O Brasil hoje é considerado um dos mais violentos no trânsito. Ao que parece, na medida em que são facilitado os meios de acesso aos meios de transporte individuais motorizados, como os carros e motos e, ao mesmo em tempo não há um desenvolvimento satisfatório da mobilidade urbana eficiente e acessível, aumenta o índice de acidentes e mortes no trânsito, além disso, os aspectos culturais influenciam no comportamento ao volante.
O antropólogo Roberto DaMatta, após a morte do seu filho dedicou-se a estudar a relação da cultura e o comportamento dos motoristas no trânsito. Segundo o autor, o patrimonialismo é uma das principais fatores que motivam conflitos e acidentes, uma vez que o carro, que é um bem individual e próprio, é ultilizado não apenas como meio de locomoção, mas também artefato de ascensão social. Para DaMatta, o motorista sai de um espaço completamente patrimonial, a garagem, ele vai percorrendo um espaço que, por extensão, vai tendo como dele. Eis ai um dos motivos da violência.A obra Fé em Deus é pé-na tábua de DaMatta e João Gualberto M. Vasconcellos e Ricardo Pandolfi tem grande relação com outra Obra A Casa e a Rua. E uma boa oportunidade para aprofundar sobre o tema e criar bons espaços de debate na sala de aula.


