Ótima Música para tratar da temática “Distância Social”.
DISTÂNCIA SOCIAL. É a medida das diferenças de posições sociais ou status (veja STATUS) entre indivíduos e grupos. Existe pouca ou nenhuma distância social entre pessoas com posição social semelhante ou idêntica e, ao contrário, a distância social revelar-se-á grande entre pessoas com posições sociais diferentes, tendendo a aumentar à medida que essas diferenças forem maiores e mais numerosas (Dicionário de Sociologia).
Para maior aprofundamento e exemplificação de realidades analisadas ver o trabalho intitulado “Proximidade Territorial e Distância Social: reflexões sobre o efeito do lugar à partir de um enclave urbano. A Cruzada São Sebastião no Rio de Janeiro”, de Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro, Gisele dos Reis Cruz e Juliana Eleuze Carreira Maberla.
Disponível em: https://www.observatoriodasmetropoles.ufrj.br/download/texto_lcqr_cruzada.pdf
PARTICIPAÇÃO E REPRESENTAÇÂO EM DEBATE:
III Seminário Nacional de Ciência Política da UFRGS
Porto Alegre – Rio Grande do Sul, 22 a 24 de setembro de 2010.
Em suas edições anteriores, o Seminário Nacional de Ciência Política promoveu debates focados em dois temas bastante caros à Ciência Política: o desenvolvimento da democracia, em 2008, e a conjuntura política na atualidade da América Latina, em 2009.
Em 2010, ano da realização de eleições no Brasil, a ideia central da organização do evento é situar as análises no funcionamento do sistema político, constituindo-se efetivamente oportuno, sobretudo diante de tão relevante momento político, pôr em debate duas temáticas que, além de ressaltarem a importância da democracia e do seu contínuo aperfeiçoamento, certamente irão contribuir para o desenvolvimento dos estudos acadêmicos.
Assim, refletindo sobre o papel das eleições nas sociedades contemporâneas, o Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul organiza a terceira edição do seu Seminário Nacional, estabelecendo como tema central o debate sobre a Participação e a Representação.
A temática proposta será debatida com a realização de Palestras, bem como, e, especialmente, através da atuação de quatro Grupos de Trabalho (GT’s) organizados em torno das linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação, uma Webconferência e um Fórum que encontram-se estruturados da seguinte forma:
1. GT de Cultura Política e Opinião Pública;
2. GT de Instituições Políticas;
3. GT de Política Internacional;
4. GT de Teoria Política e Pensamento Social;
5. Web Conferência
6. Fórum de Gênero, Direitos Humanos e Cidadania.
São três os principais tipo de estratificação social:
Estratificação econômica: baseada na posse de bens materiais, fazendo com que haja pessoas ricas, pobres e em situação intermediária;
Estratificação política: baseada na situação de mando na sociedade (grupos que têm e grupos que não têm poder);
Estratificação profissional: baseada nos diferentes graus de importância atribuídos a cada profissional pela sociedade. Por exemplo, em nossa sociedade valorizamos muito mais a profissão de médico do que a profissão de pedreiro.
É importante ressaltar que todos os aspectos de uma sociedade – economia, política, social, cultural, etc. – estão interligados. Assim, os vários tipos de estratificação não podem ser entendidos separadamente. Por exemplo, as pessoas que ocupam altas posições econômicas em geral também têm poder e desempenham posições profissionais valorizadas socialmente.
Também importante lembrar que a constituição de sociedades estratificadas socialmente é um fenômeno histórico; ou seja, as diferenciações sociais e a formação de suas características ocorrem em função de processos históricos explicáveis dentro de suas próprias lógicas. Portanto, não são fenômenos “naturais”, derivados de alguma lógica exterior ao próprio ser humano. São processos construídos por agentes humanos que se opõem, sob a forma de grupos, no campo do conflito.
A estratificação social é a divisão da sociedade em estratos ou camadas sociais. Dependendo do tipo de sociedade, esses estratos ou camadas podem ser: castas (Índia), estamentos (Europa Ocidental durante o feudalismo) e classes sociais (sociedades capitalistas).
Existem sociedades em que os indivíduos nascem numa camada social mais baixa e podem alcançar, com o decorrer do tempo, uma posição social mais elevada. No entanto, existem sociedades em que, mesmo usando de toda a sua capacidade e todo os seus esforços, o indivíduo não consegue alcançar uma posição social mais elevada. Nesses casos, a posição social lhe é atribuída por ocasião do nascimento, independentemente de sua vontade e sem perspectiva de mudança. Ele carrega consigo, por toda a vida, a posição social herdada.
A sociedade indiana é estratificada dessa maneira; um sistema de estratificação social muito rígido e fechado que não oferece a menor possibilidade de mobilidade social. É o sistema de castas que, por exemplo, permite casamentos apenas entre pessoas de uma mesma casta. Tal sistema de castas foi abolido oficialmente em 1947, mas a força da tradição faz com que persista, na prática, até os dias de hoje.
Estamentos
A sociedade feudal da Europa na Idade Média foi um exemplo típico de uma sociedade estratificada em estamentos.
Estamento ou estado é uma camada social semelhante à casta, porém mais aberta. Na sociedade estamental a mobilidade social ascendente é difícil, porém não impossível, como na sociedade de castas.
Na sociedade feudal, os indivíduos só muito raramente conseguiam ascender socialmente. Essa ascensão só era possível em alguns casos: quando a Igreja recrutava, em certas ocasiões, seus membros entre os mais pobres, caso o rei conferisse um título de nobreza a um homem do povo, ou ainda se a filha de um rico comerciante casasse com um nobre, tornando-se, assim, membro da aristocracia.
Essas situações eram difíceis de acontecer e normalmente as pessoas permaneciam no estamento em que haviam nascido.
Classes sociais
Podemos dividir a sociedade capitalista em dois grupos, segundo suas situação em relação aos elementos da produção: proprietários e não proprietários dos meios de produção. As relações de produção dão origem a duas camadas sociais diferentes. A essas camadas damos o nome de classes sociais. Classicamente, designamos essas classes sociais como burguesia e proletariado.
Apesar de ser correntemente usada para designar as camadas sociais em vários momentos da história da humanidade, esta designação é aplicada com maior precisão para a sociedade capitalista. Assim, o prestígio social, o poder político e a capacidade de consumo de luxo, de modo geral, são privilégios dos proprietários dos meios de produção.
As transformações por que passaram as sociedades capitalistas no século XX também nos mostram que houve mudanças significativas na sociedade capitalista tornando-a muito mais complexa do que em sua fase inicial de desenvolvimento. A mudança mais notável foi o crescimento de uma forte e volumosa classe média nos países centrais do capitalismo, ocupando funções nos diversos setores dos ramos de prestação de serviços e da pequena e média propriedade. Assim, a análise das sociedades capitalistas do final do século XX deve, necessariamente, levar em consideração esta camada social intermediária entre os proprietários e os não proprietários dos meios de produção.
As Classes Sociais no Brasil – Atividade
O modelo acima trata-se de um esquema instrumental muito utilizado para a compreensão da realidade. É importante atentarmos para o fato de que a realidade é muito mais complexa. Desta forma, quais críticas podemos fazer a esse modelo de estratificação social (o que não condiz com a realidade)?
As Classes Sociais no Brasil – Atividade
O modelo acima trata-se de um esquema instrumental muito utilizado para a compreensão da realidade. É importante atentarmos para o fato de que a realidade é muito mais complexa. Desta forma, quais críticas podemos fazer a esse modelo de estratificação social (o que não condiz com a realidade)?
Estratificação Social e Mobilidade Social – Atividade
Observe a charge abaixo e explique-a (relacionando a temática “mobilidade social”).
Questão a ser abordada:
O papel dos aparelhos de repressão e dos aparelhos ideológicos do Estado na manutenção do status quo (estado atual das coisas).
Fonte da charge: https://www.wsc.ma.edu/sociology/aquino/SocialStrat.html
Texto adaptado de Oliveira, Pérsio Santos de; Introdução à Sociologia, São Paulo, Ática, 1997, 17ª edição, pp. 71-80.
A Antropologia como campo de conhecimento: o contexto inaugural da disciplina. Sistematização do conhecimento antropológico através de esquemas conceituais explicativos: os conceitos de cultura e sociedade no pensamento antropológico e os problemas que suscitam; universalismo e relativismo no pensamento/humanismo contemporâneo e seus pressupostos antropológicos. Problemas básicos de organização social, política e econômica dentro da perspectiva antropológica. Conhecimento e crença sistematização do universo; sistemas de valores e padrões de comportamento: magia, religião, ciência, mitologia e arte.
Embora as mulheres ocidentais estejam ampliando seus direitos e maximizando seus espaços e poder, o mesmo não tem, de forma geral, ocorrido entre as mulheres árabes. Essas ainda são tratadas de forma discriminatória em muitos países. Um exemplo é a sua vida sexual. Mulheres que mantêm relações sexuais antes do casamento podem até serem assassinadas. A prova disso são as constantes cirurgias de reposição de himén. Tais cirurgias têm sido procuradas por mulheres de todas as camadas sociais. Na França, tal operação custa cerca de 2 mil euros (aproximadamente R$ 4,6 mil) e tem sido muito procurada. A maior parte das mulheres a faz buscando esconder que não são mais virgens, já que essa situação é inaceitável em sua sociedade.
Um site de uma fábrica chinesa vende hímens artificiais por 23 euros (cerca de R$ 54). Este simula o hímen, inclusive libera sangue após rompido, afirma o site.
Essa situação é apenas um exemplo de que os direitos de muitas mulheres árabes ainda é algo distante. A escolha de quando e com quem terá sua primeira relação sexual é um direito ainda muito distante em muitos países árabes.
Ontem uma de minhas turmas realizaram um teatro apresentando tal situação.
Pessoal da Etapa II, parabéns pelo belo teatro apresentado!
Ontem, ao retornar da Universidade, vi esse personagem da foto andando à passos lentos.
A cena fez-me pensar em alguns pontos mais gerais da sociedade, em especial, a trajetória da educação pública básica.
Os passos lentos dados pela educação, defendem alguns, nos levará a um futuro melhor. Isso possivelmente pode vir a ocorrer, mas o problema são os custos atuais dessa lentidão (coitado dos alunos de hoje).
O “cidadão” da foto não tem como ampliar sua velocidade, assim ele vai a passos lentos pelo caminho, rumo a um destino. O problema é que o tempo de exposição aos perigos pode impedir que isso ocorra. Da mesma forma ocorre com a educação de nosso país. Os custos dessa lentidão são muito altos e ninguém garante que as atuais mudanças nos levarão ao destino planejado.
Nem sempre “devagar se chega lá!”. Por isso, acredito que o sistema educacional deve ser repensado e reformulado “para ontem”. Não dá para ver nossa educação pública básica caminhando à passos lentos: não temos tantos calçados para isso! O que temos é um “sol muito forte” deformando nossas crianças.