Por Cristiano das Neves Bodart
Um fantasma ronda o Brasil – o fantasma da racionalidade. Todas as potências da velha mediocridade unem-se numa aliança para conjurá-lo: a grande mídia e seus “soldados” reprodutores e propagadores de suas ideologias, sobretudo, os “filósofos de redes sociais” e suas diversas variações de “patente” .
No período atual, por alguns chamados de “Alta Idade da Mediocridade”, contemplamos uma nova Cruzada; agora contra a racionalidade. Há um ataque sistemático a discussões racionais. Um argumento racional postado no facebook, por exemplo, é logo atacado por frases prontas construídas por informações que não se sabe a fonte. Se cobrares a fonte de tais informações será identificado em poucos segundos como herege, pois onde já se viu querer discutir um assunto de natureza social, política ou econômica, por exemplo, a partir de dados confiáveis! É o segundo pecado capital! O primeiro é não reproduzir e levar à frente as informações medíocre que se espalham pelas redes sociais, sobretudo as imagens simplificadoras da “realidade”.
A regra é ser medíocre. Está determinado pelas formas celestiais que não se deve sair da média das ideias. A ordem é ser mediano. Informado exclusivamente pela grande mídia; pois, medíocre que se preze é aquele que nunca leu um livro sobre o assunto, mas que possui muitas considerações sobre ele, além de ter um repertório (reduzido, é verdade) de “adjetivos esteriotipados” para usar nos “debates”.
Exigir nas redes sociais fontes confiáveis em um debate sobre política ou economia tornou-se um grande pecado nesses dias; com direito a ser queimado em um fogueira. “Filósofos, Sociólogos, Cientistas Políticos do facebook” uní-vos! Queimem todos os livros acadêmicos e sua pecaminosas universidades. Não falem (muito menos escrevam) a palavra “embasamento”, esta atrai demônios do passado. Não esqueçam de assassinar exemplarmente em praça pública os professores hereges… sobretudos os que tiverem gravados o símbolo da besta disfarçado de titulação. E comece a inquisição…
Referências Bibliográficas:
Obs: fontes não mencionadas por medo de ser interpretado como herege.
Adorei o texto, excelente.