Autor: Roniel Sampaio Silva

  • Conceito de “conceito”: processo de significação visão de vygotsky

    Conceito de “conceito”: processo de significação visão de vygotsky

    Em particular, segundo Lev Vygotsky, o conceito de “conceito” na psicologia histórica e cultural revelou-se uma das ferramentas mais importantes para compreender como os indivíduos desenvolvem e constroem o conhecimento. Vygotsky analisa detalhadamente as relações entre linguagem, cognição e socialização, destacando que os conceitos são construções dinâmicas, interligadas às experiências e interações sociais.

    O Conceito como Processo de Significação

    Para Vygotsky, os conceitos são mais do que meras definições ou categorias mentais estáticas. É compreendido como um processo que envolve tanto a interpretação quanto a produção de sentido. Nesse sentido, os conceitos servem de ponte entre a realidade objetiva e a consciência subjetiva do indivíduo. Essa configuração não ocorre isoladamente. Em vez disso, é mediado pela interação social, uma série de eventos através dos quais ideias e significados são formados.

    Vygotsky reitera que os conceitos são construídos em relações dinâmicas, não simplesmente em troca ou definição. A compreensão de um conceito vai além de sua definição literal porque está sempre imersa nas experiências de quem entende o conceito e nas condições históricas e sociais nas quais ele está inserido. Isso leva à ideia de que conceitos como semântica são polimórficos. Um conceito pode ter uma variedade de significados dependendo das experiências culturais e sociais de um indivíduo.

    A Distinção entre Significado e Sentido

    Baseado na filosofia do materialismo histórico-dialético o autor consolidou sua teoria sobre a consciência com base na realidade material. Partindo dessa premissa,  Vygotsky distingue claramente entre o significado e a compreensão dos conceitos. Embora o significado se relacione com a parte mais objetiva e lógica de um conceito, o significado é como ele se relaciona com as experiências pessoais e coletivas de quem o utiliza. Isto é essencial para a compreensão de um conceito porque a relação entre os dois flui, em vez de se opor.

    O significado de um conceito fornece a base lógica e categórica necessária para a comunicação e a compreensão geral. O sentido é conferir ao conceito complexidade, flexibilidade e adaptação a diferentes situações, dependendo da experiência e subjetividade de quem o utiliza. Vygotsky valoriza essa complexidade. Isso porque o conceito pode ser ampliado e adaptado às necessidades cognitivas e sociais de cada indivíduo.

    A Imagem da Realidade no Conceito

    Outro aspecto importante é a ideia de que os conceitos também são imagens da realidade. Vygotsky enfatiza que a imaginação e o pensamento prático não são processos opostos, mas complementares. Este conceito é uma fusão da experiência direta do mundo e da capacidade de criar imagens mentais, permitindo-nos lidar com conceitos abstratos que não existem imediatamente na realidade percebida. Segundo Vygotsky apud Castro (2016) p. 42 “a imaginação não pode ser considerada um “divertimento caprichoso do cérebro”, mas sim uma função vitalmente necessária, que se encontra em relação direta com a riqueza e a variedade da experiência acumulada pelo ser humano, porque “esta experiência é o material com que se constróem os edifícios da fantasia”. 

    Implicações Educacionais

    O impacto conceitual desta teoria é profundo em contextos educacionais. Entender que os conceitos são processos sociais dinâmicos nos ajuda a pensar sobre como ensinamos e aprendemos. Os professores não devem apenas transmitir significados fixos, mas também permitir que os alunos experimentem e dêem o seu próprio significado aos conceitos que estão aprendendo. A educação deve, portanto, ser um espaço de construção ativa, onde os conceitos não são apenas aprendidos passivamente, mas também internalizados, questionados e reatribuídos.

    A teoria de Vygotsky aponta que a educação deve visar a interação social. Conceitos são formados e transformados. Ao integrar o pensamento lógico e a imaginação criativa, a educação torna-se um campo fértil para o desenvolvimento intelectual e criativo dos alunos, não apenas em termos de aquisição de conhecimento, mas também em termos de transformação do conhecimento.

    Vygotsky entende o pensamento não como um processo individual isolado, mas como um fenômeno social, moldado por relações históricas e culturais. Coisas culturais e históricas formadas nas relações humanas. É a intersecção de significado e compreensão onde a razão e a imaginação se encontram. Para os professores, isso significa a tarefa desafiadora e enriquecedora de construir um espaço onde os conceitos possam não apenas ser aprendidos, mas onde cada aluno possa vivenciar e ressignificar ao refletir sobre sua própria realidade e experiências.

    Essa visão abre caminho para uma pedagogia dinâmica, que promove o desenvolvimento de indivíduos criativos, críticos e preparados para transformar a realidade ao seu redor.

    Referências 

    VYGOTSKI, Lev S. Pensamento e Linguagem. Trad. A. Z. M. Almeida. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

     

  • As regras do método sociológico: alguns apontamentos

    As regras do método sociológico: alguns apontamentos

    Émile Durkheim, um dos fundadores da Sociologia como ciência, trouxe à luz conceitos fundamentais para entender o funcionamento das sociedades. Em sua obra “As Regras do Método Sociológico”, publicada em 1895, Durkheim estabeleceu as bases metodológicas que diferenciam a Sociologia de outras disciplinas. Vamos explorar os principais aspectos dessa obra revolucionária.

    Por Roniel Sampaio Silva


    1. O que são os fatos sociais?

    Durkheim define os fatos sociais como formas de agir, pensar e sentir que são externas aos indivíduos, mas que se impõem a eles com força coercitiva. Esses fatos não são produtos da consciência individual, mas sim fenômenos coletivos, regidos por normas sociais que moldam comportamentos e pensamentos.

    👉 Exemplo: A língua que falamos, os costumes, as leis e as tradições são exemplos de fatos sociais. Eles existem antes de nós e continuam existindo mesmo após nossa saída da sociedade.


    2. A sociedade como um “organismo”

    Inspirado pelas ciências naturais, Durkheim utiliza uma metáfora biológica para explicar a sociedade. Ele compara a sociedade à água, que é mais do que a soma dos gases que a compõem. Assim, a sociedade não é apenas a soma das consciências individuais; ela é um fenômeno sui generis, com propriedades próprias e independentes.

    👉 Conclusão: A sociedade não é a simples agregação de indivíduos, mas o resultado de interações complexas entre pessoas e instituições, gerando algo único.


    3. Classificação e evolução das espécies sociais

    Durkheim propôs um esquema evolutivo para compreender os tipos de sociedade:

    • Sociedades tribais (polissegmentárias simples): Formadas por clãs que se agrupam para formar aldeias.
    • Sociedades simplesmente compostas: União de várias sociedades tribais.
    • Sociedades duplamente compostas: Formadas pela fusão de sociedades simplesmente compostas.
    • Sociedades complexas: Resultado da combinação de diferentes espécies sociais, como as urbanas e industriais.

    👉 Perspectiva: Durkheim mostra que as sociedades mais complexas derivam de processos de evolução e fusão de formas mais simples, evidenciando uma organização progressiva.


    4. Explicando os fatos sociais: Causa e função

    Durkheim argumenta que, para compreender a origem de um fato social, é preciso analisar duas dimensões:

    • Causa eficiente: As condições que produziram o fato social.
    • Função: O papel que o fato desempenha na sociedade.

    👉 Exemplo: A religião, segundo Durkheim, não é apenas uma crença, mas uma força social que une os indivíduos, regulando comportamentos e fortalecendo a coesão social.


    5. O método comparativo

    Como é impossível realizar experimentos laboratoriais na Sociologia, Durkheim propõe o uso do método comparativo para identificar relações de causalidade. Ele utiliza o exemplo do suicídio para demonstrar que fenômenos sociais, como a taxa de suicídio, estão ligados a fatores estruturais, como o enfraquecimento da religião e das tradições.

    👉 Dica metodológica: Ao observar a correlação entre fenômenos (como “menos religião” e “maior taxa de suicídio”), é possível identificar uma causa comum – no caso, o enfraquecimento do tradicionalismo religioso.


    6. A objetividade na Sociologia

    Durkheim enfatiza que a Sociologia deve ser objetiva e científica. Ele propõe que os fatos sociais sejam tratados como “coisas”, ou seja, como objetos de estudo externos e observáveis. Isso garante que o pesquisador evite interpretações subjetivas e chegue a generalizações confiáveis.

    👉 Frase-chave: “O fato social é independente das consciências individuais e deve ser estudado com o mesmo rigor com que um físico estuda os fenômenos naturais.”


    Por que “As Regras do Método Sociológico” ainda é relevante?

    A obra de Durkheim é um marco para a Sociologia, pois:

    • Estabeleceu o método científico para a análise social.
    • Mostrou que a sociedade possui leis próprias que podem ser descobertas e compreendidas.
    • Influenciou gerações de sociólogos a estudar a sociedade de forma rigorosa e sistemática.

    Durkheim nos ensina que a Sociologia vai além do senso comum, oferecendo uma lente científica para desvendar os padrões ocultos que regem nossas vidas coletivas.

    Referências:
    Durkheim, Émile. As regras do método sociológico. Tradução de Maria Ferreira. Petrópolis: Vozes, 2019.

     

  • Imaginação sociológica de Mills

    Imaginação sociológica de Mills

    Em seu emblemático livro A Imaginação Sociológica, C. Wright Mills apresenta, no capítulo inaugural “A Promessa”, uma abordagem profunda sobre como podemos compreender as complexas relações entre o indivíduo e a sociedade. Para Mills, a imaginação sociológica é uma habilidade mental essencial, capaz de conectar a biografia individual à história social, permitindo que transcendamos a sensação de aprisionamento em relação às transformações impessoais da sociedade.

    O Sentimento de Aprisionamento e a Necessidade de Conexão
    Mills parte da premissa de que o homem moderno frequentemente se sente encurralado, sem compreender como suas experiências individuais são influenciadas por forças sociais maiores. Esse sentimento de aprisionamento decorre da dificuldade em enxergar as conexões entre as “perturbações pessoais” e as “questões públicas”. A imaginação sociológica surge, então, como um antídoto, proporcionando a capacidade de situar a experiência pessoal no contexto histórico e social mais amplo.

    Três Perguntas Fundamentais
    Para desenvolver essa imaginação sociológica, Mills sugere que devemos nos fazer três perguntas cruciais:

    Qual é a estrutura da sociedade como um todo?
    Qual é a posição dessa sociedade na história humana?
    Que tipos de indivíduos predominam nessa sociedade e nesse período?
    Ao buscar responder a essas questões, o socólogo é capaz de traçar as interdependências entre os diversos aspectos da vida social, como política, economia, cultura e psicologia, revelando as forças estruturais que moldam as experiências individuais.

    Perturbações Pessoais e Questões Públicas
    Uma das contribuições mais significativas de Mills é a distinção entre “perturbações pessoais” e “questões públicas”. Enquanto as perturbações pessoais dizem respeito às dificuldades enfrentadas no âmbito privado, as questões públicas refletem crises nas estruturas sociais. Por exemplo, o desemprego pode ser visto como um problema individual, mas a imaginação sociológica nos permite entendê-lo como um fenômeno que resulta de fatores econômicos e políticos mais amplos.

    A Inquietação e a Indiferença da Época
    Mills descreve nossa época como marcada pela inquietação e indiferença. Muitos indivíduos sentem-se à mercê de forças obscuras que não compreendem plenamente, o que os leva a uma consciência falsa de suas posições sociais. Nesse cenário, o papel do cientista social é essencial: cabe a ele desvendar essas forças, revelando as contradições e crises que estruturam a sociedade contemporânea.

    A Promessa da Imaginação Sociológica
    Para Mills, a imaginação sociológica não se limita à análise acadêmica, mas oferece uma perspectiva poderosa para todos que desejam compreender as relações entre indivíduo e sociedade. Ela não apenas esclarece as origens sociais de problemas individuais, mas também incentiva a participação consciente em questões públicas, transformando a indiferença em ação social.

    Reflexão Final
    A imaginação sociológica é, em última análise, uma ferramenta para interpretar e transformar a realidade social. Ao conectar história e biografia, ela nos permite enxergar além das superfícies das experiências cotidianas e compreender as dinâmicas sociais que estruturam nossas vidas. Assim, A Promessa de C. Wright Mills continua a inspirar não apenas socólogos, mas todos aqueles que buscam compreender e intervir no mundo social de forma crítica e consciente.

     

    Referências:

    Mills, C. W. A Imaginação Sociológica. 1.ª ed. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro, Zahar, 1965.

  • Ep014 Podcast violência

    Ep014 Podcast violência

    Podcast sobre violência que traz conceitos e perspectivas fundamentais para compreender o tema,  usando a sociologia e a música, convidamos você para mergulhar nesse divertido programa.

    Neste episódio do Podcast Café com Sociologia, Roniel Sampaio-Silva e Cristiano Bodart discutem o tema violência, explorando suas múltiplas dimensões e conceitos sociológicos. A conversa inicia com uma análise de letras de músicas como “O Beco”, dos Paralamas do Sucesso, e “Sapato 36”, de Raul Seixas, que ilustram as formas explícitas e simbólicas da violência.

    Os apresentadores abordam o conceito de violência a partir de autores como Ives Michaud, que descreve a violência como ações que causam danos físicos, morais ou simbólicos, e Pierre Bourdieu, que introduz a ideia de violência simbólica, muitas vezes invisível, mas igualmente prejudicial. Também dialogam com Hannah Arendt, que relaciona a violência com poder e dominação, mostrando como as estruturas sociais e econômicas, como o capitalismo, perpetuam práticas violentas.

    O episódio apresenta reflexões sobre como as desigualdades sociais, o controle ideológico e a busca pelo poder alimentam diferentes formas de violência, legais ou ilegais. Encerrando, Gabriel, o Pensador, com a música “Paz”, traz uma mensagem de esperança e luta por justiça social.

    Um episódio provocador e educativo, que convida os ouvintes a refletirem sobre as dinâmicas de poder e violência em nossa sociedade.

    Podcast Café com Sociologia

    Episódio 014 – Violência.

    Por Cristiano Bodart e Roniel Sampaio-Silva

    Saudações sociológicas! Podcast Café com Sociologia trouxemos o último episódio do ano de 2024, blog editado por Cristiano Bodart e Roniel Sampaio-Silva.

    Neste podcast sobre violência,  trouxemos algumas algumas reflexões sobre o tema , explorando suas múltiplas dimensões e conceitos sociológicos. 

    Não deixe de ouvir! Confira! 

    Além deste episódio é possível ouvir diversos outros Podcasts Café com Sociologia AQUI

    Clique aqui para baixar

    Para ouvir no anchor.fm,  acesse abaixo

    podcast cafecom sociologia

  • Como você resume a ideia principal de um texto?

    Como você resume a ideia principal de um texto?

    Como você resume a ideia principal de um texto?

    Às vezes, como estudante, você tem documentos longos que precisa ler, e lidar com tarefas longas pode parecer muito difícil. Isso é especialmente verdadeiro quando você tem uma carga de trabalho pesada da universidade e seus exames ficam na sua cabeça. Você pode se sentir sobrecarregado tentando administrar tudo, até mesmo aqueles capítulos e palestras longos.

    Então, por que você não escolhe o processo de resumo? Em vez de lembrar de tudo, você pode se concentrar em reunir os pontos principais de cada capítulo para criar notas. Se há um tópico que você sempre acha difícil de aprender, por que não apenas lembrar sua mensagem principal? Parece bom, certo?

    Então, por que você não usa essa estratégia? Neste guia, você encontrará várias técnicas para resumir a ideia principal de qualquer texto. Então, vamos começar!

    Leia o texto com atenção

    Para entender qualquer coisa, é essencial primeiro saber sobre ela. Entender a tarefa que você está prestes a executar se torna desafiador se você nem mesmo vê a tarefa que está prestes a executar. Da mesma forma, ao escrever, quando você estiver se preparando para resumir qualquer detalhe, você deve primeiro lê-lo completamente para que a ideia central por trás dele fique clara para você. Ler preenche mais da metade do seu entendimento relacionado a qualquer detalhe.

    Escolha os pontos-chave

    Ao ler, destaque ou anote os pontos-chave ou detalhes importantes que se destacam para você. Dessa forma, mais tarde, você não terá dificuldade para encontrar esses pontos novamente.

    Passando para a fase de resumo, muitas vezes esquecemos quais pontos-chave notamos antes. Marcá-los durante a leitura inicial torna o processo de resumo mais suave e organizado.

    Reconstrua o argumento principal

    Quando terminar de ler um parágrafo, reserve um momento para fazer uma pausa e pensar sobre o que acabou de ler. Lembre-se da mensagem usando sua memória em vez de olhar novamente para o texto. Escreva um resumo nas margens de suas anotações, apenas algumas frases ou marcadores que capturem a essência do texto original. Se você não consegue se lembrar de nomes, fatos ou datas específicos, tudo bem! Você pode trabalhar com isso se tiver a ideia central em mente.

    Procure por palavras ou frases repetidas

    Uma estratégia útil para identificar as ideias principais em um texto é procurar por termos repetidos. Se algo é essencial, é provável que seja mencionado várias vezes. Como frequentemente nos lembramos de pontos-chave, os escritores naturalmente enfatizam termos ou frases significativas repetindo-os ao longo de seu trabalho.

    Suponha que você perceba uma palavra ou frase consistentemente ao longo de um artigo ou texto. Nesse caso, isso indica fortemente que é essencial para o tópico geral e deve ser considerado ao determinar a ideia principal.

    Observe a primeira e a última frases em busca de pistas

    Embora a frase do tópico nem sempre forneça todas as informações necessárias, as frases de abertura e conclusão podem oferecer dicas valiosas sobre o tema do texto, personagens principais, conflito primário ou resolução. Esses elementos são essenciais para formar uma declaração sólida da ideia central.

    Antes de mergulhar no texto, você precisa escanear rapidamente a primeira e a última frases e tentar prever o que o texto pode cobrir. Essa estratégia envolve você desde o início e define um propósito para sua leitura.

    Use um resumo de texto de IA

    Às vezes, separar as ideias principais de detalhes longos pode ser frustrante. Mesmo se você encontrar o detalhe essencial, pode perdê-lo. Essa abordagem pode afetar a qualidade do seu resumo e desperdiçar seus esforços. Se você deseja extrair informações importantes sem lidar com esse processo demorado, usar uma ferramenta de resumo de texto é sua melhor escolha.

    O resumo de IA simplifica a tarefa detectando automaticamente a mensagem principal de qualquer texto. Ele analisa rapidamente seu conteúdo e condensa todos os pontos essenciais em um parágrafo claro e conciso. Além disso, esta resumir ferramenta oferece dois recursos adicionais: pode apresentar o resumo em formato de parágrafo ou de marcador. Você pode selecionar o formato que melhor se adapta às suas necessidades.

    Conclusão

    Agora, você pode entender facilmente que, para identificar o contexto principal de qualquer conteúdo, você deve aprender diferentes técnicas de resumo. Depois que você dominar esses métodos, transformar um detalhe longo em um formato conciso e gerenciável se tornará mais fácil.

    Portanto, as técnicas que compartilhamos acima podem ajudar você a encontrar pontos essenciais com precisão. Esperamos que você ache essas dicas úteis ao extrair as ideias principais de um documento do Word.

     

  • Casa grande e senzala de Freyre: Plano de aula

    Casa grande e senzala de Freyre: Plano de aula

    Gilberto Freyre. Casa grande e senzala.

    Plano de aula

     

    Professores: Pedro Francisco Marchioro[1] e Talita Rugeri[2].

    [1] Doutor em Sociologia pela UFPR e professor substituto de Ciência Política da UFSC.

    [2] Doutora em Sociologia pela UFPR e professora da educação básica e da pós graduação em Direitos Humanos da PUCPR.

    Resumo

    O presente plano tem por objetivo oferecer um esquema de aula que contempla o planejamento, exposição e discussão de Gilberto Freyre no que toca ao seu principal texto, Casa Grande e Senzala. É um balanço dos principais pontos que levantamos em turmas do primeiro ano de graduação e no segundo e terceiro ano do Ensino Médio em uma Universidade em Santa Catarina e em um Colégio de Santos, nos dois semestres de 2024. É também uma espécie de relato da execução dos planos em sala e um registro do retorno que se obteve por parte dos alunos, desde um mergulho na releitura e revisão crítica e detida na obra.

    Introdução: O autor

    É verdade que Freyre é autor polêmico. Já o era em vida e ficou ainda mais após deixá-la. Primeiro enxovalhado pela ala conservadora de seu tempo, pelo conteúdo sexualizado e erótico de seu texto. Depois, atacado por essa mesma ala devido à sobreposição que opera sobre o racismo, substituindo-o pelo fator cultura. Nosso autor é explícito sobre esse seu intento já no prefácio do livro, de superar o racismo pela via da cultura, segundo a apreensão que fez junto ao próprio Franz Boas, por quem foi orientado quando de sua estadia nos Estados Unidos.

    A formação patriarcal do Brasil explica-se, tanto nas suas virtudes como nos seus defeitos, menos em termos de “raça” e de “religião” do que em termos econômicos, de experiência de cultura e de organização da família, que foi aqui a unidade colonizadora (FREYRE, 2003, p. 32).

    A direita que incontestavelmente o abraça, apraz-se pelo desenho rico que oferece da cultura brasileira, mas principalmente pela formula equilibrada em que engloba disparidades históricas inconciliáveis de seu universo de análise: o Brasil.

    É partir desse acolhimento que lhe destinam os setores de direita nacionalista que Freyre precipitará sua biografia para as bandas do integralismo na primeira metade do século passado e do extremismo de direita tanto no Brasil quanto em Portugal. Entre outros fatos, o autor foi presidente da União Democrática Nacional (UDN) de Pernambuco e deputado pelo mesmo partido de espectro explicitamente de direita, liberal e conservador (e golpista por condição quase genética).

    Foi ainda oposição a Getúlio Vargas desde a Revolução de 1930 até a sua extensão na figura do presidente João Goulart, tendo apoiado, portanto, e participado com entusiasmo a Ditadura militar no Brasil. Em 1969 Freyre passou a integrar o Conselho Federal de Cultura a convite do presidente general Costa e Silva. Posteriormente consagrou-se ideólogo do regime salazarista sobretudo em sua vertente colonialista em África.

    Ressalte-se que o autor pertence às grandes famílias de Pernambuco, criança mimada crida nos engenhos, como ele mesmo define, sendo amigo dos demais herdeiros de engenho (um deles, José Lins do Rego, cujo livro Menino do engenho é altamente proveitoso no apoio às aulas).

    A obra

    Voltemos ao escrito e ao muito que sobra da exegese de seu texto.

    Lembremos que a época da feitura da obra era de racismo paradigmático, embasado em ciência e que Freyre pretendia superá-lo. Mas a sua linguagem, a de 1930, é carregado de termos hoje impraticáveis como “crioulo”, “pretinha”, “índia”, além de noções não vigiadas sobre diferenças porque então desamparadas das conquistas sociais posteriormente alcançadas (feminismo, anti racismo, igualdade, etc.).

    A presente leitura do texto foi feita informada sobre a bateria de críticas dirigidas ao autor, principalmente no que toca à sua defesa do suposto equilíbrio entre as raças, o “mito da democracia racial” a ele atribuído, por exemplo, por Florestan Fernandes. Mas sempre que possível, buscou-se aqui as expressões e seus fundamentos de tais equívocos e distorções nas próprias palavras do autor.

    Ao fim das discussões em aula nós, professores, avaliamos que não encontramos provas fáceis e diretas que denunciassem o reacionarismo do autor, ao contrário de parte dos alunos, estes sim mais municiados das polêmicas em voga em torno da obra de Freyre e menos de sua leitura cuidadosa). O que vimos, isso sim, foi, no conjunto da obra, a visão positiva, ou mesmo conservadora e saudosista (como o próprio autor assume) da larga extensão do período histórico que o autor confronta.

    Esse foi um dos motores que nos moveu em sala, além das críticas que lhe endereçam Sergio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes, Jessé Souza e outros autores mais contemporâneos que se misturam ao certo senso comum sobre a figura e obra de Gilberto Freyre.

    O esquema freyriano em Casa Grande e Senzala

    O ponto de partida das investigações e discussões em sala foi a pergunta:

    • O que Freyre busca compreender? Resposta: A formação social do Brasil, segundo o próprio.
    • Como ele pensa respondê-la? Através das três perguntas de sustentação de um mito nacional: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?

    O que Freyre propõe é a análise do Brasil segundo a metáfora da casa grande e da senzala. Ou seja, o mapa desse microcosmo (anexado em folha larga em todas as edições do livro em português e facilmente disponível na internet) como um espelho reduzido do país, ainda que em período colonial.

    Situamo-nos, por assim dizer, em um tempo e espaço: o Brasil colonial (ele passa pelos 3 períodos – descobrimento, colonização e império, mas se concentra no segundo) em seu quadro institucional (representado pela Casa grande e a senzala) conjugando os três grandes grupos formadores do Brasil e do tipo brasileiro: o branco europeu português, o nativo indígena não branco, e o negro de África.

    Explicação material-funcionalista

    Freyre sustenta sua tese da mestiçagem racial em uma necessidade sócio-histórica. E a fundamenta de acordo com os seguintes pontos:

    1. Portugal era um país de população pequena e economia saturada que só poderia ter extravasado para o mar. O objetivo da colônia portuguesa nas Américas era diferente do de África ou Ásia. Aqui, em tão extenso território, era preciso povoá-lo. Mas como? Com a população reduzida do reino não se conseguiria povoar de famílias inteiramente portuguesas as terras da nova colônia, dado que a própria exportação de homens (ainda que degredados, expurgados, condenados, loucos, doentes, endividados seduzidos pela promessa de riqueza) revelou-se tarefa de extrema dificuldade. As “cargas” de mulheres viriam muito depois, trazidas pela igreja preocupada justamente com o cruzamento do branco europeu com as nativas daqui (coisa julgada imprópria), quando no não de homens entre homens. Assim, para o povoamento e conquista territorial, o cruzamento de brancos europeus com as “índias” foi sendo paulatinamente aceito pelos que aqui se assentavam e relaxado quanto às amarras dogmáticas da igreja.
    2. O português era mais preparado para ter sucesso onde os demais europeus fracassariam. Os séculos de intercâmbio com os mouros e árabes islâmicos os havia legado de uma predisposição à flexibilidade, ou “plasticidade”, nos termos de Freyre. Sua disciplina religiosa era mais aberta do que a de seu vizinho espanhol e ainda mais quanto aos demais europeus, o que lhe permitiu certos cruzamentos e convívios extra raciais. Sua fisiologia também estaria mais apta ao encontro com o corpo exógeno e exótico (Freyre enfatiza a importação da sífilis como sua marca). Estava mais aclimatado às topografias de cá, já que “Portugal é mais africano que europeu”, isto é, divide o mesmo trópico. Além de outros fatores que Portugal experimentara em sua história e que o predispôs a empresa exitosa no Brasil.
    3. A mulher indígena foi o ponto nevrálgico da gênese do tipo brasileiro. Ela se envolvia ou era envolvida à força pelos colonizadores. Atenção! Freyre não nega que havia violações sexuais, mas de fato as minimiza e enfatiza uma espécie de complexo de atração e consentimento delas para com os brancos, inclusive trazendo para sua análise o esquema psicanalítico do sadomasoquismo. Na visão do autor a mulher indígena é um elemento deslocado da órbita da tribo, apesar de ser-lhe uma parte fundamental. Por exemplo, ela é muito mais inclinada para a sedentarização do que o “índio”. Deve-se lembrar que as culturas aqui encontradas eram descritas por Freyre “atrasadas” por não dominarem técnicas básicas de agricultura ou domesticação de animais. Nesse sentido, à mulher indígena sobrava a maior carga do trabalho social da tribo: preparar a comida, cuidar das crianças, higienizar, além de compartilhar das funções dos homens. As receitas que o autor descreve em várias páginas envolve uma cozinha quase avançada que a mulher chefiava. Em suas palavras, à mulher não sobrava tempo, trabalhavam muito e o dia inteiro. Isso se inclinaria como motivação para a necessidade de constituição familiar do europeu.
    4. Os homens indígenas eram preparados para a guerra, os ritos, as caças e se ensimesmavam em certas vivências exclusivas. Freyre destaca a inclinação à homossexualidade do homem indígena, com isso enfatizando aquele deslocamento da mulher, que ficaria liberada para o intercurso sexual com o europeu. A impressão que se tem ao lê-lo é que ao “índio” não importava o monopólio da mulher. Com tais características, o “índio” evoluiu historicamente para os caboclos jagunços, capitães do mato, ajudantes do senhor de engenho e, posteriormente, ocupante de funções intermediárias nas germinações urbanas.

    Estes são os pontos principais de apoio que reunimos do planejamento e aplicação das aulas, desde a apresentação, discussão e compreensão desse difícil ensaio de Gilberto Freyre que é o Casa grande e Senzala. Um texto difícil de se afirmar como contendo uma teoria, em escrita tão escorregadia, quase refratária, que retira numa página o que afirmara na anterior.

    A seguir trazemos algumas passagens que nos surpreendeu devido á atualidade dos problemas que aborda e da significação que atualmente ganha, como enfatizou um aluno, quase de uma “denúncia”.

    Denúncia de Freyre

    Se por um lado o autor esmorece a crítica sobre a violência sexual contra o nativo, por outro confronta contundentemente a violência simbólica da Igreja (Cia de Jesus), a violência racial e, mais importante, a violência brotada já na institucionalidade brasileira colonial marcada por uma questão atualíssima e cara aos nossos dias atuais: o latifúndio.

    Aliás, essa é uma variável à qual o autor aponta como causa da desnutrição, má formação e atrofia do brasileiro, desde o pobre ao rico, e que finalmente explicaria as confusões aparentes entre a alegada inferioridade racial nos trópicos e a superioridade branco europeia.

    Freyre é atualíssimo no superar o determinismo geográfico à lá Retzel, e em demonstrar as distorções ambientais incididas pelo modo de produção arrasador da monocultura. Este, por sua vez, ocasionando, além da restrição alimentar de toda a população, carente de inúmeros nutrientes essenciais para o desenvolvimento físico e fisiológico, a limitação na variação produtiva e no desenvolvimento tecnológico.

    O desenvolvimento técnico, afirmará Freyre, é plenamente capaz (como já evidenciado à época) de superar as barreiras geográfica, a hostilidade do clima, a infertilidade do solo, a violência das águas, enfim, as intempéries naturais. A comunidade dos homens, vaticina o autor logo no prefácio, já se demonstrou capaz de sobrepor à natureza física uma natureza reformada em afinidade com interesse social. O que não deixa de soar como uma defesa ao progresso.

    As aulas

    • Utilizar de 3 a 4 aulas
    • Separar a turma em pequenos grupos
    • Pedir a leitura antecipada de partes do texto em grupos
    • Explanação da compreensão do texto por equipes e debate
    • Avaliação processual durante as aulas

    Referências

    Livros:

    FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. Formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. — São Paulo: Global, 2003.

    FREYRE, Gilberto. Casa-grande e Senzala – Em Quadrinhos. – São Paulo: Global, 2003.

    Documentário

    Casa Grande e Senzala – A cunhã da família brasileira. Diretor Nelson Pereira dos Santos, 2001

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    The built-in bridging feature enhances your trading efficiency. It facilitates the transfer of assets between Ethereum and other compatible networks, reducing the friction often associated with cross-chain transactions. This capability not only saves time but also minimizes transaction costs, making your trades more profitable.

    Security remains a top priority with Uniswap Bridge Wallet. Robust encryption protocols protect your assets, ensuring that your funds are safe during every transaction. Additionally, regular audits and updates keep the wallet aligned with the latest security standards, fostering trust as you trade across different ecosystems.

    Leverage the analytical tools embedded within the wallet to track asset performance and market trends. Accessing real-time data equips you with insights necessary for making informed trading decisions, enhancing your strategy as you navigate the dynamic DeFi space.

    Step-by-Step Setup Guide for Your Uniswap Bridge Wallet

    1. Visit the official Uniswap website. Ensure you’re on the legitimate site to avoid phishing scams. Click on the “Launch App” button to access the Uniswap interface.

    2. Select “Connect Wallet” in the upper right corner. Choose your preferred wallet type, such as MetaMask, WalletConnect, or Coinbase Wallet. Follow prompts to link your wallet securely.

    3. If you don’t have a wallet yet, download and install a compatible wallet extension or app. Create an account, secure it with a strong password, and save your recovery phrase in a safe place.

    4. After connecting your wallet, navigate to the “Bridge” section of the Uniswap interface. You’ll see options for transferring assets between chains.

    5. Choose the source and destination chains for your transaction. Select the asset you wish to bridge, and input the amount you intend to transfer. Review the network fees associated with the transaction.

    6. Click on the “Transfer” button. Confirm the transaction details in your wallet prompt and authorize the transfer. Wait for the transaction to be processed on the blockchain.

    7. Monitor the status of your transaction in your wallet. Once confirmed, your assets will appear in your destination wallet after bridging.

    8. To view your bridged assets, refresh your wallet interface. Ensure your wallet is set to the correct network to see the new assets.

    9. For future transactions, ensure your wallet remains connected, and repeat the bridging steps as needed. Stay informed about any fee changes or updates in the Uniswap interface.

    How to Transfer Tokens Between Different Networks Using Uniswap

    To transfer tokens across networks using Uniswap, ensure you are connected to the Uniswap Bridge Wallet. First, select the token you wish to transfer. Use the wallet interface to display available tokens and networks.

    Once you have chosen the source network, enter the amount of tokens to transfer. The wallet will automatically calculate the equivalent amount on the destination network. Double-check the token details to avoid mistakes.

    Click on the “Bridge” option after confirming your selections. Review the transaction details, including fees, before proceeding. Approve the transaction in your wallet. This step may require you to sign the transaction, confirming you authorize the transfer.

    After approval, the platform initiates the transfer process. You’ll see a progress indicator as the tokens are moved between networks. Keep an eye on your notifications for updates regarding the status of your transaction.

    Upon completion, your tokens will be available on the destination network. Check your wallet to confirm receipt. If there are any issues, refer to the transaction history for troubleshooting.

    Regularly update your wallet and stay informed about network status to ensure smooth transfers. Enjoy seamless trading and liquidity provision across different networks effortlessly with Uniswap.

    Understanding Gas Fees and Their Impact on Your Transactions

    Gas fees directly affect the speed and cost of your transactions on Uniswap and other decentralized platforms. To optimize your transactions, set a gas limit that aligns with your needs while remaining aware of network congestion. During peak times, gas fees can skyrocket, so timing your transactions strategically can save you money.

    Utilize gas trackers to monitor current fee trends and get insights into optimal times for executing trades. Websites like EthGasStation provide real-time data on gas prices, making it easier for you to make informed decisions. For less urgent transactions, consider waiting until fees decrease, as this can significantly lower your costs.

    Gas fees vary depending on the complexity of the transaction. Simpler trades on Uniswap generally incur lower fees than more complex operations involving multiple tokens or liquidity provision. Being aware of these differences can help you plan your swaps more effectively.

    In some cases, you can prioritize speed over cost by selecting a higher gas price, which may expedite the confirmation of your transaction. If you’re trading a significant amount, the speed can be worth the additional expense. Just balance that against potential savings on smaller trades.

    Always ensure your wallet has enough ETH to cover gas fees in addition to your transaction amount. Transactions can fail if insufficient gas is provided, leading to wasted costs and frustration. Properly estimating your gas requirements will help you avoid these pitfalls.

    For frequent users, consider setting up a transaction approval process that includes gas fee adjustments. Many wallet providers allow for customization of these settings, making it easier to adapt to the fluctuating market conditions.

    Gas fees are a critical component of DeFi that can determine your overall experience and profitability. Stay informed and proactive in managing them for seamless transactions on platforms like Uniswap.

    Security Best Practices for Using Your Uniswap Bridge Wallet

    Always activate two-factor authentication (2FA) on your wallet. This adds a layer of security that makes unauthorized access significantly harder.

    Regularly update your wallet application to benefit from the latest security patches and features. Developers consistently work to address vulnerabilities.

    • Use strong, unique passwords for your wallet. Consider a password manager to help create and store them securely.
    • Be cautious of phishing attempts. Always verify website URLs before inputting sensitive information.
    • Keep your recovery seed phrase secure. Never share it and store it offline in a safe location.

    Transact only on trusted platforms. Access your wallet via the uniswap v3 defi interface app to ensure you’re using a legitimate interface.

    1. Review your transaction history frequently to identify any unauthorized activities.
    2. Limit the amount of cryptocurrency held in your bridge wallet; transfer surplus funds to a secure cold wallet.

    Be vigilant about the permissions you grant to decentralized applications (dApps). Only connect your wallet to trusted services.

    Stay informed about security trends and common scams in the DeFi space. Awareness is a key component of security.

    Common Troubleshooting Tips for Uniswap Transactions

    If your transaction fails, check the network status of Ethereum or the relevant blockchain. High congestion can cause delays or failures. Utilize services like Etherscan to monitor current status.

    Adjust your gas fees. Low gas fees can slow down or stop your transaction. Increase the gas price in your wallet settings to ensure its prompt processing, especially during peak times.

    Verify sufficient funds. Ensure that your wallet has enough tokens for the swap and additional ETH to cover gas fees. Double-check your balances if transactions aren’t processing.

    Refresh the application or wallet interface. Sometimes, UI glitches can prevent transactions from appearing correctly. Reloading can solve temporary issues.

    Clear your browser cache or try a different browser. Cache issues can interfere with transaction processing. Switching to another browser might provide a smoother experience.

    Reconfirm contract addresses. If using a token not listed directly on Uniswap, ensure the contract address is accurate to avoid scams or errors.

    Check for token approval status. If your new token requires approval for transactions, ensure you’ve granted sufficient permissions through your wallet.

    Look for error messages. They can provide specific reasons for transaction failures. Researching these messages online often leads to quick solutions.

    Consider timing when making transactions. Some users find better success rates outside of peak hours. Experiment with different times for improved outcomes.

    If problems persist, consult Uniswap’s official support or community forums. Engaging with experienced users can often lead to quick resolutions for complex issues.

    Analyzing Transaction History for Better Portfolio Management

    Regularly review your transaction history to identify trends and make informed decisions. By categorizing your transactions, you can uncover insights into your trading habits and asset performance. Create a table to visualize your data.

    Date Asset Type Amount Price Total Value
    01/10/2023 ETH Buy 1.5 $3,000 $4,500
    05/10/2023 DAI Sell 500 $1.00 $500
    10/10/2023 UNI Buy 50 $25 $1,250

    Evaluate performance over time. Compare profits and losses from each trade to assess effectiveness. Create a summary of your gains and losses to recognize patterns.

    Asset Gains ($) Losses ($)
    ETH $1,500 $0
    DAI $0 $50
    UNI $200 $0

    Use this analysis to adjust your portfolio. Increase holdings in assets with consistent gains and reduce exposure in those with repeated losses. Setting alerts for price movements helps you stay informed and ready to act on market changes.

    Keep track of transaction fees as well. High fees can erode your profits, so consider optimizing your trading strategy to minimize costs. Utilize platforms that offer lower fees or promotional rates.

    Conclude your review with actionable insights. Set specific goals for the next quarter based on past performance. Whether it’s targeting a new asset class or adjusting your investment strategy, ensure your portfolio aligns with your financial objectives.

    Q&A:

    What is the Uniswap Bridge Wallet and how does it work?

    The Uniswap Bridge Wallet is a tool designed to facilitate transactions between different blockchain networks. It allows users to transfer assets seamlessly by bridging tokens from one chain to another, enhancing accessibility in decentralized finance (DeFi). The wallet streamlines these transactions by providing a user-friendly interface where users can select the token they wish to transfer, specify the amount, and choose the target blockchain. Once the details are confirmed, the wallet handles the conversion and transfer, making the process smooth and straightforward.

    What are the benefits of using the Uniswap Bridge Wallet for DeFi transactions?

    Using the Uniswap Bridge Wallet offers several advantages for users engaged in DeFi activities. Firstly, it simplifies the process of transferring tokens across different blockchains, which can often be complicated and time-consuming. Secondly, it minimizes the fees associated with cross-chain transactions by utilizing efficient protocols to ensure cost-effective transfers. Lastly, the wallet enhances user security by incorporating advanced encryption techniques and safeguards against unauthorized access, allowing users to manage their assets with peace of mind.

    Can I use the Uniswap Bridge Wallet with any cryptocurrency?

    Not all cryptocurrencies are supported by the Uniswap Bridge Wallet. The wallet primarily facilitates transactions for tokens that are traded on the Uniswap platform and are compatible with Ethereum and other supported blockchains. It is advisable to check the wallet’s official documentation or website for the complete list of compatible tokens before initiating any transactions to ensure a smooth experience.

    Is there a fee for using the Uniswap Bridge Wallet?

    Yes, there are fees associated with using the Uniswap Bridge Wallet, which typically cover transaction and network costs. These fees can vary depending on the blockchain being used and the current congestion of the network. While the wallet aims to optimize transaction costs, users should always be aware of the potential fees before proceeding with any asset transfers. This information can be found in the wallet’s dashboard, where users can review estimated fees prior to executing their transactions.

    How can I ensure the security of my assets while using the Uniswap Bridge Wallet?

    To safeguard your assets while using the Uniswap Bridge Wallet, there are several best practices to follow. First, always enable two-factor authentication (2FA) for an added layer of security. Second, use strong, unique passwords and change them regularly. It’s also important to keep your recovery seed phrase secure and offline, as losing it could mean losing access to your wallet. Finally, be cautious of phishing attempts and ensure that you are accessing the official Uniswap website or app. Keeping your software updated will help protect against vulnerabilities as well.


  • As três leis da dialética por Engels

    As três leis da dialética por Engels

    As três leis da dialética constituem um importante instrumento de se fundamentar qualquer análise do real, seja relativo aos fenômenos sociais ou naturais. Engels escreveu os textos que compõem “A Dialética da Natureza” entre os anos 1873 e 1883, mas a obra só foi publicada postumamente, em 1925, na União Soviética. Isso ocorreu porque Engels não a finalizou para publicação, deixando os manuscritos como rascunhos. Mesmo inacabada, a obra teve grande influência nos debates sobre filosofia, ciência e marxismo ao longo do século XX. Engels escreveu esta obra com o intuito de subsidiar bases epistemológicas a fim reorganizar ciência e filosofia que estavam sendo distanciadas com o aprofundamento do positivismo.

    Por Roniel Sampaio Silva

    O objetivo da obra “Dialética da Natureza” de Friedrich Engels é aplicar a dialética materialista à pesquisa científica em ciências naturais. Engels procurou demonstrar que a dialética foi originalmente desenvolvida por Hegel na filosofia e reelaborada por Marx e Engels no materialismo histórico, também era válida para explicar os fenômenos da natureza. Ele pretendia integrar o conhecimento científico num quadro filosófico que enfatizasse o caráter dinâmico e interligado dos processos naturais.

    Para isso, ele buscou catalogar três leis da dialética que serviriam de norte para pesquisadores comprometidos a epistemologia do materialismo histórico-dialético:

    1) A lei da transformação da quantidade em qualidade e vice-versa

    Quantidade e qualidade são interdependentes. Mudanças quantitativas graduais que atinjam um ponto crítico levarão a mudanças qualitativas significativas. Isto significa que, com o tempo, pequenos aumentos ou diminuições podem eventualmente produzir mudanças fundamentais. Por exemplo, na física, um aumento gradual na temperatura da água provoca uma mudança qualitativa quando esta atinge o seu ponto de ebulição ou congelamento. Na química, a composição quantitativa dos átomos de uma molécula determina propriedades qualitativas únicas, como ocorre durante a formação de diferentes compostos. Esta lei sugere que mudanças sutis e incrementais têm o potencial de levar a grandes mudanças na realidade.

    2) A lei da interpenetração dos contrários

    Todo fenômeno contém contradições internas ou pólos opostos que interagem constantemente. Essa interação é o motor da mudança. Na física, por exemplo, a relação entre forças atrativas e repulsivas mantém a estabilidade de um sistema atômico, enquanto a tensão entre forças opostas permite o movimento e o desenvolvimento. Engels acreditava que os opostos não podem existir isoladamente porque não pode haver separação absoluta entre eles. Esta lei reflete a ideia de que o equilíbrio e a evolução surgem da luta entre estas forças opostas.

    3) A lei da negação da negação.

    A Terceira Lei explica o desenvolvimento como um processo de superação. Uma proposição (uma ideia ou estado original) é negada pelo seu oposto (seu oposto ou contradição), e esta contradição é resolvida numa síntese, que retém elementos de ambos, mas num nível superior. Por exemplo, na agricultura, uma semente germina, nega-se como semente e transforma-se em planta, que por sua vez produz novas sementes, reiniciando o ciclo numa nova etapa. Esta lei nos ajuda a compreender que o progresso é dialético: superação constante, preservação da essência e mudança do resto.

     

    Considerações finais

    É importante destacar que as três leis da dialética são princípios fundamentais para ancorar pesquisas pautadas na filosofia do materialismo histórico dialético. Elas são bases importantes para pensar os objetos de estudo nesta ótica e, embora desenhada para ser uma abordagem tanto para as ciências da natureza quanto das humanidades, ela é usada de forma generalizada em pesquisa de fenômenos sociais. Neste sentido, cabe pensar no potencial nos mais variados campos do conhecimento. O grande desafio para aplicação dessa epistemologia é a dificuldade de superação da lógica formal para inteirar-se na lógica do materialismo dialético. Enquanto a lógica formal tende a pensar nos fenômenos em pólos diferentes de causa e efeito, o materialismo percebe que este mesmo objeto em movimento, transformado por estes pólos que não são separados do objeto em si, constitui parte integrante do mesmo objeto. Portanto, estão em relação dialética e são inseparáveis.  Esses pólos são chamados de unidades dialéticas. Na primeira lei da dialética, quantidade e qualidade é bem caracterizado como uma unidade dialética.

     

    Referências:

    ENGELS, Friedrich. Dialética da natureza. Boitempo Editorial, 2020.

  • Redução de danos política: Por uma esquerda para além disso

    Redução de danos política: Por uma esquerda para além disso

    Redução de danos: O campo institucional não foi feito para esquerda vencer

    Por Roniel Sampaio-Silva

    Chegamos na redução de danos. Passamos por um processo doloroso e distópico com a ascensão de Bolsonaro à presidência de 2018. Mesmo derrotando esta figura nas urnas, tivemos uma acelerada (re)intensificação do conservadorismo que se instalou no Congresso. A chamada “onda conservadora” se constitui como uma força latente em um país de contradições coloniais como o nosso. É preciso ressaltar que, no âmbito eleitoral e institucional, a esquerda sempre estará em desvantagem, uma vez que as ditas instituições são configuradas para operar contra os trabalhadores. A luta institucional não deve ser abandonada, porém, deve ser pautada como secundária. Lembre-se que foram as instituições que prenderam Lula e golpearam Dilma.

    Redução de danos a logo prazo, vira dano

    O que seria uma esquerda redução de danos? Desde que Lula retornou ao poder para fazer contraponto ao bolsonarismo, tem havido um esforço do governo federal em se contrapor a essa força política, negociando e barganhando direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores. Flexibiliza-se de forma moderada e progressiva direitos que eram negados como ruptura, os quais antes revelavam o caráter fascista do capital. Porém, o que se tem observado é que essas concessões em favor de supostas negociações democráticas têm repercutido negativamente na vida material dos trabalhadores nas últimas décadas. Portanto, essa redução de danos a longo prazo não melhora as condições de vida dos trabalhadores, e intensifica a exploração.

    Redução de danos política é uma postura de se contrapor a um parlamento e outras instituições conservadoras, barganhando direitos da classe trabalhadora sob uma alegação fatalista que não há outra alternativa.

    Como superar a redução de danos?

    Primeiro, não é fácil gerenciar todas essas contradições. Entretanto, há de se considerar todas as dimensões no processo, não apenas as institucionais. É necessário, sobretudo, considerar que os trabalhadores são uma força política consistente e fundamental que estão em movimento. A essência da democracia está na base. Se as instituições são conservadoras e não atendem aos interesses da classe trabalhadora, é mais que oportuno mobilizar os trabalhadores para pressionar tais forças políticas. Prova disso é o exemplo recente do “Movimento vida além do trabalho”, que precisou dar uma sacudida no governo para que esse, timidamente, se posicionasse. Sem a classe trabalhadora nenhum governo de esquerda se legitima como tal.

    A classe trabalhadora está em movimento

    O trabalhador está em constante transformação. Altas tecnologias se contrapõem às formas precarizadas de vida, serviços públicos subfinanciados cada vez menos presente que dão lugar às igrejas neopentecostais… É fato que o trabalhador que antes passava fome e vivia em situação de extrema vulnerabilidade teve melhora na sua condição de vida e obviamente deseja melhorá-la. Entretanto, a expectativa de melhora constante está dando lugar a uma estagnação oriunda de um aparelhamento radical do estado brasileiro cada vez mais engessado no neoliberalismo. Aceitar o neoliberalismo como visão de mundo é mergulhar em um abismo de distanciamento de um governo que se comprometeu com uma agenda, mas que se vale de artifícios fatalistas para pôr em prática outra. A contradição teoria e prática pode não ser entendida por todos, mas é vivida de forma cruel por muitos trabalhadores que cada vez mais desacreditam na melhoria de vida pela articulação coletiva e busca amparo no religioso.

    Não podemos abandonar a escola

    A luta de classes também se manifesta nas instituições. É possível construir consciência de classe nas igrejas neopentecostais? Sim, embora exemplos como o pastor Henrique Vieira, também deputado do PSOL, sejam raros. As escolas públicas, por sua vez, têm promovido a consciência de classe, mesmo com suas contradições. Nos períodos eleitorais, pastores e professores frequentemente estão em lados opostos, pois muitos pastores têm posições próximas à burguesia e no geral os professores estão mais próximos da classe trabalhadora. Assim, a escola pública brasileira, em certas circunstâncias, se contrapõe às igrejas na disputa ideológica, com igrejas reforçando uma consciência de direita e as escolas, de esquerda. Enquanto as igrejas avançam, a escola pública, que historicamente foi um dos locais de contraponto da esquerda, tem sido entregues, por um governo de esquerda, às privatizações e a fundações privadas que suplantam currículos de acordo com seus interesses de direita.

    Superar a redução de danos política é urgente. Para isso, é fundamental o compromisso e organização sistemática da classe trabalhadora para que esta atue como poder moderador. Neste contexto, a tem papel fundamental.

  • Indivíduo no marxismo: as constribuições de Adam Shaff

    Indivíduo no marxismo: as constribuições de Adam Shaff

    Existem muitas leituras equivocadas sobre o papel do indivíduo no marxismo. A principal e mais difundida é que o homem é visto apenas como um sujeito moldado pelas estruturas sociais e econômicas, com pouca margem para uma leitura marxista para subjetividade. Entretanto, trazemos nesse texto a leitura de de Adam Shaff sobre esta questão.

    Em primeiro lugar é preciso situar que a leitura que o marxismo tem sobre o mundo é pautado no materialismo histórico-dialético. O que significa dizer que a realidade objetiva é o elemento que vai situar o sujeito no conjunto de relações. Além disso, o referido método compreende que as coisas não são ideais e nem estáticas, elas estão em movimento. Isso significa dizer que o homem que vive hoje é diferente do homem que viveu na década passada, embora tal sujeito compartilhe de muitas semelhanças que foram superadas nesta perspectiva do movimento. Assim, a relação entre o sujeito e a realidade que ele vive é dialética. Tanto o homem modifica a realidade quanto é modificado por ela.

    O ser humano está em relação dialética com outros sujeitos, portanto, não se pode compreender o ser humano sem levar suas múltiplas dimensões, sociais, culturais, econômicas, etc. Assim, o ser humano, o indivíduo, só existe na sua relação dialética com outros sujeitos e vice-versa. A espécie humana é eminentemente social porque precisa ensinar as próximas gerações como se comportar e lidar com os problemas oriundos da existência material e espiritual. Espiritual, na perspectiva do marxismo é um termo comumente utilizado para se referir à ideias e nada tem a ver com o sobrenatural.

    Afinal onde está a subjetividade no marxismo?  A realidade é objetiva e dada, nos é imposta e precisamos transformá-la para satisfazer nossas necessidades. Tal transformação é mediada pelo trabalho e o conjunto de instruções que recebemos para lidar com tais desafios se dá pela educação. A partir do momento que aprendemos sobre nossa realidade concreta, seja por intermédio dos outros ou seja por si próprio, tal realidade é processada pela nossa consciência que vai agregar ao assinto a nossa visão pessoal sobre o que sabemos. Tal visão pessoal sobre o assunto é comumente chamada de sentido. Assim, o conhecimento que chega que até nós não é refletido como um espelho em si mesmo, ele ganha novas conexões com instrumentos que são particulares de cada um de nós, de acordo com nossa vivência. Se a realidade fosse refletida no sujeito tal qual um espelho, não seria necessário ciência porque essência e aparência seriam a mesma coisa e nem existiria nenhuma coerência com a dialética proposta por Marx.

    Referências

    SCHAFF, Adam. A concepção marxista do indivíduo. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.