Turbine seus projetos com a metodologia Dragon Dreaming

dragon dreaming

Dragon Dreaming: Encante com seus sonhos e supere medos

Por Roniel Sampaio-Silva

Neste texto você irá conhecer brevemente o que é a metodologia dragon dreaming e como ela pode ser usada para turbinar seus projetos.
A BNCC traz como proposta o aprendizado baseado em projetos. Lidar com projetos, especialmente em trabalhos coletivos é um grande desafios, especialmente em um contexto individualista como o que vivemos. É aí que entra a metodologia dragon dreaming.

O que é dragon dreaming?

Fundamentalmente é o amor em ação por meio da consciência de que somos uma coletividade. Somos sujeitos coletivos no qual nos valemos da diversidade de ideias e para as quais devemos nos direcionar para que todos se envolvam e ganhem. A essência do dragon dreaming é o ganha-ganha. Todos nós ganhamos e devemos nos engajar para o crescimento pessoal e coletivo do nosso “amor-ação”. Todo projeto começa do sonho e à medida que tal sonho provoca mais pessoas, ele passa a dar força ao projeto.
Se o desafio é reinventar o mundo de uma forma sustentável, inovadora e transformadora para contornarmos os grandes desafios humanitários que estão postos. A cultura do “ganha-perde” é incompatível com a sustentabilidade que precisamos.

Dragon Dreaming, pauta-se em três princípios fundamentais:

  1. Crescimento pessoal – compromisso com a nosso próprio empoderamento e cura.
  2. Construção de comunidade – o reforço das comunidades das quais fazemos parte.
  3. Serviço à Terra – melhorando o bem-estar e a prosperidade de toda a vida.

Se um projeto não cumpre, ao mesmo tempo, estes três objetivos, então não é um projeto de Dragon Dreaming

Um projeto formatado nessa proposta tem por etapas quatro fases fundamentais:

  1. Sonhar
    Compartilhar os sonhos uns com os outros aumenta as chances do projeto ganhar solidez. Nesta etapa cria-se a dinâmica do círculo dos sonhos do qual se consegue criar um “time dos sonhos”.
  2. Planejar
    Nesta fase as pessoas consideram diferentes alternativas e avaliam. Cria-se um mapa chamado Karabirrdt e atraibui tarefas e responsabilidades.
  3. Realizar
    É o momento de integrar teoria e prática, aumentar o nível de autoconsciência, ganhar novas habilidades e criar estratégias de fazer acontecer. Lembre-se que o “ótimo é inimigo do bom” (Voltaire). Portanto, é necessário primeiramente criar o “bom” para aperfeiçoa-lo e transformar em ótimo. A primeira versão “ótimo” e acabado traz apenas hesitações desnecessárias.
  4. Celebrar
    A celebração é quando se analisa os resultados transformadores e os participantes buscam os sentidos de estarem executando o projeto, reconecta-se com o sonhar. Expressa a gratidão às pessoas envolvidas.  Um dos grandes diferenciais do dragon dreaming.

De onde veio essa metodologia?

Ficou conhecida a partir do trabalho e da prática da Fundação Gaia da Austrália Ocidental influenciada pelos povos aborígenes da Austrália Ocidental. Foi criado para ajudar grupos a envolver pessoas em projetos que buscassem maior efetividade de ações socioambientais. Tal metodologia incentiva o crescimento pessoal, a formação de comunidades de apoio recíproco à serviço da Terra e da Humanidade.

Um dos princípios fundamentais desta metodologia é o Pinakarri, a palavra dos Aborígenes Martu Mandjilidjara para Escuta Profunda. Escutar a si, os outros e a terra é a base do aprendizado, da comunicação e dos vínculos comunitários desenvolvidos pela dragon dreaming.

Como isso pode me(nos) beneficiar(armos)?

Conheça como essa metodologia funciona detalhadamente e terá condições maiores de encantar pessoas com projetos. Formará uma rede de aprendizado e ajuda mútua e terá um ambiente favorável ao desenvolvimento de ideias e práticas inovadoras, liberta a inteligência coletiva e maximiza a criatividade.

Dançar com os nossos próprios dragões, e dar vida à nossos sonhos vai demandar que as pessoas envolvidos aprendam novas perspectivas e habilidades, faz-se com que se estranhem o mundo dado e concebido de modo que se saia da própria obviedade e da zona de conforto. Será possível descobrir que são do que pensam que são. Essas habilidades precisam ser descobertas, honradas, reconhecidas e aceitas. É preciso agradecer a cada pessoa que contribuiu para o projeto.

Quer saber mais sobre esse metodologia?
Acompanhe mais postagens do cafecomsociologia

Roniel Sampaio Silva

Mestre em Educação e Graduado em Ciências Sociais. Professor do Programa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Campo Maior. Dedica-se a pesquisas sobre condições de trabalho docente e desenvolve projetos relacionados ao desenvolvimento de tecnologias.

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