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Falar de amor, de flores?

Poema de Luciana Maximo

Na verdade eu queria falar de amor,
das flores,
do sol nascendo,
se ponto,

da praia deserta, do cais,
mas a dor da sociedade é tão gritante
e os disparates tão rompantes,
que encarna mim
um pouco de Gregório
e eu fico com a Boca do Inferno
em forma de poesia,
marginal,
e sem rima
e em versos desarticulados e tortos
observo de rabo de olho o sussurro tímido,
assustado da minha gente que pede, implora,
emprego, comida, dignidade
um pouco de respeito nessa sociedade!

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