trabalhadores que hoje têm melhores condições continuam sem um estoque significativo de Capital Cultural e Social, que é o que mais se valoriza pela Classe Média, embora o capital econômico seja necessário. Destacou ainda que essa “suposta classe média” que muito se fala na mídia não incorporou os habitus (conceito de Bourdieu) de classe que adquirimos desde a tenra idade, o que não a permite ser classificada como Classe Média.
“As classes do privilégio economizam um tempo importante para estudo ou para um trabalho mais rentável, enquanto a ralé limpa sua casa, faz sua comida. Luta de classe é uma classe roubar tempo de outra. Quando a empregada deixa o almoço do filho da patroa pronto para ele estudar inglês em vez de preparar sua própria comida, esse jovem ou criança está usando seu tempo para reproduzir seu capital cultural. E a empregada, usando seu tempo para repetir sua condição social”.
Jessé, sob uma influência weberianam e amparado nas contribuições de Bourdieu, aponta a necessidade de atentarmos para outras dimensões além da renda para entendermos as Classes Sociais no Brasil.
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