Prognósticos possíveis num cenário pós-impeachment
Por Roniel Sampaio Silva
De agora em diante teremos carta branca para pautas ainda mais reacionárias sendo feitas sob alegação de falta de austeridade do governo petista. Ora se tem uma coisa que Dilma nunca deixou de ser foi austera, uma austeridade ruim. Seu maior problema foi poupar ricos e penalizar pobres e classe média, ainda que tenha havido alguns intervalos progressistas. A partir da cassação de Dilma o cenário político e econômico autorizam tacitamente o saque, o desmonte de direitos e todas as pautas mais agressivas que o Congresso mais conservador desde 1964 pode vislumbrar.
É ilusório pensar que o PT é carta fora do baralho, ele virou coringa. Dilma e PT serão possivelmente o eterno bode expiatório para justificar as ações mais nefastas. ‘Estamos fazendo isso porque o PT não nos deixou escolha’. Mesmo com o impeachment, tudo vai continuar sendo culpa do PT, a carta na manga que o governo instituído precisava para implantar o seu projeto de “Agenda Brasil”.
Mas o que é isto????????????????!!!!!!!!!!!!!!!!
Dilma Rousseff, pessoa por quem nem tenho particular simpatia, não está acusada de nenhum crime, ao contrário de muitos deputados que pedem a sua cabeça, no entanto é ela que cai.
Que me desculpem os meus amigos brasileiros mas isto, a mim, parece-me surreal!
'Os deputados justificaram os seus votos pela moralidade, pela família. até por Deus mas a verdadeira razão foi esquecida.
A grande maioria dos 513 deputados que votaram Domingo a favor do "impeachment" da Presidente Dilma Rousseff, parecia esquecer-se das verdadeiras razões que estavam em discussão.
O afastamento de Rousseff foi exigido pelos mais diversos motivos: "para minha esposa Paula", "para minha filha nascer e minha sobrinha Helena", "meu neto Gabriel", "a tia que cuidou de minhas pequenas", "para minha família e meu estado", "Deus", "pelos militares (golpe) 64", "pelos evangélicos", "pelo aniversário da minha cidade", "para a defesa do petróleo", "agricultor", "para o café" e até mesmo "por vendedores de seguros no Brasil'. (…)
Os brasileiros têm que agarrar na revolta e convertê-la em vitória. O Brasil vai iniciar um período de austeridade mais forte do que Portugal sofreu e vão ser as classes mais baixas a sentir na pele essa tragédia. É bom que os brasileiros percebam isso e deixem de parte por agora, futebol e samba porque a música vai ser outra e não me parece que estejam preparados para a dançar