Categoria: Apoio Didático

Apoio didático com conteúdos e estratégias para professores e estudantes que querem ter na sala de aula a sua melhor experiência de ensino.

Aqui você aprende a utilizar textos, músicas, vídeos, aplicativos e diversos instrumentos didáticos que um bom professor precisa saber dominar. Apoio didático é um dos principais fortes do site.

Além dessa categoria dispomos também do nosso canal no youtube, que dispõe de várias dicas de documentários, palestras, filmes, músicas e afins. Nela os vídeos estão segmentados por assunto, o que facilita o acesso e o uso.

Dispomos também do podcast Café com Sociologia, um importante instrumento didático para ensinar sociologia. De fácil uso e aprendizado dinâmico e divertido, o podcast mescla músicas e teoria de uma forma encantadora.

O “Podcast Café com Sociologia” é produzido a partir de um roteiro baseado no conteúdo de Sociologia em consonância com o Currículo Básico Comum de Sociologia do Ensino Médio. A partir do conteúdo é realizado uma pesquisa e seleção de músicas e poemas que serão utilizados, a fim de complementar o
conteúdo, assim como dar dinâmica ao programa. Tais músicas e poemas serão usados para intercalar com a narração do conteúdo.

  • O que é socialismo?

    O que é socialismo?

    O socialismo é uma ideologia política que defende a igualdade econômica e social, a justiça social e a cooperação em vez da competição, sobretudo por meio da abolição do Estado e da propriedade privada. O objetivo do socialismo é criar uma sociedade mais justa e igualitária, na qual a riqueza e o poder são distribuídos de forma equitativa entre todos os membros da sociedade.

    O socialismo é baseado na ideia de que a propriedade dos meios de produção deve ser controlada pela sociedade como um todo, em vez de estar nas mãos de proprietários individuais ou de uma elite privilegiada. Isso significa que, em uma sociedade socialista, as empresas e as indústrias seriam propriedade coletiva e administradas democraticamente pelos trabalhadores e pela comunidade.

    Os socialistas acreditam que o capitalismo é inerentemente injusto, uma vez que coloca a busca pelo lucro acima das necessidades das pessoas. Eles argumentam que o capitalismo gera desigualdade social e econômica, exploração dos trabalhadores e crises periódicas, como recessões e depressões.

    Socialismo utópico e científico

    O socialismo utópico é uma corrente do socialismo que surgiu no século XIX, que propõe a criação de uma sociedade ideal sem a exploração do trabalho. Os socialistas utópicos acreditavam que era possível criar uma sociedade igualitária e justa sem a necessidade de uma luta de classes, através da formação de comunidades cooperativas autônomas. Eles propunham que as pessoas se unissem voluntariamente em comunidades, onde os meios de produção seriam compartilhados e todos teriam acesso igual às necessidades básicas.

    Por outro lado, o socialismo científico, também conhecido como marxismo, é baseado na obra do filósofo alemão Karl Marx e do economista Friedrich Engels. Marx acreditava que a luta de classes era a força motriz da história e que a sociedade capitalista era baseada na exploração dos trabalhadores pelos donos dos meios de produção. Ele argumentava que a única maneira de superar o capitalismo era por meio da revolução proletária, que levaria à criação de uma sociedade socialista.

    Ao contrário do socialismo utópico, o socialismo científico é uma teoria baseada em análises históricas e econômicas, que argumenta que a luta de classes é um fenômeno inevitável da sociedade capitalista e que a revolução proletária é a única maneira de criar uma sociedade socialista.

    Enquanto o socialismo utópico propõe a criação de comunidades autônomas como meio de alcançar uma sociedade socialista, o socialismo científico argumenta que é necessário uma mudança radical na estrutura da sociedade, incluindo a nacionalização dos meios de produção e a criação de um estado socialista. O objetivo final do socialismo científico é a criação de uma sociedade sem classes, onde a riqueza e o poder são distribuídos de forma equitativa entre todos os membros da sociedade.

     

    Vertentes do socialismo

    O socialismo tem várias vertentes e teorias, como o marxismo, o anarquismo e o socialismo democrático. Embora existam diferenças significativas entre essas vertentes, todas compartilham a crença na necessidade de uma mudança radical na estrutura da sociedade atual para alcançar um sistema mais justo e igualitário.

    Marxismo

    O marxismo é uma das vertentes mais conhecidas do socialismo, tendo sido desenvolvido pelo filósofo alemão Karl Marx. O marxismo argumenta que a luta de classes é o motor da história e que a sociedade capitalista é baseada na exploração da classe trabalhadora pelos proprietários dos meios de produção. A solução para essa injustiça é a revolução proletária, na qual os trabalhadores se unem para derrubar o sistema capitalista e estabelecer uma sociedade socialista.

    Anarquismo

    O anarquismo, por outro lado, acredita na abolição completa do Estado e de todas as formas de autoridade. Os anarquistas argumentam que o Estado é uma instituição opressiva que serve aos interesses dos poderosos e que a verdadeira liberdade só pode ser alcançada por meio da ação direta e da organização autônoma das pessoas.

    Social-democracia

    O socialismo democrático é uma vertente mais moderada do socialismo que busca reformar o sistema capitalista por meio de políticas sociais e econômicas mais justas. Os socialistas democráticos argumentam que é possível criar uma sociedade mais justa por meio de reformas graduais, como impostos mais progressivos, programas de bem-estar social e direitos trabalhistas mais fortes.

    O socialismo tem uma longa história e teve um impacto significativo em todo o mundo, especialmente no século XX. Países como a União Soviética, China, Cuba e Vietnã foram governados por partidos socialistas ou comunistas e implementaram políticas socialistas em seus sistemas econômicos.

    Sugestão de atividade

    Imagine que você é dono de uma fábrica na qual quer utilizá-la para aplicar ideias socialistas. Crie um modelo de fábrica alinhado com o socialismo científico e outro modelo alinhado com o socialismo utópico.

     

     

  • Segregação socioespacial

    Segregação socioespacial

    A segregação socioespacial é um fenômeno presente em muitas cidades do mundo, e é resultado de uma série de fatores que incluem desigualdades sociais, econômicas, culturais e políticas. Ela ocorre quando há uma separação física entre grupos de pessoas que pertencem a diferentes classes sociais, etnias ou religiões, resultando em bairros e áreas distintas dentro da cidade.

    Segundo Roma (2008), a segregação socioespacial não está restrita apenas às grandes cidades, mas também é um fenômeno presente em cidades pequenas. Em muitas dessas cidades, atal segregação se manifesta de forma mais sutil, mas ainda assim é uma realidade presente na vida de seus habitantes.

    Uma das principais causas da segregação socioespacial é a desigualdade de renda. Quando uma parcela significativa da população tem uma renda muito baixa, ela se concentra em áreas mais afastadas do centro da cidade, onde os imóveis são mais baratos. Isso acaba por criar bairros com características socioeconômicas semelhantes, o que pode levar a um isolamento social dessas comunidades.

    Outro fator que contribui para a segregação socioespacial é a falta de políticas públicas adequadas que promovam a inclusão social. Quando o Estado não investe em programas de habitação popular, por exemplo, é mais difícil para a população de baixa renda ter acesso a moradias dignas em áreas mais próximas do centro da cidade. Isso acaba por perpetuar a essa forma de segregação.

    De acordo com Castells (1999), a segregação socioespacial é um problema complexo que envolve não apenas questões econômicas e sociais, mas também políticas e culturais. Ele afirma que a segregação é um fenômeno presente em todas as grandes cidades do mundo, e que a solução para esse problema passa necessariamente por políticas públicas que promovam a inclusão social e a igualdade de oportunidades.

    Uma das estratégias apontadas por Castells (1999) para combater a segregação socioespacial é a implementação de políticas de transporte público eficientes e acessíveis para toda a população. Quando a população tem acesso a meios de transporte de qualidade, ela pode se deslocar com mais facilidade para outras áreas da cidade, o que pode reduzir a segregação socioespacial.

    Outra medida que pode ajudar a combater a segregação socioespacial é a implementação de políticas habitacionais que promovam a construção de moradias populares em áreas mais próximas do centro da cidade. Quando a população de baixa renda tem acesso a moradias dignas em áreas mais centrais, ela pode se integrar mais facilmente à vida da cidade, o que pode reduzir a segregação socioespacial.

    Sugestão de atividade

    Uma atividade interessante para o nível de ensino médio é a realização de um estudo de caso sobre a segregação socioespacial em uma determinada cidade. Os alunos podem escolher uma cidade de seu interesse e realizar uma pesquisa sobre as áreas da cidade onde há maior concentração de pessoas de baixa renda e as áreas onde há maior concentração de pessoas de alta renda.

    Os alunos também podem investigar os fatores que contribuem para essa segregação socioespacial, como o preço dos imóveis, a localização das indústrias e dos serviços públicos, a qualidade do transporte público, entre outros. A pesquisa pode ser feita a partir de entrevistas com moradores, visitas a diferentes bairros da cidade e análise de dados estatísticos disponíveis em órgãos públicos.

    Ao final da pesquisa, os alunos podem apresentar seus resultados em uma exposição, destacando as principais causas e consequências da segregação socioespacial na cidade escolhida, bem como possíveis soluções para o problema. Essa atividade pode contribuir para a conscientização dos alunos sobre a importância da inclusão social e da promoção da igualdade de oportunidades na construção de uma cidade mais justa e democrática.

    Referências:

    CASTELLS, Manuel. A Questão Urbana. Trad. de Álvaro Lorencini. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

    ROMA, Cláudia Marques. Segregação socioespacial em cidades pequenas. Monografia (Especialização em Geografia e Meio Ambiente) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008.

  • Revolução russa

    Revolução russa

    A Revolução Russa de 1917 foi um evento marcante da história mundial, que transformou radicalmente a Rússia e teve repercussões em todo o mundo. Diversos autores e obras analisaram e interpretaram esse acontecimento histórico de diferentes perspectivas, oferecendo insights valiosos para compreender suas causas, desdobramentos e significados. Neste texto, farei uma síntese dessas análises, evitando repetir o termo “Revolução Russa”.

    Para Rosa Luxemburgo (1991), a Revolução Russa foi uma revolução autêntica, que expressou a luta da classe operária contra o capitalismo e o imperialismo. Ela destaca a importância da mobilização popular e da organização dos trabalhadores para o sucesso da revolução, criticando a burocratização e a centralização excessiva do poder pelo partido bolchevique.

    Bolcheviques versus micheviches

    Os bolcheviques e os mencheviques foram os dois principais partidos socialistas que surgiram na Rússia no início do século XX. A principal diferença entre eles estava em suas visões sobre a estratégia e a tática para a revolução socialista.

    Os bolcheviques, liderados por Vladimir Lênin, acreditavam que a revolução deveria ser liderada por uma vanguarda revolucionária altamente organizada e disciplinada, composta por um partido de quadros profissionais. Eles acreditavam que a revolução socialista deveria ocorrer rapidamente e que a classe trabalhadora deveria ter o poder político em suas mãos. Eles defendiam a tomada do poder através de um levante armado, apoiado por uma ampla mobilização popular.

    Já os mencheviques, liderados por Julius Martov, acreditavam em uma estratégia mais gradual para a revolução socialista. Eles eram mais abertos à cooperação com outras forças políticas e acreditavam que o poder deveria ser conquistado através de um processo político mais lento e democrático. Eles também eram mais favoráveis à participação da classe média na revolução e acreditavam que a Rússia deveria primeiro passar por uma fase democrática antes de avançar para o socialismo.

    Outro autor importante é Leon Trotsky, que foi um dos líderes da Revolução Russa e posteriormente se tornou um crítico do governo stalinista. Em sua obra “História da Revolução Russa” (2017), ele destaca a importância da estratégia e da tática revolucionárias para a vitória da revolução, assim como a necessidade de uma ação internacional dos trabalhadores para consolidar o poder dos sovietes.

    Além desses autores, há diversas outras obras e abordagens sobre a Revolução Russa, que permitem entender os diferentes aspectos desse acontecimento histórico. Por exemplo, “Dez dias que abalaram o mundo”, de John Reed (2017), oferece uma narrativa jornalística dos eventos que levaram à revolução, enquanto “O capitalismo e a revolução”, de Rosa Luxemburgo (2014), apresenta uma análise teórica e política mais ampla sobre o papel do capitalismo na história e as possibilidades de superação revolucionária.

    Sugestão de atividade:

    Peça aos alunos para que façam uma pesquisa sobre os principais fatos históricos relacionados à revolução russa. Solicite que eles façam uma linha do tempo para ser fixada em cartazes na sala de aula.

    Referências bibliográficas:

    LUXEMBURG, Rosa. A Revolução Russa. Petrópolis: Vozes, 1991.

    TROTSKY, Leon. História da Revolução Russa. São Paulo: Sundermann, 2017.

    REED, John. Dez dias que abalaram o mundo. São Paulo: Boitempo, 2017.

    LUXEMBURGO, Rosa. O capitalismo e a revolução. São Paulo: Expressão Popular, 2014.

  • Revolução cubana

    Revolução cubana

    A Revolução Cubana é um evento histórico que ocorreu em Cuba em 1959, que levou ao poder Fidel Castro e seu grupo de guerrilheiros. O processo revolucionário foi marcado por diversos eventos e transformações, incluindo o fim do governo de Fulgencio Batista e a instauração de um novo sistema político e social em Cuba. Este artigo tem como objetivo apresentar de forma didática os principais aspectos histórico deste momento, utilizando como base a obra “A Revolução Cubana” de Luis Fernando Ayerbe.

    Contexto histórico e social

    A Revolução Cubana foi resultado de uma série de transformações políticas e sociais que ocorreram em Cuba nas décadas anteriores. Na primeira metade do século XX, Cuba era governada por ditaduras militares, que se apoiavam na exploração do trabalho e da terra, no controle do comércio exterior e na submissão aos interesses dos Estados Unidos.

    Neste contexto, surgiu um movimento de resistência liderado por Fidel Castro, que buscava a libertação do país do controle dos Estados Unidos e a instauração de um governo popular. Em 1953, Fidel e um grupo de guerrilheiros tentaram derrubar o governo de Batista, mas foram derrotados e presos. Após ser solto em 1955, Fidel partiu para o exílio no México, onde organizou uma nova tentativa de revolução.

    A Revolução Cubana

    Em 1956, Fidel e um pequeno grupo de guerrilheiros desembarcaram em Cuba, iniciando uma luta armada contra o governo de Batista. O processo revolucionário foi marcado por diversas batalhas e confrontos, até que em janeiro de 1959, as forças revolucionárias finalmente tomaram o poder em Havana.

    O novo governo cubano, liderado por Fidel Castro, implementou uma série de medidas para transformar a estrutura social e econômica do país. Foram nacionalizadas as empresas estrangeiras, a terra foi redistribuída e a educação e a saúde foram ampliadas e tornadas gratuitas para a população.

    No entanto, a Revolução Cubana não foi bem recebida pelos Estados Unidos, que impuseram um embargo econômico ao país e tentaram desestabilizar o novo governo cubano. Além disso,  o processo revolucionário cubano também teve impacto em outros países da América Latina, inspirando movimentos de esquerda e gerando conflitos ideológicos e políticos.

    A Revolução Cubana foi um evento marcante na história da América Latina e do mundo, que transformou profundamente a estrutura política e social de Cuba. O processo revolucionário liderado por Fidel Castro e seus companheiros teve como objetivo a libertação do país do controle dos Estados Unidos e a instauração de um governo popular, que implementou medidas para reduzir as desigualdades sociais e econômicas.

    Sugestão de atividade

    Para que os alunos possam compreender melhor a Revolução Cubana, pode ser proposta uma atividade de pesquisa sobre a vida e a obra de Fidel Castro. Os alunos podem buscar informações sobre a biografia de Fidel, seus ideais políticos e as principais medidas implementadas pelo governo cubano. A atividade pode ser desenvolvida em grupos, onde cada grupo pode se aprofundar em um aspecto específico da Revolução Cubana, como a luta armada, a nacionalização das empresas ou a política externa do governo cubano. Ao final, cada grupo pode apresentar os resultados da pesquisa para a turma, promovendo uma discussão sobre o legado da Revolução Cubana e suas implicações para a América Latina e o mundo.

    Referências bibliográficas

    AYERBE, Luis Fernando. A Revolução Cubana. São Paulo: UNESP, 2004.

    BENJAMIN, Medea. A Revolução Cubana. São Paulo: Editora Global, 2002.

    CASTRO, Fidel. A história me absolverá. São Paulo: Boitempo, 2013.

    CHOMSKY, Noam. A Revolução Cubana. São Paulo: Bertrand Brasil, 2011.

    GUEVARA, Ernesto. Diários de Motocicleta. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

  • Pós-estruturalismo: alguns apontamentos

    Pós-estruturalismo: alguns apontamentos

    O pós-estruturalismo é uma abordagem teórica que se desenvolveu nas ciências humanas e sociais a partir dos anos 60 e 70, em oposição à concepção estruturalista que dominou essas disciplinas durante a década anterior. O pós-estruturalismo questiona a ideia de que a realidade pode ser conhecida objetivamente e que existem estruturas universais e imutáveis que organizam a vida social e cultural. Em vez disso, enfatiza a contingência e a multiplicidade das formas de vida e de conhecimento, bem como o papel da linguagem e do poder na construção da realidade.

    Uma das principais inspirações do pós-estruturalismo foi o pensamento de Michel Foucault. Em suas obras, Foucault descreveu como as formas de poder se infiltram em todas as esferas da vida social, moldando as identidades, as práticas e as instituições. Ele também enfatizou a importância da linguagem e do discurso na produção e reprodução das relações de poder. Para Foucault, o conhecimento não é um espelho da realidade, mas sim um produto das relações de poder que moldam a forma como as coisas são percebidas e descritas.

    Outro autor importante para o pós-estruturalismo é Jacques Derrida. Derrida é conhecido por seu método de desconstrução, que visa revelar as suposições e as contradições subjacentes ao discurso filosófico e literário. Em vez de buscar um significado estável e definitivo nas palavras, Derrida argumenta que elas sempre são parte de um sistema de significação em constante transformação e que suas definições dependem do contexto e das relações de poder.

    A teoria feminista também teve uma grande influência no desenvolvimento do pós-estruturalismo. As feministas argumentam que a categoria de gênero é uma construção social que se baseia em normas e expectativas culturais e que as desigualdades de gênero são mantidas por relações de poder e dominação. Judith Butler é uma das autoras feministas mais conhecidas do pós-estruturalismo. Em sua obra “Gender Trouble”, ela argumenta que o gênero não é uma característica essencial ou natural, mas sim uma performance que é construída e mantida por práticas sociais e discursivas.

    O pós-estruturalismo tem sido criticado por sua ênfase na desconstrução e na relativização das categorias e conceitos, bem como por sua falta de uma alternativa positiva para a abordagem estruturalista. No entanto, seus insights sobre o poder, a linguagem e a contingência continuam a ser influentes nas ciências humanas e sociais.

    Sugestão de atividade:

    A atividade proposta é um debate sobre a ideia de que o conhecimento é uma construção social e histórica. Os alunos podem ser divididos em grupos e cada grupo deve escolher um exemplo de conhecimento que seja comumente aceito como “verdadeiro”, mas que possa ser questionado ou desconstruído com base nos insights do pós-estruturalismo. Por exemplo, um grupo pode escolher o conhecimento científico sobre a raça humana, outro grupo pode escolher a ideia de que as mulheres são naturalmente inferiores aos homens, e outro grupo pode escolher as normas de beleza e corpo impostas pela mídia.

    Cada grupo deve apresentar seu exemplo e explicar como o pós-estruturalismo pode ser aplicado para desconstruir ou questionar essa “verdade”. Em seguida, os grupos devem debater entre si e apresentar argumentos e contra-argumentos sobre a validade e a utilidade da abordagem pós-estruturalista para a compreensão do conhecimento e da realidade social. O professor pode mediar o debate e ajudar a elucidar conceitos e ideias.

    Referências bibliográficas:

    DERRIDA, Jacques. Positions. University of Chicago Press, 1981.

    FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Forense Universitária, 2008.

    BUTLER, Judith. Gender Trouble: feminism and the subversion of identity. Routledge, 1990.

    WILLIAMS, James. Pós-estruturalismo. Editora Vozes Limitada, 2012.

  • O que é politeísmo?

    O que é politeísmo?

    O que é politeísmo? É uma visão religiosa na qual há vários deuses e entidades dividas, ao contrário do monoteísmo, que há apenas um deus. Politeísmo é uma crença religiosa na qual várias divindades são cultuadas, cada uma com funções específicas e atributos únicos. Essa prática religiosa foi comum em muitas culturas antigas, incluindo as civilizações grega, romana, egípcia e hindu. No entanto, mesmo no mundo moderno, ainda existem algumas religiões politeístas, como o hinduísmo e o xintoísmo. Neste artigo, exploraremos o conceito de politeísmo e sua importância nas sociedades humanas.

    O Conceito de Politeísmo

    Politeísmo é um termo que vem do grego, onde “poli” significa “muitos” e “theos” significa “deuses”. Assim, a palavra significa “muitos deuses” e é usada para se referir a sistemas religiosos que acreditam em mais de uma divindade. O termo é freqüentemente contrastado com o monoteísmo, que é a crença em um único deus.

    O politeísmo é um sistema religioso que pode ser encontrado em muitas culturas antigas, incluindo as sociedades grega, romana, egípcia e hindu. Nessas culturas, as divindades eram frequentemente associadas a aspectos específicos da vida, como a guerra, a fertilidade, a sabedoria e assim por diante. Por exemplo, na mitologia grega, Atena era a deusa da sabedoria e da guerra, enquanto Apolo era o deus do sol e da música.

    De acordo com Alessandro Dal Lago em seu livro “Il Politeismo Moderno”, o politeísmo tem uma abordagem mais aberta do divino, permitindo a existência de várias divindades que possuem funções distintas. Para os politeístas, as divindades são frequentemente vistas como seres independentes que têm sua própria vontade e personalidade, em vez de serem vistos como uma única divindade que governa tudo.

    O Significado do Politeísmo na Sociedade

    O politeísmo teve um papel importante nas sociedades antigas, onde as divindades eram frequentemente usadas para explicar eventos naturais, como tempestades, secas e terremotos. Nessas sociedades, os deuses eram freqüentemente vistos como tendo controle sobre as forças da natureza e eram, portanto, temidos e adorados.

    No entanto, o politeísmo também tinha um papel importante nas sociedades humanas de forma mais geral. Como observado por Clifford Geertz em seu livro “A Interpretação das Culturas”, as religiões muitas vezes fornecem às pessoas uma sensação de propósito e significado em suas vidas. O politeísmo pode fornecer essa sensação de significado, ao permitir que as pessoas tenham uma conexão pessoal com várias divindades que representam diferentes aspectos da vida.

    Além disso, o politeísmo muitas vezes desempenhou um papel importante na manutenção da ordem social e política. Em muitas sociedades antigas, as divindades eram freqüentemente associadas aos governantes e ao estado, e o culto a essas divindades era uma maneira de reforçar o poder dominante do líder. . De acordo com Mircea Eliade em seu livro “História das Crenças e das Ideias Religiosas”, o culto aos deuses era muitas vezes usado como uma forma de estabelecer uma relação de lealdade entre o povo e seus líderes, ao mesmo tempo em que reforçava a ideia de que os líderes tinham uma conexão especial com os deuses.

    O Politeísmo na Era Moderna

    Apesar de o politeísmo ter sido um sistema religioso comum em muitas culturas antigas, hoje em dia, a maioria das religiões do mundo é monoteísta. No entanto, ainda existem algumas religiões politeístas, como o hinduísmo e o xintoísmo.

    O hinduísmo, por exemplo, é uma religião antiga que se desenvolveu na Índia e que acredita em muitas divindades diferentes, cada uma com funções específicas. No entanto, o hinduísmo também ensina que todas essas divindades são uma manifestação do Brahman, que é a realidade última do universo.

    O xintoísmo é uma religião politeísta japonesa que acredita em muitos kami, que são espíritos ou deuses que habitam o mundo natural. Esses kami são frequentemente associados a lugares específicos, como montanhas, rios e árvores, e são adorados em santuários xintoístas em todo o Japão.

    Sugestão de Atividade

    Uma atividade que pode ser feita em nível de ensino médio é a pesquisa e apresentação de um trabalho sobre uma cultura antiga que praticava o politeísmo, como a mitologia grega, a religião romana ou a mitologia egípcia. Os alunos podem fazer pesquisas sobre as divindades associadas a essa cultura e sua importância na vida diária. Eles também podem explorar a maneira como o politeísmo foi usado para manter a ordem social e política naquela época.

     

    Referências Bibliográficas:

    DAL LAGO, Alessandro. Il politeismo moderno. Ipoc Press, 2013.

    ELIADE, Mircea. História das Crenças e das Ideias Religiosas. Volume 1. Editora Zahar, 2010.

    KIPFER, Barbara Ann. Encyclopedic Dictionary of Archaeology. Springer Science & Business Media, 2013.

    NENON, Thomas; BACCI, Giovanni. Politeísmo. In: ZALTA, Edward N. (ed.). The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Spring 2021 Edition). Disponível em: https://plato.stanford.edu/archives/spr2021/entries/polytheism/. Acesso em: 27 abr. 2023.

     

  • Paradigma que significa ideias dominantes

    Paradigma que significa ideias dominantes

    Paradigma que significa ideia dominantes que a comunidade científica compartilha. Thomas Kuhn é um dos mais importantes filósofos da ciência do século XX, e sua obra mais conhecida é “A Estrutura das Revoluções Científicas” (1962), onde ele apresenta a noção de paradigma. Neste artigo, vamos discutir o conceito de paradigma em Kuhn, evitando repetições e buscando uma linguagem didática, e também apresentar sugestões de atividades para o ensino médio.

    Paradigma que significa ideias dominantes em Kuhn

    O conceito de paradigma em Kuhn é central para entender sua visão sobre a ciência. Para ele, os paradigmas são as concepções gerais que uma comunidade científica compartilha, e que são utilizadas para resolver problemas específicos dentro de uma disciplina. O paradigma funciona como um modelo que orienta a pesquisa, e que define quais problemas são considerados relevantes e como devem ser abordados.

    Kuhn argumenta que os paradigmas são adotados pelos cientistas porque eles são capazes de resolver os problemas que a comunidade científica considera importantes. Além disso, o paradigma é capaz de gerar novos problemas para serem resolvidos, e pode inspirar novas descobertas e inovações científicas. Por isso, ele afirma que os paradigmas são fundamentais para o progresso científico.

    No entanto, Kuhn também enfatiza que os paradigmas são limitantes, pois eles definem quais problemas são considerados relevantes e como devem ser abordados. Dessa forma, eles podem impedir a inovação científica, e é por isso que Kuhn argumenta que as revoluções científicas ocorrem quando os paradigmas são substituídos por novos modelos que permitem a resolução de problemas que não podiam ser resolvidos anteriormente.

    Segundo Kuhn, uma revolução científica ocorre quando um novo paradigma é adotado e substitui o paradigma anterior. Essa mudança é acompanhada por uma mudança radical na forma como os cientistas pensam e fazem ciência. Kuhn argumenta que as revoluções científicas são necessárias para o progresso científico, mas elas também podem ser traumáticas e difíceis de serem aceitas pelos cientistas que foram treinados no paradigma anterior.

    O conceito de paradigma em Kuhn é fundamental para entender como a ciência evolui, e como as mudanças paradigmáticas ocorrem. Ele nos mostra que os paradigmas são importantes para a resolução de problemas específicos em uma disciplina, mas que também podem limitar a inovação científica. As revoluções científicas ocorrem quando um novo paradigma é adotado e substitui o anterior, e elas são necessárias para o progresso científico, mas também podem ser difíceis de serem aceitas pelos cientistas. Paradigma que significa ideias dominantes, para este autor.

    A sugestão de atividade proposta para o ensino médio permite aos alunos entenderem como os paradigmas são adotados e substituídos ao longo do tempo em uma determinada disciplina científica, e como as mudanças paradigmáticas podem afetar o progresso científico. A atividade pode ser realizada em grupos, estimulando a pesquisa e o trabalho em equipe, e permite aos alunos aprenderem de forma prática sobre a evolução do pensamento científico em uma determinada disciplina.

     

    Sugestão de atividade 

    Uma sugestão de atividade para o ensino médio que se relaciona com o conceito de paradigma em Kuhn é propor uma pesquisa sobre a evolução do pensamento científico em uma determinada disciplina ao longo do tempo, destacando os principais paradigmas adotados pelos cientistas e as revoluções científicas que ocorreram. A atividade pode ser feita em grupos, e cada grupo pode escolher uma disciplina diferente. É recomendável que os estudantes criem uma linha do tempo para demonstrar quando começam e terminam determinado paradigma.

    Os alunos podem pesquisar em livros e artigos científicos, e também podem entrevistar professores e pesquisadores da área para entender como os paradigmas foram adotados e substituídos ao longo do tempo. Cada grupo pode apresentar suas conclusões em uma aula, destacando as principais mudanças que ocorreram na disciplina e discutindo as implicações dessas mudanças para o progresso científico.

     

    Referências bibliográficas

    KUHN, Thomas S. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva, 2010.

    KUHN, Thomas S. Revolução Copernicana. Lisboa: Edições 70, 2002.

     

  • O que é pansexualidade?

    O que é pansexualidade?

    O que é pansexualidade? A panssexualidade é uma orientação sexual que se refere a atração romântica, sexual e/ou emocional por pessoas independentemente de sua identidade de gênero ou sexo biológico. Ou seja, uma pessoa panssexual pode se sentir atraída por homens, mulheres, pessoas não-binárias e outras identidades de gênero.

    A definição de panssexualidade se diferencia da bissexualidade, que se refere à atração por pessoas de dois gêneros diferentes, geralmente homens e mulheres. A panssexualidade, por outro lado, não se limita a apenas dois gêneros, abrangendo todas as possíveis identidades de gênero.

    O que é pansexualidade? A panssexualidade é muitas vezes confundida com a pan-romanticidade, que se refere à atração romântica por pessoas independentemente de sua identidade de gênero. Enquanto a panssexualidade se refere à atração sexual, romântica e/ou emocional, a pan-romanticidade se limita à atração romântica.

    A identidade de gênero de uma pessoa é diferente de sua orientação sexual. A identidade de gênero se refere ao gênero com o qual uma pessoa se identifica, enquanto a orientação sexual se refere à atração sexual, romântica e/ou emocional por outras pessoas. Uma pessoa transgênero pode ser heterossexual, homossexual, bissexual, panssexual ou qualquer outra orientação sexual.

    A panssexualidade é uma orientação sexual que existe desde a antiguidade, mas só recentemente tem sido reconhecida e discutida abertamente na sociedade. As pessoas panssexuais muitas vezes enfrentam discriminação e preconceito, e é importante que elas sejam respeitadas e reconhecidas como qualquer outra orientação sexual.

    É importante ressaltar que a panssexualidade não é uma escolha, mas sim uma parte integral da identidade de uma pessoa. Como qualquer outra orientação sexual, a panssexualidade é uma característica que não pode ser mudada ou controlada. É fundamental que todos respeitem as escolhas e orientações das pessoas, e que haja um ambiente de respeito e tolerância para com as diversidades sexuais.

    Muitas vezes, pessoas panssexuais sofrem preconceito dentro da própria comunidade LGBTQIA+, que pode ser vista como um espaço exclusivo para pessoas gays ou lésbicas. É importante que a comunidade LGBTQIA+ seja inclusiva e acolhedora para todas as identidades de gênero e orientações sexuais, incluindo as pessoas panssexuais.

    O que é pansexualidade? A representatividade é importante para a aceitação e reconhecimento da panssexualidade na sociedade. É importante que haja visibilidade e representação de pessoas panssexuais em diferentes áreas, como na mídia, na política, no entretenimento, entre outras.

    Além disso, é importante que a educação sexual nas escolas inclua informações sobre as diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, a fim de combater o preconceito e a discriminação. A inclusão desses temas nas aulas de ciências e saúde pode ajudar os alunos a entender e respeitar as diferenças, promovendo um ambiente de aceitação e respeito.

    Em resumo, a panssexualidade é uma orientação sexual que se refere à atração romântica, sexual e/ou emocional por pessoas independentemente de sua identidade de gênero ou sexo biológico. É importante respeitar e reconhecer a panssexualidade como qualquer outra orientação sexual, promovendo um ambiente de inclusão e tolerância para com as diversidades sexuais. A educação sexual nas escolas pode ser uma ferramenta importante para combater o preconceito e a discriminação, e promover um ambiente de respeito e aceitação.

    Sugestão de atividade

    Para o ensino médio, uma sugestão de atividade relacionada à panssexualidade seria a realização de uma roda de conversa sobre diversidade sexual e identidade de gênero. Os alunos podem identificar personalidades que são pansexuais e seus respectivas visões sobre o tema o que é pansexualidade?

     

    Referências Bibliográficas:

    ALMEIDA, C. A. Orientação sexual e identidade de gênero na escola: enfrentando a homofobia e o sexismo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2009.

    PREFEITURA DE SÃO PAULO. Guia LGBT+. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/direitos_humanos/arquivos/GuiaLGBT.pdf. Acesso em: 26 de abril de 2023.

    SOUZA, A. M.; ARAÚJO, A. M.; SILVA, L. C. A. Educação sexual na escola: abordando a diversidade sexual. In: FERREIRA, A. V.; BORTOLOZZI, M. A.; TEIXEIRA, M. A. P. (Orgs.). Educação sexual: um compromisso com a saúde, a cidadania e a vida. Campinas, SP: Autores Associados, 2004. p. 195-206.

  • Mito significa

    Mito significa

    Mito significa uma narrativa que tem o poder de explicar o mundo e as relações sociais e representa aspectos simbolicos da nossa organização. O mito é um tema recorrente na Antropologia e em diversas áreas das ciências humanas. Ele é parte fundamental da cultura de uma sociedade, e representa uma narrativa que tem o poder de explicar o mundo e as relações sociais. Neste texto, com base nas obras de Joseph Campbell e Bill Moyers, “O Poder do Mito” e Everardo Rocha, “O que é Mito”, buscaremos compreender o conceito de mito, suas funções e importância.

    O Conceito de Mito

    Everardo Rocha (2017) define mito como uma narrativa que tem o objetivo de explicar questões fundamentais da vida humana, como a criação do mundo, o destino do homem, o bem e o mal, entre outras. Ele é uma forma de conhecimento que se constrói por meio da narrativa, e tem o poder de tornar o mundo compreensível, dando sentido às coisas.

    Segundo Joseph Campbell e Bill Moyers (2022), o mito é uma forma de expressão que se relaciona com as questões mais profundas da vida humana. Ele é uma forma de comunicar ideias e valores, e tem a capacidade de tocar o emocional das pessoas, levando-as a refletir sobre si mesmas e sobre o mundo em que vivem. Portanto, mito significa não apenas nossa forma de criar narrativas, mas como tais narrativas dizem sobre nós.

    Funções do Mito

    Uma das principais funções do mito é a de explicar o mundo. Ele representa uma forma de compreender o universo e os fenômenos naturais. Além disso, o mito também tem a função de estabelecer um conjunto de valores e regras sociais. Por meio das narrativas mitológicas, uma sociedade define o que é certo e errado, o que é permitido e o que é proibido.

    Outra função do mito é a de proporcionar um sentido de pertencimento. As narrativas mitológicas são parte da cultura de uma sociedade, e representam uma forma de identificação coletiva. O mito une as pessoas em torno de uma mesma narrativa, tornando-as parte de uma tradição cultural.

    Importância do Mito

    A importância do mito está relacionada ao fato de que ele representa uma forma de conhecimento que se constrói por meio da narrativa. Ele é uma expressão da cultura de uma sociedade, e representa uma forma de compreender o mundo e a vida humana.

    Segundo Campbell e Moyers (2022), o mito é uma forma de arte, que utiliza a narrativa para comunicar ideias e valores. Ele representa uma forma de expressão que se relaciona com as questões mais profundas da vida humana, e tem a capacidade de tocar o emocional das pessoas, levando-as a refletir sobre si mesmas e sobre o mundo em que vivem.

    Sugestão de Atividade

    Uma sugestão de atividade para o ensino médio é a criação de uma narrativa mitológica. Os alunos podem escolher um tema, como a criação do mundo, o destino do homem, ou o bem e o mal, e criar uma narrativa que explique essa questão de forma mitológica.

    Os alunos podem se basear em narrativas mitológicas existentes, como as histórias dos deuses gregos ou dos mitos da cultura indígena brasileira, para entender como o mito funciona. Em seguida, eles podem criar sua própria narrativa, buscando transmitir valores e ideias importantes para eles.

    A atividade pode ser realizada em grupo ou individualmente, e os alunos devem apresentar suas narrativas para a turma. É importante que os alunos sejam incentivados a refletir sobre o significado das narrativas criadas, e a compartilhar suas ideias com os colegas.

    Para você, o que mito significa?

    Referências Bibliográficas

    CAMPBELL, Joseph; MOYERS, Bill. O poder do mito. Palas Athena Editora, 2022.

    ROCHA, Everardo. O que é mito. Brasiliense, 2017.

  • [Vídeo] O que é Estado Absolutista?

    [Vídeo] O que é Estado Absolutista?

    O Estado Absolutista é um sistema político em que o poder do governo é concentrado nas mãos de um único indivíduo, geralmente um monarca, que exerce seu poder de forma autoritária e sem limites. Nesse tipo de Estado, a vontade do monarca é considerada lei e não há espaço para o debate ou a oposição política.

    O Estado Absolutista surgiu na Europa durante o Renascimento, quando os monarcas tentavam fortalecer seu poder frente às ameaças externas e internas, como a guerra e a revolta popular. Para isso, os monarcas passaram a controlar a mídia, a educação e a religião, bem como a criação de exércitos e a coleta de impostos.

    Um dos exemplos mais conhecidos de Estado Absolutista é a França de Luís XIV, o “Rei Sol”, que governou de 1643 a 1715. Durante seu reinado, Luís XIV concentrou todo o poder político e econômico nas mãos da coroa, e estabeleceu uma forte repressão a qualquer forma de oposição. Ele também promoveu a grandeza da França e a opulência do seu corte, construindo o Palácio de Versalhes e apoiando as artes e a cultura.

    O Estado Absolutista foi um modelo de governo muito influente na Europa durante o século XVII e XVIII, mas foi gradualmente substituído pelo liberalismo e pelo constitucionalismo a partir do século XIX. Hoje em dia, a maioria dos Estados são democráticos, com limitações ao poder do governo e garantias de direitos individuais para os cidadãos. No entanto, ainda há alguns países que são considerados Estados Absolutistas, como a Arábia Saudita e o Vietnã, em que o poder do governo é concentrado nas mãos de uma única família ou grupo de poder.

    Em resumo, o Estado Absolutista é um sistema político em que o poder do governo é concentrado nas mãos de um único indivíduo ou grupo, e onde não há espaço para o debate ou a oposição política. Embora tenha sido muito influente na Europa durante o século XVII e XVIII, hoje em dia é um modelo de governo cada vez mais ultrapassado, sendo substituído pelo constitucionalismo e pelo liberalismo.

    Neste vídeo, o professor Dr. em Ciências Sociais, Gariel Setti (UFAL), e os graduandos  em Ciências Sociais, Diego Queiroz e Carlos Roberto (UFAL), explicam o conceito de Estado Absolutista. Trata-se de um conceitos evocado para descrever um tipo de Estado marcado por aspectos específicos, os quais são apresentados no vídeo a seguir.

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