“Sociologia” do Poker – O Que As Cartas Dizem Sobre os Jogadores

Poker é um dos jogos de baralho mais complexos que existe, além de ser um dos mais populares. A complexidade não vem de suas regras, com combinações óbvias e intuitivas. Segundo um dito popular do jogo “poker leva uma dia para se aprender, e uma vida inteira para se tornar um mestre”. Onde está então a complexidade do jogo? 

 

É simplesmente impossível calcular a probabilidade de milhares de combinações de cabeça, mas esta ainda não é a parte mais fascinante. Afinal, é uma dificuldade comum à todos. Um jogador de sucesso, para além das regras e probabilidades aproximadas, precisa acima de todo, ler o comportamento dos oponentes à mesa. Esqueça trejeitos e tiques nervosos, você pode ler seu oponente até mesmo em um jogo online na Betway.

 

Neste artigo, vamos falar sobre os principais tipos de oponente que você deve encontrar e como eles agem na mesa de jogo. Compreender o perfil psicológico destes jogadores é de suma importância para a sua tomada de decisões e sucesso no jogo. 

Breve História

A origem do jogo é incerta, embora a teoria mais amplamente difundida aponta para um jogo de cartas persa, chamado “As Nas”. A variante mais popular atualmente, o Texas Hold’em, surgiu no sul dos Estados Unidos, no século XIX. No entanto, existem inúmeras outras como Omaha, Caribbean e Stud. 

 

A comunidade de jogadores de poker cresce rapidamente no Brasil; especialmente, na modalidade Texas Hold’em. De acordo com números recentes, são mais de 7 milhões de praticantes no país, atualmente. A modalidade online, oferecida por plataformas como a Betway, ajudam a aumentar o alcance do jogo. 

Seguindo o Dinheiro

No jogo de poker, o jogador não tem nenhuma gerência sobre suas cartas e precisa lidar com o que vem; não é possível comprar cartas novas. Ou seja, cabe ao jogador apenas decidir como apostar e quando. 

 

A decisão de apostar não deve ser apenas guiada pelas cartas que se tem na mão. É preciso também observar o comportamento dos outros jogadores da mesa. Quanto mais jogadores na mesa, maiores são as chances de alguém ter uma mão melhor que a sua. 

Como saber? Não há como saber com certeza, mas prestar atenção à alguns detalhes pode ajudar, como a postura de cada jogador.  

Postura Agressiva

Jogadores agressivos são aqueles que apostam, aumentam as apostas e blefam com frequência. Não é preciso ser um expert para jogar agressivamente. É inclusive recomendado à iniciantes que apostem no pós-flop, embora devam se conter no pré-flop. Apesar de manter a iniciativa, este tipo de jogo pode ser um pouco entediante para o jogador, já que requer uma certa paciência. 

 

É possível também ter uma postura radical e aumentar as apostas mesmo no pre-flop. Este tipo de jogo, no entanto, é considerado mais perigoso, já que erros de cálculo tendem a custar mais caro. 

Postura Passiva

O jogo passivo pode ser bastante previsível. Isso porque jogadores passivos vão apostar bem menos e raramente, irão blefar. Enquanto alguns jogadores passivos podem acompanhar as apostas da mesa por pura inércia, outros só vão arriscar suas fichas se tiverem algo na mão. 

 

O perigo do primeiro tipo é sua imprevisibilidade: eles podem desafiar o seu blefe até mesmo quando não teriam motivo para isso. O segundo tipo é mais fácil de lidar, já que normalmente só apostam quando têm algo na mão. Embora essa postura minimize os riscos de perda para o jogador, o torna mais previsível, reduzindo também suas chances de êxito. 

Diferentes Comportamentos em Diferentes Situações

Se na vida real, ter duas caras é algo reprovável, no poker é melhor que você tenha muitas; tantas que ninguém saiba qual é a verdadeira. Em uma situação de torneio, o valor das blinds aumenta com o tempo de jogo. 

 

Portanto, cada momento do torneio requer uma abordagem diferente. No início de tudo, a mesa está cheia e quanto mais jogadores na mesa, maior é a chance de alguém ter uma mão melhor que sua. 

 

Como é o início, você ainda não teve tempo suficiente para observar seus adversários. Além disso, as blinds são baixas no início no torneio, o que significa potes menores, no geral. Por estes motivos, não vale a pena lutar ferozmente por um pote neste momento. O melhor é observar como os outros jogadores se comportam e coletar informações para o meio do jogo.

 

No meio do jogo, as blinds já estão bem maiores e um erro de cálculo aqui pode custar a sua presença na mesa final. Porém, as possibilidades de lucro também são maiores. Faça bom uso das informações que coletou sobre seus oponentes até aqui. 

 

No final, o jogo fica muito mais agressivo. Com menos jogadores na mesa, aumentam as suas chances de ter uma mão superior. Se você estiver jogando apenas contra mais um, até mesmo cartas altas e pares baixos podem trazer bons resultados. 

Poker e Sinceridade

Um detalhe óbvio, mas extremamente importante sobre o poker: seu sucesso depende do seu oponente te ler incorretamente. Se o seu adversário conseguir prever o que você tem na mão, você não terá nenhuma chance de vitória. 

 

Não basta ter a melhor mão; as vezes, uma boa mão é sequer necessária. Basta você levar o seu adversário a pensar que você tem um jogo diferente do que de fato, tem. Ou seja, além de sortudo, você precisa ser bom de enganação. Confira abaixo alguns erros comum que falam demais sobre os jogadores e cuidado para você mesmo não cometê-los.

 

  • Abandonar com frequência
  • Seguir apostas com frequência
  • Passividade demais
  • Agressividade demais

 

A frequência em seguir ou abandonar as apostas entrega o seu perfil muito facilmente, sendo basicamente, um “sincericídio”. Ser passivo demais aumentam as suas chances de ser engolido pelo resto da mesa e agressividade demais, de perder tudo num piscar de olhos. 

 

Por outro lado, variar entre estas posturas ao longo do jogo pode confundir seus adversários. No fim, a sua leitura do perfil psicólogico dos jogadores na mesa e como eles interagem, é determinante para a vitória. 

 

Roniel Sampaio Silva

Mestre em Educação e Graduado em Ciências Sociais. Professor do Programa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Campo Maior. Dedica-se a pesquisas sobre condições de trabalho docente e desenvolve projetos relacionados ao desenvolvimento de tecnologias.

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