Grupos de Trabalho do Pré-Alas 2012
GT 1: Cultura, Economia & Finanças Solidária: dilemas e perspectivas
Coordenadores:
Profª. Drª. Alícia Ferreira Gonçalves – UFPB
Profº. Drº. Thiago Ferreira Dias – UFERSA
Ementa: o objetivo deste Grupo de Trabalho é aglutinar pesquisadores que estão atuando no campo da economia solidária e realizar reflexões analíticas e empíricas das teorias sobre a economia solidária produzidas no Brasil e sua pluralidade de manifestações empíricas, tais como – os empreendimentos econômicos solidários, finanças solidárias, comércio justo, moedas sociais, Bancos Comunitários de Desenvolvimento e clubes de trocas – visando à sistematização de estudos que versem sobre a possibilidade de uma visão ampliada do fato econômico a partir das concepções teóricas de pluralismo econômico – a reciprocidade, a redistribuição, a domesticidade e o mercado – de Karl Polanyi e da Teoria da Dádiva de Marcel Mauss e demais integrantes do Movimento Antiutilitarista das Ciências Sociais (M.A.U.S.S.). Dentre os temas centrais a serem discutidos, estão:
as práticas cooperativas, associativistas, auto-gestionárias e organizacionais nos empreendimentos econômicos solidários, as injunções e impactos do marco legal nos empreendimentos econômicos solidários, cadeias solidárias de produção e comercialização, limites e avanços das finanças solidárias e dos BCD, interfaces entre gênero e economia solidária, interfaces entre etnia e economia solidária, interfaces entre economia solidária e desenvolvimento com foco no território e diferenciações regionais e políticas públicas de economia solidária.
GT 2: Ciências Sociais e Esporte: conjugando abordagens e perspectivas em um campo de pesquisa plural e interdisciplinar
Coordenadores:
Profº. Drº. Édison Luis Gastaldo – UFRRJ
Profº. Drº. Leonardo Turchi Pacheco – UNIFAL-MG
Ementa: O esporte é um tema de pesquisa pouco privilegiada por sociólogos, antropólogos e demais cientistas sociais. Os estudos que conjugam sociologia, antropologia, política e esporte ainda não alcançaram a devida importância na tradição de pesquisa social. Poucos são os pesquisadores que abordam os esportes como um objeto culturalmente relevante para compreender as relações, interações, representações, símbolos, lógicas das sociedades as quais eles são praticados. Por ser um objeto de pesquisa heterogêneo e interdisciplinar, os esportes permitem inter-relacionar e compreender outros fenômenos que lhe são aparentemente adjacentes, como as relações de gênero, as relações de poder, o envelhecimento, a memória, a corporalidade, a mídia, entre outros que englobam e estendem as fronteiras disciplinares. No intuito de resgatar e consolidar um campo de estudos relevante para as ciências sociais este grupo de trabalho tem como objetivo promover diálogos, discussões e debates que permitam correlacionar sociologia, antropologia, política e esporte através de diversos enfoques teóricos e metodológicos.
GT 3: Sociologia e antropologia das emoções
Coordenadores:
Profº. Drº. Mauro Guilherme Pinheiro Koury – GREM /PPGA/UFPB
Profª. Drª. Marieze Rosa Torre – UFBA/CRH
Ementa: Esta proposta de GT em Sociologia e Antropologia das Emoções procura, assim, abrir um espaço de discussão coletiva para o intercâmbio de pesquisas, ideias e experiências sobre o lugar das emoções na construção de sensibilidades e sociabilidades no processo de formação de toda a região e do Brasil como um todo. Um dos objetivos deste GT, deste modo, é possibilitar a discussão acadêmica sobre o significado das emoções, considerando sua figuração no espaço sociocultural e a diversidade de formas sociais que as suas representação e expressões assumem, assim como o seu alcance na configuração das experiências pessoais e sociais. Outro objetivo é o de facilitar a construção de um grupo de trabalho multidisciplinar e pluralista que se comprometa na coordenação de esforços para destacar a importância da Sociologia e da Antropologia das Emoções em nossos contextos locais: comunicações que utilizem uma análise mais téorica sobre a relação entre emoções e sociedade, ou a análise comparativa ou, ainda, procurem compreender a relação entre o local-global, macro-micro serão bem-vindas. Em consonância com o que vimos dizendo até então, o GT de Sociologia e Antropologia das Emoções tem o propósito de reunir pesquisadores em torno de temas transversais em relação as emoções, tanto quanto em relação a temáticas relacionadas ao sofrimento social, a disciplina dos corpos, aos estudos sobre a tortura na sociedade contemporânea, a questões relacionadas à memória social, e ao estudo de emoções específicas como a solidão, a exclusão, aos sentimentos de perda e medos, assim como, também, são de interesse os estudos relacionados com a humilhação individual ou coletiva (cultural, social ou política), a vergonha, o ódio, os processos de angústia e depressão, entre outros; tanto quanto os estudos que indaguem sobre a felicidade, o amor e o prazer em uma visão interdisciplinar que se conecta à sociologia, à antropologia e à outras ciências sociais.
GT 4: Educação, Cultura e Sociedade
Coordenadores:
Profª. Drº. Amurabi Oliveira – UFAL
Drª. Janirza C. da Rocha Lima – FUNDAJ
Profº. Drº. Maxim Repetto – UFRR
Objetivo do GT: possibilitar o aprofundamento do diálogo interdisciplinar, sob o recorte da Educação, favorecendo assim a circulação de ideias, paradigmas emergentes, noções e conceitos que subjazem nos trabalhos produzidos no âmbito das regiões Norte e Nordeste e imprimir uma continuidade à proposta deste GT, posto que, de maneira sistemática, o mesmo vem integrando, além do CISO, outros espaços institucionais.
Ementa: o diálogo entre as Ciências Sociais e a Educação remete a uma longa tradição nas Ciências Sociais, passando pelas obras de autores como Émile Durkheim, Pierre Bourdieu, Franz Boas, Margaret Mead, Florestan Fernandes etc. Ainda assim, no Brasil, atualmente, encontramos a discussão em torno desta interface centrada, principalmente, nas Faculdades de Educação. Todavia, tem ocorrido, gradativamente, uma reaproximação deste diálogo junto aos departamentos e cursos de Ciências Sociais, retomando a educação enquanto um objeto de análise privilegiada das Ciências Sociais. Destacamos neste GT alguns eixos principais desta interface: a produção da sociologia da educação, de forma ampla; o Ensino de Sociologia, enquanto questão suscitada a partir de sua reintrodução no Ensino Médio, a partir de 2008; a produção no âmbito da antropologia da educação, com um especial destaque para a questão da educação intercultural e da educação indígena.
GT 5: Culturas Corporais, Sexualidades e Transgressões: novas moralidades em debate na era dos Direitos Humanos
Coordenadores:
Profº. Drº. Fabiano Gontjo – UFPI
Profª. Drª. Laura Moutinho – USP
Ementa: este grupo de trabalho incide sobre as pesquisas que vêm sendo realizadas nos mais diversos estados brasileiros em torno dos temas das sexualidades, das identidades de gênero, da orientação sexual, das culturas sexuais, da corporeidade, das transgressões, das moralidades e da interseccionalidade de gênero, raça, sexualidade, geração, religião e/ou classe, principalmente sob a ótica das teorias e políticas do reconhecimento e dos debates sobre direitos diferenciados. Poderão ser abordados, entre outros, os seguintes temas: masculinidades, feminilidades e representações de gênero; direitos sexuais e direitos humanos; mídia, estereótipos e sexualidade; ativismo e militância; raça e sexualidade; gerações, juventude, envelhecimento e sexualidade; culturas homossexuais; preconceito, discriminação, sexismo e homofobia; violência e cultura; transgêneros; corpo e corporeidade; formas de regulação moral da sexualidade e suas implicações; contestação e movimentos sociais; construção discursiva e poderes; questões ético-metodológicas e pesquisa; teorias e políticas do reconhecimento; dentre outros eixos de análise. Sendo um grupo de trabalho, pretende-se uma troca fértil de ideias e experiências para futuros trabalhos nestes temas, fomentando, inclusive, a constituição de parcerias e/ou redes de pesquisa.
GT 6: Gênero, política, feminismos e desenvolvimento
Coordenadores:
Profº. Drº. Alexandre Zarias – FUNDAJ/UFPE
Profª. Drª. Alinne de Lima Bonetti – UFBA
Ementa: Gênero, política e desenvolvimento têm sido noções recorrentes nos estudos e projetos que elegem as mulheres como universo de pesquisa e intervenção. Transversais a um conjunto de temas, presentes em análises que lançam mão de distintas metodologias, essas categorias assumem diferentes significados quando levados em consideração diversos campos: instituições governamentais, agências de cooperação internacional, movimentos sociais e organizações da sociedade civil e o movimento político feminista nas suas reivindicações ligadas à luta por direitos e reconhecimento. O conflito de interesses que emerge da interseção desses campos revela formas discursivas que envolvem questões relacionadas com as políticas de saúde, igualdade de gênero, enfrentamento da pobreza, emprego, habitação, usos e ocupação do solo, preservação do meio ambiente; participação e representação política, cooperativismo, etc. O objetivo deste GT é reunir trabalhos que abordem empírica e teoricamente esses assuntos, fomentando o debate crítico de questões chave para a teoria social e feminista e contribuindo metodologicamente para esse campo de estudos.
Profº. Drº. Alexandre Barbalho – UECE
Profª. Drª. Lia Calabre – Fundação Casa de Rui Barbosa (RJ)
Profº. Drº. Fábio Fonseca de Castro – UFPA
Ementa: o objetivo do Grupo de Trabalho é abrigar pesquisas e reflexões, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, sobre as políticas culturais e de comunicação e seu papel no desenvolvimento das sociedades contemporâneas. As discussões envolvem a presença do Estado na formulação e execução destas políticas e a relação com a sociedade civil e os movimentos sociais, bem como suas interfaces com o mercado de bens simbólicos, o processo de mundialização cultural e as políticas de identidade. A proposta do Grupo de Trabalho é constituir-se como espaço privilegiado para o debate acerca das pesquisas sobre políticas culturais, sejam estas implementadas pelo poder público, em suas diversas instâncias (municipal, estadual e federal), ou pelos movimentos sociais em suas interfaces com o Estado. As experiências internacionais também serão contempladas, em especial aquelas promovidas pela UNESCO. O objetivo do Grupo de Trabalho não é apenas dar visibilidade às pesquisas, mas possibilitar a elaboração de quadros conceituais, de pesquisas comparadas, de projetos coordenados entre instituições brasileiras e internacionais, bem como fornecer subsídios para os formuladores de políticas públicas de cultura e de comunicação.
GT 8: Patrimônio cultural, comunidades tradicionais e sustentabilidade
Coordenadores:
Profª. Drª. Áurea da Paz Pinheiro – UFPI
Profª. Drª. Carla Patrícia de Abreu Bruno ( Universidade de Lisboa)
Profº. Drº. Luís Jorge Gonçalves (Universidade de Lisboa)
Ementa: Este GT é uma proposição do Grupo de Pesquisa/CNPq “Memória, Ensino e Patrimônio Cultural”, que realiza desde 2007 intervenções sociais, investigações, reflexões e discussões no campo da História em uma perspectiva interdisciplinar que envolve a História, a Antropologia, a Etnografia. A intenção deste Simpósio é ampliar as discussões com pesquisadores que estudam a produção histórica dos lugares, saberes, fazeres, que indagam como as categorias memória, identidade, cultura, oralidade, sustentabilidade e patrimônio se relacionam e nos permitem pensar e interpretar, por meio de registros de depoimentos e testemunhos, verbalizados e (res) significados cotidianamente, vivências e experiências de comunidades tradicionais do Norte e Nordeste brasileiro. Ao longo desses anos, elaboramos materiais e metodologias para a pesquisa no campo da cultura material e imaterial. Produzimos recursos audiovisuais, livros e documentários etnográficos, por considerá-los importantes no trabalho de investigação, produções que respondem aos nossos objetivos de divulgar os resultados de nossas investigações através de suportes diversos. Acolheremos, neste GT, estudos ligados à diversidade cultural articulados à problemática do patrimônio, da sustentabilidade, dos saberes e fazeres de comunidades tradicionais, trabalhos de pesquisadores que se valem da História Oral, da Etnografia e do Audiovisual como forma de divulgar suas pesquisas entre os sujeitos e comunidades com os quais estabelecem diálogos e interlocuções.
GT 9: Sociedade, mercado e sustentabilidade
Coordenadores:
Profº. Drº. João Vicente Ribeiro Barroso da Costa Lima – UFAL
Profª. Drª. Tânia Elias Magno da Silva – UFS
Profº. Drº. Adriano Premebida (Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera – FDB).
Profº. Drº. André Luís Ribeiro Lacerda – UFMT.
Ementa: o presente GT intitulado “Sociedade, Mercado e Sustentabilidade” se insere na fronteira de debates relevantes para as várias disciplinas de conhecimento que, direta ou indiretamente, lidam com as temáticas referidas à relação entre ambiente e sociedade no tocante às injunções econômicas estruturantes. Os processos e fenômenos econômicos que subjazem aos processos e fenômenos socioambientais tornam pertinente que se constitua um núcleo/campo temático de reflexão relativamente à interface entre projetos de ações de natureza econômica (de empresas privadas ou públicas) no âmbito socioambiental. Os cenários socioambientais no Brasil e no mundo, em geral, e nas regiões Norte e Nordeste, em particular, contém uma série de novas dinâmicas institucionais que firmaram as bases de novas formas de ação e interação econômicas. Entidades públicas e privadas rearticulam o campo econômico com base em novos valores socioambientais. Os proponentes deste GT investigam no subcampo de uma sociologia econômica da sustentabilidade e querem com esta sugestão de criação do GT fazer convergir um espaço de reflexão mais ampliado com os resultados de pesquisas também das várias áreas de conhecimento (geografia, história, direito, engenharias, etc.) relativamente às novas conformações entre o Meio Ambiente, Mercado, Estado, Sociedade e as dimensões diversas da cidadania. Instaurou-se uma mecânica da regulação em que as empresas têm suas ações (projetos, implementações e empreendimentos efetivos) submetidas à legislação e ao controle e/ou monitoramento de organismos estatais, como o IBAMA, SEMA’s, SFB e o Ministério Público. Funciona aqui um mundo de regras e procedimentos que garantiriam padrões mínimos de sustentabilidade. Entre os indivíduos e as empresas, o Estado se constituiria em entidade capaz de controlar o processo, desde a produção e operacionalização de leis, concepção de programas, até as rotinas de fiscalização e punição. Nesses limites da realidade socioambiental, os órgãos do Estado atuariam de maneira a garantir que a sociedade não seja penalizada pela ação imprudente e desmedida dos agentes econômicos. Espera-se que os estudos a serem apresentados testem, comprovem, refutem hipóteses de maneira a enriquecer o debate relativamente a duas premissas que parecem compor um paradoxo teórico: (I) de que a solução para insustentabilidade ambiental de hoje pode ocorrer via mercado/consumo. O mecanismo mercantil de coordenação econômica pode ser fator importante de soluções que atenuem e reequilibrem o intercâmbio humano à natureza e; (II) se a ação econômica strictu senso é auto-interessada e egoísta, como pode emergir uma outra substância não-egoísta no seio do capitalismo de maneira a recuperar componentes de sentimentos públicos compartilhados?
GT 10: Relações de gênero e entre as gerações
Profª. Drª. Alda Britto da Motta – UFBA
Profª. Drª. Isolda Belo da Fonte – FUNDAJ
Ementa: Este GT propõe a continuidade de discussões teóricas que adquiriram importância em outros eventos, como os congressos da SBS, da REDOR em especial no próprio CISO, acerca da dinâmica das relações de gênero e entre as gerações. Apesar do desenvolvimento atual da pesquisa e das elaborações teóricas nestas duas importantes dimensões de realização da vida social, ainda são escassas as análises que realizem a intersecção entre elas. Urge a troca de experiências que se realizem nesta perspectiva, com discussões atuais como: as mudanças nas relações de gênero e entre as gerações na família e novos modelos de convivência; competição geracional no mercado de trabalho em uma sociedade de desemprego “estrutural”; grupos políticos geracionais, como movimentos de estudantes ou de aposentados e pensionistas; jovens ou idosos(as) em programas de lazer ou cultura em diferenciais de gênero; solidariedade ou conflito entre as gerações, equidade ou iniqüidade social, proteção social, efeitos de políticas públicas. Esperamos que as discussões no GT estimulem esse encontro.
GT 11: Trabalho de campo e as interfaces entre as Ciências Sociais e outros saberes
Coordenadores:
Profª. Drª. Raquel Wiggers – UFAM
¬Profª. Drª. Eva Lenita Scheliga – UNIFESP/CEBRAP
Ementa: Este GT visa abrigar um debate epistemológico sobre a prática do “trabalho de campo”. Propomos discutir os sentidos que lhe são atribuídos no âmbito de pesquisas que põem em diálogo as Ciências Sociais e outros saberes. Dois eixos organizam o GT: (1) as especificidades do “trabalho de campo” no domínio das Ciências Sociais em sua interlocução com outras áreas (História, Teoria Literária, Cinema, por exemplo); (2) os sentidos que a etnografia, em especial, vem adquirindo em outros domínios (como Saúde, Administração e Educação). Em ambos os eixos, importa analisar os sentidos que metodologias e técnicas de produção de dados adquirem quando deslocadas de seus contextos iniciais de formulação. Como sociólogos, antropólogos e politólogos lidam com a elaboração metodológica de áreas afins (como produção de histórias de vida, biografias, análise de discurso, análise semiótica) durante seu trabalho de campo? Quais aportes e limites a etnografia apresenta para o trabalho de campo produzido em áreas diversas das C. Sociais, quando interessadas na análise de “dados subjetivos”? Como se dá a divulgação destas metodologias e técnicas em ambos os casos? O GT está aberto a trabalhos que se debrucem sobre estas e outras questões, tanto de uma perspectiva teórica quanto à luz de trabalhos empíricos. A proposta deste GT dedicado à reflexão sobre o trabalho de campo contribui para o fomento de um debate epistemológico sobre os processos de construção de abordagens qualitativas, com ênfase nas múltiplas e recíprocas apropriações de metodologias e técnicas de produção de dados por parte das Ciências Sociais e áreas afins.
GT 12: Desenvolvimento, trabalho e economia solidária
Coordenadores:
Profª. Drª. Cândida da Costa – UFMA
Profª. Drª. Aurora Amélia Brito de Miranda – UFMA
Profº. Drº. Solimar Oliveira Lima – UFPI
Objetivos
a) Analisar as tendências do desenvolvimento na atualidade e seus reflexos no mundo do trabalho, especialmente as tendências de flexibilização e precarização das relações de trabalho e direitos trabalhistas;
b) Discutir as formas de enfrentamento ao modelo de desenvolvimento em curso, na linha da sustentabilidade, com ênfase na economia solidária
Ementa: A proposta deste GT é discutir o processo de desenvolvimento, salientando como na lógica de desenvolvimento em curso, encontra-se uma predominância da dimensão econômica do desenvolvimento, em detrimento das dimensões política e social. O processo de globalização tem evidenciado como a internacionalização da economia tem obrigado ou levado os países a acentuarem a dimensão econômica em detrimento das dimensões social e política, ao definirem suas políticas de atuação.
Ao analisar a relação entre globalização e desenvolvimento, pretende-se dar destaque às relações entre economia e política (aqui entendida em sua dimensão ampla, que diz respeito às relações entre Estado e sociedade). Trata-se de um esforço de não cair nas armadilhas de uma lógica prisioneira da dimensão econômica na concepção e análise de modelos de desenvolvimento, Considera-se assim, que os eixos do desenvolvimento sustentável e a economia solidária podem ser elementos a ser problematizados como crítica ao atual modelo e alternativas a serem testadas, frente a inúmeras experiências que vem sendo desenvolvidas no Brasil. Por outro lado, tais experiências são espaços onde se desenvolvem novas formas de relações de trabalho precarizadas, estratégias de sobrevivência e processos de trabalho que necessitam ser enfrentados pelos trabalhadores e suas organizações. A proposta deste GT é, por um lado, analisar as novas configurações do trabalho na economia solidária em uma situação social marcada pela reestruturação das atividades produtivas e sua articulação em rede além de seus desdobramentos em termos de flexibilização, precarização e informalização do emprego. Por outro lado, pretende discutir as dificuldades e estratégias desse tipo de economia no interior do mercado capitalista, dando ênfase aos mecanismos de ação coletiva acionados a partir da preocupação com os desempregados e com os trabalhadores em situações precárias, bem como do questionamento ao atual modelo de desenvolvimento em curso e da incorporação de estratégias de desenvolvimento sustentável.
GT 13: “Corpos, gêneros e sexualidades: Práticas queer e processos políticos de subjetivações”
Coordenadores:
Profª. Drª. Profa. Dra. Luciana Leila Fontes Vieira – UFPE
Profª. Drª. Maria de Fátima Lima Santos – UFRJ
Profª. Drª. Tatiana Lionço – UniCEUB
Ementa: Tomar os corpos, gêneros e sexualidades enquanto constructos sociais e performatividades que se constituem na interação, reiteração e subversões com a norma (heteronorma). Compreender os processos de subversões que operam a partir das abjeções, trazendo essa dimensão do existir enquanto potência de vida a partir dos estudos queer no âmbito da Teoria Social. Perceber como se constituem os processos de interação com as alteridades, principalmente os processos de subjetivações que acabam por construir outras possibilidades de vivenciar outras experiências sociais e subjetivas. Cartografar performatividades que redefinem o campo da política da vida alargando as fronteiras de gênero. Por fim, trabalhar essas possibilidades principalmente, nas paisagens humanas brasileiras dando ênfase as regiões do norte e nordeste, procurando enfatizar a presença e potencialidades subversivas nestes contextos.
GT 14: Mídia, cultura e sociedade
Coordenadores:
Profª. Drª. Valério Cruz Brittos – UNISINOS
Profª. Drª. Patricia Bandeira de Melo – FUNDAJ
Profº. Drº. César Ricardo Siqueira Bolaño – UFS
Ementa: o objetivo deste grupo de trabalho é de aprofundar os estudos de cultura e mídia e sua repercussão na sociedade, considerando a mídia como uma instância estruturadora da sociedade contemporânea. Neste sentido, é relevante considerar que as dinâmicas das indústrias culturais, no século XX, distanciam a sociedade atual de períodos anteriores, o que traz consequências nas formas de criação e recepção pelos indivíduos, decorrente da complexidade de linguagens resultante das convergências midiáticas. Além disso, também é possível verificar a conformação da cultura midiática e a determinação de modos de ser e agir que atinge os indivíduos e as suas práticas de consumo, com foco na busca de distinção social. O GT pretende receber trabalhos que tenham como foco: as políticas públicas de comunicação numa abordagem crítica, a partir da configuração da mídia como fenômeno institucional, técnico e mercadológico; a produção de bens simbólicos em contextos de afirmação da cultura de consumo e a tensão entre cidadão e consumidor; a regulação das indústrias culturais e a convergência em seus aspectos éticos, culturais e políticos relacionados á revolução informacional que se configura a partir das mídias digitais; os impactos das mudanças nos processos midiáticos sobre o mundo do trabalho, emprego e renda e; os impactos socioculturais e político-econômicos dessas mudanças.
GT 15: Reestruturação produtiva, precarização do trabalho e saúde do trabalhador
Coordenadores:
Profª. Drª. Alice Anabuki Plancherel – UFAL
Profª. Drª. Vera Lucia Navarro – USP
Ementa: O GT Reestruturação produtiva, precarização do trabalho e saúde do trabalhador pretende reunir pesquisadores e discutir estudos teóricos e de natureza empírica com o objetivo de promover o debate de resultados de pesquisas ligadas à temática TRABALHO. Terão destaque as mudanças operadas no processo de trabalho nas últimas décadas, no contexto da crise do padrão taylorista/fordista e da emergência do toyotismo a partir do processo de reestruturação produtiva e seus reflexos para os trabalhadores. Tais mudanças repercutem na classe trabalhadora sob a forma de desemprego, intensificação e precariedade do trabalho que atingem, de forma diferenciada, mulheres e jovens em seu primeiro emprego, assim como crianças, com graves repercussões à sua saúde. Os efeitos desse processo de reestruturação produtiva se fizeram sentir na organização das empresas, nos métodos de produção, no mercado de trabalho, na divisão do trabalho, nas relações de trabalho, nos sindicatos e nas políticas industriais e financeiras dos governos e trouxe como traço característico uma maior intensificação do trabalho. Esta intensificação do trabalho tem sido obtida através da utilização de novas tecnologias, novas formas de organização da produção e do trabalho e mesmo através de mudanças nas próprias relações de trabalho que implicam contratos precários, na subcontratação, no trabalho a domicílio, no aumento desmedido da jornada de trabalho e, até mesmo, na exploração criminosa do trabalho infantil. Esta situação tem ocasionado, dentre outras coisas, o aumento das doenças relacionadas ao trabalho que atingem trabalhadores de distintas categorias profissionais.
GT 16: Hospitais e instituições de saúde: Um espaço inspirador para as pesquisas em Ciências Sociais
Coordenadores:
Profª. Drª. Soraya Fleischer – UNB
Profª. Drª. Carmen Susana (Susi) Tornquist – UDESC
Profº. Drº. Pedro Francisco Guedes do Nascimento – UFAL
Ementa: o SUS e programas como PSF têm desafiado pesquisadores comprometidos com a universalização de direitos, mas atentos aos desafios que a implementação dos mesmos coloca localmente e às resignificações deste processo por diferentes grupos sociais. Este GT pretende tratar de espaços de cura e atenção à saúde, oficiais ou não, cujo objetivo seja promover a saúde. O foco é reunir pesquisas que estejam sendo desenvolvidas por cientistas sociais dentro de hospitais, centros de saúde, etc., abrigando questões como: relações de trabalho entre profissionais da saúde, subjetividade inter/intra pacientes, organização burocrática, programas e políticas públicas, uso de medicamentos e equipamentos, relação entre as ciências biomédicas e as ciências sociais, destinação e uso do orçamento público, dilemas metodológicos enfrentados, relação entre unidades de saúde e comunidades, itinerários terapêuticos, etiologias populares, relação entre saúde popular e saúde oficial etc. Ao fazermos o recorte sobre o espaço esperamos atrair pesquisas e pesquisadores que não necessariamente estejam trabalhando na interface direta com a saúde. Desejamos, assim, perceber como a saúde precisa dialogar com outros temas para que possa ser compreendida mais complexamente. Quais os dilemas de tomar o espaço hospitalar como cenário de nossas pesquisas? Que entraves e desafios esses espaços têm nos oferecido? Há risco de “contaminação” por parte do discurso e prática biomédica no sentido de nossos interlocutores em campo nos tomarem como profissionais da saúde? Há características desses mundos institucionais da saúde que marcam as pesquisas aí realizadas? Como nossas pesquisas são recebidas por quem circula nesses espaços? Elas têm produzido desdobramentos aplicados? Que conceitos atuais têm nos ajudado a pensar esses espaços e atores? Essas são algumas das inquietações que nos inspiram a pensar o GT. Uma primeira versão dessa proposta realizou-se em 2010 no II Encontro Internacional de Ciências Sociais, em Pelotas. Já em Teresina, esperamos que esta discussão continue a render bons frutos analíticos.
GT 17: Democratização e teorias democráticas na América Latina contemporânea
Coordenadores:
Profº. Drº. Gabriel Eduardo Vitullo – UFRN
Profº. Drº. Aragon Érico Dasso Júnior – UFRGS
Profº. Drº. Gonzalo Adrián Rojas – UFCG
Objetivo: propiciar a reflexão crítica e o debate em torno da teoria democrática e suas diversas correntes, assim como a situação em que se encontram as democracias latino-americanas contemporâneas e os “novos” governos, no marco da atual crise capitalista mundial.
Ementa: o GT procura acolher trabalhos que girem em torno destes dois eixos: a) o confronto entre as diversas correntes que, dentro da teoria política, vêm discutindo a questão democrática; e b) as democracias latino-americanas e seus déficits num mundo capitalista em crise. Entre os tópicos e assuntos específicos contemplados nestes eixos se inscrevem: 1) Correntes hegemônicas e contra-hegemônicas na teoria democrática; 2) Democracia, Luta de classes, Movimentos Sociais e Novos Atores; 3) Democracia, Estado e Sociedade; 4) Democracia, Dominação Social e Emancipação; 5) Crise capitalista e novos projetos democráticos e; 6) Democracia e novos governos latino-americanos.
GT 18: Território, Meio Ambiente e Gênero
Coordenadores:
Prof. Dr. Marcelo Ennes – (PRODEMA/NPPCS/UFS)
Profª Drª Vitória Régia Fernandes Gehlen – (UFPE)
Prof. Dr. Tarcísio Augusto Alves da Silva – (UFRPE)
Ementa: A sociedade globalizada e multicultural tem recriado processos de reestratificação social e relações de poder e dominação. Caracterizada pela ação de instituições multilaterais e instituições financeiras internacionais, a sociedade brasileira contemporânea tem sido palco de políticas públicas que ora reforçam este quadro, ora procura mitigá-lo. Neste contexto, a questão socioambiental tem assumido uma centralidade político-acadêmica na qual convergem temas como território, meio ambiente e gênero permitindo que recortes teóricos-analíticos possam identificar diferenças e desigualdades no acesso aos recursos ambientais, na participação e nos processos decisórios que dificultam a formulação de medidas de intervenção eficientes e equitativas. Tais recortes teóricos-analíticos fornecem subsídios a uma política pública que tenha como horizonte as mudança igualitárias e democráticas em nossa sociedade. Por outro lado, as discussões sobre a articulação entre políticas públicas e território deve orientar ações e programas cuja operacionalização, ao adquirir um caráter instrumental e técnico, se norteiem por uma gestão que atenda as demandas reais de uma localidade. Compreendido como um constructo social e base para o mesmo é no território que se processa uma gama de relações sociais, as quais se realizam em simultaneidade e de tal forma imbricadas que a sua análise descontextualizada da totalidade social conduziria a uma compreensão enviesada da realidade. Desse modo, a abordagem territorial busca dar conta das desigualdades existentes no acesso aos recursos ambientais, considerando a verticalização das relações sociais de gênero. Uma perspectiva do enfoque territorial, compreende o território enquanto um produto do desenvolvimento histórico de cada lugar, onde convergem os interesses e forças de determinados agentes econômicos e atores políticos. A proposta do presente grupo de trabalho tem por objetivo discutir as políticas públicas territoriais que contemplem as interfaces entre trabalho, saúde, educação, habitação, saneamento ambiental básico, bem como dimensões do simbólico que envolvem os atores sociais, em especial as que se referem às relações sociais de gênero.
GT 19: Juventudes, territorialidades e identidades.
Coordenadoras:
Profª. Drª. Marlúcia Valéria da Silva – UFPI
Profª. Drª. Lila Cristina Xavier Luz – UFPI
Profª. Drª. Celecina de Maria Veras Sales – UFC
Ementa: as atuais mudanças verificadas no mundo, impulsionadas a partir da complexidade e flexibilidade instaladas no cerne dos processos sócio-culturais contemporâneos, oportunizam a compreensão de que as juventudes do novo século são fenômenos que ganham corpo em territorialidades várias, estas consubstanciadas em espaços que ambientam e interferem nas práticas, nas experiências e nos processos identitários juvenis. Buscando ambientar o debate, o GT parte da compreensão das juventudes enquanto uma categoria plural, na qual se articulam aspectos relativos a corte etário, gerações, territorialidades, culturas compartilhadas, classe, raça/etnia, gênero, orientação sexual, dentre outros. Compreendendo as territorialidades como constituídas para além da dicotomia rural-urbano e do recorte global-local, a proposta de discussão toma-as, porquanto, expressas numa relação de complementaridade e interdependência, o que desencadeia permanente e simultânea redefinição de ambas as compreensões postas. O entendimento de processos identitários toma-os como percursos abertos, em face das contingências contemporâneas, especialmente aquelas atinentes às mudanças nas formas de comunicação, nos processos de trabalho e lazer, nos relacionamentos afetivos, nas territorialidades, dentre outros. Articuladas, as três categorias apontadas geram um contexto teórico onde as juventudes aparecem rompendo o marco etário e experimentando trânsitos flexíveis nas relações que estabelecem com o outro, com os territórios, as materialidades e referências simbólicas partilhadas. Esse movimento implica que os processos identitários juvenis se coloquem como construtos inacabados e diretamente articulados às contingências do nosso tempo, respondendo a generalidades, particularidades, bem como a referências locais e globais. Responder ao desafio de demarcar as categorias postas – juventudes, territorialidades, identidades – implica na consideração das profundas alterações porque cada uma delas passa, em particular, e pelos desdobramentos novos que a confluência dessa relação tríplice gera para o campo das relações sociais.
GT 20: Políticas Públicas, Governo e Desenvolvimento
Coordinadores:
Profº. Drº. Gil Célio de Castro Cardoso – UnB
Profº. Drº. Maione Rocha – UECE
Objetivos: a) Refletir, de forma multidisciplinar, sobre as questões políticas, econômicas, sociais e ambientais das políticas públicas existentes no País, assim como sobre os seus mecanismos de gestão; b) Fomentar a discussão sobre as principais experiências no âmbito da formulação, implementação e avaliação das políticas públicas vivenciadas no Nordeste brasileiro e; c)Discutir sobre a atuação do Estado nas políticas de desenvolvimento, abordando as suas múltiplas dimensões; e a participação da sociedade na sua realização.
Ementa: A discussão sobre o estado brasileiro e as políticas públicas; as políticas inovadoras; a agenda governamental; as diferentes formas de gestão; as relações intergovernamentais no contexto das políticas públicas; a realização do processo de desenvolvimento e a incorporação do princípio da sustentabilidade e da participação social.
GT 21: Recomposição Espacial, Políticas Públicas e Superação da Pobreza
Coordenadores:
Profº. Drº. Ramonildes Alves Gomes – UFCC
Profª. Drª. Dalva Maria da Mota – EMBRAPA
Profº. Drº. Heribert Schmitz – UFPA
Ementa: Na última década os espaços rurais sofreram profundas transformações estruturais, as quais incluem alterações no padrão produtivo, nas relações sociais mediadas pelo trabalho, no padrão institucional, na recomposição das paisagens e na mobilização dos diferentes grupos sociais para se fazerem reconhecer como sujeitos de direitos. As políticas de garantia de renda permitiram a inclusão das populações rurais no mercado consumidor possibilitando a mitigação da pobreza rural. Entretanto, questionamentos multiplicam-se quanto à persistência das mesmas e quanto ao seu papel. Elas têm contribuído para reforçar as capacidades locais? Influenciam no desenvolvimento territorial? E na reconfiguração das relações de poder?. Tendo em conta estes questionamentos, o objetivo geral do GT é: analisar em que medida as inovações institucionais que permeiam o campo das políticas públicas têm favorecido a superação da pobreza no espaço rural, possibilitando mudanças que impactam estes espaços bem como os sujeitos que neles atuam, a partir dos seguintes aspectos: 1-Ampliação das capacidades locais (iniciativas locais potencializadas com apoios externos capazes inclusive de alterar os lugares de poder historicamente instituídos). 2-Diversificação das atividades (produtivas, associativas etc). 3-Reorganização do trabalho (mais possibilidades de inserção, melhor desempenho, maior remuneração). 4-Dinamização dos mercados e da comercialização (novas experiências). Assim sendo, o grupo acolherá trabalhos que analisam os reflexos das políticas públicas direcionadas aos diferentes tipos de “produtores familiares” no espaço rural no âmbito dos sub-temas indicados.
GT 22: Socioantropologia marítima e pesqueira no norte e nordeste
Coordenadores:
Profº. Drº. Cristiano Wellington Noberto Ramalho – UFS
Profº. Drº. Denize Genuina da Silva Adrião – FIBRA
Ementa: Nas últimas décadas, houve um expressivo aumento de estudos acadêmicos sobre o universo da pesca artesanal no Brasil, abordando temáticas diversas e elaborando, para isso, novas teorias e metodologias, seja na área da socioantropologia marítima e pesqueira, seja em outros campos de conhecimento (etnobiologia, geografia, ecologia humana, economia, história, etc.), que alimentaram também o debate da socioantropologia marítima e pesqueira. Nesse sentido, o objetivo do presente GT é, por um lado, permitir o encontro, debate e discussão sobre as diversas expressões societárias de diálogos humanos com os recursos naturais aquáticos (ribeirinhos, marinhos, estuarinos, lagos, lagoas, açudes, etc.), a partir das plurais formas de apropriações realizadas por pescadores e pescadoras artesanais, ações de resistências populares em defesa de seus territórios e os impactos e processos socioambientais que afetam tal população, como as atividades de lazer e turismo, políticas públicas, expansão de empreendimentos privados (aquicultura) e/ou estatais (portos e hidroelétricas), por exemplo; e, por outro lado, visa também promover e incentivar o diálogo e a interação entre diferentes campos do conhecimento, permitindo, assim, tratar problemas multidimensionais de forma interdisciplinar, embora seja conferindo maior ênfase aos temas ligados à socioantropologia marítima e pesqueira sem negar o acolhimento de pesquisas de outras áreas do saber.
GT 23: Economia simbólica e política dos afetos
Coordenadores:
Profº. Drº. Andréa Borges Leão – UFC
Profº. Drº. Fernando de Jesus Rodrigues – UFAL
Profª. Drª. Maria Salete de Souza Nery – UFRB
Ementa: o grupo de trabalho agrega pesquisas que, sob diversos pontos de vista, investiguem ou proponham teorias sobre objetos atravessados pela necessidade de discutir as interdependências entre lógicas monetárias, financeiras, comunicacionais ou informacionais e as dinâmicas afetivas envolvidas nas lutas por formação, apropriação e fruição de expressões simbólicas. Esse território de questões faz interface com uma constelação de temas, tais como políticas culturais e formação de imagens de grupo comunitárias; democratização de bens culturais e informalização dos costumes; mercados culturais e lutas por reconhecimento; sociedade de consumo e linguagens de diversão; economia da cultura e memórias étnico-históricas populares, periferização e cosmopolitização de formas simbólicas, além de outros temas e objetos empíricos correlatos. Esse universo temático demarca um campo de interesse e um espaço de discussão que parece relevante para a atualização de direções de uma sociologia da cultura no cenário contemporâneo.
GT 24: Populações tradicionais, processos sociais e meio ambiente
Coordenadores:
Profº. Drº. José Glebson Vieira – UERN
Profº. Drº. Francisca de Souza Miller – UFRN
Ementa: política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais: reordenamento jurídico e políticas públicas. Mobilizações de populações tradicionais, regularização fundiária e políticas públicas diferenciadas. Desenvolvimento, meio ambiente e cultura. Regimes de territorialidades, produção e transmissão de saberes, etnociências, políticas ambientais, projetos de desenvolvimento de manejo e conservação e relação natureza e sociedade. Este GT tem como objetivo congregar pesquisadores de diferentes áreas, que compõem as Ciências Sociais, e tenham desenvolvido análises teóricas e empíricas sobre os processos e dinâmicas sociais observados em grupos indígenas, quilombolas, pescadores, camponeses, ribeirinhos, ciganos, dentre outros no norte e nordeste brasileiro. O GT acolherá reflexões que explorem os desafios e perspectivas relativas à relação entre desenvolvimento, meio ambiente e cultura, e que investiguem os modos de vida dessas populações e produção de suas especificidades culturais, étnicas e históricas, com foco nos regimes de territorialidade, produção e transmissão de saberes tradicionais, etnociências, nos campos relacionais com seu entorno e nos modos de construir e apreender as complexas e diversas relações entre natureza e sociedade.
GT 25: Violência, Polícia e Prisão: olhares, saberes e dimensões institucionais no Brasil.
Coordenadores:
Profº. Drº. José da Cruz Bispo de Miranda – UESPI
Profª. Drª. Glaucíria Mota Brasil – UECE
Profº. Drº. Milton Júlio de Carvalho Filho UFBA
Ementa: aspectos cultural, social, político e midiático da violência. Dimensões e facetas da violência no âmbito policial, prisional e escolar. Paradoxos e ambivalências da instituição policial no Brasil e as novas estruturas organizacionais. Formação Policial no Brasil. Os múltiplos olhares sobre a prisão e os processos de ressocialização. Novas configurações, saberes e métodos sobre a violência, polícia e prisão. Este Grupo de Trabalho (GT) pretende debater e refletir a temática da segurança pública a partir da problemática da violência, da polícia e da prisão considerando as múltiplas dimensões e facetas (escolar, racial, policial, cultura carcerária, ressocialização e outras) diante de uma sociedade democrática, complexa e pluralista no Brasil, com foco nas regiões Norte e Nordeste.
GT 26: Comportamento eleitoral, eleições e representação política proponentes:
Coordenadores:
Profº. Drº. Cleber de Deus – UFPI
Profº. Drº. Gustavo Grohmann – UFRGS
Ementa: a subárea da Ciência Política entendida como COMPORTAMENTO ELEITORAL, ELEIÇÕES E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA hoje se constitui num dos campos de pesquisa mais profícuos para os cientistas políticos internacionais e brasileiros. Tanto assim é que nos encontros da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) e Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais (ANPOCS), tal subárea é sempre contemplada. O Programa de Mestrado em Ciência Política da Universidade Federal do Piauí (UFPI) possui, também, como uma de suas subáreas essa linha de investigação. Desse modo, objetivando ampliar e consolidar essa linha investigativa no Norte e Nordeste do Brasil, a parceria com o programa de Doutorado em Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URFGS) intenta satisfazer tal condição. A UFRGS é um dos principais centros de pesquisa na área no Brasil. Por entenderam que o estreitamento de laços e parcerias institucionais entre programas consolidados e recém-implantados podem difundir a expansão do conhecimento e entender as manifestações empíricas do fenômeno do poder político no país, os proponentes dessa proposta empreendem o requerimento para inclusão no XV CISO de um Grupo de Trabalho (GT) sobre eleições, comportamento eleitoral e representação política.
GT 27: Políticas públicas
Coordenadores:
Profº. Drº. Washington Bonfim – UFPI
Profª. Drª. Sandra Gomes – UFRN
Profº. Drº. Ricardo Ismael – PUC/Rio
Ementa: este Grupo de Trabalho tem como objetivo reunir a produção científica no campo temático das políticas públicas. O GT pretende abarcar uma ampla diversidade de temas, perspectivas teóricas e métodos de análise: estudos sobre os processos de formulação, implementação e avaliação de políticas setoriais (educação, saúde, habitação, estudos urbanos, rurais e regionais, combate à pobreza e desigualdade etc). Do ponto de vista das ferramentas analíticas e metodológicas, também almeja acolher diversas formas de análises: estudos de casos, análises comparativas, métodos mistos dentre outros. a proposta deste grupo de trabalho está inserida num contexto de fortalecimento da pesquisa e divulgação dos trabalhos na área, favorecendo a interlocução e disseminação dos principais aspectos de inovação e desenvolvimento das políticas públicas nas regiões Norte e Nordeste e, também, nas demais regiões do país.
GT 28: Ruralidades: ambiente, processos e atores sociais
Coordenadore/as:
Profª. Drª. Maria Dione Carvalho de Morais – UFPI
Profª. Drª. Maria Sueli Rodrigues de Sousa – UFPI
Profº. Drº. Marcelo Sampaio Carneiro – UFMA
Ementa: para além das extremas conjeturas sobre “completa urbanização” ou “renascimento rural” – ou, ainda, das especulações a respeito de um continuum urbano-rural, delimitado por pólos contrastantes, com um deles tendendo a eliminar o outro, o rural aparece cada vez menos como realidade espacial, cultural e socialmente distinta, embora não possa ser visto sob o manto de uma universalização que redunda na imposição de modos de vida embutidos em políticas públicas e ações privadas responsáveis, muitas vezes por deslocamentos compulsórios, violando direitos culturais e impondo relações socioambientais nos marcos do modelo urbano-industrial, desconsiderando formas locais de manejo ambiental, de saberes tradicionais associados à biodiversidade, construídos nas experiências vividas e mundialmente considerados como necessários às políticas de proteção ambiental, por isso, elevados à categoria de direitos humanos. Buscando refletir sobre ruralidades, “populações rurais”, identidades, territorialidades, e natureza, como dimensões social e culturalmente construídas, neste GT, três eixos nortearão o debate de estudos e pesquisas desenvolvidos em universos empíricos específicos (estudos de caso), ensaios, e trabalhos bibliográficos, a saber: 1)Ruralidades: populações, identidades e territorialidades; 2) Práticas agroextrativistas, biodiversidade e políticas públicas e; 3) Socioambientalismo: povos atingidos por grandes projetos e direitos constitucionais.
GT 29 – Ciências Sociais & Cinema: entre narrativas, políticas e poéticas
Coordenadores:
Profº. Drº. Luiz Gustavo Pereira de Souza Correia – UFS
Profª. Drª. Debora Breder Barreto – Universidade Cândido Mendes
Profº. Drº. Juliano Gonçalves da Silva – UFF
Ementa: Este GT pretende reunir pesquisadores que estudam as múltiplas relações entre as Ciências Sociais e o Cinema. Trata-se de debater o cinema como objeto de estudo da Antropologia, da Sociologia e da Ciência Política, além de áreas afins, focando: 1) as articulações entre cinema, narrativas, memória e subjetividade; 2) as representações e interpretações que as narrativas cinematográficas nos propõem sobre os mais diversos temas, como a relação natureza/cultura, o estatuto do humano/não-humano, de corpo, poder, meio ambiente, sexualidade, identidade, etc; 3) as condições sociais de produção, circulação e recepção dessas narrativas em seus mais diferentes formatos e gêneros, considerando as diversas categorias que estruturam o campo cinematográfico. Em suma, em um mundo cada vez mais constituído por fluxos e contrafluxos de narrativas audiovisuais, trata-se de considerar o discurso cinematográfico como uma forma expressiva significativa da nossa época, que revela, em imagens e sons, as utopias e distopias contemporâneas.
GT 30: Movimentos sociais e questão urbana: perspectivas e desafios
Coordenadores:
Profª. Drª. Masilene Rocha Viana – UFPI
Profª. Drª. Maria Lúcia Carvalho da Silva – PUC /SP.
Profº. Drº. Francisco Mesquita de Oliveira – UFPI
Ementa: Movimentos sociais e formas distintas de ações coletivas de confronto no cenário político contemporâneo, particularmente no que tange aos formatos emergentes na cena pública das cidades e a partir do uso de tecnologias informacionais de amplo alcance. Lutas urbanas no Brasil contemporâneo: a questão da mobilidade nas cidades, as formas de enfrentamento da segregação e da favelização. Os desafios na produção de instrumentos participativos de planejamento nas cidades. A interface urbanidade ruralidade na produção de espaço-temporalidades. Produção do espaço urbano e gestão das cidades: atores e processos sociais. O poder local/global e a definição de políticas urbanas. A Questão urbana e habitacional no quadro das desigualdades socioespaciais. Movimentos sociais e a gestão das cidades. Participação e política urbana no Brasil contemporâneo. Culturas urbanas e espaço público. As cidades globais e o futuro da urbe no mundo contemporâneo. Este GT visa articular estudos e fortalecer o debate em torno de pesquisas sobre Movimentos sociais na cena pública contemporânea com especial atenção ao papel dos atores políticos das cidades. Que novidades a cena contemporânea do ativismo político e dos movimentos sociais apresentam ao fim da primeira década do século XXI? Que novos atores e desafios estão postos? Qual o alcance da transnacionalização das lutas sociais na direção da democratização e mesmo, qual o papel das novas tecnologias informacionais no incremento desse processo? Que novos desafios estão postos aos movimentos sociais urbanos frente aos velhos problemas das cidades e as novidades da cena pública contemporânea. Questões panorâmicas como estas estimulam a constituição de um Grupo de trabalho com o objetivo de construir um espaço de discussão aberto ao debate interdisciplinar e a reflexão crítica.
Os interessados podem obter mais informações aqui.