Entrevista Socius sobre o mercado de Atuação das Ciências Sociais

Entrevista Café com Sociologia a Empresa Júnior SOCIUS: Empresa Júnior Sociologia

Entrevistador – Roniel Sampaio Silva, Cristiano Bodart
Entrevistados – Bárbara Brisa, Bianca Freitas, Bruna Braz, Débora
Machado, Fernanda Lopes, Guilherme Moreira, Lucas Almeida, Ludmila Condé e Rodolfo Nóbrega.
Saudações, em nome da equipe Café com Sociologia agradecemos a gentileza do SOCIUS em responder essa entrevista a qual irá ajudar muitos colegas interessados sobre a atuação profissional no campo do bacharelado em Ciências Sociais. Para fins didáticos, achamos por bem dividir esta entrevista em três partes, imaginando o desenvolvimento cronológico que normalmente passa um profissional dessa área.

I-Pré-profissional

1-  Muitos estudantes têm se interessado pela área de Ciências Sociais. O que são as Ciências Sociais e quais são as possíveis áreas de atuação destes profissionais? Qual deve ser o perfil do estudante interessado nesta área.

As Ciências Sociais são responsáveis pela análise e interpretação dos costumes de determinados grupos, além disso, pesquisa o comportamento da sociedade e os efeitos que certos acontecimentos geram na população. Fora isso, esta ciência permite a compreensão do outro, da nossa situação e da sociedade, garantindo, além do avanço do conhecimento, identificação de problemas de um determinado grupo ou sociedade. O mercado de trabalho desses profissionais, com a modernização da sociedade e diversificação da economia, garante oportunidades múltiplas e diversas. Há atuação em projetos de educação, saúde, transporte, segurança, desenvolvimento sustentável, dentre outros. Outra possibilidade é o contato com a licenciatura ou opção por carreira acadêmica, prosseguindo os estudos no mestrado e doutorado. Os setores público e privado também oferecem um bom leque de perspectiva no mercado de trabalho: assessoria sindical e política, análise de políticas públicas e sociais, prestação de serviços em ONGs e organismos internacionais.

Além de gostar muito de ler, é importante que a/o cientista social tenha facilidade para interpretar dados, seja observador/a e curiosa/o, exercite a concentração e, tenha aptidão para pesquisa. Também, afinidade com as disciplinas que farão parte do curso é algo importante, já que, durante quatro anos, pelo menos, o contato será intenso, e posteriormente, virá à prática. A/O cientista social estuda as origens, o desenvolvimento e a organização das sociedades e das culturas humanas. Ele quer compreender as estruturas e relações que caracterizam um determinado grupo.

2- Qual a diferença básica entre bacharelado e licenciatura. Um pode atuar no mercado na área do outro? Quais os principais mercados para cada um desses profissionais, em especial o bacharel?

O bacharel é formado para atuar de forma mais ampla no mercado. De acordo com o MEC (Ministério da Educação), é o curso superior que “confere ao diplomado competências em determinado campo do saber para o exercício de atividade acadêmica ou profissional”. Já a licenciatura, prepara a/o estudante para dar aula.
Na UnB, o bacharelado em Ciências Sociais, Sociologia ou Antropologia tem currículos semelhantes, mas matérias específicas que delimitam cada curso de bacharel. Portanto, são 3 opções de habilitação. A licenciatura, também compartilha de um currículo teórico semelhante às três já mencionadas. Porém é preciso cursar matérias específicas da educação e também, da psicologia, pois o foco aqui são os aspectos pedagógicos.

Para aquelas e aqueles que optam pelo bacharelado, tanto o setor público como o privado oferecem boas perspectivas de mercado: assessorias (sindical, política, etc), análise de políticas públicas e sociais, além disso pode-se trabalhar prestando serviços em ONGs ou em organizações internacionais.

Atualmente há uma demanda crescente por cientistas sociais com domínio de técnicas de pesquisa quantitativa e qualitativa, atendendo aos institutos de pesquisas e prestando consultorias, por exemplo. Para um/a licenciado/a, as oportunidades de trabalho são as escolas e cursinhos pré-vestibulares – um mercado relevante aqui em Brasília.

II-Profissionalizante

3- O que é a SOCIUS e quando surgiu? Qual o objetivo e como ela se organiza?

A SOCIUS é a Empresa Júnior do curso de Ciências Sociais da Universidade de Brasília, e por ser uma Empresa Júnior é uma associação civil que visa à realização de projetos e prestação de serviços, sendo constituída por alunas/os de graduação de seus respectivos cursos. A SOCIUS surgiu em 1998 e não possui fins lucrativos, mas sim fins educacionais, regida por um estatuto interno. Visamos o desenvolvimento de trabalhos nas diversas áreas de atuação de uma/um cientista social, com o objetivo de complementar a formação teórico-metodológica prevista na grade curricular do curso. Além disso, a SOCIUS almeja o desenvolvimento espírito analítico e empreendedor de suas alunas/os, preparando-os, pessoal e profissionalmente, para o Mercado de Trabalho.

Toda a estrutura de funcionamento da SOCIUS, desde o corpo diretor ao de execução das atividades, é composta por alunas e alunos de graduação em Ciências Sociais da Universidade de Brasília, tendo como norte o ideal de uma gestão horizontal e democrática, possibilitando que cada membro seja protagonista das atividades da EJ. Atualmente estamos divididos em cinco diretorias para garantir melhor eficiência em nossos trabalhos.

4- Quais serão os principais desafios do estudante quando ele ingressa no curso? Como costuma ser a formação acadêmica/profissional?
As dificuldades se apresentam de diversas maneiras, desde antes do ingresso ao término do curso. Um problema anterior seria a falta de “conhecimento geral” sobre a atuação de um cientista social, somado a isso, informações “escassas” sobre o mercado de trabalho, acarretando num preconceito de que a profissão não é bem sucedida. Ouve-se bastante que “antropólogos estudam índios; sociologia estuda a sociedade ou seremos os futuros presidentes do Brasil”, confirmando a falta de conhecimento das amplas oportunidades nas ciências sociais.

5- Como a SOCIUS pode ajudar na formação dos estudantes? 
A SOCIUS vem suprir a falta de contato com o trabalho de campo no curso de Ciências Sociais. Na Universidade de Brasília, os cursos de Sociologia e Antropologia são bastante teóricos. Geralmente, o contato com a pesquisa vem quando estamos perto ou no planejamento do projeto de monografia. Assim,
ajudamos na formação dos estudantes dos respectivos cursos quanto à sua formação metodológica, mas também profissional. Este ambiente também influi na
forma de inserção no mercado de trabalho. É uma experiência profissional, pois nos ensina a lidar com prazos, ética de pesquisa e com os colegas de trabalho,
organização, planejamento e apresentação de resultados.

6- Existe uma estratégia de trabalho particular de empresas de consultoria Jr em Ciências Sociais como a SOCIUS? Em caso afirmativo, qual?
Na SOCIUS, a nossa estratégia particular é a gestão horizontal, que é a tomada de decisões por meio da aprovação coletiva. Por mais que tenhamos cargos executivos e uma presidência, todos possuem o mesmo poder de voto. Esta estratégia pode, em alguns casos, atrasar o trabalho, se comparado a uma empresa com estrutura hierárquica, contudo, nossos retornos de aprendizagem interpessoais e profissionais são benéficos. Ressaltamos que esta é uma situação particular desta empresa júnior. Mas, de forma comum, as consultorias em ciências sociais agregam ao mercado um tipo de olhar que o meio acadêmico pouco apresenta.
 
7- Como os estudantes podem montar uma empresa jr na universidade que estudam?
Antes de tudo, é preciso que os estudantes interessados em montar uma empresa júnior tenham paciência e muita dedicação. Além disso, é importante que estes se informem dos processos burocráticos, que envolvem desde idas a cartórios até reuniões nos departamentos e também, na reitoria da sua universidade. Aos interessados, o Movimento Empresa Júnior tem em seu site informações acessíveis sobre como criar uma EJ.

8- No site da empresa Jr há vários serviços oferecidos. Qual o trâmite para uma empresa ou instituição contratar um serviço?
Geralmente, o primeiro contato é por e-mail ou telefone. A partir daí, marcamos uma reunião de “prospecção”, para compreensão da proposta. Então, reunimos todos os membros da empresa para discussão da viabilidade e do retorno pedagógico do projeto. Depois, formalizamos um contrato e iniciamos as atividades. Este é o nosso processo de contratação de serviços.

9- Qual(is) tipo(s) de pesquisa é necessário a presença de um Bacharel em Ciências Sociais/Sociologia?
Praticamente, em todas as pesquisas, projetos ou implementação de políticas que tenham algum tipo de impacto social ou científico. Por exemplo: na construção de uma hidrelétrica, que avaliará os impactos sociais que causará na população da região, ou até mesmo na revisão metodológica de uma ciência social ou exata.

10- Existe legislação que obriga a presença de sociólogos em alguma atividade ou órgão?
Sim, existe a lei 11.684 que inclui a Sociologia como disciplina obrigatória no ensino médio. Esta medida tornou obrigatório o ensino de sociologia e filosofia nas três séries do ensino médio. Elas haviam sido banidas do currículo em no período da Ditadura militar e substituídas por educação moral e cívica. Assim, há ainda uma carência de professores de sociologia e filosofia atuando no ensino médio.

III- Pós-profissional

 

10-Terminei o curso de bacharelado em ciências sociais, e agora o que fazer? Quais são os possíveis caminhos profissionais para quem quer atuar na área? Quais são as principais oportunidades de atuação na iniciativa pública e privada?
Há uma ideia errônea no senso comum e até mesmo no universo acadêmico de que as ciências sociais não possuem mercado de trabalho. No entanto observamos que isso não é verdade. Um graduado em ciências sociais pode trabalhar com consultorias por meio de empresas privadas ou por meio de processos seletivos para ONGs ou instituições do governo, até mesmo concursos públicos para a área  de atuação ou fora. Dentro da iniciativa privada a que mais se destaca é a consultoria, entretanto na área pública há muita variedade, tendo assim oportunidades que vão desde ser professor em uma instituição federal até ser pesquisador do IPEA ou do IBAMA, por exemplo. Outra área que teve bastante crescimento nos últimos anos é o Laudo Antropológico que pode ser tanto da iniciativa privada quanto da pública. Na Semana SOCIUS – evento realizado por nós sobre Mercado de Trabalho em Ciências Sociais a partir de uma demanda das/os estudantes de graduação da
Universidade de Brasília – esse foi um dos temas que tiveram importância entre as/os palestrantes. Além do Laudo, atividades que envolvem Direitos Humanos e
Educação também tiveram destaque. Uma das vantagens das ciências sociais é que há muitos caminhos a serem trilhados, basta se informar direitinho e também
demonstrar esforço e competência.

11- Existe algum estudo que indique a média de tempo que leva para o Sociólogo conseguir seu primeiro emprego nessa profissão?
Não temos conhecimento de nenhum estudo que indique essa questão. Mas para entrar no mercado de trabalho é necessário uma  formação consistente na graduação e dar continuidade aos estudos no mestrado e/ou doutorado. Também é importante identificar uma área específica de interesse, fazer estágios, participar de
projetos de extensão, e ter bons orientadores para aconselhar e indicar oportunidades, tanto científicas quanto profissionais.

12- Qual o salário médio de um bacharel? 
Segundo a Federação Nacional dos Sociólogos, o valor gira em torno de 3.240,00. Fonte:
(acessado em 09/08/2013)

13- No tocante à área do bacharelado em ciências sociais o mercado tem se modificado?Qual o perfil do profissional tem melhores resultados junto ao mercado?

O mercado para o bacharel em ciências sociais vem mudando de duas formas. A primeira é que a cada dia que se passa mais há a procura por um sociólogo ou antropólogo no mercado de trabalho, tendo em vista que essas profissões estão sendo mais aceitas e sua importância está mais reconhecida. Mas o mercado de trabalho também vem se modificando por que há uma maior motivação por parte do cientista social de se informar sobre suas possibilidades de trabalho e correr atrás das mesmas. Quando se trata do mercado privado, percebe-se que aquele cientista social que tem afinidade com a metodologia quantitativa possui melhores resultados. O que não quer dizer que aqueles que trabalham com uma metodologia qualitativa também não possuem seu espaço.

14- Como os estudantes podem se organizar para criar empresas na área de ciências sociais? Há mercado? Quem costuma preencher estas vagas?
Para criar uma empresa júnior em nossa Universidade, que é uma associação civil sem fins lucrativos, é necessário, basicamente, formar um grupo de cinco estudantes (em média) para dirigirem a empresa, pedir autorização do chefe do departamento e criar a empresa em ata – com estrutura interna e plano de negócios. Não temos conhecimento, ainda, sobre os trâmites de criação de empresas seniores de ciências sociais. Mas o público alvo são instituições de pesquisa, órgãos públicos, instituições de ensino. Em nossa empresa, geralmente quem nos procura são professores, mestrandos e doutorandos da área de humanas que querem fazer ou estão fazendo uma pesquisa.

15- Que órgão fiscaliza e normatiza as atividades dos sociólogos?   
Não há um órgão fiscalizador das atividades dos sociólogos tal qual a de um advogado que precisa ser aprovado no exame da OAB para exercer a profissão.

 
16- Na percepção de vocês, existe uma dicotomia entre atuação acadêmica/profissional na área de ciências sociais. Em caso afirmativo, como isso poderia ser superado?
Sim, existe. A dicotomia está presente no que se refere, principalmente, à atuação profissional do sociólogo quando formado em licenciatura ou bacharelado. Justamente por ter uma área ampla de atuação, o bacharel permite maior flexibilidade nos seus campos. Na Semana SOCIUS (um evento que organizamos para a comunidade discente sobre o mercado de trabalho em ciências sociais), por exemplo, as/os estudantes de graduação tiveram conhecimento sobre essas várias possibilidades, entre elas podemos destacar: pesquisas em órgãos como o IPEA ou o IBAMA, consultorias, trabalho em ONGs ou em organizações internacionais, trabalho com Laudo Antropológico, etc. A iniciativa privada e a pública permitem um leque de perspectivas para o bacharel em Ciências Sociais.
Já na licenciatura, o campo acaba se restringindo à sala de aula, que vai do ensino médio aos cursos de pré vestibular ou quando o estudante resolve seguir carreira acadêmica (pós graduação, mestrado e doutorado…).

Sob essa ótica, as duas vertentes podem se confundir quando os papeis não são bem definidos. Portanto, conclui-se que mesmo possuindo suas peculiaridades nos respectivos campos de atuação, o acadêmico e o profissional vêm para se complementar, agregando conhecimento, experiência e formação de um agente cada vez mais preparado para as demandas da sociedade que são propostas às Ciências Sociais.

17- Quais os desafios da área do bacharelado em Ciências Sociais hoje?
Um dos grandes desafios atualmente é que cada vez mais o campo de atuação se amplia, favorecerendo o maior ingresso de profissionais, o que exige então que os mesmos se qualifiquem e produzam linhas de estudo, pesquisas e atuações mais eficientes, centradas e diferenciadas, onde como dito anteriormente, tenham aplicabilidade na sociedade e no meio onde este indivíduo atua.

Em nome da equipe Café com Sociologia, agradeço a entrevista.
Obrigado!

 

Conheça a Socius!

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Roniel Sampaio Silva

Mestre em Educação e Graduado em Ciências Sociais. Professor do Programa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Campo Maior. Dedica-se a pesquisas sobre condições de trabalho docente e desenvolve projetos relacionados ao desenvolvimento de tecnologias.

10 Comments

  1. Penso que uma área de atuação do Sociólogo e do Antropólogo, ainda pouco explorada é a assistência social, principalmente nos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS e também nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social – CREAS; tanto na gestão quanto nas equipes de referência das unidades. Basta verificar a Resolução !7 de 20 de junho de 2011, que ratifica a equipe de referência definida pela Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social – NOB-RH/SUAS. É um campo de atuação muito rico para estes profissionais, que deveriam lutar para a efetivação da categoria nestes equipamentos da assistência social. Sou graduada em Ciências Social, pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF/MG, e atuo na área da assistência social, como Socióloga, há 16 anos.
    Considero também, de suma importância a atuação do Sociólogo na área de recursos humanos, seja no recrutamento e seleção de pessoal, no levantamento de necessidade de treinamento, no acolhimento de funcionários, nos programas de qualidade de vida, entre outros.
    Érika Vital Saleh

  2. Pra falar a verdade se falassem que o curso não tem mercado de trabalho obviamente o número de graduandos que ja é baixo seria quase nulo, por isso eles dizem que há demanda de profissionais. Natural.

    • Mateus, a área de ciências sociais hoje no Brasil é restrita para a área da docência e em menor número, em pesquisas de mercado. Há vagas em concursos, mas como não temos um Conselho Federal, somos substituídos por assistentes sociais, psicólogos e administradores. A questão é que se vc não quer ser professor e não tiver bons contatos, amigo, então nem pense em procurar essa área. O curso é muito bom, te fornece um conhecimento para o resto da sua vida, mas aqui no Brasil, conhecimento humanístico não é valorizado.

  3. Boa noite, meu nome é Lilian Tatiana. Sou graduada em Ciências sociais, com ênfase em Ciência Política.
    Possuo mestrado incompleto em Ciências Sociais,com ênfase em Sociologia. Cuja pesquisa desenvolvida foi sobre a atuação das ONGs na Amazônia.

    Pergunto: Qual a possibilidade de eu atuar no bacharelado em Minas Gerais, mesmo com o mestrado incompleto? E Como as empresas Junior presentes nesse Estado, poderiam me auxiliar ?
    Grata e Parabéns pela entrevista!!

  4. Penso que uma área de atuação do Sociólogo e do Antropólogo, ainda pouco explorada é a assistência social,pra falar a verdade se falassem que o curso não tem mercado de trabalho obviamente o número de graduandos que já é baixo seria quase nulo, por isso eles dizem que há demanda de profissionais. Natural.

    • Lui Henrique e Anthony Almeida, no caso da UnB o número de graduandos não é baixo, entra-se 90 calouros de Ciências Sociais por semestre. No caso de Brasília, que posso dizer com certeza porque é onde moro, o mercado de trabalho na verdade é bem amplo mesmo. Aqui existem uma infinidade de cargos públicos ocupados por esse tipo de profissional, mas é uma peculiaridade da cidade. Já em São Paulo por exemplo existe mais demanda nas assessorias à ONGs. A demanda profissional existe de fato, apesar de não ser tão abundante como em outras áreas. Acredito que o fundamental seja saber se preparar pra ela e saber onde procurar também.

  5. Um ponto importante: é necessário que se quebre essa imagem distorcida que o bacharelado tem da licenciatura. O bacharelado, em realidade, tem atuação menos ampla que a licenciatura, uma vez que o licenciado pode atuar nas mesmas áreas que o bacharel, mas este não atua nas mesmas do licenciado, pois não pode dar aula. Dentre outros fatores, é por esse sentimento de segregação nos cursos de Ciências Sociais que as licenciaturas têm uma deficiência enorme em discentes.

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