo Grande.
––––– (1996). Ética de la Liberación.Oikonomia, CEFIL, Campo Grande.
–––––. (1997).Ética de la Liberación, Vol. II (Erótica, Pedagogía, Individuología), CEFIL, Campo Grande.
––––– (2000). Ética de la Liberación. Vol. III (Política socio-ambiental ecomunitarista), EDGRAF, Rio Grande.
––––– (2003). Fundamentos lógico-linguísticos da ética argumentativa, Ed. Nova Harmonia, S. Leopoldo.
––––– (2003). Ética para o século XXI: rumo ao ecomunitarismo, Ed. Unisinos, S. Leopoldo.
––––– (2003). Ética para mis hijos y no iniciados, Ed. Anthropos, Barcelona.
––––– (2007). Alias Roberto. Diario ideológico de una generación, Ed. Baltgráfica, Montevideo.
––––– (2008). Introdução à educação ambiental ecomunitarista, Ed. FURG, Rio Grande.
––––– (2009). Ecomunitarismo, socialismo del siglo XXI e interculturalidad, Ed. FURG, Rio Grande.
––––– (2009). Ecomunitarismo, socialismo del siglo XXI e interculturalidad, Ed. El Perro y la rana/MPP para la Cultura, S. J. de los Morros, Venezuela.
––––– (2009). Ética ecomunitarista, Ed. UASLP, San Luis Potosí, México.
_____ (2009) Ucronía, Ed. Editfurg, Rio Grande, Brasil
Um abraço: Porf. Dr. Sirio Lopez velasco
Programa de Pós-Graduação (Doutorado e Mestrado) em Educação Ambiental
Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
RS
lopesirio@hotmail.com
Professor, eu que agradeço pela contribuição ao nosso desenvolvimento intelectual meu, de meu alunos e dos meus leitores.
Qual é a reposta da numero 5 do debate?
Muito bom ! Estava procurando por um texto que resumisse de maneira critica o inicio do Capitalismo, estou pesquisando a respeito da Escravidão Assalariada e este texto será muito útil !
(h) Perfeito gostei muitoo
A tempo venho falando sobre o capitalismo professor da uma força para mim no meu canal do blogger. força.com.aforçaquemoveomundo.com
Gostaria que todos de uma olhada por favor, olha principo eu não defendo uma linha de pensamento marxista, meu objetivo é entender topo esse processo e análisar de fato a verdade em relaçao a nossa sociedade e as mudanças que temos sofrido, no entando a pergunta é se a historia sempre muda ao decorrer dos séculos, o problema agora não é somente o capitalismo e sim os intereses pertinetes desse governo junto com a burguesia que não querem perder a mamata no Brasil, pesso que de uma olhada em.meu blogger ok um abraço.