Inclusão social

A temática inclusão é sempre pauta das agendas
políticas, mas pouco se faz concretamente. Quando o assunto é incluir
ex-detentos a situação torna-se ainda pior. Pior porque a sociedade, em geral,
não está convicta de que tais indivíduos possam ser efetivamente incluídos na
vida social, dentro do jogo das regras estabelecidas, bem como não tem certeza
se a maneira como ocorre o processo de inclusão é “seguro”.
Uma experiência de ressocialização de presos me
chamou atenção. Trata-se de um programa desenvolvido pelo juiz José Henrique Mallmann na cidade
de Santa Rita do Sapucaí/MG. Esse programa parte do pressuposto de que só a
pena não basta.

O programa busca retirar do detento o sentimento de
culpa, corrigir o mal realizado a vítima e, acima de tudo, criar um espaço de
reflexão de ambas as partes.

Questões para reflexão: 
Esse caso suscita alguns pontos do campo sociológico
que merecem ser discutidos:
  1. O
    detento pode se ressocializar? Quais as condições para isso?
  2. Qual
    o papel do trabalho nesse processo?
  3. A
    pena de detenção do infrator é importante? Por que?
  4. O
    perdão é necessário? Por que?
  5. Esse
    tipo de programa pode reduzir a reincidência? 
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Cristiano Bodart

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Centro de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Pesquisador do tema "ensino de Sociologia". Autor de livros e artigos científicos.

2 Comments

  1. A banalização do querealmente é senso comum, tende a englobar certas atitudes nos moldes de uma sociedade injusta e desprovida dos cuidados individuais. Na verdade, temos que separar o que beneficia a sociedade em geral e o que beneficia apenas uma minoria. Não devemos obter problemas sociais como algo banal e irredutível, a cultura,ética e moralidade, partem do principio em que o individuo se reconhece como parte da sociedade e pensa contribuir de forma harmoniosa para tal. Mas hábitos impostos, os desvinculam da realidade. O motor da sociedade cria paradigmas respeitados, rejeitados, aceitos e não aceitos. Vale apena relutar para ver no que vai dár.

  2. Não devemos fazer essa exclusão social pois para sermos cidadãos éticos não devemos ser preconceituosos só porque a pessoa e de outra cor ou de classe social diferente ou e pobre ou rica devemos respeita as pessoas do jeito que ela e!!!

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