Dinâmica papel social – Assassino, vítima e delegado
Por Roniel Sampaio Silva
Objetivos da atividade:
– Apresentar o conceito e característica de papéis sociais a partir do jogo.
Introdução:
Papeis sociais é um dos conceitos-chave em sociologia. Segundo Lakatos (1999) tal conceito pode ser definido como “um padrão de comportamento esperado, exigido de uma pessoa que ocupa um determinado status. Portanto, são as maneiras de comportarem-se, esperadas de qualquer indivíduo que ocupe certa posição (status), constituem o papel associado com aquela posição.” Neste sentido status é o lugar ou posição que a pessoa ocupa na estrutura social, de acordo com um julgamento coletivo ou consenso da opinião do grupo. (LAKATOS, 1999)
Neste sentido cada papel desempenhado tem respaldo em um status e, a partir disto, há na sociedade a possibilidade de assumir vários papéis, dependendo da situação: filho, aluno, namorado, jogador e etc. Para cada um destes papéis há um sistema simbólico que pode proporcionar um status maior ou menos. Para tanto, para cada um desses papéis há uma expectativa em relação a cada comportamento: como aluno é esperado que você faça as atividades, passe de ano e seja engajado nas aulas. O nome “papel social” pode ser entendido como uma metáfora empregada por Goffman em que o sujeito representa a si próprio, interagindo com outros sujeitos, dos quais têm que se preocupar com a impressão que os outros terão sobre seu comportamento. Para cada situação em que se desempenha determinado papel social. Há, por um lado, a preocupação consigo em relação à própria atuação e a expectativa de comportamento do outro.
Metodologia:
Papeis sociais:
1-Delegado
2-Assassino
3-Vítima
Organização
Os participantes devem ordenar as carteiras em círculo. A brincadeira é recomendável para um número de 10 a 40 pessoas. Antes de iniciar a rodada é necessário que o professor sorteie os papéis sociais. Para cada 10 alunos é necessário 1 Delegado, 1 Assassino, o resto do grupo deverá ser composto de vítimas.
Andamento
Durante a brincadeira cada participante tem um objetivo: o assassino vitimar os participantes; o delegado encontrar o assassino e a vítima nada mais lhe resta além de ser assassinada ou permanecer viva. Ninguém deverá dar pistas sobre os papeis desempenhados. O assassino para tombar a vítima, deve piscar um dos olhos para a mesma caia. O delegado, na suspeita ou constatação de algum assassino pode dar voz de prisão apontando para o suspeito e dizer: “Preso em nome da lei”. O delegado sairá do jogo caso erre três vezes consecutivas a acusação.
Os participantes assassinados, presos ou demitidos devem ficar com a cabeça abaixada ou com a mão no queixo (isso previamente estabelecido) para que os demais participantes identifiquem quem ainda está no jogo. Em caso de impasse quanto ao papel que cada um pegou os jogadores devem guardar o papel sorteado. Para otimizar o andamento da brincadeira poderá ser estipulado o tempo de 15 minutos para cada rodada, dependendo do tempo disponível e o número de participantes.
Desfecho Terminada a brincadeira, dialogue com seus alunos e faça algumas perguntas para que eles identifiquem na brincadeira elementos dos papeis sociais.
1) O que poderíamos dizer ser o status na brincadeira?
2) O que é papel social a partir da brincadeira?
3) Quais as características do papel social?
4) Como identificamos os status de cada um?
5) Há como ter status de delegado e exercer papel de vítima?
6) “qual a implicação desse tipo de comportamento indefinido na sociedade?”
Referências
GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana.Trad. Maria Célia Santos Raposo. 8ª ed. Petropolis, RJ: Vozes, 1999.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia Geral. 7ª ed. São Paulo; Atlas,1999.
Publicado originalmente em 25 de novembro de 2012