MIDIÁTICO
debates, boicote, abafamento, panelaço, buzinaço, expressão da ascendência do bando em presságio inusitado. Sétimo, participação de intelectuais, não sejamos ingênuos em pensar que essas estratégias são espelhos da massa, um golpe só é possível pela racionalidade, cautela, contabilidade, lógica, poder econômico, privilégios, certamente entrarão para história e ficarão conhecidos como os maiores estadistas ou piores. Há capacidade para planejar mil anos de governo.
barbárie. Slavoz Žižek (1996) alerta para a inversão do clássico conceito de ideologia de Marx: “Eles fazem, mas, não sabem o que fazem”, para, “Eles sabem o que fazem e continuam fazendo”. Seguramente deveria ser dura a vida na Alemanha entre 1933 e 1945, assim, como nos tempos da Ditadura Militar do Brasil, do Chile, da Argentina, isso porque não está em jogo a Idade Média, inquisição. Quando apontado o indelével, não é o retrato do nazismo, mas, uma das possíveis formas de ler a realidade do país atualmente. Karl Marx apontou: “a história se
repete, primeiro como tragédia depois como farsa” (2011).
por mais que esse seja extremamente DESQUALIFICADO, sexista, patriarcal, corporativo. Que venha a síntese.
Não se apaixonem por si mesmos, nem pelo momento agradável que estamos tendo aqui. Carnavais custam muito pouco – o verdadeiro teste de seu valor é o que permanece no dia seguinte, ou a maneira como nossa vida normal e cotidiana será modificada. Apaixone-se pelo trabalho duro e paciente – somos o início, não o fim. Nossa mensagem básica é: o tabu já foi rompido, não vivemos no melhor mundo possível, temos a permissão e a obrigação de pensar em alternativas. Há um longo caminho pela frente, e em pouco tempo teremos de enfrentar questões realmente difíceis – questões não sobre aquilo que não queremos, mas sobre aquilo que QUEREMOS (ŽIŽEK, 2011).
trechos do texto para análises, em momentos citações utilizadas pelo autor:
Os responsáveis pela operação mani pulite ainda fizeram largo uso da imprensa. Com efeito: Para o desgosto dos líderes do PSI, que, por certo, nunca pararam de manipular a
imprensa, a investigação da “mani pulite” vazava como uma peneira. Tão logo alguém era preso, detalhes de sua confissão eram veiculados no “L’Expresso”, no “La Republica” e outros jornais e revistas simpatizantes. Apesar de não existir nenhuma sugestão de que algum dos procuradores mais envolvidos com a investigação teria deliberadamente alimentado a imprensa com informações, os vazamentos serviram a um propósito útil[3]. O constante fluxo de revelações manteve o interesse do público elevado e os líderes partidários na defensiva. (MORO,2004, p. 59)
taxados como corruptos e paguem pelo indevido uso do dispositivo – fomento para o Homo Sacer).
Moro, instaurou a sociedade da desconfiança, as relações sociais, políticas, jurídicas e econômicas jamais serão as mesmas.
A operação mani pulite ainda redesenhou o quadro político na Itália. Partidos que haviam dominado a vida política italiana no pós-guerra, como o Socialista (PSI) e o da Democracia Cristã (DC), foram levados ao colapso, obtendo, na eleição de 1994, somente 2,2% e 11,1% dos votos, respectivamente […] A deslegitimação do sistema foi ainda agravada com o início das prisões e a divulgação de casos de corrupção. A deslegitimação, ao mesmo tempo em que tornava possível a ação judicial, era por ela alimentada: A deslegitimação da classe política[4] propiciou um ímpeto às investigações de corrupção e os resultados desta fortaleceram o processo de deslegitimação (MORO, 2004, p. 57).
Brasil em 1964 os militares[5] ascenderam ao poder carregando a premissa de combater os comunistas e a corrupção[6].
adoração pelo Regime Militar, não está no palco vossas categorias e sim a intolerância ao pensamento contrário (facilmente enquadrado como FACISTA). É venerado pela massa nos discursos
que concebe a ordem. De outro lado causa ojeriza pelas veracidades que IMPÕEM, seja na conclamação da violência pelas forças armadas ou em sua simbologia. A filosofia hegeliana sem
dúvidas estremece quando nega à dialética.
[…] lamentável que, num país democrático como o Brasil, as pessoas só encontrem nas Forças Armadas uma possibilidade de solução da crise, mas isto não é extensivo nem generalizado e, felizmente, está diminuindo bastante a demanda por intervenção militar (SOUZA, 2016).
REFERÊNCIAS
Florianópolis.
Fontes, 1997. – (Clássicos)
1519-6186.
RABONI, André. Editorial do jornal “O Globo” de 2 de abril de 1964,
celebrando o Golpe Militar. Disponível em: < https://acertodecontas.blog.br/politica/editorial-do-jornal-o-globo-de-2-de-abril-de-1964-celebrando-o-golpe-militar/>. Acesso em: 20 mar. 2016.
RUIZ, Castor Bartolomé. O campo como paradigma biopolítico moderno. Cadernos IHU em formação. Ano IX n◦ 45, 2013.
STRECK, Lenio Luiz. No pedido de prisão de Lula, torturaram Marx, Hegel e Nietzsche (2016).
Disponível em:<
___________. A tinta vermelha: discurso de Žižek no Occupy Wall Street (2011). Disponível em: <https://blogdaboitempo.com.br/2011/10/11/a-tinta-vermelha-discurso-de-slavoj-zizek-aos-manifestantes-do-movimento-occupy-wall-street/. Acesso em: 23 mar. 2016.
Giorgio Agamben.
arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições. […] a legalidade não poderia ser a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem […] da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a levar à anarquia e ao comunismo. […] Salvos da comunicação que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes
constitucionais, a lei e a ordem”.
Como citar esse texto:ONISTO, Felipe. Política brasileira: o ativismo judiciário e midiático. Blog Café com Sociologia. 2016. Disponível em: . Acessado em: dia mês ano.
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