Em síntese, podemos entender o conceito de cidadania como um conjunto de ações reivindicatórias cujo direcionamento é voltado para interesse da coletividade. É uma prática que busca melhorar a convivência, qualidade de vida e harmonizar a relação das pessoas que vivem na cidade, por isso a associação do termo com cidadania. Ela implica num aprendizado e aperfeiçoamento progressivo das práticas sociais para além das relações de consumos naturalizadas na sociedade capitalista.

E um dos grandes problemas para o exercício cidadão em nossa sociedade é exatamente o individualismo incentivado pela sociedade de consumo e pelo neoliberalismo. Ao nos preocuparmos apenas com nós mesmos, ao abandonar a defesa da coletividade, estamos enfraquecendo a cidadania em nosso país, assim como nossos próprios direitos.
Referência
Discordo da ideia de que o individualismo e o neoliberalismo (um termo contestável) contribuem para o enfraquecimento da cidadania e dos direitos de cada um. Já o coletivismo pode ser comparado como uma prisão para aqueles que pensam diferentes do grupo, uma vez que um indivíduo aja conforme seu pensamento e não o do coletivo, este é reprimido pelos seus integrantes, ferindo portanto um direito fundamental que é o direito de liberdade de expressão. Não é possível haver cidadania plena sem o respeito do pensamento individual. “O coletivismo diz que o indivíduo não tem direitos, que sua vida e trabalho pertencem ao grupo (à sociedade, à tribo, ao estado, à nação), e que o grupo pode sacrificá-lo segundo seus próprios caprichos, para seus próprios interesses. A única maneira de implementar uma doutrina desse tipo é por meio da força bruta. Por isso, o autoritarismo sempre foi o colário político do coletivismo.” Ayn Rand
Cidadania é a prática dos direitos e deveres de um indivíduo em um Estado. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos, uma vez que o direito de um cidadão implica necessariamente numa obrigação de outro cidadão