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Tragédia em Realengo: Uma leitura a partir das concepções durkheimiana

A Tragédia em Realengo foi um ato terrível de violência ocorrido em 7 de abril de 2011, quando um jovem de 23 anos invadiu uma escola em Realengo, no Rio de Janeiro, e abriu fogo contra os alunos e professores. O atirador, identificado como Wellington Menezes de Oliveira, matou 12 crianças e feriu outras 13 antes de se suicidar.

Ontem, uma aluna me perguntou sobre a tragédia ocorrida nesta semana no Rio de Janeiro (o assassinato de várias crianças em uma escola pública do Rio), porém sua pergunta estava relacionada a aula que ministrava: “As contribuições de Durhkeim para a compreensão da sociedade”.

Iniciei a resposta dizendo: Se Durhkeim fosse hoje dar uma entrevista em rede nacional talvez ele inicia-se afirmando que tal fenômeno social é normal e benéfico à sociedade.

Normal por se tratar de algo que esperamos que acontecesse. Isso por que Durkheim define como normal aquilo que ocorre com certa freqüência ou que nós esperamos que acontecesse. Se não fosse desta forma, não teríamos tal fenômeno previsto em lei (mesmo que a lei não descreva em detalhes o fenômeno a ser repudiado e punido – isso devido a multiplicidade de fenômeno indesejável). Assim, tal fenômeno não estaria fora da normalidade social.

Benéfico à sociedade por fortalecer a consciência coletiva (embora muito ruim para as vítimas, familiares e mamigos). Frente à acontecimentos como esse a sociedade acaba refletindo seus princípios éticos e morais. Nesse momento ampliam-se alguns sentimentos desejáveis, como a solidariedade e a compaixão.

Atos como esse, ao fortalecer a consciência coletiva, proporcionam um estado de valorização do respeito entre os indivíduos, sobretudo a vida dos outros.

Eu particularmente, afirmei a aluna que prefiro, nesse caso, me apropriar das contribuições de Max Weber, onde o foco de análise deixa de ser o fenômeno social para ser a ação social do indivíduo e suas intencionalidades, mas essa é outra aula!

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