A liberdade individual é um conceito fundamental da filosofia e da teoria política, que se refere à autonomia e ao autodeterminação de cada indivíduo. É a capacidade de agir de acordo com suas próprias vontades e escolhas, sem ser impedido ou coagido por outras pessoas ou pelo Estado.
A liberdade individual é considerada um direito fundamental e é protegida por diversos tratados internacionais e constituições. Ela é um dos pilares da democracia e da sociedade liberal, e é vista como fundamental para o desenvolvimento da personalidade e da cidadania de cada indivíduo.
A liberdade individual inclui vários aspectos, como a liberdade de expressão, de consciência, de religião, de associação e de reunião. Ela também inclui o direito de cada indivíduo de tomar suas próprias decisões e de agir de acordo com suas próprias crenças e valores, desde que essas ações não prejudiquem os direitos e a segurança de outras pessoas.
A liberdade individual, no entanto, nem sempre é absoluta e pode ser limitada pelo Estado ou pela lei em casos em que as ações de um indivíduo prejudiquem a segurança ou os direitos de outros. Por exemplo, o Estado pode restringir a liberdade de expressão em casos em que essa expressão incite à violência ou à discriminação.
Alguns filósofos, como John Stuart Mill, defendem que a liberdade individual é fundamental para o progresso e o desenvolvimento humano, e que o Estado deve garantir o máximo de liberdade possível para os indivíduos, desde que essa liberdade não prejudique a segurança e os direitos de outras pessoas. Outros filósofos, como Jean-Jacques Rousseau, defendem que a liberdade individual deve ser limitada em favor da coesão e do bem-estar da sociedade.
Em resumo, a liberdade individual é a autonomia e o autodeterminação de cada indivíduo, e inclui vários aspectos, como a liberdade de expressão, de consciência, de religião, de associação e de reunião. Ela é protegida por diversos tratados internacionais e constituições e é um dos pilares da democracia e da sociedade liberal. No entanto, a liberdade individual nem sempre é absoluta e pode ser limitada pelo Estado ou pela lei em casos em que as ações de um indivíduo prejudiquem a segurança ou os direitos de outros.
A descoberta da existência da “lei da gravidade” parecia, a princípio, que estava-se dizendo que o homem não poderia voar e que estaria fadado a permanecer no solo. Passado algum tempo, o homem venceu a gravidade e alçou voos altos e duradouros, tendendo a ter o avião, se já não é, como o meio de transporte mais usado em grandes distâncias.
Nas Ciências Sociais…
Com o surgimento e desenvolvimento da Sociologia descobriu-se uma lei social: a de que somos frutos da sociedade a qual vivemos. Inicialmente acreditava-se em algo do tipo “filho de peixe, peixinho é” ou ainda, “uma fruta não cai longe da sua árvore”, “filho de pobre, pobre será” e outros pensamentos deterministas. Em outras palavras, o indivíduo era visto como produto do meio a qual está inserido, portanto, será semelhante aos indivíduos de seu meio, sobretudo nas condições socioeconômicas.
Passado alguns anos, tem-se a ideia de que o raciocínio do peixe ou da fruta não cabe dentro do saber das Ciências Humanas, sobretudo da Sociologia, o que não significa dizer que a “lei social” de que o indivíduo é fruto da sociedade a qual está inserido foi invalidada, da mesma forma que o avião não invalidou a lei da gravidade. É consenso hoje na Sociologia, que a lei social é uma regra e que existem, como toda regra, exceções, e estas são muitas e variadas.
Remar contra a maré…
Em outros termos, você e eu estamos sujeitos, com grande possibilidade, de sermos uma reprodução do que são nossos pais e grupo social, especialmente nas condições socioeconômicas. O jovem que nasce na favela tende a continuar residindo nela até o fim de seus dias. O filho de um empresário bem-sucedido tem diversas disposições sociais favoráveis a seu futuro econômico.
A estrutura social a qual estamos inseridos nos fornece as mesmas oportunidades dadas aos nossos pares, assim como também nos priva das mesmas oportunidades. Há em nosso entorno uma estrutura social que nos conduz a sermos moldados e limitados por ela. O jovem que estuda em boa escola tende a ter uma condição social posterior melhor do que o indivíduo que não teve acesso a essa escola. Essa é a “lei social”.
Mas dizer que existe uma lei social que influencia a sermos uma reprodução dos nossos pares não quer dizer que seremos ou que estamos fadados a ser. No caso da vida social, uma “fruta” pode sim “cair longe do pé”. Assim como a gravidade não impede de voarmos. Podemos tomar trajetórias diferentes, embora exija esforço (grande para uns e menores para outros), como ocorre na tentativa de romper com a gravidade ou remar contra a maré. Não foi fácil voar e certamente não será fácil para muitos “cair longe da árvore”. Mas precisamos ser resistência!
Você pode mais do que imagina. Olhar ao redor e deixar a vida “te levar” – como diz uma canção brasileira – é tornar o futuro previsível; é abandonar a possibilidade de você ser uma exceção; é se contentar em “cair próximo da árvore”. Ainda que não tenha asas, você pode voar. Mesmo que suas condições materiais não sejam animadoras, você pode alçar voos mais promissores do que imagina. Certamente não dependerá apenas de “força de vontade”, mas sem ela a Lei social será, mais que uma regra, será absoluta sobre você.
Eu, particularmente, quero ao menos tentar. Quero ser resistência à maré! Quem sabe eu consiga voar…
Originalmente publicado em: https://www.portal27.com.br/eu-quero-ao-mesmo-tentar-voar/