Por Roniel Sampaio Silva
Quem já não se deparou com uma situação corriqueira como essa? Sobretudo nos comércios locais – as quitandas e budegas – a prática do “fiado” e do “pendura” não são tão comuns quanto a que a prática do “posso trazer depois”. Isto é comum naquela situação em que você por falta de trocado, ou ainda por falta de dinheiro, não dispõe do valor suficiente para comprar o produto, nessa hora vale apelar para amizade e aclamar a famosa frase.
Mas será quem ganha nessa relação? Estaria envolvido apenas dinheiro?
São poucos os clientes que retornam e devolvem tal valor. Muitas vezes a quantia é sequer contabilizada. O fato é que devemos nos atentar para este fenômeno como social na medida em que a expectativa do retorno também gera uma relação social, seja por interesses racionais, financeiro, seja por interesses afetivos – pelo vínculo de amizade. Muitas vezes o comerciante tem prejuízo com tal prática, porém os laços sociais simbólicos embutidos naqueles 10 centavos fazem com que se crie um “elo invisível” que cria entre os sujeitos um sentido daquela ação. Portanto a prática configura-se como ação social na medida em que é dotada de sentido.
São poucos os clientes que retornam e devolvem tal valor. Muitas vezes a quantia é sequer contabilizada. O fato é que devemos nos atentar para este fenômeno como social na medida em que a expectativa do retorno também gera uma relação social, seja por interesses racionais, financeiro, seja por interesses afetivos – pelo vínculo de amizade. Muitas vezes o comerciante tem prejuízo com tal prática, porém os laços sociais simbólicos embutidos naqueles 10 centavos fazem com que se crie um “elo invisível” que cria entre os sujeitos um sentido daquela ação. Portanto a prática configura-se como ação social na medida em que é dotada de sentido.
O fato ajuda a entender uma das teses principais de Weber no seu livro “Economia e sociedade”. A economia em si não é constituída meramente de relações utilitaristas, ela também constitui uma rede de relações sociais as quais fazem interagir os indivíduos muitas vezes de maneira simbólica e tácita. Desse modo o valor, quantitativamente passa ficar em segundo plano neste contexto em que há outros valores em jogo que podem até trazer prejuízo e lucro.
E quem aí já não teve aquele prejuízo de emprestar aquele dinheiro pra um amigo em nome do valor social que representa simbolicamente a amizade?
Te pago quando puder amigo Weber!
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Você sabe que é pobre quando o valor social da representação simbólica da sua amizade não passa de R$50!! kkk Abs, parabéns pelo blog.