Categoria: Apoio Didático

Apoio didático com conteúdos e estratégias para professores e estudantes que querem ter na sala de aula a sua melhor experiência de ensino.

Aqui você aprende a utilizar textos, músicas, vídeos, aplicativos e diversos instrumentos didáticos que um bom professor precisa saber dominar. Apoio didático é um dos principais fortes do site.

Além dessa categoria dispomos também do nosso canal no youtube, que dispõe de várias dicas de documentários, palestras, filmes, músicas e afins. Nela os vídeos estão segmentados por assunto, o que facilita o acesso e o uso.

Dispomos também do podcast Café com Sociologia, um importante instrumento didático para ensinar sociologia. De fácil uso e aprendizado dinâmico e divertido, o podcast mescla músicas e teoria de uma forma encantadora.

O “Podcast Café com Sociologia” é produzido a partir de um roteiro baseado no conteúdo de Sociologia em consonância com o Currículo Básico Comum de Sociologia do Ensino Médio. A partir do conteúdo é realizado uma pesquisa e seleção de músicas e poemas que serão utilizados, a fim de complementar o
conteúdo, assim como dar dinâmica ao programa. Tais músicas e poemas serão usados para intercalar com a narração do conteúdo.

  • Uso de imagem em Sociologia: plano de aula de sociologia

    Segue abaixo um plano de aula retirado do site da Revista Nova escola…

     O poder da imagem

     Objetivos

    Identificar transformações históricas nas formas de percepção do ambiente; entender a importância e a primazia social da imagem em época de globalização

    Conteúdos
    Transformações da percepção na modernidade: a supremacia social da imagem

    Tempo estimado: Duas aulas

    Introdução Durante muitos séculos, a tradição cultural do ocidente esteve assentada na forte valorização da palavra e no prestígio da Literatura e da Filosofia. Entretanto, no século 20, com a difusão de meios expressivos fundamentalmente imagéticos – fotografia, cinema e televisão – houve um forte abalo nessa tradição cultural.

    A imagem adquiriu uma importância sem precedentes na vida cotidiana de grande parte da população mundial. Essa mudança atingiu o território da arte, possibilitando o aparecimento de artistas como Andy Warhol – personagem de reportagem publicada em VEJA. Com base no texto da revista e neste plano de aula, reflita com seus alunos sobre a importância da imagem na sociedade atual.

    Atividades

    1ª aula: Plano de aula de Sociologia
     Para começar a aula, proponha à turma um exercício. Peça que os alunos imaginem um habitante de uma pequena vila no início do capitalismo e que façam uma lista com possíveis imagens que ele costumava observar em seu cotidiano. Em seguida, peça que repitam o exercício com um cidadão que vive em uma grande metrópole na atualidade. A quantidade e a qualidade de estímulos visuais a cada um é a mesma?

    Os estudantes devem perceber que o olhar de alguém que vive nas grandes metrópoles de hoje tem de ser mais atento e ativo, já que ele é forçado a captar, em um tempo cada vez menor, inúmeros estímulos provenientes da realidade social. Chame a atenção da turma para as transformações pelas quais o olhar passa conforme aumenta a velocidade das mudanças, e explique que a percepção visual tem se modificado no decorrer da história, ao mesmo tempo em que a imagem ganha importância na sociedade.

    Conte à classe que, até o século 19, apenas a palavra escrita podia ser objeto de reprodução técnica, sendo difundida pela imprensa para a população leitora. Com o aparecimento das novas técnicas de reprodução mecânica da imagem, no início do século 20, esta adquiriu novo status no universo da comunicação. Explique que a difusão massiva das imagens fez com que elas deixassem de estar confinadas ao reino das artes plásticas – no qual eram vistas como objetos de culto – para invadirem a vida cotidiana. Como defendia o filósofo alemão Walter Benjamin, as imagens adquiriram um novo valor de uso: o “valor de exposição” ou de proximidade.

    Pergunte à moçada quais as consequências desse fenômeno para a vida cultural. Ouça as respostas e complemente explicando que, à medida que os jornais passaram a ser ilustrados, as imagens ganharam status de fonte de informação, utilizadas, muitas vezes, em maior escala que os textos escritos. Comente, ainda, que outros fatos – como a difusão do cinema – contribuíram para alterar a relação das massas com a cultura, criando condições favoráveis para uma recepção positiva das imagens em todas as áreas.

    Explique que a imagem vem ganhando força até os dias atuais. Com o aparecimento de diversos produtos destinados à comunicação – como computadores, telefones celulares, aparelhos de DVD –, ela passou a ser divulgada em fluxo contínuo, de modo a invadir tanto o universo do trabalho quando o do entretenimento. Atualmente, a imagem penetra amplamente em todos os momentos de vida humana, fazendo com que o cidadão se torne um receptor constante da comunicação visual.

    Mostre à turma que esse fato altera nossos hábitos e percepções, e termine a aula questionando se essas transformações indicam uma supremacia da imagem em relação à palavra. É possível afirmar que estamos diante do aparecimento de uma cultura menos verbal ou conceitual e mais imagética? Ou, em outras palavras, pode-se concluir que a imagem passou a rivalizar com a palavra?

    2ª aula: Plano de aula de Sociologia
    Entregue à turma cópias da reportagem “Andy Warhol: a imagem é tudo”, publicada em VEJA, e comente que o artista é um ótimo exemplo da importância da imagem no mundo contemporâneo. Proponha que os alunos identifiquem no texto passagens que confirmem essa afirmação e peça que discutam como a imagem publicitária foi usada por Warhol para criar suas obras.

    Explique à classe que o artista utilizou representações muito conhecidas na vida cotidiana e na cultura de massas do capitalismo para fazer arte e, com isso, colocou em debate a importância e o prestígio social da imagem no mundo contemporâneo.

    Peça que a turma preste atenção à seguinte frase apresentada na reportagem: “na sociedade atual, pessoas, eventos e produtos dependem da projeção contínua de sua imagem nos meios de comunicação para ‘existir’ aos olhos do público”. Pergunte à moçada o que o autor quis dizer com essa afirmação. Ouça as respostas e conclua com eles que a supremacia e a onipresença da imagem colocam novas exigências para quem quer tornar um produto ou uma marca conhecido. Se, até mais ou menos 1950, a publicidade era eminentemente verbal e veiculada preferencialmente em jornais, atualmente ela só é eficaz se for imagética e difundida pelos poderosos meios de transmissão de imagens, como o cinema, a televisão e a internet.

    Comente com a moçada que, no universo da comunicação e da publicidade, a realidade não é o existente, mas o que é transmitido pelos meios de comunicação. Por meio de uma série de imagens e mensagens, constroi-se uma realidade aceita e difundida por seus expectadores.

    Plano de aula de Sociologia elaborado por  Débora C. de Carvalho, mestre em Sociologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UNESP

  • Atividades de Sociologia : questões de múltipla escolha

    Atividades de Sociologia : questões de múltipla escolha

    As atividades de sociologia buscam estimular a reflexão crítica sobre as dinâmicas sociais, políticas e culturais. Elas envolvem a análise de instituições, normas e práticas, promovendo a compreensão das desigualdades, do poder e das relações humanas. Através de debates, pesquisas de campo, leituras e discussões de teorias sociológicas, os estudantes desenvolvem habilidades analíticas para entender a realidade social. Atividades práticas, como visitas a comunidades, entrevistas e observações, proporcionam uma vivência direta das questões sociais. O objetivo é formar cidadãos conscientes, capazes de interpretar e transformar a sociedade, promovendo justiça e equidade. No blog você encontra diversas atividades prontas e disponíveis para download.

    Atividades de Sociologia
    Mais Valia

    1 – Mais-Valia é …

    a) … a apropriação, por parte do burguês, do excedente da rigueza produzida pelo empregado.

    b) … a situação de exploração do proletáriado sobre o burguês.

    c) … o contingente de desempregado que buscam um emprego.

    d) … o capital exclusivamente produzido a partir do comércio.

     

    Atividades de Sociologia – Socialização

    2 – (Sociologia e Filme) O Filme intitulado “Cão de Briga” relata a situação de um homem que foi criado como um cão de briga e que devido a esse fato agia como tal. No decorrer do filme esse homem/cão conhece uma nova família e passa a aprender novos comportamentos. Leia as afirmativas abaixo e julgue:

    I – Trata-se de um fenômeno impossível de ocorrer na vida real.

    II – O filme evidencia que o ser humano está em constante processo de socialização.

    III – O caso de ser criado como um animal não é só na ficção. Já houve diversos casos de crianças que foram criadas sem contato humano, as quais se comportavam como animais irracionais.

    IV – Esse caso não se aplica ao estudo da Sociologia, por se tratar se um objeto da Biologia.

    a) Estão corretas as afirmativas I e II apenas.

    b) Estão incorretas as afirmativas I e II apenas.

    c) Estão corretas as afirmativas II e III apenas.

    d)Estão corretas as afirmativas I e IV apenas.

    3 – Por socialização entendemos o processo:

    a) Por meio do qual o indivíduo aprende a ser um membro da sociedade.

    b) De divisão da riqueza social produzido pelos homens.

    c) De construção de laços de afetividade.

    d) De transformação da comunidade em sociedade.

    4 – Analise os seguintes aspectos:

    I Concentração dos meios de produção em um pequeno segmento da população.

    II Trabalho realizado por uma massa de trabalhadores assalariados.

    III Permanente inovação técnica no sistema de produção.

    De acordo com os estudos de Marx, esses são atributos de um sistema de produção

    a) mercantilista. b) alemão. c) rural. d) capitalista.

    5 – “Socialização significa o processo pelo qual um indivíduo se torna um membro ativo da sociedade em que nasceu, isto é, comporta-se de acordo com seus folkways e mores […]. Há pouca dúvida de que a sociedade, por suas exigências sobre os indivíduos determina, em grande parte, o tipo de personalidade que predominará. Naturalmente, numa sociedade complexa como a nossa, com extrema heterogeneidade de padrões, haverá consideráveis variações. Seria, portanto, exagerado dizer que a cultura produz uma personalidade totalmente estereotipada. A sociedade proporciona, antes, os limites dentro dos quais a personalidade se desenvolverá”. Fonte: KOENIG, S. Elementos de Sociologia. Tradução de Vera Borda, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1967, p. 70-75.

    Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:

    a) Existe uma interação entre a cultura e a personalidade, o que faz com que as individualidades sejam influenciadas de diferentes modos e graus pelo ambiente social.

    b) A sociedade impõe, por suas exigências, aprovações e desaprovações, o tipo de personalidade que o indivíduo terá.

    c) O indivíduo já nasce com uma personalidade que dificilmente mudará por influência da sociedade ou do meio ambiente.

    d) São as tendências hereditárias e não é a sociedade que determinam a personalidade do indivíduo.

    6 – Ao desempenhar meus deveres de irmão, de esposo ou de cidadão, quando me desincumbo de encargos que contraí, pratico ações que estão definidas fora de mim e de meus atos, no direito e nos costumes. Mesmo estando em acordo com sentimentos que me são próprios, sentindo-lhes interiormente a realidade, esta não deixa de ser objetiva, pois não fui eu quem os criou, mas recebi-os por meio da educação. Estamos, pois, diante de maneiras de agir, de pensar e de sentir que apresentam a propriedade marcante de existir fora das consciências individuais (DURKHEIM, 1984; p. 142. Adaptações).

    Este texto enumera diferentes papéis sociais que são assumidos no processo de

    a) representações coletivas dotadas de individualidade.

    b) socialização vivenciado nos diferentes grupos sociais e assimilados pela educação.

    c) socialização por meio de ações não-culturais.

    d) dotação de poder afetivo que acompanha as confrontações de estudos científicos.

    Atividades de Sociologia – Estratificação Social

    7 – Com relação a Estratificação Social é incorreto afirma que:

    a) no caso das Castas a posição social lhe é atribuída por ocasião do nascimento, independentemente de sua vontade e sem perspectiva de mudança. Ele carrega consigo, por toda a vida, a posição social herdada.

    b) Estamento ou estado é uma camada social semelhante à casta, porém mais aberta. Na sociedade estamental a mobilidade social ascendente é difícil, porém não impossível, como na sociedade de castas.

    c) São três os principais tipo de estratificação social: Estratificação econômica; Estratificação política; Estratificação profissional

    d) Nos Estamentos existe maior mobilidade social do que nas Classes Sociais e nas Castas.

    8 – Ao explicar a estratificação das sociedades modernas os marxistas afirmam que:

    a) trata-se de uma desigualdade social normal em qualquer sociedade.

    b) trata-se de uma situação marcada pela luta de classes, a qual se configura pela posse ou não de riqueza.

    c) trata-se da explicação de como as sociedades medievais estavam organizadas.

    d) trata-se da explicação da realidade social de países socialistas.

    Atividades de Sociologia –  Status e papeis sociais

    9 – Podemos definir STATUS com:

    a) papel desempenhado por uma pessoa na estrutura social de acordo com seu cargo ocupado no grupo.

    b) posição que a pessoa ocupa na estrutura social de acordo com o julgamento coletivo ou consenso de opinião do grupo.

    c) é a capacidade econômica de um indivíduo frente a sociedade.

    d) é uma representação social não reconhecida pelo grupo social.

    10 – Trata-se de um status atribuído:

    a) Prefeito.

    b) Senador.

    c) Embaixador.

    d) Rei.

    Atividades de Sociologia –  Raça

    11 – “Meu cabelo enrolado. Todos querem imitar. Eles estão baratinado. Também querem enrolar… Você… ri da minha roupa. Você ri do meu cabelo. Você ri da minha pele. Você ri do meu sorriso. A verdade é que você (Todo brasileiro tem!). Tem sangue crioulo. Tem cabelo duro. Sarará, sarará. Sarará, sarará. Sarará crioulo…” (Música “Olhos Coloridos” – Sandra de Sá/Composição de Macau).

    A música “Olhos Coloridos” apresenta a miscigenação de raça existente no Brasil. Tal mistura não se deu apenas na cor da pele, mas também em aspectos culturais, o que proporcionou condições de termos hoje um país …

    a) Bilinguístico.

    b) Um país subdesenvolvido.

    c) Um país multicultural.

    d) Um país com diversas religiões oficiais.

    Atividades de Sociologia – Movimentos sociais

    12 – Os movimentos sociais não são novidades históricas, mas são nos anos sessenta, do século passado, que através ________________ e de outros movimentos contra discriminação e subordinação de determinados grupos, como o dos homossexuais, dos negros e de outras __________________, que sinalizam as profundas transformações culturais incorporadas agora no nosso dia. O desenvolvimento tecnológico e o avanço do domínio dos homens sobre a natureza, questões como a exclusão social, o aquecimento global, entre outras, colocaram novos problemas para a espécie humana e para o futuro do planeta dando origem a novos movimentos entre os quais os ____________________ em suas diferentes correntes. Assinale a alternativa que preencha corretamente as lacunas do texto apresentado.

    a) do feminismo – minorias raciais – movimentos democráticos

    b) do machismo – minorias raciais – movimentos ecológicos

    c) da feminilidade – minorias sociais – movimentos ecológicos

    d) da feminilidade – minorias sexuais – movimentos ambientais

    e) do feminismo – minorias sociais – movimentos ambientais

    Atividades de Sociologia –  Preconceito

    13 – Leia o texto a seguir:

    “[…] Em toda parte renasce e se revigora o mau-olhado, a política do julgamento adverso à primeira vista,por meio da qual os países ricos se defendem contra aqueles que procedem de países que entraram no índex político da seleção natural: virtude humana é o dinheiro, uma virtude detergente que branqueia quem vem do mundo subdesenvolvido. Na verdade, o migrante entra no país de destino pela porta de saída, modo de permitir-lhe permanecer como se estivesse todo o tempo da permanência a caminho da saída, algo que concretamente ocorre com os muitos que na Alemanha ou nos Estados Unidos aguardam na prisão a deportação. […] Estamos em face de uma multiplicação de recursos ideológicos para barrar a entrada de migrantes nos países de destino. Até 11 de setembro [de 2001] funcionava o estereótipo de traficante (uma cara de índio latino-americano era perfeita para barrar passageiros no desembarque) e o estereótipo de desempregado (a condição de jovem tem sido perfeita para discriminar) ou o estereótipo de prostituta (jovem e mulher vinda do Terceiro Mundo), e terrorista (cara de árabe ou barbudo ou mesmo bigode à moda do Oriente-médio). Agora, estamos vivendo o momento mais interessante de reelaboração dos estereótipos, com o predomínio do temor ao terrorista sobre os estereótipos usados até aqui. Registros e denúncias dos últimos meses indicam que o novo estereótipo abrange também pessoas com aparência de ricas […].O critério da discriminação visual do migrante nem mesmo pode detectar sua principal motivação para migrar que é hoje o trabalho. […] Os agentes do mau olhado portuário e aeroportuário não podem ver esse conteúdo substancialmente específico da migração por um motivo simples: os migrantes são pessoas que em boa parte já foram socializadas no mesmo registro sociológico daqueles que devem e esperam barrá-los. (MARTINS, J. de S. Segurança nacional e insegurança trabalhista: os migrantes na encruzilhada. In: Caderno de Direito – FESO,Teresópolis, ano V, n. 7, 2 semestre 2004, p. 113- 127.)

    De acordo com o texto, é correto afirmar que depois do 11 de setembro de 2001

    a) a globalização continuou ampliando as fronteiras entre os povos ricos e pobres, diversificando os processos de migrações.

    b) os processos de migrações puderam ser harmonizados em função da desburocratização nos aeroportos dos países ricos.

    c) os mecanismos de segurança, nas fronteiras dos países ricos, foram amenizados como tática para detectar os terroristas e impedir suas ações.

    d) os estereótipos e as formas de discriminação foram ampliados no processo de migração de pessoas dos países pobres para os países ricos.

    14 – “Existem mulheres que são uma beleza. Mas quando abrem a boca…hummm…que tristeza!Não, não é o seu hálito que apodrece o ar. O problema é o que elas falam que não dá pra agüentar. Nada na cabeça, personalidade fraca. Tem a feminilidade e a sensualidade de uma vaca. Produzidas com a roupinha da estação. Que viram no anúncio da televisão. Milhões de pessoas transitam pelas ruas, mais conhecemos facilmente esse tipo de perua. Bundinha empinada pra mostrar que é bonita e a cabeça parafinada pra ficar igual paquita. Lôrabúrra! Lôrabúrra! Lôrabúrra! Lôrabúrra! Lôrabúrra. Ordem e Progresso, sua b… é um sucesso. Lôrabúrra! (Música “Lôrabúrra” de Gabriel, o Pensador).

    A partir do trecho da música “Lôrabúrra” é possível observar…

    a) uma atitude preconceituosa contra as mulheres brasileiras.

    b) Trata-se de um estereótipo discriminatório contra as mulheres que cuidam de seu corpo em academias e que se vestem bem..

    c) Trata-se de uma música que critica a etnia loira brasileira.

    d) Gabriel, o Pensador ao cantar esta música contribuiu para criar um estereótipo.

     

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  • Atividades de revisão de conteúdos

    Atividades de revisão de conteúdos

    UEL 2ª Fase 2006

    1) Leia o texto a seguir:

    “Mudança social refere-se às modificações que ocorrem nos padrões de vida de um povo. Essas
    modificações são causadas por uma variedade de fatores, de natureza interna ou externa, isto é, por forças decorrentes de condições existentes dentro do grupo ou fora dele”.

    Fonte: KOENIG, S. Elementos de Sociologia. Tradução de Vera Borda, 5. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976. p. 326.

    Com base no texto e nos conhecimentos das diferentes abordagens teóricas sobre o tema, é correto afirmar:

    a) Émile Durkheim propôs a teoria cíclica da mudança social, isto é, as sociedades atravessam períodos de vigor político e declínio que se repetem.

    b) Max Weber considerou que a mudança de um estado para outro decorre de modificação nos fatores econômicos essenciais, ou seja, nos métodos de produção e distribuição.

    c) Segundo Karl Marx, a mudança social é causada pela interação de vários setores de uma cultura, nenhum deles podendo ser considerado primordial.

    d) Os positivistas entendiam a mudança social como sinônimo de progresso, isto é, definiam os estágios das sociedades, desde os níveis mais baixos até os mais elevados, pois consideravam o homem capaz de atingir uma ordem social perfeita.

    e) Tanto Karl Marx como Max Weber defendiam a teoria do ciclo biológico, ou seja, consideravam que a raça é o mais importante determinante da cultura, e que a raça nórdica, superior às outras, é a principal responsável pelo alto estado de civilização.

    UEL 2ª Fase 2006

    2) Para a teoria sociológica de Max Weber, em toda sociedade há dominação, que é entendida como uma “[…] probabilidade de haver obediência para ordens específicas (ou todas) dentro de um determinado grupo de pessoas […]”. Fonte: WEBER, M. Tradução de Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. Economia e Sociedade, Brasília: Ed. UnB, 1991, p. 139.

    De acordo com a teoria sociológica do autor, é correto afirmar que os três tipos puros de dominação legítima são:

    a) Racional, tradicional e carismática.

    b) Econômica, social e política.

    c) Feudal, capitalista e comunista.

    d) Monárquica, absolutista e republicana.

    e) Socialista, neoliberal, social-democrata.

    3) A desigualdade é um problema histórico que se manifesta em diversos aspectos da estrutura social brasileira. Analise o gráfico a seguir sobre o rendimento médio real mensal dos negros e não-negros nas Regiões Metropolitanas e Distrito Federal – Biênio 2004/2005.

    De acordo com os dados sobre as diferenças entre o rendimento médio de negros e não negros nas regiões metropolitanas do Brasil, assinale a alternativa correta:

    a) O Distrito Federal apresenta a maior diferença de rendimentos entre negros e não-negros em comparação às demais regiões metropolitanas.

    b) Nas regiões metropolitanas industrializadas, a diferença entre o rendimento médio de não negros e negros é menor do que nas regiões não industrializadas.

    c) Nas regiões metropolitanas do Sudeste, a diferença entre o rendimento médio de nãonegros e negros é menor do que nas regiões metropolitanas do Sul.

    d) Nas regiões metropolitanas de São Paulo e Salvador, negros recebem aproximadamente

    UEM 2008

    1) Considere o seguinte texto:

    “A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) reviu o conceito de família e, agora, passa a conceder financiamento para casais homossexuais, solitários com mais de 25 anos, famílias
    mononucleares (pais e mães solteiros) e anaparentais, como avós e netos, tios e sobrinhos, irmãos ou primos, além de uniões baseadas não no parentesco, mas na ligação afetiva. Até então, a CDHU só aceitava como beneficiários de seus programas homens e mulheres casados ou registrados em uma união estável.” (Jornal O Estado de São Paulo, Caderno Cidades, 09/08/2008).

    Assinale o que for correto sobre esse trecho de reportagem e o tema do qual ele trata.

    01) As informações da reportagem autorizam afirmar que a instituição familiar diminuiu sua importância nas sociedades contemporâneas.

    02) As mudanças descritas na reportagem mostram que, diferentemente do que afirmam muitas teorias sociológicas, a família deixou de ser a primeira instituição à qual os indivíduos pertencem.

    04) A reportagem sobre os novos critérios utilizados pela CDHU para financiar moradias é reveladora do quanto as regras que autorizam ou proíbem determinados tipos de uniões familiares variam no espaço e no tempo.

    08) Os novos conceitos de família utilizados pela CDHU permitem concluir que a função reprodutiva está deixando de caracterizar, centralmente, a instituição familiar.

    16) Podemos concluir da reportagem que as transformações pelas quais a sociedade vem passando forçam o Estado, muitas vezes, a rever seus critérios de distribuição de recursos públicos e de acesso a serviços.

    UEM 2008

    2) Saffioti afirma que “A identidade social da mulher, assim como a do homem, é construída através da atribuição de distintos papéis, que a sociedade espera ver cumpridos pelas diferentes categorias de sexo. A sociedade delimita, com bastante precisão, os campos em que pode operar a mulher, da mesma forma como escolhe os terrenos em que pode atuar o homem.” (SAFFIOTI, Heleieth. O poder do Macho. São Paulo: Moderna, 1987, p.8).

    Tendo como referência o texto e seus conhecimentos sobre a temática de “gênero”, assinale o que for correto.

    01) Tradicionalmente, as sociedades ocidentais modernas destinaram às mulheres a tarefa de socializar os filhos. Contudo, ao longo do tempo, surgiram “novos arranjos familiares”, pois a família é uma instituição marcada pelo dinamismo.

    02) A atribuição do espaço doméstico à mulher decorre de sua capacidade natural para realização dos afazeres de casa e da socialização dos filhos.

    04) A educação exerce papel central na constituição das identidades sociais de homens e de mulheres.

    08) A definição de distintos papéis sociais para homens e mulheres torna legítima, para as diferentes categorias de sexo, a suposta superioridade dos homens.

    16) A inferioridade feminina é exclusivamente social, sendo que o fenômeno da subordinação da mulher ao homem atravessa todas as classes sociais.

    UEM 2008

    3) Sobre a cidadania no Brasil, assinale o que for correto.

    01) Durante o governo de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1945, pela primeira vez, os direitos sociais foram universalizados, chegando a amplas parcelas da sociedade brasileira. Esse processo foi acompanhado
    pelo fortalecimento e pela autonomia das organizações operárias.

    02) Os Estatutos da Criança e do Idoso exemplificam as modificações recentes que a cidadania sofreu no contexto brasileiro, incorporando novas demandas ao seu conteúdo.

    04) A Constituição de 1988, apesar de ser denominada por muitos Constituição Cidadã, não produziu mudanças legais significativas em termos de extensão dos direitos de cidadania.

    08) O Fórum Social Mundial resultou da iniciativa de alguns brasileiros e é um movimento que se posiciona contra a atual ordem econômica globalizada, que tem restringido direitos sociais de cidadania até então assegurados por leis.

    16) A extensão dos direitos de cidadania às classes populares esteve, historicamente, sob o controle estrito das elites, já que não houve movimentos sociais capazes de questionar essa situação.

  • Música sobre crise de identidade: Metamorfose ambulante

    Pensou em música sobre crise de identidade? A canção metamorfose de Raul Seixas ambulante trata dessa questão. Neste post entenda o conceito por meio da música. Tal canção de Raul Seixas

    A música Metamorfose ambulante é uma ótima música para trabalhar a temática “Crise identitária“, bem como abordar a produção da persanalidade ao longo dos contatos sociais/processo de socialização. Fica mais essa dica.

    A crise de identidade é um fenômeno social que tem sido amplamente discutido na sociologia e em outras áreas das ciências sociais. Esse conceito se refere a um estado de incerteza, conflito e confusão em relação à própria identidade, que pode ser experimentado por indivíduos em diferentes fases da vida. Neste texto, serão apresentados alguns pontos de vista de três autores diferentes sobre a crise de identidade.

    Um dos primeiros autores a se debruçar sobre o conceito de crise de identidade foi Erik Erikson, em seu livro “Identidade: juventude e crise”. Para Erikson, a crise de identidade é um processo que ocorre durante a adolescência e se estende até a vida adulta jovem. Ele argumenta que essa crise é uma fase necessária e natural do desenvolvimento humano, que envolve a busca por uma identidade que seja autêntica e coerente com os valores e crenças do indivíduo. A crise de identidade, segundo Erikson, pode ser superada por meio de uma série de etapas, que envolvem a exploração das diferentes opções de vida disponíveis e a integração de uma identidade pessoal coesa e estável.

    Outro autor que contribuiu para o estudo da crise de identidade foi Charles Horton Cooley, em seu conceito de “espeelho do eu”. Para Cooley, a identidade de um indivíduo é construída a partir de suas interações sociais, especialmente com aqueles que são mais próximos emocionalmente. Ele argumenta que a percepção que os outros têm de nós é fundamental para a construção de nossa autoimagem e que, portanto, a crise de identidade pode ocorrer quando a imagem que temos de nós mesmos não coincide com a imagem que os outros têm de nós. Cooley argumenta que a solução para essa crise é a reconstrução da autoimagem a partir das interações sociais com outras pessoas.

    Por fim, a socióloga Zygmunt Bauman também tem contribuído para o estudo da crise de identidade, especialmente em seu livro “Identidade”. Para Bauman, a crise de identidade é um fenômeno que ocorre em uma sociedade pós-moderna, caracterizada pela fluidez e instabilidade das relações sociais e pela fragmentação da vida social. Ele argumenta que, em uma sociedade em constante mudança, os indivíduos são confrontados com uma multiplicidade de opções e possibilidades, o que pode levar à confusão e incerteza sobre a própria identidade. A solução proposta por Bauman para essa crise é a busca por uma identidade líquida, que seja flexível e adaptável às mudanças e desafios da vida moderna.

    Em resumo, a crise de identidade é um fenômeno complexo e multifacetado que tem sido objeto de estudo de muitos sociólogos e outros cientistas sociais. Erik Erikson, Charles Horton Cooley e Zygmunt Bauman são apenas alguns dos autores que contribuíram para o entendimento desse fenômeno. Embora suas abordagens sejam diferentes, todos eles destacam a importância da construção de uma identidade autêntica e coesa para a realização pessoal e social.

     

    LETRA:
    Metamorfose Ambulante
    Raul Seixas
    Composição: Raul Seixas

    Prefiro ser

    Essa metamorfose ambulante

    Eu prefiro ser

    Essa metamorfose ambulante

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Eu quero dizer

    Agora, o oposto do que eu disse antes

    Eu prefiro ser

    Essa metamorfose ambulante

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Sobre o que é o amor

    Sobre o que eu nem sei quem sou

    Se hoje eu sou estrela

    Amanhã já se apagou

    Se hoje eu te odeio

    Amanhã lhe tenho amor

    Lhe tenho amor

    Lhe tenho horror

    Lhe faço amor

    Eu sou um ator

    É chato chegar

    A um objetivo num instante

    Eu quero viver

    Nessa metamorfose ambulante

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Sobre o que é o amor

    Sobre o que eu nem sei quem sou

    Se hoje eu sou estrela

    Amanhã já se apagou

    Se hoje eu te odeio

    Amanhã lhe tenho amor

    Lhe tenho amor

    Lhe tenho horror

    Lhe faço amor

    Eu sou um ator

    Eu vou lhe dizer

    Aquilo tudo que eu lhe disse antes

    Eu prefiro ser

    Essa metamorfose ambulante

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

     

    Metamorfose ambulante é uma música sobre crise de identidade que tem grande potencial didático para se trabalhar em sala de aula. A canção trata da provisoriedade da identidade e  e sugere que processos exógenos e indógenos nos transformam para mudar quem somos o tempo todo. Conhece outra música sobre crise de identidade? Deixe seu comentario!

     

    Referências:

    BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

    COOLEY, Charles Horton. A sociologia do eu. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

    ERIKSON, Erik H. Identidade: juventude e crise. Rio de Janeiro: Zahar, 1972.

  • Êxodo Rural na revolução industrial

    Êxodo Rural na revolução industrial

    O êxodo rural durante a Revolução Industrial foi um processo de grande impacto social e econômico, impulsionado pelo crescimento das cidades industriais. O aumento da produção e a consequente demanda por mão de obra nas fábricas atraíram muitos camponeses para as cidades, buscando uma vida melhor. Porém, o processo de industrialização trouxe consigo a exploração do trabalho, a falta de moradia, a insalubridade, entre outros problemas.

    Segundo o sociólogo Karl Marx, a Revolução Industrial foi um marco na história do capitalismo, em que a classe operária foi explorada e alienada em troca do lucro dos empresários. Já o sociólogo Émile Durkheim destacou a importância da solidariedade social na organização da sociedade e como o êxodo rural pode afetar essa coesão.

    O êxodo rural foi um processo complexo e multifacetado, que afetou tanto o campo quanto as cidades. Os camponeses deixaram suas terras e tradições para trás em busca de novas oportunidades e condições de vida. Porém, muitos encontraram apenas condições precárias e exploração nas fábricas e nas cidades, enquanto outros conseguiram se adaptar e prosperar.

    O êxodo rural também teve um grande impacto na organização social e econômica das regiões afetadas. As cidades industriais cresceram rapidamente, criando novas oportunidades de emprego e desenvolvimento econômico. Ao mesmo tempo, o campo foi afetado pela falta de mão de obra e pela diminuição da produção agrícola.charge êxodo rural

    O êxodo rural durante a Revolução Industrial foi um processo histórico complexo, que afetou profundamente a organização social e econômica da época. O movimento de migração em massa das áreas rurais para as cidades teve consequências profundas e duradouras para a vida das pessoas, e ainda é objeto de estudo e reflexão para sociólogos e historiadores.

     

    Referências:

    MARX, Karl. O Capital. Boitempo Editorial, 2013.

    DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. Martins Fontes, 2007.

  • Charges sobre democracia

    Charges sobre democracia

    Para pensar charges sobre democracia é preciso inicialmente pensar no conceito. Democracia é um tema central da teoria política e um conceito que é frequentemente invocado em discussões sobre a organização política das sociedades contemporâneas. Trata-se de um conceito que possui várias dimensões e que pode ser abordado de diferentes perspectivas teóricas. Neste texto, vamos abordar algumas dessas perspectivas, discutindo o conceito de democracia, seus tipos e suas principais teorias.

    De acordo com Dahl (2001), a democracia é um regime político no qual as pessoas têm o poder de tomar decisões coletivas, seja diretamente ou através de representantes eleitos. Para o autor, a democracia é um sistema de regras que permitem que as pessoas possam controlar os poderosos e influenciar a tomada de decisões políticas. Seguindo essa linha de raciocínio, Arendt (2001) argumenta que a democracia é um espaço de liberdade e igualdade, onde as pessoas podem exercer sua autonomia política e participar ativamente na vida pública.

    No entanto, é importante notar que existem diferentes tipos de democracia. O mais comum é o modelo representativo, no qual os cidadãos elegem representantes que tomam decisões em seu nome. Esse modelo foi desenvolvido historicamente na Grécia Antiga, mas se tornou predominante na modernidade. Outro modelo é a democracia direta, em que os cidadãos participam diretamente das decisões políticas, sem a necessidade de representantes. Esse modelo é mais raro na prática, mas é frequentemente defendido por teóricos políticos como Rousseau (2010).

    Uma terceira forma de democracia é a democracia participativa, que se diferencia da democracia representativa pela ênfase na participação direta dos cidadãos em decisões políticas. Essa perspectiva é defendida por autores como Barber (1984), que argumentam que a participação cidadã é fundamental para garantir que as decisões políticas reflitam as necessidades e interesses das pessoas.

    Do ponto de vista teórico, existem várias perspectivas que buscam explicar a natureza da democracia. Uma delas é a perspectiva liberal, que se concentra na proteção dos direitos individuais e na limitação do poder do Estado. Autores como Mill (1991) e Rawls (2003) argumentam que a democracia é essencial para garantir a liberdade e a igualdade dos cidadãos.

    Outra perspectiva é a teoria crítica, que busca questionar as estruturas de poder que sustentam a democracia. Autores como Habermas (1997) argumentam que a democracia deve ser entendida como um processo contínuo de diálogo e negociação, que permita que as pessoas possam participar ativamente da vida política. Essa perspectiva enfatiza a necessidade de superar as desigualdades sociais e econômicas que limitam a participação dos cidadãos na vida pública.

    Por fim, temos a perspectiva republicana, que se concentra na virtude cívica e na participação ativa dos cidadãos na vida política. Autores como Pettit (1997) argumentam que a democracia deve ser entendida como um espaço de deliberação pública, em que as pessoas possam desenvolver .

    No entanto, críticos apontam que a democracia pode ser influenciada por fatores externos, como interesses econômicos, corrupção e manipulação da mídia, comprometendo a sua efetividade.

    Além disso, a teoria democrática também destaca a importância do pluralismo e da participação popular para o fortalecimento da democracia. Autores como Dahl (1989) enfatizam a necessidade da existência de múltiplas fontes de poder e a competição entre elas para garantir a representatividade e a proteção dos direitos e interesses de diferentes grupos sociais.

    Outras perspectivas teóricas apontam para a importância da participação ativa dos cidadãos na tomada de decisões políticas. A democracia participativa, proposta por autores como Pateman (1970) e Barber (1984), enfatiza a importância da participação direta dos cidadãos nas decisões políticas, por meio de mecanismos como orçamentos participativos e plebiscitos.

    Em termos de tipos de democracia, a literatura destaca algumas variações importantes. A democracia direta, por exemplo, é caracterizada pela participação direta dos cidadãos nas decisões políticas, sem a necessidade de representantes eleitos. A democracia representativa, por outro lado, é baseada na eleição de representantes para tomar decisões políticas em nome dos cidadãos.

    Alguns autores também destacam a importância da democracia deliberativa, que enfatiza a importância do diálogo e do debate público para a tomada de decisões políticas. Autores como Habermas (1996) argumentam que a democracia deliberativa permite que os cidadãos exerçam sua autonomia e participem ativamente no processo de tomada de decisões políticas.

    Em resumo, a democracia é um conceito complexo que tem sido objeto de estudo e debate em diversas áreas do conhecimento. Embora a democracia seja frequentemente vista como uma forma ideal de governo, há desafios e críticas importantes em relação à sua efetividade e aplicação na prática. As diferentes perspectivas teóricas sobre a democracia destacam a importância da representatividade, da participação popular e do diálogo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

    Uso de charges sobre democracia em sala

    As charges são uma forma de arte que utilizam humor e ironia para retratar assuntos cotidianos e, muitas vezes, políticos. Em aulas de sociologia, elas podem ser utilizadas como uma forma de ilustrar conceitos e teorias de forma acessível e engajante para os alunos.

    No contexto da democracia, as charges podem ser uma ferramenta útil para debater questões como a representatividade, participação popular e corrupção. Através das charges, é possível abordar de forma crítica e humorística as dinâmicas políticas do país e suas instituições.

    Autores como Bakhtin e Freud defendem que o humor e a ironia são formas importantes de expressão crítica e subversiva da realidade social. Bakhtin, em sua teoria sobre o carnaval, afirma que a inversão das hierarquias sociais durante o período carnavalesco é uma forma de questionar e subverter a ordem estabelecida. Freud, por sua vez, defende que o humor é uma forma de sublimar os desejos reprimidos, além de ser uma maneira de enfrentar a hostilidade do mundo externo.

    Dessa forma, ao utilizar charges sobre democracia em aulas de sociologia, os alunos são estimulados a desenvolverem um olhar crítico sobre a realidade social e política do país. Através do humor, é possível abordar temas complexos de forma lúdica e acessível, incentivando o engajamento e a participação dos alunos nas discussões sobre democracia e cidadania.

    Referências:

    BAKHTIN, M. Problemas da poética de Dostoiévski. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.

    BARBER, B. Strong Democracy: Participatory Politics for a New Age. University of California Press, 1984.

    DAHL, R. Democracy and Its Critics. Yale University Press, 1989.

    FREUD, S. O chiste e sua relação com o inconsciente. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

    HABERMAS, J. Between Facts and Norms: Contributions to a Discourse Theory of Law and Democracy. Polity Press, 1996.

    PATTEMAN, C. Participation and Democratic Theory. Cambridge University Press, 1970.

    SARTORI, G. Theory of Democracy Revisited. Chatham House Publishers, 1987.

    Algumas sugestões de charges

     

    Atividades  usando Charges sobre democracia

    Uma boa dica para trazer ao debate o tema DEMOCRACIA seria pedir aos alunos para dizerem por que a menina da charge está rindo tanto, para a partir daí continuar o debate levantando outras questões, tais como:

    Você concorda com a gargalhada da menina? Porquê?
    O que é democracia?
    Existem diferenças entre democracia ideal e democracia real?
    Você é a favor da democracia?
    Quais os benefícios de um sistema democrático? Quais os perigos ou malefícios?

    É isso!

     

     

    Gostou deste texto? Quais charges sobre democracia você recomenda. Cite nos comentários!

  • A ocidentalização do Mundo – Dica de leitura

    A ocidentalização do Mundo – Dica de leitura

    ocidentalização

    O livro de Serge Latouche, “A Ocidentalização do Mundo” é uma obra extraordinária. A partir da análise de Latouche é possível entender o processo de Ocidentalização do mundo.
    Aspectos como fluxos, colonização, aculturação/desculturação, capitalismo, cultura, homogeneização, nacionalidade, industrialização e modernização são abordados de forma crítica.
    Sem dúvida se trata de uma obra obrigatória para estudiosos da Sociologia, Filosofia, Geografia e da História.
    Recomendo!

     

    Breve resumo:

    “Ocidentalização do Mundo” é uma obra do autor Serge Latouche, um renomado economista e pensador francês. Neste livro, Latouche critica o modelo de desenvolvimento ocidental e o impacto da globalização no mundo contemporâneo.

    Latouche argumenta que o processo de ocidentalização, impulsionado pela expansão do capitalismo e pela difusão dos valores ocidentais, tem levado à homogeneização cultural e à perda de diversidade. Ele contesta a ideia de que o desenvolvimento econômico ocidental é universalmente desejável e sustenta que os modelos de crescimento econômico ilimitado estão levando a uma série de crises sociais, ambientais e econômicas.

    O autor propõe a noção de “decrescimento” como alternativa ao paradigma do crescimento econômico contínuo. Ele argumenta que a busca incessante pelo crescimento material está gerando desigualdade social, degradação ambiental e perda de sentido na vida das pessoas. O decrescimento, por sua vez, defende a redução do consumo, a relocalização da economia e a busca por formas de vida mais sustentáveis e equilibradas.

    Latouche critica o consumismo desenfreado e a lógica da acumulação material, propondo uma mudança para uma sociedade mais centrada na qualidade de vida, no bem-estar das pessoas e na preservação do meio ambiente. Ele também questiona a ideia de progresso ilimitado e enfatiza a importância da diversidade cultural e das formas de conhecimento não ocidentais.

    Em “Ocidentalização do Mundo”, Serge Latouche oferece uma crítica perspicaz ao modelo de desenvolvimento ocidental e oferece um novo caminho para repensar a economia, a sociedade e as relações entre os seres humanos e o ambiente. Sua obra levanta questões importantes sobre os rumos da globalização e convida os leitores a considerar alternativas ao atual paradigma do crescimento econômico.