Por Roniel Sampaio Silva
Segundo o dicionário de sociologia de Allan G. Johnson, estratificação “é o processo social através do qual vantagens e recursos tais como riqueza, poder e prestígio são distribuídos sistemática e desigualmente entre as sociedades”. Portanto, estratificação é uma forma de analisar as diferenças entre os grupos e indivíduos. As principais formas de desigualdade são: econômica, racial, de gênero e regional. A mobilidade social é ação de mudar de um estrato para o outro.
Neste sentido, estratificação é também uma forma de classificar as pessoas em categorias como classe, gênero e raça. De forma geral, há três tipos básicos de estratificação social: a) Casta; b) Estamento e c) classe social. A casta são formas de posicionamento social baseado em rígidas regras endossadas pela cosmologia (cultural e religiosa) de que determinados grupos e pessoas só podem exercer determinadas funções, cujo status é definido de forma hereditária. A exemplo disso temos a Índia antes da colonização (embora tal estrutura tenha perdurado por muito tempo). Já os estamentos são também rígidos, porém são definidos para além da religião e hereditariedade, sendo as relações construídas por meio da honra, havendo pouca mobilidade social. Um bom exemplo disso foi a Europa feudal. A classe social é um tipo específico de estratificação que se tornou dominante com o advento da modernidade, cuja classificação dos indivíduos se baseia, sobretudo, nas riquezas materiais e posses, especialmente dos meios de produção. Neste sistema o principal critério é o econômico. A raça e gênero ainda que levados em consideração têm menor grau de relevância. Em relação às demais formas de estratificação, as castas é o que possui maior mobilidade social e também maior desigualdade.
Além disso, vale ressaltar que não há apenas um tipo de desigualdade, portanto o que há são desigualdades. Existem, inclusive, desigualdades que são biológicas e inerentes ao próprio indivíduo. As desigualdades que são objeto da sociologia são aquelas cujas construções são oriundas de relações e processos sociais. As desigualdades sociais podem ser econômica, racial, de gênero e regional, etc.
Referências
Johnson, Allan G. Dicionário de Sociologia: Guia prático da Linguagem Sociológica, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
Olá! Há um erro no segundo parágrafo. A casta tem MENOR mobilidade social. Abraços
Olá Carlitos. Acabei de ver e consertar. Muito obrigado pelo feedback. Um grande abraço
Na verdade, as castas “não possuem” mobilidade.
Os estamentos possuem menor mobilidade e as classes possuem maior mobilidade.
Exemplo de casta: nobreza e plebe;
Exemplo de estamento: servidores públicos concursados
Exemplo de classes: elite, “classes médias” (são várias), ralé (vide Jessé Souza).
Olá.
Tenho me apoiado muito em seu blog para “dar! minhas aulas de sociologia, já que não sou especialista na área. Não estou encontrando o texto “Joaonzinho aprende a pensar sociologicamente”.
Você poderia me enviar o texto, por favor?
Detalhe…amo esse blog…Muito obrigada por me ajudarem tanto!!
prof, Renata Pellini
Email – profrenatabarros@gmail.com – fone 15- 996625250.
Ótimo resumo para introduzir o tema.