O protagonismo estudantil na implementação da Lei 10639/2003: Africanizando as relações sociais na escola.

Cultura da África

Nesse post compartilhamos o projeto coordenado pela Profª Ms. Fabíola dos Santos Cerqueira, no qual foi abordado a temática “Cultura da África e dos Afro-Brasileiros”. Segue: 

O protagonismo estudantil na implementação da Lei 10639/2003: Africanizando as relações sociais na escola.

Coordenação: Profª Ms. Fabíola dos Santos Cerqueira

O Projeto “O protagonismo estudantil na implementação da Lei 10639/2003: Africanizando as relações sociais na escola” teve início a partir da necessidade de efetivação das Leis 10639/2003 e 11645/2008, as quais preveem a obrigatoriedade de inserção, nos currículos escolares da Educação Básica, do ensino da História e da Cultura da África e dos Afro-Brasileiros e Indígenas.

A motivação para as etapas do projeto se deu diante da invisibilidade, nas lojas de brinquedo, de bonecas negras. Daí nasceu a pergunta: Onde está o negro na sociedade brasileira? Essa pergunta era o título inicial do projeto.

A INTERDISCIPLINARIDADE

Conseguimos realizar algumas ações do projeto de forma interdisciplinar com o componente curricular Geografia, mais especificamente, com o Professor Alexandre de Holanda Nascimento, no noturno. Com ele pudemos experimentar aula em dupla de professores (Sociologia e Geografia), com o trabalho de pesquisa sobre os países africanos, conforme detalhamento mais adiante. Avaliamos que o aprendizado foi muito maior com essa possibilidade de parceria. Os estudantes apresentaram os trabalhos para nós dois e pudemos contribuir com informações adicionais, tanto no que se refere à Geografia quanto à Sociologia. A customização das bonecas também foi de forma interdisciplinar com esse professor, além da aula de campo na Comunidade Quilombola Monte Alegre, localizada em Cachoeiro de Itapemirim/ES. Durante o trajeto, ele e o coordenador Fabiano Boscaglia (também da área de Geografia), puderam contribuir com a formação acadêmica dos estudantes, evidenciando os aspectos geográficos da paisagem, como relevo, hidrografia, clima, vegetação, além, das questões ecológicas, visíveis através da seca do rio Itapemirim, da vegetação seca e do gado magro. A trilha na Floresta Natural de Pacotuba foi um momento marcante para a interdisciplinaridade, apesar de termos presentes apenas geógrafos e sociólogos, além do guia, formado em Turismo, pois a flora e a fauna, a relação do homem com aquele espaço e a reflexão sobre o meio ambiente estiveram presentes o tempo todo.

O livro “Insurreição do Queimado em poesia e cordel”, de Teodorico Boa Morte, foi trabalhado pela professora Luciana Marques, de Língua Portuguesa, em duas turmas do 2º ano do Vespertino. Os estudantes puderam ler, analisar e escrever sobre a Insurreição do Queimado e, posteriormente, nas aulas de Sociologia, esses mesmos alunos, fizeram releitura de máscaras africanas e reflexões em torno das formas simbólicas de enforcamento do negro na sociedade contemporânea.

“Onde está o negro?” foi a primeira pergunta que fizemos à comunidade escolar da EEEFM Aristóbulo Barbosa Leão. Nos assustamos com as respostas. Por isso as problematizamos na sala de aula.

Após trabalharmos temas/conceitos/teorias como culturas, etnocentrismo, preconceito e discriminação, tivemos a oportunidade de desmistificar a África primitiva, com a participação, na primeira roda de conversa, de Nicodemos Ndjungu. Ele nos apresentou a África como ela é. Desconstruiu os estigmas que permeiam o continente e seu povo. Nos trouxe as maravilhas de Angola e sua luta pela democracia. Nos trouxe as contradições socioeconômicas. Nos trouxe os desafios de pensar o outro a partir de sua história e de sua cultura.

Depois, ainda tivemos a oportunidade de conhecer a África do Sul a partir do olhar de três jovens que viveram a cultura por três meses através do intercâmbio. … Narrativas sobre a África do Sul.

Conhecer as religiões de matriz africana e assim desconstruir preconceitos foi também uma ação importante do Projeto. Para tanto contamos com a Professora Indiomara Sant´Anna, da Rede Municipal de Vitória.

E a beleza negra também foi colocada em debate. Liberdade aos cachos. Chega da ditadura do cabelo liso.

“Meu cabelo não é ruim. Ruim é o seu Preconceito”

Além das Rodas de Conversa, fizemos várias pesquisas, dentre elas, uma que nos desvelou os países africanos, com seus indicadores sociais, políticos e econômicos, suas culturas, suas histórias, em parceria com o componente curricular Geografia (Noturno).

A customização das bonecas negras foi outra ação desenvolvida no projeto. Ganhamos 27 bonecas negras de amigas e conseguimos comprar com verba do Prêmio Boas Práticas do Professor 2014 e do PIBID Ciências Sociais UFES, outras 23. Utilizando tecidos coloridos e muita criatividade, transformamos as bonecas em verdadeiras obras de arte. Trabalhamos além da beleza negra, questões de gênero, paternidade responsável, identidade…

Pesquisamos as personalidades negras esquecidas pela História. Muitas delas foram homenageadas dando nome às bonecas customizadas, como Luiza Mahin, Dandara, Carolina Maria de Jesus, Teresa de Benguela, dentre outras. Houve pesquisa da biografia e apresentação para a turma.

Outro momento marcante do Projeto foi a aula de campo na Comunidade Quilombola Monte Alegre, localizada em Cachoeiro do Itapemirim, sul do Espírito Santo. Além de aprendermos sobre a organização social, política, cultural e econômica do quilombo, apreciar a culinária e a dança do Caxambu, tivemos oportunidade de fazer uma trilha na Floresta Natural de Pacotuba.

Tivemos ainda a oportunidade de trabalhar a História da Insurreição do Queimado, através da obra de Teodorico Boa Morte, “Insurreição do Queimado em Poesia e Cordel”. Nas aulas de Língua Portuguesa, estudantes do 2º ano fizeram leitura, análise e produção textual a partir do livro.

Pensa que acabou? Que nada! Ainda fizemos a releitura das máscaras africanas. Aprendemos o significado das máscaras e caprichamos na releitura. As máscaras africanas não atraem o mal. Elas nos afastam do mal e são usadas em vários rituais religiosos.

As pedras no caminho….

Deixamos de realizar algumas atividades em virtude da impossibilidade de usarmos os recursos do Prêmio Boas Práticas do Professor, recebidos em 2014, por questões burocráticas, como por exemplo a ida ao Sesc Glória para apreciar o espetáculo “Chico Prego”, aula de campo no Centro Histórico da Serra Sede e a recepção de oficinas da Escola de Samba Novo Império.

Mas ainda temos fôlego para mais atividades pedagógicas. Estamos em fase de elaboração de uma pesquisa sociológica sobre a percepção do racismo da comunidade escolar da EEEFM Aristóbulo Barbosa Leão. Com questionário em mãos, os estudantes fizeram entrevistas aos diferentes sujeitos que compõem a comunidade escolar, além de tabular e analisar os dados, os quais foram trabalhados em sala de aula e nos surpreenderam, pois há quem não acreditasse que o racismo vive sorrateiramente entre nós.

A seguir temos o exemplo de dois gráficos que conseguimos montar, em parceria com os estudantes, a partir dos resultados das pesquisas feitas pelos primeiros anos. Foram 370 pessoas entrevistadas entre professores(as), alunos(as) e funcionários(as) da escola.

 

 

 

 

 

 

 

Quem são e onde estão os(as) racistas? Essa é uma das questões que estamos nos propondo a responder através do estudo de conceitos/teorias, com base no Capítulo 17 (Onde você esconde seu racismo?), do livro “Sociologia para Jovens do Século XXI” (COSTA e OLIVEIRA, 2013).

Após a realização da I Mostra Sociológica, realizada em 20 de novembro de 2015, doamos 31 bonecas, sendo 06 (seis) para a EEEF Virgínio Pereira, localizada em Nova Almeida (Serra/ES), 03 (três) para estudantes da própria escola, 12 (doze) para as crianças e adolescentes da Casa Lar Batista Jacaraípe

03 (três) ficaram para o acervo do PIBID Ciências Sociais/UFES e as restantes na escola para que possamos realizar novamente o projeto.

06 serão presenteadas aos vencedores do I Concurso Sociológico “Bonecas negras: africanizando as identidades e construindo novos padrões de beleza”, em 02 de agosto de 2016.

A partir deste projeto a estudante Anna Kelly Marinho decidiu fazer suas criações em modelos negras, pois, segundo ela “estava já cansada de ver belas roupas em modelos brancas. Até eu mesma as desenhava como brancas e hoje percebo que posso criar minhas roupas e valorizar o meu estilo, a minha identidade negra”.

A partir deste projeto a estudante Anna Kelly Marinho decidiu fazer suas criações em modelos negras, pois, segundo ela “estava já cansada de ver belas roupas em modelos brancas. Até eu mesma as desenhava como brancas e hoje percebo que posso criar minhas roupas e valorizar o meu estilo, a minha identidade negra”.

PESQUISA SOCIOLÓGICA – OBSERVAÇÃO

No dia 17 de dezembro de 2015, fizemos uma atividade de observação num Shopping Center da Grande Vitória, a qual consistiu na exposição de algumas bonecas negras e telas com releitura de máscaras africanas, no Shopping MontSerrat, em Laranjeiras (Serra/ES). Utilizamos a exposição para observar e registrar as reações das pessoas ao se depararem com o material exposto.

Conforme já mencionado, o objetivo era identificar o impacto das bonecas negras customizadas nas pessoas (crianças e adultos). Segue texto e posteriormente, as fotos.

AFRICANIZANDO… ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE AS BONECAS NEGRAS

Iniciamos o trabalho de doação de bonecas em uma escola da rede estadual do município da Serra, que atende crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental (EEEF VIRGINIO PEREIRA), no dia 11 de dezembro de 2015. A expectativa era de que as bonecas negras customizadas fizessem muito sucesso, no entanto, isso não ocorreu. Tivemos a ideia de fazermos um sorteio e, tanto meninas quanto meninos, desviavam o olhar das bonecas. O meninos levaram as bonecas para casa, dizendo que presenteariam suas irmãs. Mas o olhar de decepção ao ver o “prêmio” era notório. Percebemos que a necessidade de trabalhar a identidade naquela unidade de ensino é urgente. Por isso deixamos lá material para que em 2016 os profissionais possam trabalhar e também nos colocamos à disposição para trabalharmos juntos.

Na manhã do dia seguinte, num sábado ensolarado, lá fomos nós para Jacaraípe, fazer a doação num lar social (Lar Batista Jacaraípe). A mãe social nos recebeu e já nos antecipamos afirmando que sabíamos que as meninas poderiam rejeitar as bonecas e que isso não seria um problema para nós, tendo em vista o vivido no dia anterior. A mulher nos disse que lá eles já tinham enfrentado o problema de racismo e que hoje a luta é para que as meninas assumam a identidade, o que, segundo ela, começaria com a aceitação do cabelo natural. A aluna que nos acompanhou nessa atividade usa seu cabelo natural, é linda com seu black power e fez sucesso com as jovens. A receptividade com as bonecas foi surpreendente, apesar de termos observado que as meninas só tinham bonecas brancas em seus quartos. Todas pegaram a boneca e algumas (as mais novinhas) chegaram a encostar o braço da boneca em seus braços e afirmar: “a cor dela é igual a minha”. Ficaram encantadas com os cabelos, com os turbantes e com a cor das bonecas. Foi muito emocionante! E saímos de lá com o compromisso de voltar para dialogar sobre identidade e estética. No Lar Batista de Laranjeiras, apenas deixamos as dez bonecas com a mãe social, pois no dia da entrega, as crianças não estavam presentes.

No dia 17 de dezembro de 2015 vivenciamos a experiência de expor as bonecas negras e as telas com a releitura das máscaras africanas no Shopping MontSerrat (Laranjeiras, Serra/ES). Foi mais um dia de intensas emoções e de muito aprendizado. Ficamos localizadas na entrada do shopping. Muitas pessoas passavam e desviavam o olhar. Nem se aproximavam para ver do que se tratava. Outras paravam e liam o que estava escrito no banner e também desviavam o olhar. Muitas crianças puxando os braços das mães para chegar mais perto, mas as mães não deixavam. Houve inclusive uma mulher que se aproximou e disse: “Isso é racismo. Só existe por causa dos pretos”. Era uma senhora de meia idade, branca, que não quis diálogo, mas não se recusou a levar nosso folheto explicando do que se tratava o projeto. Muitos se aproximaram, olharam e saíram sem esboçar nenhuma palavra. Alguns não quiseram assinar o livro de registro de presença. Crianças que se aproximavam e rejeitavam as bonecas com o olhar e, inclusive, verbalmente: “Nossa! Isso é uma barbie? Que feia! Aliás, aqui só tem boneca feia!”. Neste caso a mãe, muito constrangida, tentava convencer a menina de que a boneca não era feia, mas as tentativas foram em vão. A menina tinha 6 anos. Mais quatro casos como esse ocorreram e as meninas só aceitaram pegar na boneca “que falava” e depois, aos poucos, foram pegando nas outras, aceitaram ser fotografadas, mas deixaram claro que não queriam aquelas bonecas. Meninas com idade entre 4 e 7 anos. A menina maior diz que as bonecas são “bonitinhas” mas que “não gostaria de ganhar nenhuma delas”.

Um caso que chamou atenção foi a de uma menina de 3 anos que encantou-se com as bonecas. Quis abraçar e perguntou se teria que devolver. Abraça, beija, diverte-se com a boneca e diz que tem em casa bonecas “branquinhas e pretinhas”. Uma mulher aproximou-se e disse que a sobrinha sempre teve boneca negra, mas depois que entrou na escola (educação infantil), tem resistido e só quer as bonecas brancas.

Uma avó negra com a neta branca aproximou-se e contou que sua filha é branca e que sempre sofreu preconceito de pessoas que achavam que ela não podia ser mãe da menina branca e sim a babá. E que o mesmo acontece hoje com a neta que é bem mais clara que ela. Ela pede para tirar fotos da menina com as boencas.

Uma senhora, ao ver uma boneca toda vestida de branco riu e disse: “Ela é preta mas está toda vestidinha de branco, né?”. Acredito que ela viu ali um contraste. Mas os estudantes queriam fazer uma baiana. Foi tudo rápido, ela falava rápido demais e afastou-se logo, o que nos impediu de investigar ou de compreender o que se passava em sua cabeça. As pessoas afirmavam já ter visto bonecas negras de pano, mas que como as nossas, não. Mostramos como era o modelo das bonecas e como foi feito o processo de customização pelos adolescentes.

As lojas de brinquedo afirmam que não há muitas bonecas à venda porque não há procura, mas esse discurso não nos convence mais. Durante todo o dia em que estivemos no shopping muitas pessoas perguntaram se as bonecas estavam à venda e diziam que se estivessem, comprariam.

Nem tudo foi preconceito. O melhor estar por vir nesse relato. Muita identificação. Muita emoção nos olhares e nas frases: “Parece comigo”, “Igual a minha filha”, “Nossa, sou eu. Posso tirar uma foto?”, “Preciso fotografar para mostrar para a minha filha”, “São lindas”, “Estão à venda?”. Felizmente a maioria das pessoas que por nós passaram nos parabenizavam pelo trabalho e nos alertavam da importância dessa discussão na escola, desde a educação infantil.

A aplicação das Leis 10639/2003 e Lei 11645/2008, as quais tornam obrigatório o ensino de História e Cultura da Africa e dos Afro-brasileiros e Indígenas na Educação Básica é urgente e um grande desafio. Há muito ainda no que avançar. Em 2016 daremos sequencia à pesquisa sociológica sobre racismo. Educar para transformar, pois:

“Se a educação não transforma sozinha a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, não temos outro caminho senão viver plenamente a nossa opção. Encarná-la, diminuindo assim a distância entre o que dizemos e o que fazemos”. (Paulo Freire)

Paulo Freire disse, em Pedagogia da Autonomia, que somos seres inacabados e, como tal, aprendemos e reaprendemos a cada dia, uns com os outros. Logo, avaliar nossas ações, torna-se fundamental, a fim de melhorarmos. Esse projeto foi avaliado pelos estudantes das três séries do Ensino Médio, da EEEFM Aristóbulo Barbosa Leão, dos turnos em que o mesmo foi realizado. Utilizamos a facilidade da tecnologia para essa avaliação, usando o laboratório de informática e os celulares dos estudantes. Criamos um formulário utilizando o drive (google).

SEMPRE QUIS FALAR…

O projeto em geral, foi muito bom, pois mostrou melhor como é realmente a África, de verdade, e não aquela que conhecemos por meio de filmes, e o projeto também nós ensinou a valorizar a beleza negra (Jovem, 3º ano).

Acho um projeto rico em conhecimentos e desmistifica os tabus e as criticas generalizadas impostas pela sociedades atual, acho que por partes e um grande projetos e tem o meu apoio (Jovem, 3º ano).

O projeto começou com uma proposta muito interessante, mas com o passar do tempo a mesma acabou por ser cômoda a muitos alunos que não a levaram a sério (Jovem, 3º ano)

[…] a participação das turmas foi incrível e é uma boa forma de aprendermos mais sobre outras culturas (Jovem, 2º ano)

Foi uma ótima iniciativa da professora desenvolver o projeto “Africanizando”, porém se tornou repetitivo e monótono o tema, pois foi debatido um ano inteiro. Vale ressaltar que os terceiros anos deveriam ter tido outros assuntos abordados em sala, tendo em vista que estão se preparando para o ENEM e vestibular e Sociologia é uma matéria essencial nestas provas […]. (Jovem, 3º ano)

Poderia ter sido de forma mais abrangente (Jovem, 3º ano).

[…] quebras as barreiras de preconceito e valoriza os traços africanos na cultura afro-brasileira (Jovem, 3º ano).

A utilização do formulário do drive (google) foi exitosa e nesse início de ano letivo criamos a Ficha de Identificação Estudantil, a fim de identificar, dentre outros assuntos, a percepção de racismo dentre os estudantes do turno vespertino. Os resultados não nos surpreenderam, pois coincidiram com os já apresentados no ano letivo de 2015 com parte significativa da comunidade escolar.

Importante ressaltar que nas diferentes etapas do projeto pudemos contar com a tecnologia a nosso favor, principalmente, o celular. Registrando fotos e vídeos, principalmente. O desejo em demonstrar para os colegas suas descobertas sobre as personalidades negras gerou power points bem interessantes.

Outro destaque é o fato de que a partir deste projeto, pudemos desenvolver as rodas de conversa “Onde você esconde seu racismo?”, problematizando o tema com a utilização das caixas e das bonecas customizadas, com estudantes de escolas públicas e privadas da Grande Vitória.

 

AGRADECIMENTO A TODOS/AS OS/AS ESTUDANTES, PROFESSORES/AS E FUNCIONÁRIOS/AS DA EEEFM ARISTÓBULO BARBOSA LEÃO, AOS PARCEIROS (NICODEMOS NDJUNGU, INDIOMARA SANT´ANNA, ESTHER DAZILIO, INSTITUTO BELEZA NATURAL, MARTHA CONCEIÇÃO, SANDRA FERNANDES, LILIANE RODRIGUES) E À COMUNIDADE QUILOMBOLA MONTE ALEGRE POR NOS AJUDAREM NA ÁRDUA TAREFA DE INICIAR A EFETIVAÇÃO DAS LEIS 10639/2003 E 11645/2008 NA ESCOLA.

“A cada novo 20 de novembro, Zumbi se espraia, amplia o seu território na consciência nacional, empurra para os subterrâneos da história seus algozes, que foram travestidos de heróis” (Sueli Carneiro)

Maiores informações: cerqueira.fabiola@gmail.com

Profª Fabíola dos Santos Cerqueira

 

 

Baixar AQUI o projeto com todas os registros fotográficos.

Cristiano Bodart

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Centro de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Pesquisador do tema "ensino de Sociologia". Autor de livros e artigos científicos.

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