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Questões ético-raciais: suigestões de filmes sobre a temática

A educação é uma poderosa ferramenta para promover a igualdade e a compreensão da diversidade. Para professores que desejam abordar questões ético-raciais em sala de aula, aqui estão alguns filmes e documentários que podem enriquecer suas aulas e estimular discussões significativas.

A educação é a base sobre a qual as sociedades constroem seu futuro, e os professores desempenham um papel fundamental na moldagem desse processo. Em um mundo cada vez mais diversificado, é imperativo que os educadores enfrentem as questões étnico-raciais com sensibilidade e determinação. Essa abordagem não apenas promove a justiça social, mas também enriquece a experiência educacional de todos os alunos.

Reconhecer a relevância das questões étnico-raciais é o primeiro passo. Não podemos ignorar a realidade na qual vivemos, uma sociedade multicultural que exige compreensão e respeito. Ao trazer essas questões para a sala de aula, estamos capacitando nossos alunos a se tornarem cidadãos conscientes e críticos.

A sociologia desempenha um papel crucial nesse processo. Ela fornece as ferramentas necessárias para analisar as dinâmicas raciais, desconstruir estereótipos prejudiciais e compreender o impacto do preconceito em nossa sociedade. Os professores têm a responsabilidade de cultivar a consciência crítica em seus alunos, encorajando-os a questionar o status quo e a lutar contra o racismo.

Explorar a história e a cultura das diversas comunidades étnico-raciais é outra faceta essencial. Isso não apenas ajuda a criar empatia, mas também reconhece e valoriza as contribuições culturais que enriquecem nossa sociedade. Ao fazer isso, estamos celebrando a diversidade em todas as suas formas.

Um diálogo aberto e respeitoso é a espinha dorsal de uma educação anti-racista. Os professores devem criar um ambiente onde os alunos se sintam à vontade para compartilhar suas experiências, dúvidas e perspectivas. Somente por meio do diálogo podemos construir uma compreensão mais profunda e superar divisões.

Recursos educacionais dedicados às questões étnico-raciais são abundantes e podem enriquecer a experiência educacional. Documentários, literatura, atividades práticas e outras ferramentas são valiosas para fornecer uma educação completa e informativa sobre o assunto.

Nossa missão como educadores é clara: promover a diversidade, combater o preconceito e criar um ambiente de igualdade racial na sala de aula. A tarefa é desafiadora, mas essencial para construir um futuro mais justo e inclusivo. Cada aluno merece uma educação que celebre suas origens, promova a igualdade e prepare-os para um mundo diversificado. Nesse compromisso, encontramos o caminho para uma sociedade mais justa e igualitária.

Seguem alguns filmes sobre esta temática:

7%

Quatro relatos da luta contra o racismo estrutural, passando por diferentes gerações e pontos de vista. A mobilização em favor da implantação das cotas raciais em uma das mais importantes universidades do país.

 

Aruanda

Os quilombos marcaram época na história econômica do Nordeste canavieiro. A luta entre escravizados e colonizadores terminava, às vezes, em episódios épicos, como Palmares. Olho d’Água da Serra do Talhado, em Santa Luzia do Sabugui (PB), surgiu em meados do século passado, quando o ex-escravizado e madeireiro Zé Bento partiu com a família à procura de terra de ninguém.Um documentário histórico que retrata temas tão recentes como quilombos: territorialidade, infância, gênero, cultura, questões sociais, políticos e econômicas entre outros.

 

A realidade de trabalhadoras domésticas negras e indígenas

Parte da série jornalística “Trabalho doméstico, Trabalho decente”, este especial retrata a realidade de trabalhadoras domésticas negras e indígenas do Brasil, Bolívia, Guatemala e Paraguai na busca por direitos, respeito e dignidade. O documentário visibiliza oportunidades e desafios dos países para a promoção dos direitos econômicos e do empoderamento das mulheres.

 

A questão indígena em 4 minutos

De um lado, os interesses dos povos indígenas. De outro, os interesses do agronegócio e do modelo de desenvolvimento vigente no país. Nesse contexto, a atuação da Fundação Nacional do Índio (Funai) é fundamental para dirimir inúmeros conflitos e exercer seu papel constitucional de identificar, demarcar e monitorar terras indígenas, mas também é responsabilidade do órgão indigenista prestar apoio e proteção social.

 

Boa Esperança – minidoc

Documentário retrata como o clipe e a música “Boa Esperança” do Emicida foram gravadas e seus significados.

 

Braços Abertos, Portas Fechadas – Brasil

A economia em expansão do Brasil atrai muitos migrantes africano, mas a realidade faz o sonho de uma vida melhor morrer?. Documentário de Fernanda Polacow e Juliana Borges – TV Al Jazeera.

 

Desigualdade racial no Brasil em 2 minutos

Entenda em 2 minutos o que é a desigualdade social no Brasil, a cada 12 minutos um negro é assassinado. Não para por aí: a cor da sua pele influencia na sua educação, saúde e renda.

 

Disque Quilombola

“No documentário, a história é contada durante conversas entre crianças de duas comunidades distantes no telefone de lata. O brinquedo proporcionou que as crianças falassem sobre onde vivem, quais são suas raízes, quais músicas ouvem e de que brincam, entre outros assuntos”. Principais temas abordados: diversidade étnica-cultural, comunidades quilombolas urbanas e rurais, regionalidade e infância.

 

Documentário Quilombo do século XXI

A TV Justiça resgata parte da história do Brasil com o documentário Quilombos do Século XXI, que estreia neste domingo (17). Líderes do movimento negro e historiadores afro-brasileiros discutem a questão do racismo estrutural que vigora no país desde o fim da escravatura, em 1888. Leis que foram publicadas ainda no Império impediram a emancipação dos descendentes diretos dos grupos escravizados pelos portugueses.

 

Espelho, Espelho Meu!

Através de depoimentos, o documentário “Espelho, espelho meu”, produzido por Elton Martins, aborda apresentações afro-estéticas no período juvenil. Mães, crianças e adolescentes: todos falam um pouco de suas experiência com os seus cabelos e sobre suas escolhas pessoais. Além disso, o vídeo conta com a participação do historiador Antonio Cosme que norteia o tema ao destrinchar o processo de construção de identidade.

 

Falas da Terra

Quando os cidadãos brasileiros Brancos e Negros elegem e reelegem deputados e senadores estaduais e federais que representam o agronegócio , as madeireiras , as mineradoras e os grileiros ; automaticamente colaboram com a dizimações dos índios e o fim das matas junto com animais que lá vivem.

 

História da Resistência Negra no Brasil

O documentário faz a retrospectiva das ações de resistência das populações negras no Brasil, dos primórdios escravocratas até aos dias atuais.

 

Importância Convenção OIT 169 para Proteção dos Direitos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais

Webinário – Importância da Convenção OIT 169 para a proteção dos direitos dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais

 

Introdução ao pensamento de Frantz Fanon

CYBERQUILOMBO

Queremos facilitar a aplicação da lei: 10.639/03

Com base na Lei nº 10.639, assinada e promulgada em 2003 que define que a temática afro-brasileira é obrigatória nos currículos dos ensinos fundamental e médio, pretendemos, a partir das oficinas e intervenções promovidas pelos oficineiros participantes do CyberQuilombo, aplicar pílulas de ações dentro das escolas que promovam reflexões sobre a participação social dos povos negros na construção da sociedade Brasileira e sobre os papeis que os descendentes desses povos ocupam na atualidade.

 

Inventário Cultural de Quilombos do Vale do Ribeira

“A proposta de realizar um inventário dos bens culturais quilombolas nasceu com a perspectiva de contribuir tanto para o enriquecimento do acervo cultural brasileiro e para a valorização da cultura quilombola. A proposta sinaliza caminhos para uma política cultural no Vale do Ribeira, incluindo possíveis registros de bens imateriais e planos de salvaguarda, de acordo com a sistemática do Decreto 3.551/00. Para as comunidades quilombolas, a proposta estava fortemente relacionada com a articulação da luta pelos direitos territoriais”.

 

Invernada dos Negros

Abril de 1876. Em testamento, um rico fazendeiro de Campos Novos (SC) deixa como herança a oito escravos e três alforriados uma faixa de terra de quase 8 mil hectares, formando uma espécie de propriedade coletiva que ficou conhecida como Invernada dos Negros. Mais de um século depois, os poucos descendentes que permaneceram no território são os protagonistas de um projeto que narra, por meio de fotos e vídeo, a memória cultural e afetiva do quilombo.

 

Menino 23

O documentário retrata a pesquisa do historiador Sidney Aguilar Filho sobre brasileiros que retiraram 50 meninoc negros de um orfanato para serem escravizados.

 

Memórias do cativeiro

Filme desenvolvido a partir dos depoimentos de descendentes de escravos do Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense com roteiro baseado no livro Memórias do Cativeiro: família, trabalho e cidadania no pós-abolição de Ana Lugão Rio e Hebe Mattos.

 

Mulher negra

Enugbarijô registrou entrevistas históricas em São Paulo no ano de 1985. Na oportunidade, Ras Adauto, Vik e Amauri Pereira entrevistaram personagens importantes da cultura negra brasileira, entre elas os membros da Frente Negra Brasileira e a militante Thereza Santos.

 

A negação do Brasil

O documentário é uma viagem na história da telenovela no Brasil e particularmente uma análise do papel nelas atribuído aos atores negros, que sempre representam personagens mais estereotipados.

 

Negro Eu, Negro Você

Negro lá, negro cá

NEGRO LÁ, NEGRO CÁ é um documentário que mostra a visão de quatro imigrantes africanos, residentes em Fortaleza – CE, sobre o que é o racismo, o que eles pensam sobre o assunto e como lidam com a relação de opressão. Através das falas de Alfa Umaro Bari (Guiné-Bissau), Andy Monroy Osório (Cabo Verde), Cornelius Ezeokeke (Nigéria) e Manuel Casqueiro (Guiné-Bissau), podemos nos questionar com relação as formas sutis, porém fortes, nas quais o problema se manifesta, dificultando a discussão sobre o tema.

 

Ninguém nasce assim

O racismo é um dos problemas mais graves do nosso país. No entanto, é recorrente, na sociedade em que vivemos, atitudes que tentam minimizar ou negar esta prática quando ela ocorre. Como um dos nossos alunos enxergou muito bem, o “movimento” do racismo envolve “o silêncio e a tensão”.

O objetivo deste documentário (curta-metragem) feito no final de 2014, a partir de QWum fato de discriminação racial, ou melhor, de um crime de racismo ocorrido no Colégio Pedro II, Campus Humaitá II (e que continua ocorrendo de forma silenciosa na nossa escola e em outros espaços sociais do Brasil), é de promover o debate em torno de questões como:

  • O Racismo é algo que nasce com o ser humano ou é uma construção histórico-social?

 

Para onde foram as andorinhas?

“O clima está mudando, o calor está aumentando. Os índios do Xingu observam os sinais que estão por toda parte. Ao olhar os efeitos devastadores dessas mudanças, eles se perguntam como será o futuro de seus netos”.

 

Povos indígenas do Brasil

Há muito mais em nós do que apenas uma palavra pode expressar, somos mais de 300 etnias, falamos mais de 270 linguas e somos quase 1 milhão de indígenas espalhados em todo território nacional seja em aldeia ou nas cidades, somos tão diversificados e do mesmo jeito tão únicos, sim somos os Povos indígenas do Brasil!

 

O que é ser indígena no século XIX

O que realmente define se uma pessoa é ou não indígena, seria laços sanguíneos hereditariedade, parentesco, ou aquela vó pega no laço? independente dessas questões hoje muitas pessoas tentam fazer o que chamam de etnocídio contra aos povos indígenas pois de acordo com eles não podemos estar de acordo com a sociedade moderna, será mesmo?

 

Olhos azuis

Documentário da socióloga americana Jane Elliot sobre discriminação racial. Trata-se de um experimento onde pessoas de “olhos azuis” são taxadas como uma raça inferior e por conta disso passam a sentir na pela um pouco do que os negros americanos sofrem diariamente.

 

Quilombo São José da Serra

Documentário sobre o quilombo São José da Serra.

 

Raça Humana

O País da miscigenação se vê com uma questão espinhosa: as cotas raciais nas universidades. Para falar sobre um assunto considerado tabu, o documentário “Raça Humana” ouve alunos — cotistas e não-cotistas, professores, movimentos organizados e partidos políticos. Aos poucos, questões seculares e mal-resolvidas da história do Brasil ressurgem, tendo como pano de fundo a discussão das cotas. “Raça Humana” foi vencedor da categoria Documentário, na 32ª edição do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, em 2010. Esclarecendo que, todos os diretos autorais pertencem a TV Câmara.

 

Racismo Camuflado no Brasil

Trabalho realizado para a disciplina “Ética e Bases Humanas” por estudantes do 3º semestre no curso de Publicidade e Propaganda – Universidade Anhembi Morumbi. 10/2015.

 

Roda Viva com Ailton Krenak

No Roda Viva, a jornalista Vera Magalhães recebe o ambientalista e escritor Ailton Krenak. Considerado uma das maiores lideranças indígenas do Brasil, Ailton Krenak é filósofo, escritor, poeta e jornalista. Se dedica à defesa dos direitos indígenas desde a década de 80. Fundou a ONG Núcleo de Cultura Indígena, organizou a Aliança dos Povos da Floresta e é doutor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais.

 

Você faz a diferença

Este documentário expõe a discussão sobre racismo e preconceito na sociedade brasileira. Ele apresenta os pontos de vista de alunos e professores, que acreditam na importância de falar abertamente sobre as diferenças.

 

Vozes da Floresta

Ailton Krenak é o primeiro entrevistado da série Vozes da Floresta – A aliança dos Povos da Floresta de Chico Mendes a nossos dias.

 

Vidas de Carolina

Contemplado pela sétima edição prêmio Criando Asas, Vidas de Carolina conta a história de duas mulheres que sobrevivem da coleta de resíduos recicláveis. O documentário foi inspirado na vida da inusitada catadora de lixo e escritora da década de 40 Carolina Maria de Jesus. Relatos de familiares da escritora e trechos do livro “Quarto de Despejo” conectam as três histórias.

 

Roniel Sampaio Silva

Mestre em Educação e Graduado em Ciências Sociais. Professor do Programa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Campo Maior. Dedica-se a pesquisas sobre condições de trabalho docente e desenvolve projetos relacionados ao desenvolvimento de tecnologias.

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