Apresentação – Ano V, Nº15, Juiz de Fora, janeiro – abril/2011
É com prazer que trazemos ao nosso fiel público leitor o décimo quinto número da Ibérica – Revista Interdisciplinar de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos. Como já se tornou característica de nossa publicação, a atual edição de Ibérica traz, em suas páginas, uma variada gama de pesquisas – que espelha a qualidade e a diversidade das contribuições que recebemos. Esta variedade reflete também a crença fundamental de que a verdade não se alcança de uma única forma, mas sim pelo pluralismo das ideias (que se aperfeiçoam pelo embate). Para a…
presente publicação contamos com quatro participações.
Abrindo a edição contamos com dois artigos oriundos das comemorações do centenário do professor Miguel Reale, realizadas pelo Instituto de Filosofia Luso Brasileira, na cidade de Lisboa, entre os dias 08 e 11 de novembro de 2010. No primeiro artigo Alexandro Ferreira de Souza trata do Sentido do pensar do nosso tempo – filosofias nacionais, através da interpretação do pensamento do jus-filósofo paulista. Segundo o autor, “O sentido do pensar de nosso tempo corresponderia, pois, a um criticismo dinâmico, aberto e plurivalente, capaz de situar o problema do a priori em face dos dois termos do conhecimento, abandonando-se a perspectiva de um eu transcendental, destituído de historicidade, que preordena o real de acordo com seus esquemas imutáveis.” No segundo artigo, A metafísica conjectural de Miguel Reale, Marco Antonio Barroso trata da perspectiva metafísica no pensamento de Reale, “percebe que o conceito de metafísica carrega consigo questões presentes na filosofia desde seu inicio, questões que são ao mesmo tempo insolúveis (em termos transcendentais) e irrecusáveis (existencialmente). Tais termos, todavia, só podem ser trabalhados conjecturalmente – e devem sê-lo, uma vez que são demandados pelo próprio fator existencial do humano.”
A terceira participação foi escrita a quatro mãos, nela os autores, Bernardo Goytacazes de Araújo e Jonas Tadeu Bruno Ribeiro, tratam de uma figura emblemática da história brasileira: Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá. Em seu artigoMauá, a força que mobilizou o Brasil, os autores defendem a ideia de que “perceber a industrialização como nova fonte de renda era o ponto pelo qual o Brasil começava a vislumbrar, pelo entendimento de Mauá, não mais apenas a produção rural e os elementos alimentícios.”
Para encerrar o número, Ronaldo Pimentel resenha o livro Verdades da Ciência e Outras Verdades: A visão de um cientista. Segundo Pimentel, “O livro apresenta uma visão apaixonada sobre a ciência, a conduta do cientista, os métodos científicos, os erros, as fraudes e os caminhos tortuosos que levam a uma aproximação assintótica da verdade”.