Buscando o que ler na net me deparei com um texto cujo assunto tenho estudado nos últimos dias. Gostei da forma que o escritor Luís Antônio Giron (da Revista Época) descreveu a questão da aceitação de “amigos” no facebook.
ser tão consoladora como horrorosa. Alguém já tentou meditar no total isolamento dentro da rede social? Juro que até tentei, mas a operação quase transformou meus amigos reais em criaturas abelhudas. Comecei a eliminar gente de minha lista, e me tornei antipático para mim mesmo. Desisti de iniciar discussões pela rede – e reincorporei os eliminados. O Facebook et alii não permite desavenças, confrontos nem discussões. Quem figura na lista de “amigos” do dono da conta está ali por alguma afinidade eletiva, ou uma situação nova: a afinidade concedida. A prática da discordância é evitada, quase como um tabu. É vedado exasperar-se com alguém. Não são possíveis as opções “aceite” ou “rejeite” um inimigo. Ou você diz sim ou então bloqueia, e a pessoa ficará sabendo. Ora, isso gera a pior das coerções: a da autocensura. O usuário pensa: “Não posso parecer crítico, furioso ou antissocial em público.” E aceita todos que fizeram a solicitação. Ser seletivo também se torna impraticável: quando o usuário se inscreve já é capturado pelas relações que mantém com a família, com os amigos, os conhecidos e os desconhecidos íntimos, que, no caso do jornalista, conhecem-no por leitura ou referência. Nesse sentido, o Facebook dá lições de tolerância e contenção. Mas também se revela um ambiente artificial. Não é um espelho do mundo, e sim uma distorção positiva do mundo. O Facebook é o sorriso da sociedade, não o esgar ou o ódio.
O TEXTO DESCREVE EXATAMENTE O QUE EU PENSO EM RELAÇÃO AO RELACIONAMENTOS VITUAIS, BOM TEXTO HEIM?
ELIETE SOARES, AÇAILÂNDIA – MA – BRASIL