Ao afirmar que existe no Brasil uma “abundância de inexistência de solidariedade” ela acaba criando uma ideia que não observamos na prática. Bastamos ver a solidariedade dos brasileiros frente as catástrofes nos últimos anos ocorridas em Santa Catarina, no Nordeste e na região serrana do Rio de Janeiro. Bastamos assistir TV e notarmos o quanto programas como o “Criança Esperança”, por exemplo, arrecadam. Na verdade, o brasileiro chega ser até ser invejado por outros povos.
A Clarice escreveu:
Ao falar de participação ela acaba não dizendo muita coisa. Participação em que? Onde?
Ela afirma que as classes média e alta devem fazer mais do que reclamar. Reclamar do que? É justamente a elas que interessa a taual situação do país. Vemos tais classes reclamar apenas de coisas que lhes afetam, como temos visto no caso da criminalidade no Rio, que desceu das favelas e estão no asfalto.
A Clarice escreveu:
“Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil”.
Falar em revolução estrutuaral sem definir que tipo de revolução é muito vazio. Gostaria de lembrar que existem revoluções que conduz a estados piores.
Por fim, ela, em meio a uma indagação, acaba realizando uma afirmação:
“Afinal, de que serve um governo que não administra?”
Dizer que o governo não administra é inocência. A pergunta seria, administra para quem?
Embora aponto tais críticas ao texto de Clarice, acredito que teremos em breve uma advogada e tanto! O Brasil precisa.
Clarice, Parabéns!!!
por Cristiano Bodart
Concordo, Cristiano, com as tuas observações sobre o texto que, em alguns momentos, se mostra muito inocente (sabemos que ele foi produzido por uma jovem que em sua vontade crítica ultrapassará esse limite). É importante a tua questão: administrar para quem? As montadoras, de carro, por exemplo, devem ter achado em 2009 que o Brasil é realmente uma pátria-mãe e gentil. Acrescento que também é ingênuo achar que é possível acabar com a desigualdade no sistema capitalista (selvagem ou social-democrata). Um abraço!
Usou um bom exemplo da realidade apontada por mim! É isso.