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  • XII Simpósio Internacional IHU

    O XII Simpósio Internacional IHU – A experiência missioneira: território, cultura e identidade promovido pela Unisinos, Instituto Humanitas da Unisinos – IHU, Pós-Graduação em História, Colégio Anchieta (Porto Alegre) e Instituto Anchietano de Pesquisas (IAP), ocorrerá entre os dias 25 e 28 de outubro de 2010, na Unisinos, em São Leopoldo-RS.

    Objetivo
    A proposta do Simpósio é refletir sobre a experiência missioneira jesuítica, nos 400 anos de fundação das primeiras reduções da Província da Companhia de Jesus do Paraguai, numa perspectiva multidisciplinar.

    Áreas de conhecimento envolvidas no evento
    História, Arquitetura, Arqueologia, Antropologia, Filosofia, Direito, Teologia e áreas afins.

    Conferencistas
    O Simpósio reunirá referências nacionais e internacionais, sendo que já tem confirmada a participação de importantes pesquisadores do tema como: Dr. Fernando Torres Londoño (PUCSP), Dr. Ernesto Maeder (CONICET/Argentina), Bartomeu Melià (CEPAG/Paraguai), Dra. Ana Luísa Janeira (UL/Portugal), Dr. Guillermo Wilde (UNSAM/Argentina), MS Ramón Gutiérrez (UNESCO/Argentina), Paula Montero (USP/CEBRAP), Cristina Pompa (USP/CEBRAP), Dr. Adone Agnolin (USP), Ana Meira (IPHAN/RS), e Graciela Chamorro (UFGD/MS).

    Conteúdo
    Debate a respeito da questão da territorialidade, cultura e identidade missioneira buscando identificar impactos em dimensões sociais, filosóficas, teológicas e antropológicas, entre outras.

    Para conhecer a programação completa, acesse:

    www.ihu.unisinos.br

    Inscrições

    As inscrições estão abertas, com valor especial de R$ 160,00 (profissionais) e de R$ 80,00 (estudantes em geral) até 26 de setembro. Após essa data, os valores ficarão entre R$ 200,00 e R$ 100,00, respectivamente. Vagas limitadas.

  • Sabe com quem está falando? Status social e relações de poder

    Sabe com quem está falando? Status social e relações de poder

    O fenômeno do “Você sabe com quem está falando?” é um exemplo interessante da dinâmica social que ocorre em situações de poder e autoridade. Essa frase é usada quando alguém acredita ter uma posição superior a outra pessoa e usa essa posição para impor sua vontade ou exigir tratamento especial.

    Para entender melhor essa dinâmica, podemos recorrer a algumas reflexões de intelectuais da área da antropologia. O primeiro autor a ser citado é Pierre Bourdieu, que desenvolveu o conceito de “capital simbólico”. De acordo com Bourdieu, esse tipo de capital é adquirido por pessoas que têm uma posição de poder na sociedade e é baseado em atributos como educação, prestígio, conhecimento, entre outros (BOURDIEU, 1986). Quando alguém usa a frase “Você sabe com quem está falando?”, está buscando afirmar sua posição de poder e, portanto, reforçar seu capital simbólico.

    Outro autor relevante para discutir o tema é Michel Foucault. Em sua obra “Vigiar e Punir”, Foucault argumenta que a sociedade moderna é marcada por um sistema disciplinar que funciona através do controle das relações de poder. Segundo Foucault, essa disciplina é exercida não só pelas instituições de poder (como o Estado), mas também pelas próprias pessoas, que reproduzem em seu cotidiano as relações de poder presentes na sociedade (FOUCAULT, 1999). Dessa forma, o uso da frase “Você sabe com quem está falando?” pode ser visto como uma reprodução dessas relações de poder, em que uma pessoa busca impor sua vontade a partir de sua posição privilegiada.

    Finalmente, podemos mencionar Erving Goffman, que em sua obra “A Representação do Eu na Vida Cotidiana” discute a importância da interação social na construção das identidades das pessoas. Segundo Goffman, as pessoas estão constantemente envolvidas em processos de representação de si mesmas, em que tentam passar uma imagem específica para os outros (GOFFMAN, 2012). Quando alguém usa a frase “Você sabe com quem está falando?”, está buscando representar a si mesmo como uma pessoa poderosa e influente, reforçando assim sua identidade social.

    Em síntese, o uso da frase “Você sabe com quem está falando?” é um exemplo da dinâmica social presente em situações de poder e autoridade. A partir das reflexões de autores como Bourdieu, Foucault e Goffman, podemos entender melhor como essa dinâmica funciona e quais são seus efeitos na sociedade.

    Referências:

    BOURDIEU, P. Distinction: A Social Critique of the Judgment of Taste. Cambridge: Harvard University Press, 1986.

    FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1999.

    GOFFMAN, E. A Representação do Eu na Vida Cotidiana. Petrópolis: Vozes, 2012.

     

    Sugestao de texto

    A sugestão é:
    Após trabalhar a temática “status sociais” é possível aprofundar a questão mostrando a peculiaridade do Brasil em usar uma frase (Você sabe com quem está falando?) para se impor por meio de seu status social. Trata-se de relações conflituosas, a qual pode ser exemplificada com um estudo de caso (que indico abaixo).
    Segue abaixo…

    Nome do artigo: “VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?” ESTUDO SOBRE HIERARQUIA E PODER
    Ricardo Franklin Ferreira e Mário Kitsuwa

    Resumo

    A mídia noticiou uma decisão judicial obrigando funcionários da portaria de um condomínio a tratar por ‘doutor’ ou ‘senhor’ um juiz que lá residia. Baseado nesse caso, o presente artigo analisa como se dá o exercício de poder numa sociedade hierarquizada, como a brasileira. A partir de pesquisa documental, foram coletados alguns documentos expedidos pelo condômino-juiz, como a petição e a apelação, bem como decisões expedidas pelo Poder Judiciário. Os resultados indicaram que todos os envolvidos fizeram uso de estratégias, buscando satisfazer a seus interesses, sugerindo que o poder não é privilégio exclusivo de
    alguma categoria social, mas um recurso distribuído em toda a sociedade. Constatou-se, ainda, a predominância de uma lógica hierárquica em todos os discursos. Múltiplos fatores parecem contribuir para a manutenção desse modo de pensar, trazendo assim implicações para a construção da democracia.

    Palavras-chave: poder; hierarquia; relações de dominação; Psicologia Social.

    Para ter acesso ao artigo completo basta acessar https://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/viewFile/938/1089

  • Noite Filosófica

    Noite Filosófica

    A noite filosófica foi um sucesso!
    As apresentações foram ótimas.
    Abaixo algumas fotos do evento:

    

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    aaaaa
    

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    Slogan do projeto “7ª Noite Filosófica”

    

  • Música sobre Violência

    violência é uma das principais problemáticas da maioria das sociedades modernas. Ela se configura de múltiplas formas expressões e além de se diversificar, tem crescido, especialmente em países como o Brasil.

    Algumas formas de violência são naturalizadas e até invisibilizadas, outras são consideradas necessárias ou legítimas. Até bem pouco tempo atrás o Brasil não considerava violência as agressões perpetradas contra crianças e mulheres.

    Devemos observar diferenças conceituais sobre esse assunto. Violência e sensação de violência.  Não devemos confundir violência com sensação de violência, esta por sua vez está associada à noção de risco e segurança debatido na obra de Giddens “As consequências da modernidade”. A sensação de violência é quase sempre maior que a violência em alguns momentos para que seja tirado proveito financeiro do percurso risco-segurança.

     

    Uma sugestão de música para trabalhar com a temática violência é “Violência”. Segue abaixo:

    Violência  – Titãs
    Composição: Sérgio Britto / Charles Gavin

    O movimento começou, o lixo fede nas calçadas.

    Todo mundo circulando, as avenidas congestionadas.
    O dia terminou, a violência continua.
    Todo mundo provocando todo mundo nas ruas.
    A violência está em todo lugar.
    Não é por causa do álcool,
    Nem é por causa das drogas.
    A violência é nossa vizinha,
    Não é só por culpa sua,
    Nem é só por culpa minha.

    Clique aqui para acessar a letra na íntegra

  • Pérolas do ENEM

    Pérolas do ENEM 2009:

    ‘O sero mano tem uma missão…’
    (A minha, por exemplo, é ter que ler isso!)



    ‘O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas. .’
    (Levei uns minutos para identificar o El Niño…)

    ‘O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio!’
    (Eu não sabia que a camada tinha esse nome bonito)

    ‘A situação tende a piorar: o madereiros da Amazônia destroem a Mata Atlântica da região.’
    (E além de tudo, viajam pra caramba, hein?)

    Não preserve apenas o meio ambiente e sim todo ele.’
    (Faz sentido)

    ‘O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes’
    (Achei que fosse a pesca dos pássaros.)

    ‘É um problema de muita gravidez.’
    (Com certeza…se seu pai usasse camisinha, não leríamos isso!)

    ‘A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO.’
    (Sem comentário)

    ‘Já está muito de difíciu de achar os pandas na Amazônia’
    (Que pena. Também ursos e elefantes sumiram de lá)

    ‘A natureza brasileira tem 500 anos e já esta quase se acabando’
    (Foi trazida nas caravelas, certo ?)

    ‘O cerumano no mesmo tempo que constrói, também destroi, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos.’
    (Não conte comigo)

    ‘Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom beneficácio para o Brasil’
    (Vamos trocar as fumaças pelas moto-serras)

    …. menos desmatamentos, mais florestas arborizadas. ‘
    (Concordo! De florestas não arborizadas, basta o Saara!)

    ‘Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia.’
    (Meu Deus…… Haja pára-raio!)

    ‘Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado.’
    (Quem teria sido o fabricante? Compaq ? Apple? IBM?)

    ‘Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu , o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira..’
    (Caraca! Ainda bem que temos aquela faixinha onde está escrito ‘Ordem e Progresso’ para amarrar na testa..)

    ‘…. são formados pelas bacias esferográficas. ‘
    (Imaginem as bacias da BIC.)

    ‘Eu concordo em gênero e número igual.’
    (Eu discordo!)

    ‘Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio…’
    (Putz, que droga é essa?)

    ‘O serigueiro tira borracha das árvores, mas não nunca derrubam as seringas.
    (Esse deve ter tomado uma na veia)

    ‘Vamos deixar de sermos egoistas e pensarmos um pouco mais em nos mesmos.’
    (Que maravilha!)

    ‘As chuvas foram fortes, mas não tivemos danos morais’
    ((Palavra de algum vereador de astorga (quem seria processado? São Pedro?))

  • Segundo tratado sobre governo

    Por Cristiano Bodart

    No capítulo VII (Sociedade Política ou Civil) John Locke aponta como teria surgido a sociedade política ou civil. Para ele está tem suas origens na famíla. Para fundamentar seu argumento, Locke se utiliza de narrativas bíblicas, afirmando que Deus teria criado o homem com forte inclinação para se unir à outros, inicialmente à mulher, ampliando para a família e posteriormente a sociedade política. Assim como os filhos devem obdiências ao seu pai, aqueles que se integram em uma sociedade civil se submetem as leis que são construídas em conjunto, assim como aceitam as sanções impostas, tendo como finalidade proteger a propriedade privada de cada indivíduo.

    No capítulo VIII (Do Começo da Sociedades Políticas) Locke afirma que os homem, por natureza, são livres, iguais e independentes, possuindo direito a propriedade privada. Para Locke, os indivíduos são podem ser obrigados a aceitarem qualquer governo, e este deve ser por seu consentimento. Locke afirma que o governo só tem júris prudência sobre a região onde a sociedade alí existente aceitar seu governo.

    Já o capítulo IX (Dos Fins Da Sociedade Política e Do Governo), Locke aponta que o principal objetivo da união dos indivíduos formando uma sociedade da instituição de um governo e a criação de leis é possibilitar a preservação da propriedade privada.

    No décimo capítulo (Das Formas De Uma Comunidade) Locke apresenta vários tipos possíveis de comunidades. São eles: i) a democracia, que se dá quando todo o poder pertence a comunidade e esta exerce o poder de criar leis por meio de seus funcionários escolhidos de tempo em tempo; ii) a oligarquia, que se manifesta pelo governo de um grupo escolhidos de homens, de seus herdeiros e sucessores; iii) a monarquia, que naterializa-se pela concentração de poder nas mãos de um único homem. Afirma ainda que a sociedade pode ter formas de governo composta ou mista.

    No capítulo XI (Da Extensão do Poder Legislativo), argumenta que o objetivo primordial do homem em formar uma sociedade está na necessidade de desfrutar da sua propriedade em paz e com segurança. Para isso é criado o Poder Legislativo tendo a função fazer justiça e decidir pelos direitos de seus cidadãos.

    No décimo segundo capítulo, Dos Poderes Legislativo, Executivo e Federativo da Comunidade, Locke busca apontar a função dos poderes. Para ele, o legislativo tem a função de criar leis, o Executivo de executar tais leis elaborada pelo legislativo, e o Federativo teria o poder de decidir a paz e a guerra entre outras sociedades.

    Locke, no capítulo XIII (Da Subordinação Dos Poderes da Comunidade), afirma que para a comunidade para manter sua preservação é necessário que exista um poder legislador que seja capaz de criar leis e um poder Executivo para executa-lás, sendo o Legislativo superior ao poder Executivo.

    No décimo quarto capítulo (Da Prerrogativa) Locke afirma que a natureza da prerrogativa é o poder de agir em prol do bem público e, com frequência sem a prescrição da lei. Para Locke, cabe o poder Executivo interpretar a lei para que não haja injustiça e inocentes venha a ser prejudicados.

    REFERÊNCIA:
    LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. In: Os pensadores. Trad. Anoar Aiex e E. Jacy Monteiro. 2º Ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978. Cap. VII – XIV. pp. 64-101.

  • O Leviatã – Thomas Hobbes

    O Leviatã – Thomas Hobbes

    Thomas Hobbes “O homem é o lobo do homem: O homem é o lobo do homem”

    Por Cristiano Bodart
    Hobbes parte da ideia do “homem natural” e este por natureza é a condição em que se encontram os homens fora de uma comunidade política ou da sociedade. Nesse estado os homens disputam todas as coisas por direito natural e absoluto. O homem, em sua natureza, defende Hobbes, possuem “direitos de natureza”, que trata-se do direito à sobrevivência. A partir desse direito, os homens unem-se a fim de preservar suas vidas, criando um contrato social. Para Hobbes, essa necessidade leva-os a produzirem um contrato para firmar a paz e a segurança:

     

    A única maneira de instituir um tal poder comum, capaz de os defender das invasões dos estrangeiros e das injúrias uns dos outros, garantindo-lhes assim uma segurança suficiente para que, mediante o seu próprio labor e graças aos frutos da terra, possam alimentar-se e viver satisfeitos, é conferir toda a sua força e poder a um homem, ou a uma assembléia de homens, que possa reduzir as suas diversas vontades, por pluralidade de votos, a uma só vontade. O que equivale a dizer: designar um homem ou uma assembléia de homens como representante das suas pessoas, considerando-se e reconhecendo-se cada um como autor de todos os atos que aquele que representa a sua pessoa praticar ou levar a praticar, em tudo o que disser respeito à paz e segurança comum; todos submetendo assim as suas vontades à vontade do representante, e as suas decisões à sua decisão (p. 130).

    A criação do Estado estaria ligada a essas necessidades. O objetivo deste Estado seria a segurança particular, a superação da lei de natureza ou da conjunção de uns poucos homens ou famílias, assim como de uma grande multidão, a não ser que dirigida por uma só opinião.

    hobbesPara Hobbes os súditos não têm o direito de renunciar ao pacto que confere esses poderes ao soberano. “É desta instituição do Estado que derivam todos os direitos e faculdades daquele ou daqueles a quem o poder soberano é conferido, mediante o consentimento do povo reunido” (131). Uma fez o pacto confirmado torna-se obrigado a assumir todos os atos do monarca, por absurdos que sejam, mesmo aqueles que contrariam os seus próprios interesses. Os súbditos não podem mudar a forma de governo, não pode haver transgressão do poder soberano, ninguém pode, sem injustiça, protestar contra a instituição do soberano apontado pela maioria, as soberanas ações não podem ser justamente acusadas pelo súbdito, em fim, nada que o soberano faz pode ser punido pelo súbdito.
    Hobbes define o Estado como:

    [..] uma pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usara força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum (p.131).

    Com relação aos Súditos, afirmou que “Aquele que é portador dessa pessoa chama-se soberano, e dele se diz que possui poder soberano. Todos os restantes são súbditos” (p.131).
    Para Hobbes, o Estado é a materialização dos desejos dos súditos, ou seja, seu autor. Por isso que o Estado não pode ser contestado, pois estaria havendo uma auto-contestação, “dado que cada súbdito é autor dos actos do seu soberano, cada um estaria castigando outrem pelos actos cometidos por si mesmo” (p.132). Para este autor o soberano é juiz do que é necessário para a paz e defesa dos seus súbditos, tendo o direito de fazer regras pelas quais todos os súbditos possam saber o que lhes pertence, e nenhum outro súbdito pode tirar-lhes sem injustiça. Também a ele pertence a autoridade judicial e a decisão das controvérsias E de fazer a guerra, e a paz, como lhe parecer melhor, E de escolher todos os conselheiros e ministros, tanto da paz como da guerra, E de recompensar e punir, e (quando nenhuma lei tenha determinado a sua medida) o de arbitrar, O poder soberano não é tão prejudicial como a sua falta, e o prejuízo deriva na sua maior parte de não haver pronta aceitação de um prejuízo menor.
    Para Hobbes existem três formas de Estado: monarquia, democracia e aristocracia.

    Hobbes ainda indica que nomes como tirania e oligarquia não se tratam de nomes de outras formas de governo, e sim das mesmas formas quando são detestadas pela sociedade.

    Quando o representante é um só homem, o governo chama-se uma monarquia. Quando é uma assembleia de todos os que se uniram, é uma democracia, ou governo popular. Quando é uma assembleia apenas de uma parte, chama-se-lhe uma aristocracia. Não pode haver outras espécies de governo, porque o poder soberano inteiro (que já mostrei ser indivisível) tem que pertencer a um ou mais homens, ou a todos (p.141).

    Quanto as leis civis, destaca Hobbes, que o Estado está acima destas. Para ele o Estado é o único legislador. Mesmo quando as leis não estão escritas e aparentemente tornaram-se leis devido ao tempo e ao costume, na verdade, são leis por que do consentimento do Estado.
    Em fim, Hobbes apresenta o o Estado como o elemento máximo, existente acima de tudo e todos para o a preservação do “direito de natureza”, ou seja, de sobrevivência.

    REFERÊNCIA:
    HOBBES, Thomas de Malmesbury, Leviatã. Os Pensadores. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997.

  • Tiririca lidera corrida para se eleger deputado federal por São Paulo

    Tiririca lidera corrida para se eleger deputado federal por São Paulo

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    Será que a Política é uma Palhaçada? Frente ao que temos visto, as vezes, parece que sim.

    “O humorista Francisco Everardo Oliveira, o Tiririca (PR), lidera as pesquisas semanais do Ibope para a vaga de deputado federal em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil.
    Com o resultado, o dono do jargão “pior que tá num fica, vote Tiririca” desbancou políticos tradicionais, como o favorito Márcio França, presidente do PSB em São Paulo, e Paulo Maluf (PP), ex-prefeito da capital” (noticias.R7).

    Isso seria fruto da ignorância da população?
    Seria a revolta dos descontentes com os políticos tradicionais?

    O problema não está em termos candidatos como o Tiririca, uma vez que vivemos em um país democrático. O problema estaria na falta de interesse pela coisa pública somado a obrigatoriedade do voto?
    Ficam estes questionamentos… o que acha?

  • Artigo: Capital Social: perversidades da prática do Orçamento Participativo

    Como postado anteriormente, entre os dias 21 a 24 de setembro estará acontecendo o Seminário Nacional de Ciências Política na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre/RS

    Terei a oortunidade de apresentar um artigo intitulado Capital Social: perversidades da prática do Orçamento Participativo, onde aponto, como sugere o título, as possíveis conseqüências do capital social sobre a prática do orçamento participativo.

    O artigo pode ser baixado em:

    https://www.4shared.com/document/CbWlEKlc/Perversidades_Capital_SociaL_B.html

  • Espaço virtual e comunicação: espaço de liberdade ou de libertinagem?

    Espaço virtual e comunicação: espaço de liberdade ou de libertinagem?

    O mundo virtual tem sido demasiadamente utilizado. Frente a tal tendência é comum observarmos em sites e blog (que incoerência) textos que criticam ferozmente tal comportamento social. Os argumentos são variados, predominando àquele que afirma ser o mundo virtual uma armadilha para a desumanização do homem, isso por falta do contato físico e do calor humano proporcionado por este.
    Buscando não entrar em questões de julgamento de valor (se é que isso é possível), gostaria apenas de levantar uma questão, no mínimo, curiosa.
    net
    O uso dos espaços virtuais de comunicação não estaria tornando possível a existência de um espaço onde o superego (o superego é formado a partir das identificações com os genitores, dos quais o indivíduo assimila as ordens e proibições, assumindo o papel de juiz e vigilante, formando uma espécie de auto-consciência moral) pode ser deixado de lado, onde o indivíduo pode se expressar sem a coerção social das normas e regras de condutas?
    Não seria esse “abandono do superego” um dos motivos de tantas traições via internet, assim como casos de assédio sexual, mentiras e falsas identidades?
    Longe de efetuar qualquer afirmativa, busco aqui registrar algumas inquietações.