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  • Conceito de Discriminação

    Conceito de Discriminação

    Embora o termo implique apenas por si mesmo a faculdade de fazer distinções, ganhou em sociologia um sentido crítico. Designa as distinções feitas na vida social em detrimento de certos grupos, que são julgadas inaceitáveis pela maioria, porque violam as normas sociais e o princípio da igualdade perante a lei, ao mesmo tempo que certos subgrupos da população as justificam. É o caso dos comportamentos em relação à população negra nos Estados Unidos da América até aos anos 60; assim como das atitudes anti-semitas. Os critérios de discriminação variam segundo as sociedades e segundo as épocas. Na Índia moderna, que legalmente suprimiu o sistema das castas, os antigos intocáveis são discriminados por causa do passado, que continua vivo ao nível dos costumes. Nos Estados Unidos, a discriminação durante longo tempo exercida contra os negros tinha a sua origem na sua antiga condição de escravos.  A discriminação pode fundar-se na raça, na religião, na origem nacional ou na cultura (Simpson, Yinger 1965).
    O fato de se ter podido definir a discriminação social como a maneira de tratar desigualmente indivíduos iguais mostra até que ponto se trata de um conceito estreitamente ligado à sociedade moderna, que põe a igualdade no centro dos seus valores: nas sociedades fundadas nas diferenças de estatuto ou de casta, a discriminação é um conceito neutro, descritivo, desprovido da conotação pejorativa que lhe atribuímos nas nossas sociedades.

    Fonte: DICIONÁRIO DE SOCIOLOGIA. Sob a direção de RAYMOND BOUDON, PHILIPPE BESNARD, MOHAMED CHERKAOUI e BERNARD-PIERRE LÉCUYER. Tradução de António J. Pinto Ribeiro. PUBLICAÇÕES DOM QUIXOTE. LISBOA. 1990

  • Dica de Leitura: Um toque de Clássicos

    Dica de Leitura: Um toque de Clássicos

    Para uma introdução aos clássicos da Sociologia (Marx. Weber e Durkheim) indico a leitura do livro “Um toque de Clássicos”. Embora a net disponibilize um link para baixá-lo em PDF .   Eu sugiro que comprem o livro, pois se trata de um livro/manual para professores de Sociologia do Ensino Médio e demais interessados na Sociologia Clássica.

    O livro pode ser comprado no site
    https://www.livrariasaraiva.com.br/produto/125087/um-toque-de-classicos-marx-durkheim-e-weber/ ou se preferir pode ser encontrado na Estante Virtual com um preço bem mais barato.

    O Gustavo Noronha Silva, fez um resumo do livro e disponilizou na net em https://old.kov.eti.br/ciencias-sociais/ciencias-sociais/resenhas/sociologia/resenha-classicos-da-sociologia.pdf

    Fica a dica de leitura.

  • Chamada de artigo

    Chamada de artigo

    A Revista de Geopolítica da UEPG solicita contribuições de estudos científicos para publicação do segundo número.
    A data limite para o envio de artigos vai até o dia 30 de setembro de 2010.

    Mais informações em:
    https://www.revistageopolitica.com.br/ojs/ojs-2.2.3/index.php/rg/index

  • “Poder do cidadão” – texto de Herbet de Souza (Betinho)

    “Poder do cidadão” – texto de Herbet de Souza (Betinho)

    Que poder tem o cidadão?

    Por Herbet de Souza (Betinho)

    poder do cidadão

    Não é por acaso que a palavra cidadania está sendo cada vez mais falada e praticada na sociedade brasileira. Uma boa onda democrática que vem rolando mundo afora chegou ao Brasil há algum tempo e tem nos ajudado a descobrir como dar conta do que acontece na vida pública.

    Cidadania é a consciência de direitos democráticos, é a prática de quem está ajudando a construir os valores e as práticas democráticas. No Brasil, cidadania é fundamentalmente a luta contra a exclusão social e a miséria e mobilização concreta pela mudança do cotidiano e das estruturas que beneficiam uns e ignoram milhões de outros. E querer mudar a realidade a partir da ação com os outros, da elaboração de propostas, da crítica, da solidariedade e da indignação com o que ocorre entre nós.

    Um cidadão não pode dormir com um sol deste: milhares de crianças trabalhando em condições de escravidão, trabalhadores sobrevivendo com suas famílias num quadro de miséria e de fome, a exploração da mulher, a discriminação do negro, uma elite rica esbanjando indiferença num mundo de festas e desperdícios escandalosos, de banqueiros metendo a mão no dinheiro do depositante, da polícia batendo em preto e pobre.

    A fome é a realidade, o efeito e o sintoma da ausência de cidadania. O ponto de partida e de chegada das ações cidadãs. A negação radical da miséria é um postulado de mudança radical de todas as relações e processos que geram a miséria. É passar a limpo a história, a sociedade, o Estado e a economia. Não estamos falando de coisas abstratas, de boas intenções ou desejos humanitários de alguns.

    Cidadania é, portanto, a condição da democracia. O poder democrático é aquele que tem gestão, controle, mas não tem domínio nem subordinação, não tem superioridade nem inferioridade. Uma sociedade democrática é uma relação entre cidadãos e cidadãs. É aquela que se constrói da sociedade para o Estado, de baixo para cima, que estimula e se fundamenta na autonomia, independência, diversidade de pontos de vista e, sobretudo, na ética – conjunto de valores ligados à defesa da vida e ao modo como as pessoas se relacionam, respeitando as diferenças, mas defendendo a igualdade de acesso aos bens coletivos.

    O cidadão é o indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade. Um cidadão com sentido ético forte e consciência de cidadania não abre mão desse poder de participação.

    Texto publicado no encarte da revista Democracia, n. 113, 1995.

    Publicado originalmente em:  https://www.conversascombetinho.org.br/com_a_palavra/cidadania_fome.htm

  • Um pouco das ideias de Claude Lévi-Strauss

    Um pouco das ideias de Claude Lévi-Strauss

    Claude Lévi-Strauss foi sem dúvida o principal antropólogo estruturalista.
    Se dedicou aos estudos das culturas particulares dos vários agrupamentos humanos, assim como se preocupou em construir um modelo teórico que permitisse apreender as invariantes, os elementos constantes de cada uma.

    Nas palavras de Cuche, Lévi-Strauss procurou “ultrapassar a abordagem particularista das culturas”, estudando “a invariabilidade da Cultura”, uma vez que “as culturas particulares não podem ser compreendidas sem referência à Cultura, ‘esse
    capital comum’ da humanidade e do qual elas se alimentam para elaborar seus modelos específicos”.

    Para Lévi-Strauss existem dois conceitos opostos: a Cultura e a Natureza. O primeiro remete ao estágio em que o homem organiza a vida social; o segundo, ao material ainda não-organizado pela Cultura.

    Para ele as sociedades – de alguma maneira – vão substituindo a Natureza pela Cultura, uma vez que vão sendo criadas, ao longo do tempo, regras para o “bom” funcionamento da sociedade. Quando mais elementos culturais vão sobrepondo aos aspectos naturais, mais complexa se torna a sociedade em questão. Cada grupo social tende a se omplexar, em diferentes espaços/tempo e de diversos formas.

    Podemos, assim, afirmar que o que, de acordo com Lévi-Strauss, diferencia uma cultura da outra não é que uma está mais próxima da Cultura e outra da Natureza, mas sim o modo como cada uma estrutura, pela Cultura, a vida social. A diferenciação entre os grupos sociais está diretamente ligada ao modo como tal sociedade se organiza, dái o temos como um teórico Estruturalista.

    Fonte: Adaptado e ampliado do “Sistema Anglo de Ensino”. Sociologia/Ensino Médio

    Confira a entrevista que Lévi-Strauss deu em 1998 a Beatriz Perrone Moisés

    ( Professora do Departamento de Antropologia – USP) em https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-77011999000100002&script=sci_arttext
    Nessa entrevista

  • Diferenciando Governança de Governabilidade

    Ambas palavras são utilizadas de forma indiscriminadas, como se fossem sinônimos, quando na verdade são conceitos diferentes.

    Tentarei ser simples a fim de esclarecer tal diferença:

    Governaça está ligado a legitimidade e a eficiência. Ex: quando há falta de governança falta no político legitimidade de suas ações ou eficiência em seus programas, o que acarreta, geralmente, falta de legitimidade.

    Governabilidade está ligado a questões sistêmicas. Exemplo: quando falta governabilidade é devido a problemas sistêmicos, como por exemplo o sistema eleitoral ou o sistema legislativo…

    é isso…

  • Dica de Música: Nos Barracos da Cidade

     

    Nos Barracos da Cidade

    Kid Abelha

    Composição: gilberto gil

    Nos barracos da cidade
    Ninguém mais tem ilusão
    No poder da autoridade
    De tomar a decisão
    E o poder da autoridade, se pode, não faz questão
    Mas se faz questão, não
    Consegue
    Enfrentar o tubarão
    Ôôô , ôô
    Gente estúpida
    Ôôô , ôô
    Gente hipócrita
    E o governador promete,
    Mas o sistema diz não
    Os lucros são muito grandes,
    Grandes… ie, ie
    E ninguém quer abrir mão, não
    Mesmo uma pequena parte
    Já seria a solução
    Mas a usura dessa gente
    Já virou um aleijão
    Ôôô , ôô
    Gente estúpida
    Ôôô , ôô
    Gente hipócrita
    Ôôô , ôô
    Gente estúpida
    Ôôô , ôô
    Gente hipócrita
    Ôôô , ôô
    Gente estúpida
    Ôôô , ôô
    Gente hipócrita
    BREVE COMENTÁRIO:
    A presente música pode ser trabalhada em sala de aula abordando…
    • O papel do Estado via políticas distributivas e redistributivas;
    • Corrupção política/clientelismo/paternalismo;
    • Desigualdade social;

     

  • Vídeo: Dica de música para trabalhar a temática grupos sociais

    A Grande Família

    Dudu Nobre

     

    Esta família é muito unida
    E também muito ouriçada
    Brigam por qualquer razão
    Mas acabam pedindo perdão…
    Pirraça pai!
    Pirraça mãe!
    Pirraça filha!
    Eu também sou da família
    Eu também quero pirraçar…
    Catuca pai!
    Catuca mãe!
    Catuca filha!
    Eu também sou da família
    Também quero catucar
    Catuca pai, mãe, filha
    Eu também sou da família
    Também quero catucar…
    Que família, heim!!
    Esta família é muito unida
    E também muito ouriçada
    Brigam por qualquer razão
    Mas acabam pedindo perdão…
    Pirraça pai!
    Pirraça mãe!
    Pirraça filha!
    Eu também sou da família
    Eu também quero pirraçar…
    Catuca pai!
    Catuca mãe!
    Catuca filha!
    Eu também sou da família
    Também quero catucar
    Catuca pai, mãe, filha
    Eu também sou da família
    Também quero catucar…
    Esta família é muito unida
    E também muito ouriçada
    Brigam por qualquer razão
    Mas acabam pedindo perdão…
    Pirraça pai!
    Pirraça mãe!
    Pirraça filha!
    Sou da famiia
    Também quero pirraçar…
    Catuca pai!
    Catuca mãe!
    Catuca filha!
    Eu também sou da família
    Também quero catucar
    Catuca pai, mãe, filha
    Sou da família
    Também quero catucar…
    Êta família!
    Uma tem mêo de barata!
    O outro tem mêdo de ladrão!
    A filha só pensa no namorado!
    Eh cumpade, não fala
    De bôca cheia na mesa…
  • Revista Veja ataca a Sociologia como disciplina no Ensino Médio

    “Agora obrigatórias no ensino médio brasileiro,  as aulas de sociologia e filosofia abusam de conceitos rasos e tom panfletário. Matemática que é bom…”

    O nome do ignorante “reporte” da frase acima é Marcelo Bortoloti. Esse “cidadão” provou que muitos escritores de revistas como a VEJA não sabem o que dizem (para ser educado com eles).

    Na ideia, se é que tem alguma, do tal “reporte”, o ensino deve limitar-se a Matemática?
    Entre as diversas bobagens ele escreveu:

    “O viés presente nas aulas de sociologia e filosofia tem suas raízes fincadas nas faculdades de ciências sociais – de onde saíram, ou a que ainda pertencem, os professores responsáveis pela confecção dos atuais currículos. Desde a década de 70, quando se firmaram como trincheiras de combate à ditadura militar nas universidades, tais cursos se ancoram no ideário marxista (…)”.

    Não! as aulas de Sociologia têm suas raízes fincadas nas faculdades de Matemática!!!!! Será que isso é só ignorância?

    Não sabe o ignorante que a liberdade de expressar tantas bobagens foi graças a tais trincheiras.

    É muita bobagem para uma só reportagem. O ignorante se utilizou de casos isolados para atacar a Sociologa e seus professoras.

    Caso queira ler as bobagens: https://veja.abril.com.br/310310/ideologia-cartilha-p-116.shtml

  • Política da ação regulatória de Marcus André Melo – Resumo

    “Política da ação regulatória diz respeito à questão da responsabilização de governantes tem se constituído em um tema central da agenda pública em muitos países, e em particular na América Latina. Episódios recorrentes de corrupção em que se evidenciam a debilidade das instituições e a escassez de mecanismos de controle social têm contribuído para conferir uma visibilidade ainda maior ao tema. Neste contexto, as questões relativas ao desempenho das instituições — novas e velhas — e à responsabilização e controle de seus dirigentes adquirem grande importância política e analítica.”
    Marcus André Melo busca, inicialmente, discutir as agências regulatórias como forma institucional: sua evolução e criação recente. Posteriormente discute a questão da tensão existente entre delegação e responsabilização, subjacente à criação de agências independentes.
    Para ele as instituições regulatórias independentes são peças centrais da gestão econômica e seu impacto sobre o desempenho macroeconômico e bem-estar dos cidadãos está diretamente ligada a elas.
    O autor no texto política da ação regulatória busca discutir à delegação de autonomia a agências regulatórias como escolha racional de governantes, em um ambiente econômico globalizado, com o objetivo de adquirir credibilidade.
    Melo identifica quatro tipos modais de ação regulatória do Estado na economia, são elas: a) a propriedade pública de firmas ou setores inteiros da economia; b) o exercício de atividades regulatórias diretamente por departamentos ou órgãos da burocracia executiva; c) as várias formas de auto-regulação através de arranjos corporativistas e; d) a regulação pública com regime de propriedade privada, tipicamente americana, baseada em uma forma institucional peculiar: a agência regulatória dotada de graus não triviais de autonomia.
    Para explicar o que leva o legislativo a adotar o insulamento burocrático apropria-se da Teoria da Escolha Racional.
    Para ele o legislativo tem consciência de que sua recondução ou não do cargo dependerá das suas decisões e do seu desempenho no exercício do mandato. Dessa forma, há um incentivo para que atuem no interesse dos eleitores. No entanto, os eleitores não detêm toda a informação relevante para avaliar o desempenho de seus representantes, assim este tenderá a buscar melhores resultados, mesmo que tenha que abrir mão de ações de momento para colher bons resultados em médio prazo, o que muitas vezes significa dar certo grau de insulamento as burocracias.
    “Indivíduos racionais podem escolher limitar suas próprias escolhas no futuro antecipando seu próprio comportamento irracional ou miópico. (…) Essa irracionalidade pode assumir a forma de paixões políticas ou de limitações na forma como os indivíduos fazem escolhas intertemporais. Os incentivos do mercado político levam os atores políticos a utilizarem-se de uma alta taxa de desconto ao comparar benefícios futuros com benefícios presentes. Assim, em virtude da estrutura de incentivos em que operam, legisladores racionais são levados a preferir benefícios menores no curto prazo a benefícios maiores no longo prazo” (MELLO, 2001. p. 63).
    Para Melo no texto acerca da política da ação regulatória, o projeto de racionalização das burocracias culmina em um projeto de delegação de decisões substantivas”, retirando as influências de ações políticas de curto prazo, uma vez que estas propicia os constrangimentos da “conexão eleitoral” ou da competição política levariam à irresponsabilidade fiscal e a uma “política macroecônomica populista”.
    “O isolamento — ou “insulamento” — burocrático dessas elites asseguraria a prevalência da racionalidade técnica sobre a racionalidade política, evitando-se assim a “balcanização do Estado” (MELLO, 2001. p. 61).
    Para Melo “a capacidade de insulamento das elites burocráticas em relação às novas pressões de curto prazo da dinâmica eleitoral e dos grupos de interesse foi considerada como estratégia central para experiências bem-sucedidas de reformas estruturais e programas de estabilização.” É certo que existem críticas a essa postura, como por exemplo, o déficit democrático.

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    THE POLITICS OF REGULATORY ACTION: accountability, credibility and delegation

    By Cristiano Bodart

    Marcus André Melo search, first, to discuss the regulatory agencies as the institutional form: its evolution and recent creation. Later discusses the tension between delegation and accountability that underlies the creation of independent agencies.

    To him independent regulatory institutions are the centerpieces of economic management and its impact on macroeconomic performance and welfare of citizens is directly linked to them.

    The author discusses the delegation of autonomy to regulatory agencies as rational choice of rulers, in a globalized economic environment, in order to gain credibility.

    Melo identifies four modes of regulatory action in the economy, they are: a) public ownership of firms or sectors of the economy, b) the exercise of regulatory activities directly by departments or agencies of the executive bureaucracy, c) the various forms self-regulation through corporatist arrangements and d) public regulation with private property, typically American, based on a peculiar institutional form: the regulatory agency endowed with nontrivial degrees of autonomy.

    To explain what causes the legislature to adopt bureaucratic insulation appropriates the Rational Choice Theory.

    For him the legislature is aware that its renewal will depend on whether or not the position of their decisions and their performance in office. Thus, there is an incentive to act in the interests of voters. However, voters do not hold any information relevant to assessing the performance of their representatives, so this will tend to get better results, even if you have to give up shares in time to yield positive results in the medium term, which often means give some degree of isolation of the bureaucracies.

    “Rational Individuals may choose to limit their own choices in the future by anticipating their own irrational or myopic behavior. (…) This irrationality may take the form of political passions or limitations on how individuals make intertemporal choices. The incentives of the political market lead political actors to use is a high discount rate to compare future benefits with present benefits. Thus, because of the incentive structure in which they operate, rational legislators are led to prefer lower benefits in the short term the greatest benefit in the long period “(Mello, 2001. p. 63).

    For Lee, the project of streamlining the bureaucracy culminates in a project of delegating substantive decisions “, removing the influences of short-term political actions, since they provide all the constraints of the” electoral connection “or competition policy would lead to fiscal irresponsibility and a “populist macroeconomic policy.”

    “Isolation – or” isolation “- these bureaucratic elites ensure the prevalence of technical rationality on political rationality, thus avoiding the” balkanization of the state “(Mello, 2001. P. 61).

    Melo to “the ability of insulation of the bureaucratic elites in relation to new short-term pressures of electoral dynamics and interest groups was considered as a central strategy for successful experiences of structural reforms and stabilization programs.” Clearly, there are criticisms to this stance, for example, the democratic deficit