O vídeo abaixo satiriza o burocratismo ou “burrocracia” brasileira. Ao contrário do que se pensa, há um sério distanciamento da eficiência e impessoalidade da burocracia weberiana que parece haver no serviço público uma certa “mística”que bricola o entendimento das regras do jogo e faz a pessoalidade uma alternativa naturalidade, complexificada e mistificada.
Somos sujeitos e, principalmente, objetos de processos os quais tem suas informações desencontradas de uma “estrita legalidade” recortada em favor de um e em detrimento de outros.
No serviço público tal confusão joga em favor do patrimonialismo, que o desvio de confundir o público com o privado, tomando para si o poder público como algo particular. Tal atmosfera faz com que as “amizades”, o patrimonialismo, e a má fé impere nos serviços públicos brasileiros.
Tudo começa com um documento sem sentido ou um processo kafkiano simples conspirado de um jeito que ninguém entende e mesmo com a letra fria do direito dizendo que sim, as situações são construídas para serem deferidas apenas quando ou para quem for mais conveniente para o “dono do poder”. Tudo começa com um simples documento pendente nos pequenos escalões que obriga as pessoas a fazerem alianças, seja por propina ou por apoio político, depois a nível nacional vira Lei, o que é lobby vira Medida provisória e cláusula pétrea, chancelando o patrimonialismo na sua pior face, confundindo e ludibriando as pessoas para que estas fiquem sujeitas ao jogo do patrimonialismo.