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  • Atividade para o primeiro ano do Ensino Médio

    SOCIOLOGIA

    Estudo Dirigido
    Professor Cristiano Bodart

    Atividade a ser entregue na primeira aula após as férias de julho de 2010.

     

    1.Construa um glossário sobre os conceitos abaixo :

    a. Vida Social;

    b. Classe social;

    c. Status e papel social;

    d. Grupo social;

    e. Processo social:

    • i. Conflito
    • ii. Competição
    • iii. Acomodação
    • iv. Cooperação
    • v. Assimilação.

    f. Interação social e comunicação

    g. Contato social

    h. Socialização

    i. Cultura e etnocentrismo

    j. Raça e etnia

    k. Gênero e sexualidade

    l. Estrutura social

    m. Poder e etnia

    n. Movimento Social

     

    1. Discuta como esses conceitos podem contribuir para o estudo da Sociologia, e para a percepção do “outro” (individuo) como ser social.

     

    1. Recorte pequenas matérias de jornais que trate de conflitos de natureza familiar e as analise conforme os conceitos acima (escolha um tema e desenvolva-o).
  • Atividades de revisão de conteúdos

    Atividades de revisão de conteúdos

    UEL 2ª Fase 2006

    1) Leia o texto a seguir:

    “Mudança social refere-se às modificações que ocorrem nos padrões de vida de um povo. Essas
    modificações são causadas por uma variedade de fatores, de natureza interna ou externa, isto é, por forças decorrentes de condições existentes dentro do grupo ou fora dele”.

    Fonte: KOENIG, S. Elementos de Sociologia. Tradução de Vera Borda, 5. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976. p. 326.

    Com base no texto e nos conhecimentos das diferentes abordagens teóricas sobre o tema, é correto afirmar:

    a) Émile Durkheim propôs a teoria cíclica da mudança social, isto é, as sociedades atravessam períodos de vigor político e declínio que se repetem.

    b) Max Weber considerou que a mudança de um estado para outro decorre de modificação nos fatores econômicos essenciais, ou seja, nos métodos de produção e distribuição.

    c) Segundo Karl Marx, a mudança social é causada pela interação de vários setores de uma cultura, nenhum deles podendo ser considerado primordial.

    d) Os positivistas entendiam a mudança social como sinônimo de progresso, isto é, definiam os estágios das sociedades, desde os níveis mais baixos até os mais elevados, pois consideravam o homem capaz de atingir uma ordem social perfeita.

    e) Tanto Karl Marx como Max Weber defendiam a teoria do ciclo biológico, ou seja, consideravam que a raça é o mais importante determinante da cultura, e que a raça nórdica, superior às outras, é a principal responsável pelo alto estado de civilização.

    UEL 2ª Fase 2006

    2) Para a teoria sociológica de Max Weber, em toda sociedade há dominação, que é entendida como uma “[…] probabilidade de haver obediência para ordens específicas (ou todas) dentro de um determinado grupo de pessoas […]”. Fonte: WEBER, M. Tradução de Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. Economia e Sociedade, Brasília: Ed. UnB, 1991, p. 139.

    De acordo com a teoria sociológica do autor, é correto afirmar que os três tipos puros de dominação legítima são:

    a) Racional, tradicional e carismática.

    b) Econômica, social e política.

    c) Feudal, capitalista e comunista.

    d) Monárquica, absolutista e republicana.

    e) Socialista, neoliberal, social-democrata.

    3) A desigualdade é um problema histórico que se manifesta em diversos aspectos da estrutura social brasileira. Analise o gráfico a seguir sobre o rendimento médio real mensal dos negros e não-negros nas Regiões Metropolitanas e Distrito Federal – Biênio 2004/2005.

    De acordo com os dados sobre as diferenças entre o rendimento médio de negros e não negros nas regiões metropolitanas do Brasil, assinale a alternativa correta:

    a) O Distrito Federal apresenta a maior diferença de rendimentos entre negros e não-negros em comparação às demais regiões metropolitanas.

    b) Nas regiões metropolitanas industrializadas, a diferença entre o rendimento médio de não negros e negros é menor do que nas regiões não industrializadas.

    c) Nas regiões metropolitanas do Sudeste, a diferença entre o rendimento médio de nãonegros e negros é menor do que nas regiões metropolitanas do Sul.

    d) Nas regiões metropolitanas de São Paulo e Salvador, negros recebem aproximadamente

    UEM 2008

    1) Considere o seguinte texto:

    “A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) reviu o conceito de família e, agora, passa a conceder financiamento para casais homossexuais, solitários com mais de 25 anos, famílias
    mononucleares (pais e mães solteiros) e anaparentais, como avós e netos, tios e sobrinhos, irmãos ou primos, além de uniões baseadas não no parentesco, mas na ligação afetiva. Até então, a CDHU só aceitava como beneficiários de seus programas homens e mulheres casados ou registrados em uma união estável.” (Jornal O Estado de São Paulo, Caderno Cidades, 09/08/2008).

    Assinale o que for correto sobre esse trecho de reportagem e o tema do qual ele trata.

    01) As informações da reportagem autorizam afirmar que a instituição familiar diminuiu sua importância nas sociedades contemporâneas.

    02) As mudanças descritas na reportagem mostram que, diferentemente do que afirmam muitas teorias sociológicas, a família deixou de ser a primeira instituição à qual os indivíduos pertencem.

    04) A reportagem sobre os novos critérios utilizados pela CDHU para financiar moradias é reveladora do quanto as regras que autorizam ou proíbem determinados tipos de uniões familiares variam no espaço e no tempo.

    08) Os novos conceitos de família utilizados pela CDHU permitem concluir que a função reprodutiva está deixando de caracterizar, centralmente, a instituição familiar.

    16) Podemos concluir da reportagem que as transformações pelas quais a sociedade vem passando forçam o Estado, muitas vezes, a rever seus critérios de distribuição de recursos públicos e de acesso a serviços.

    UEM 2008

    2) Saffioti afirma que “A identidade social da mulher, assim como a do homem, é construída através da atribuição de distintos papéis, que a sociedade espera ver cumpridos pelas diferentes categorias de sexo. A sociedade delimita, com bastante precisão, os campos em que pode operar a mulher, da mesma forma como escolhe os terrenos em que pode atuar o homem.” (SAFFIOTI, Heleieth. O poder do Macho. São Paulo: Moderna, 1987, p.8).

    Tendo como referência o texto e seus conhecimentos sobre a temática de “gênero”, assinale o que for correto.

    01) Tradicionalmente, as sociedades ocidentais modernas destinaram às mulheres a tarefa de socializar os filhos. Contudo, ao longo do tempo, surgiram “novos arranjos familiares”, pois a família é uma instituição marcada pelo dinamismo.

    02) A atribuição do espaço doméstico à mulher decorre de sua capacidade natural para realização dos afazeres de casa e da socialização dos filhos.

    04) A educação exerce papel central na constituição das identidades sociais de homens e de mulheres.

    08) A definição de distintos papéis sociais para homens e mulheres torna legítima, para as diferentes categorias de sexo, a suposta superioridade dos homens.

    16) A inferioridade feminina é exclusivamente social, sendo que o fenômeno da subordinação da mulher ao homem atravessa todas as classes sociais.

    UEM 2008

    3) Sobre a cidadania no Brasil, assinale o que for correto.

    01) Durante o governo de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1945, pela primeira vez, os direitos sociais foram universalizados, chegando a amplas parcelas da sociedade brasileira. Esse processo foi acompanhado
    pelo fortalecimento e pela autonomia das organizações operárias.

    02) Os Estatutos da Criança e do Idoso exemplificam as modificações recentes que a cidadania sofreu no contexto brasileiro, incorporando novas demandas ao seu conteúdo.

    04) A Constituição de 1988, apesar de ser denominada por muitos Constituição Cidadã, não produziu mudanças legais significativas em termos de extensão dos direitos de cidadania.

    08) O Fórum Social Mundial resultou da iniciativa de alguns brasileiros e é um movimento que se posiciona contra a atual ordem econômica globalizada, que tem restringido direitos sociais de cidadania até então assegurados por leis.

    16) A extensão dos direitos de cidadania às classes populares esteve, historicamente, sob o controle estrito das elites, já que não houve movimentos sociais capazes de questionar essa situação.

  • Resumo Douglass C. North: INSTITUIÇÕES, MUDANÇA INSTITUCIONAL E DESEMPENHO ECONÔMICO

    Resumo Douglass C. North: INSTITUIÇÕES, MUDANÇA INSTITUCIONAL E DESEMPENHO ECONÔMICO

    Por Cristiano Bodart
    (Douglass C. North. Relatório/resumo baseado na tradução livre de Rafael Damasceno, doutorando em Sociologia Política pela UENF)
    North busca apresentar os principais aspectos das instituições apontando para as características de suas mudanças, e também suas conseqüências sobre o desempenho econômico. Para ele as instituições “são as regras do jogo em uma sociedade, ou mais formalmente, são os constrangimentos que moldam a interação humana concebidos pelos seres humanos”. A instituição tem a finalidade de estruturar os incentivos na troca humana, sendo ela é a chave para entender mudanças históricas.
    Para North a teria da mudança institucional não apenas proporciona uma moldura para a história econômica, como também explica de que forma o passado influencia o presente e o futuro. Afirma ela que “as instituições definem e limitam a quantidade de escolhas dos indivíduos”.
    As instituições podem ser formais ou informais ou as duas coisas ao mesmo tempo, destacou North. Para esse autor os constrangimentos constitucionais consistem em regras formais escritas, assim como códigos de condutas não escritos que suplementam as regras escritas.
    De acordo com North, “o grande papel das instituições em uma sociedade é reduzir a incerteza estabelecendo uma estrutura estável (mas nem sempre eficiente) para a interação humana”. Destaca ainda que a estabilidade das instituições não signifique que elas são estáticas. A mudança institucional é um processo complexo, mas geralmente de forma incremental.
    Destaca North que “a cooperação é difícil de se sustentar quando o jogo não se repete (ou tem um fim), quando falta informação sobre os outros jogadores e quando há um grande número de jogadores”. As dificuldades existem não apenas divido ao tamanho do grupo, mas também da relação custo-benefício.
    North levanta uma indagação chave para seu estudo: “sob que condições a cooperação voluntária pode existir sem a solução Hobbesiana da imposição de um Estado coercitivo para criar soluções cooperativas?” Ele destaca que historicamente, “o crescimento das economias ocorreu dentro da moldura institucional de políticas coercitivas bem desenvolvidas”. Compreender a motivação dos atores é algo mais complicada do que se presume a teoria que trata do tema.
    Para este autor os indivíduos realizam suas escolhas com base em “modelos subjetivamente derivados que divergem entre indivíduos, e a informação que os atores recebem é tão incompleta que na maioria dos casos esses modelos divergentes não mostram nenhuma tendência para convergir”. É importante destacar o papel das instituições nas escolhas dos indivíduos, pois elas alteram o preço pago pelos indivíduos e embute suas ideias, ideologias e dogmas, podendo influencias nas escolhas dos indivíduos. Cabe igualmente destacar que, o ambiente é utilizado pelo indivíduo a fim de entender as circunstâncias que podem interferir/determinar suas escolhas. Outro ponto importante para a tomada de decisão é o processamento incompleto de informações. Para North “essa incerteza não só produz comportamento previsível, como também é a fonte subjacente das instituições”. Devido tal situação são criadas as instituições que têm o papel de reduzir as incertezas envolvidas na interação humana.
    Para North é a “a medição mais o alto custo da aplicação que juntos determinam o custo de transação”. Os custos são agravados pela falta de informação, uma vez que o indivíduo terá que despender maiores custos com o policiamento dos agentes e da criação de códigos de condutas internamente aplicados ou sanções societais ou ainda a existência de uma terceira parte coercitiva (o Estado). Destaca este mesmo autor que “sem constrangimentos institucionais, o comportamento egoísta vai impedir trocas complexas, devido à incerteza que a outra parte vai encontrar em seu interesse na aplicação do acordo”.
    Os acordos são necessidades que vão surgindo com a maior a variedade e a quantidade de trocas. De acordo com North o “oportunismo, a trapaça e o abandono crescem igualmente em sociedades complexas”, daí a necessidade de uma terceira parte coerciva. Destaca ainda que “todas as sociedades, da mais primitiva à mais avançada, as pessoas impõem constrangimentos umas às outras de forma a estruturar suas relações com os outros”, uma vez que os constrangimentos reduzem os custos da interação humana.
    Aponta North que existem regras informais eficazes na ordenação social, e conseqüentemente, na produção de um ambiente propício à trocas econômicas. Para ele “constrangimentos informais também são características sutis das economias modernas”. Tais constrangimentos informais são frutos da cultura/história dos indivíduos e desempenhará um papel de grande importância para que haja trocas econômicas.
    Os constrangimentos informais culturalmente produzidos não mudam imediatamente em reação às mudanças nas regras formais. E o resultado da tensão entre as regras formais alteradas e os constrangimentos informais persistentes produzem respostas que tem importantes implicações na maneira pela qual as economias mudam.

     

    O autor:
    Douglass Cecil North (nasceu em 05 de novembro de 1920) é ume conomista americana
    Ele é o co-receptor (com Robert William Fogel ) para o Prêmio Nobel em Ciências Econômicas em 1993.
    Atualmente é docente na Universidade de Washington em St. Louis e é o Bartlett Burnap Senior Fellow do Hoover Institution na Universidade de Stanford

    Principais Produções acadêmicas:

    • Location Theory and Regional Economic Growth, Journal of Political Economy 63(3):243-258, 1955
    • The Economic Growth of the United States, 1790–1860, Prentice Hall, 1961.
    • Institutional Change and American Economic Growth, Cambridge University Press, 1971 (with Lance Davis).
    • The Rise of the Western World: A New Economic History, 1973 (with Robert Thomas).
    • Growth and Welfare in the American Past, Prentice-Hall, 1974.
    • Structure and Change in Economic History, Norton, 1981.
    • Institutions and economic growth: An historical introduction, Elsevier, 1989
    • Constitutions and Commitment: The Evolution of Institutions Governing Public Choice in Seventeenth-Century England, Cambridge University Press, 1989
    • Institutions, Institutional Change and Economic Performance, Cambridge University Press, 1990.
    • Institutions, 1991, The Journal of Economic Perspectives, Vol. 5, No. 1, pp. 97-112
    • Economic Performance through Time, American Economic Association, 1994
    • Empirical Studies in Institutional Change, Cambridge University Press, 1996 (edited with Lee Alston & Thrainn Eggertsson).
    • Understanding the Process of Economic Change, Princeton University Press, 2005.
    • Violence and Social Orders: A Conceptual Framework for Interpreting Recorded Human History, Cambridge University Press, 2009 (with John Joseph Wallis and Barry R. Weingast).
  • Música sobre crise de identidade: Metamorfose ambulante

    Pensou em música sobre crise de identidade? A canção metamorfose de Raul Seixas ambulante trata dessa questão. Neste post entenda o conceito por meio da música. Tal canção de Raul Seixas

    A música Metamorfose ambulante é uma ótima música para trabalhar a temática “Crise identitária“, bem como abordar a produção da persanalidade ao longo dos contatos sociais/processo de socialização. Fica mais essa dica.

    A crise de identidade é um fenômeno social que tem sido amplamente discutido na sociologia e em outras áreas das ciências sociais. Esse conceito se refere a um estado de incerteza, conflito e confusão em relação à própria identidade, que pode ser experimentado por indivíduos em diferentes fases da vida. Neste texto, serão apresentados alguns pontos de vista de três autores diferentes sobre a crise de identidade.

    Um dos primeiros autores a se debruçar sobre o conceito de crise de identidade foi Erik Erikson, em seu livro “Identidade: juventude e crise”. Para Erikson, a crise de identidade é um processo que ocorre durante a adolescência e se estende até a vida adulta jovem. Ele argumenta que essa crise é uma fase necessária e natural do desenvolvimento humano, que envolve a busca por uma identidade que seja autêntica e coerente com os valores e crenças do indivíduo. A crise de identidade, segundo Erikson, pode ser superada por meio de uma série de etapas, que envolvem a exploração das diferentes opções de vida disponíveis e a integração de uma identidade pessoal coesa e estável.

    Outro autor que contribuiu para o estudo da crise de identidade foi Charles Horton Cooley, em seu conceito de “espeelho do eu”. Para Cooley, a identidade de um indivíduo é construída a partir de suas interações sociais, especialmente com aqueles que são mais próximos emocionalmente. Ele argumenta que a percepção que os outros têm de nós é fundamental para a construção de nossa autoimagem e que, portanto, a crise de identidade pode ocorrer quando a imagem que temos de nós mesmos não coincide com a imagem que os outros têm de nós. Cooley argumenta que a solução para essa crise é a reconstrução da autoimagem a partir das interações sociais com outras pessoas.

    Por fim, a socióloga Zygmunt Bauman também tem contribuído para o estudo da crise de identidade, especialmente em seu livro “Identidade”. Para Bauman, a crise de identidade é um fenômeno que ocorre em uma sociedade pós-moderna, caracterizada pela fluidez e instabilidade das relações sociais e pela fragmentação da vida social. Ele argumenta que, em uma sociedade em constante mudança, os indivíduos são confrontados com uma multiplicidade de opções e possibilidades, o que pode levar à confusão e incerteza sobre a própria identidade. A solução proposta por Bauman para essa crise é a busca por uma identidade líquida, que seja flexível e adaptável às mudanças e desafios da vida moderna.

    Em resumo, a crise de identidade é um fenômeno complexo e multifacetado que tem sido objeto de estudo de muitos sociólogos e outros cientistas sociais. Erik Erikson, Charles Horton Cooley e Zygmunt Bauman são apenas alguns dos autores que contribuíram para o entendimento desse fenômeno. Embora suas abordagens sejam diferentes, todos eles destacam a importância da construção de uma identidade autêntica e coesa para a realização pessoal e social.

     

    LETRA:
    Metamorfose Ambulante
    Raul Seixas
    Composição: Raul Seixas

    Prefiro ser

    Essa metamorfose ambulante

    Eu prefiro ser

    Essa metamorfose ambulante

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Eu quero dizer

    Agora, o oposto do que eu disse antes

    Eu prefiro ser

    Essa metamorfose ambulante

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Sobre o que é o amor

    Sobre o que eu nem sei quem sou

    Se hoje eu sou estrela

    Amanhã já se apagou

    Se hoje eu te odeio

    Amanhã lhe tenho amor

    Lhe tenho amor

    Lhe tenho horror

    Lhe faço amor

    Eu sou um ator

    É chato chegar

    A um objetivo num instante

    Eu quero viver

    Nessa metamorfose ambulante

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Sobre o que é o amor

    Sobre o que eu nem sei quem sou

    Se hoje eu sou estrela

    Amanhã já se apagou

    Se hoje eu te odeio

    Amanhã lhe tenho amor

    Lhe tenho amor

    Lhe tenho horror

    Lhe faço amor

    Eu sou um ator

    Eu vou lhe dizer

    Aquilo tudo que eu lhe disse antes

    Eu prefiro ser

    Essa metamorfose ambulante

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

    Do que ter aquela velha opinião

    Formada sobre tudo

     

    Metamorfose ambulante é uma música sobre crise de identidade que tem grande potencial didático para se trabalhar em sala de aula. A canção trata da provisoriedade da identidade e  e sugere que processos exógenos e indógenos nos transformam para mudar quem somos o tempo todo. Conhece outra música sobre crise de identidade? Deixe seu comentario!

     

    Referências:

    BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

    COOLEY, Charles Horton. A sociologia do eu. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

    ERIKSON, Erik H. Identidade: juventude e crise. Rio de Janeiro: Zahar, 1972.

  • Antologia sociológica: Dica de livro didático de Sociologia

    Antologia sociológica: Dica de livro didático de Sociologia

    Em uns dos links de propaganda existente neste blog encontrei o livro “Te Liga”.

     

    Comprei um e gostei do que ví.
    O melhor: apenas 10 reais.
    O link geralmente vem com a frase “livro Sociologia R$ 10 reais – Antologia sociológica”
    Fica a dica.
  • Isso é engraçado mas não é piada: Pérolas do Enem de 2009

    ENEM 2009

    O tema da redação do Enem desse ano foi Aquecimento Global, e como acontece todo ano, não faltaram preciosidades. Lá vão:

    1) ?o problema da amazônia tem uma percussão mundial.. Várias Ongs já se estalaram na floresta.? (percussão e estalos. Vai ficar animado o negócio)


    2) ?A amazônia é explorada de forma piedosa.? (boa)


    3) ?Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar o planeta.?(tamo junto nessa, companheiro. Mais juntos, impossível)

    4) ?A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu.? (e na velocidade 5!)
    5) ?Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta.? (pra deixar bem claro o tamanho da destruição)

    6) ?O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação.? (pleonasmo é a lei)

    7) ?Espero que o desmatamento seja instinto.? (selvagem)
    8) ?A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo.?(o verdadeiro milagre da vida)
    9) ?A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta.? (também fiquei emocionado com essa)

    10) ?Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis.? (todo mundo na vida tem que ter um filho,escrever um livro, e realizar uma árvore renovável)

    11) ?Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas.?(esqueceu que também ficam sem o home theater e os dvd?s da coleção do Chaves)

    12) ?Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna.?(amém)

    13) ?Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza.? (e as renováveis?)

    14) ?A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica.? (deve ser culpa da morte ecológica)

    15) ?A amazônia tem valor ambiental ilastimável.? (ignorem, por favor)

    16) ?Explorar sem atingir árvores sedentárias.? (peguem só as que estiverem fazendo caminhadas e flexões)

    17) ?Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia.? (o quê?)

    18) ?Paremos e reflitemos.? (beleza)

    19) ?A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas.? (onde está o Guarda Belo nessas horas?)

    20) ?Retirada claudestina de árvores.?(caraulio)
    21) ?Temos que criar leis legais contra isso.?(bacana)

    22) ?A camada de ozonel.?(Chris O?Zonnell?)

    23) ?a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor.?(a solução é colocar lá o pessoal daZorra Total pra cortar árvores)

    24) ?A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas, sem coração.? (para fabricar o papel que ele fica escrevendo asneiras)
    25) ?A amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável.?(campeão da categoria ?maior enchedor de lingüiça?)

    26) ?Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação.? (NÃO!)
    27) ?Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises.? (gênio da matemática)
    28) ?A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos governantes.? (red bull neles – dizem as árvores)

    29) ?O povo amazônico está sendo usado como bote expiatório.?(ótima)

    30) ?O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando.? (subindo!)

    31) ?Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc.? (deve ser a globalização)

    32) ?Convivemos com a merchendagem e a politicagem.?(gzus)

    33) ?Na cama dos deputados foram votadas muitas leis.? (imaginem as que foram votadas no banheiro deles)

    34) ?Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta amazonia.? (oh god)
  • Vídeo: Dica para trabalhar a temática manipulação da Mídia

    Esses dois vídeos são ótimos para serem reproduzidos em sala de aula, onde cada aluno deverá reformular uma propagando buscando refazê-la de forma a apresentar como seriam se fossem sinceras.
    Essa atividade levará o educando a refletir e habituar-se a não acreditar em tudo o que vê nas propagandas.

    Fica mais essa dica de aula!

  • Curso de Sociologia Grátis

    A FGV oferece um curso (amostra grátis) de Sociologia e de Filosofia (30horas), assim como muitos outros.
    Eu achei o material entre bom e regular.
    No final poderá imprimir o certificado.

    O link é https://www5.fgv.br/fgvonline/CursosGratuitos.aspx

    Vale a pena conferir.

  • Futebol: Paixão Nacional

    Futebol: Paixão Nacional

    “Que humanidade, senão a do esporte, seria capaz de construir, sobre a abstração de um gol, a cerimônia a que assisto, neste instante, querendo chorar, querendo gritar?” (Armando Nogueira, “México 70” – na conquista do tri, para o Jornal do Brasil)
    O futebol é sem dúvida um bom exemplo para trabalhar a temática tradição e identidade nacional.

    Fica a dica!

  • Crise de identidade

    Crise de identidade

    Para entender a crise de identidade é necessário inicialmente entender a identidade. A identidade é formada por um processo complexo de socialização. Processo esse que se dá a partir dos contatos sociais que o indivíduo vai tendo ao longo de sua vida.

    O conceito “identidade” vem sendo reutilizado com grande freqüência entre as ciências humanas devido ao que tem sido chamado de “crise de identidade”.

    Tal crise se dá devido aos impactos da sociedade moderna sobre o indivíduo. Como Bauman bem apresentou em seu livro “Modernidade Líquida”, vivenciamos um período de grande fluidez, marcado por rápidas mutações.

    Se a identidade é formada pelo contato social e este tem sido cada dia mais superficial e transitório, consequentemente haverá uma tendência de estarmos sujeitos a sermos influenciados por um número cada vez maior de tendências, a qual, devido ao rápido e superficial contato, produzirá  influência sobre nossos hábitos, gostos, preceitos, etc; porém de forma momentânea. Ao mesmo tempo em que as influências superficiais e transitórias deixam uma pequena marca em nossa personalidade, via socialização, o número de influências será cada vez maior e variada, o que nos traz a sensação de não possuirmos uma identidade. Aí está a crise.

    Mas a crise é apenas um processo, também transitório da modernidade líquida. A liquidez moderna deixa uma sensação de ausência de identidade em meio a uma sociedade em rápida transformação. Mas não seria essa “metamorfose ambulante (para lembrar o Raul Seixas)” a identidade da sociedade moderna?

    Eu? “Eu prefiro ser aquela metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo…”.

     

    A identidade é um conceito central na sociologia, pois ela influencia a maneira como as pessoas se percebem e se relacionam com os outros. A crise de identidade é um tema bastante discutido na área, e se refere a um estado de incerteza e instabilidade em relação à própria identidade, o que pode levar a sentimentos de ansiedade, insegurança e confusão.

    De acordo com a socióloga Anthony Giddens (1991), a crise de identidade é resultado de mudanças sociais que impactam a maneira como as pessoas constroem e mantêm suas identidades. Em sociedades tradicionais, a identidade era determinada principalmente pela tradição, pela religião e pelo status social. As pessoas sabiam quem eram e qual era o seu lugar na sociedade, e isso lhes proporcionava segurança e estabilidade.

    No entanto, com o advento da modernidade, ocorreram mudanças significativas nas estruturas sociais e culturais que afetaram a forma como as pessoas se identificam. A industrialização, a urbanização e a globalização transformaram radicalmente as condições de vida e trabalho, tornando a vida mais dinâmica e fluida. Com isso, as pessoas se viram diante de um grande número de opções e possibilidades, e tiveram que lidar com a responsabilidade de construir e manter suas próprias identidades.

    Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman (2005), essa situação de incerteza e insegurança é agravada pela sociedade líquida moderna, em que as relações sociais são cada vez mais voláteis e instáveis. As pessoas têm que se adaptar constantemente a novas situações e contextos, o que torna difícil a construção de identidades estáveis e coerentes.

    Para o sociólogo Erving Goffman (1959), a identidade não é algo dado, mas sim algo que é constantemente construído e negociado nas interações sociais. As pessoas usam diversas estratégias para apresentar e manter suas identidades, como a manipulação da linguagem, do corpo e das roupas. No entanto, essa negociação da identidade pode ser ameaçada por situações que exponham a fragilidade ou a incoerência da identidade construída.

    Assim, a crise de identidade pode ser vista como um reflexo das mudanças sociais e culturais que impactam a forma como as pessoas se identificam. É um fenômeno complexo e multifacetado, que pode ter consequências negativas para a saúde mental e emocional das pessoas. Por isso, é importante que a sociologia continue a investigar esse tema e a propor soluções para ajudar as pessoas a lidar com a crise de identidade.

    Referências bibliográficas:

    BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

    GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991.

    GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. In: A representação do eu na vida cotidiana. 2011. p. 231-231.