O Estado para Karl Marx*
[…] as relações jurídicas, bem como as formas de Estado, não podem ser explicadas por si mesmas, nem pela chamada evolução geral do espírito humano; estas relações têm, ao contrário, suas raízes nas condições materiais de existência (Prefácio de Contribuição à crítica da economia política, 1992, p. 83).
Através da emancipação da propriedade privada em relação à comunidade, o Estado adquiriu uma existência particular, ao lado e fora da sociedade civil; mas este Estado não é mais do que a forma de organização que os burgueses necessariamente adotam, tanto no interior como no exterior, para garantir recíproca de sua propriedade e de seus interesses (MARX, 1993, p.98).
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Como citar esse texto:BODART, Cristiano das Neves. Contraposições de Karl Marx às ideias contratualistas. Blog Café com Sociologia. Mai. 2016. Disponível em:<https://wp.me/p9J6ss-K>. Acessado em: dia mês ano.
Muito bom Cristiano! O Estado, hoje, como estrutura de poder, é um Demônio que assumiu todos vazios possíveis da subjetividade. É um mal "eterno", por isso mesmo.
Verdade.
O Estado e as Organizações, mesmo as, mais sociais, se assemelham, na exploração da classe dominada.
Sempre é dado estruturas mínimas em nome do jargão "carência de recursos" tão disseminado nos estudos econômicos.
Diria até, sem querer blasfemar, mesmo no mais social dos modelos de Estado, sempre haverá um clã dominante, quando não em benesses econômicas mas em privilégios e mordomias.
muito obrigada! essa explicação era o que eu estava precisando 🙂
È verdade que ele tinha uma tese de que, o estado deveria ser dono de todos os meios de produção?
Boa noite! Faltaram as referências dos contratualistas. A bibliografia.
Um texto claro. Minha questão é sobre o como a burguesia, antes representante do 3 Estado e promotora da Revolução, inclusive – num texto do Paulo Neto em “introdução à economia política – “elogiada” como aquela que teria posto à baixo a monarquia, teria, desse modo, se transformado numa classe, nessa perspectiva, na classe que se constitui o alvo central das críticas marxianas.
Marx nunca elogiou aqueles que iriam, no lugar da monarquia, explorar os homens.
O elogio é do texto do Paulo, mas minha questão continua em aberto: como essa classe burguese, responsável pela derrocada do Antigo Regime se transformou no alvo de maior crítica de Marx.