Modelo de plano de aula

O plano de aula é uma ferramenta essencial para a organização e planejamento das atividades educacionais. Muitos professores partem de um modelo de plano de aula. Ele ajuda o professor a definir os objetivos da aula, escolher as estratégias pedagógicas adequadas e avaliar o desempenho dos alunos. Neste post, vamos explicar como fazer um plano de aula de forma didática e fácil, destacando a importância da estrutura e de cada tópico. Para fundamentar cada tópico, vamos utilizar o referencial teórico de autores como Paulo Freire, Rubem Alves e Zilma Ramos de Oliveira. Neste post você saberá como fazer seu modelo de plano de aula.

  1. Identificação

A primeira parte do plano de aula é a identificação, que inclui informações como o nome da escola, do professor, da turma, da disciplina e da data. Essa parte é importante para que o plano de aula seja facilmente identificado e arquivado para consultas futuras.

De acordo com Paulo Freire (1996), o processo educativo deve ser uma prática que envolve reflexão e ação, em que os alunos são protagonistas do seu próprio aprendizado. Nesse sentido, a identificação no plano de aula é um primeiro passo para que o aluno possa se situar no processo de aprendizado e compreender melhor o seu papel na construção do conhecimento.

  1. Tema

O tema é a segunda parte do plano de aula e é fundamental para definir o objetivo da aula. O tema deve ser claro e objetivo, e deve estar relacionado ao conteúdo a ser abordado na aula. O professor deve escolher um tema que desperte o interesse dos alunos e que esteja alinhado aos objetivos pedagógicos da disciplina.

Rubem Alves (2000) destaca a importância de escolher temas relevantes e significativos para os alunos, para que o processo de aprendizado seja mais efetivo e prazeroso. Segundo o autor, o ensino deve ser uma atividade lúdica, que desperte a curiosidade e a criatividade dos alunos.

  1. Objetivos

Os objetivos são a terceira parte do plano de aula e devem estar diretamente relacionados ao tema da aula. Eles devem ser claros, precisos e alcançáveis, e devem estar de acordo com os objetivos pedagógicos da disciplina.

Zilma Ramos de Oliveira (2002) destaca que os objetivos devem ser definidos a partir das necessidades e interesses dos alunos, e devem estar relacionados à realidade social e cultural em que estão inseridos. Segundo a autora, os objetivos devem ser formulados de forma a incentivar a reflexão crítica e a construção do conhecimento de forma coletiva.

No caso de um plano de aula há apenas objetivos específicos. Objetivos gerais há para planos maiores como planos de ensino ou de curso. No livro sobre Curso sobre Didática Geral Regina Haydt (2011), a autora orienta que no Plano de Aula não se coloca objetivo geral, uma vez que são objetivos a serem alcançados em curto tempo de 60 minutos a 120 miuntos. Entretanto, outros autores concordam que o plano de aula pode conter objetivo geral e específicos.

  1. Conteúdo

O conteúdo é a quarta parte do plano de aula e deve estar diretamente relacionado ao tema e aos objetivos da aula. O professor deve selecionar os conteúdos de acordo com o nível de conhecimento dos alunos e com o tempo disponível para a aula. Os conteúdos devem ser organizados de forma clara e objetiva, e devem ser apresentados de maneira sequencial e lógica.

Paulo Freire (1996) destaca a importância de um ensino que considere a realidade social e cultural dos alunos, e que seja capaz de relacionar o conteúdo à vida cotidiana. Segundo o autor,o ensino deve ser uma prática libertadora, que estimule a reflexão crítica e a construção do conhecimento de forma participativa.

  1. Metodologia

A metodologia é a quinta parte do plano de aula e diz respeito às estratégias pedagógicas que serão utilizadas para desenvolver o conteúdo e alcançar os objetivos da aula. O professor deve escolher metodologias que estimulem a participação dos alunos, como a discussão em grupo, o debate, a resolução de problemas, entre outras.

Rubem Alves (2000) destaca a importância de uma metodologia que considere a diversidade e as diferenças individuais dos alunos, e que seja capaz de estimular a criatividade e a autonomia. Segundo o autor, a escola deve ser um espaço de liberdade e de experimentação, em que os alunos possam construir o seu próprio conhecimento.

  1. Avaliação

A avaliação é a sexta parte do plano de aula e tem como objetivo verificar se os objetivos foram alcançados e se o conteúdo foi compreendido pelos alunos. O professor deve definir critérios claros e objetivos para a avaliação, e deve utilizar diferentes instrumentos, como provas, trabalhos individuais e em grupo, entre outros.

Zilma Ramos de Oliveira (2002) destaca que a avaliação deve ser uma prática contínua e participativa, que envolva os alunos no processo de aprendizado e de autoavaliação. Segundo a autora, a avaliação deve ser capaz de identificar as dificuldades e os avanços dos alunos, e deve ser utilizada como um instrumento para a melhoria do ensino.

Considerações finais 

O plano de aula é uma ferramenta fundamental para a organização e planejamento das atividades educacionais. É importante você ter noção de um modelo de plano de aula.  Ele ajuda o professor a definir os objetivos da aula, escolher as estratégias pedagógicas adequadas e avaliar o desempenho dos alunos. Para fazer um plano de aula eficiente, é preciso seguir uma estrutura clara e objetiva, que inclua a identificação, o tema, os objetivos, o conteúdo, a metodologia e a avaliação.

Para fundamentar cada tópico do plano de aula, utilizamos o referencial teórico de autores como Paulo Freire, Rubem Alves e Zilma Ramos de Oliveira, que destacam a importância de um ensino reflexivo, significativo e participativo, capaz de estimular a reflexão crítica e a construção do conhecimento de forma coletiva. Com um plano de aula bem estruturado, o professor pode transformar a sala de aula em um espaço de liberdade, criatividade e aprendizado mútuo.

É interessante destacar que cada um dos tópicos da estrutura do plano devem dialogar de forma concaenada, coerente e coesa.

Referências:

ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar. Papirus Editora, 2000.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

HAYDT, REGINA CÉLIA C. Curso de didática geral. 1ª Edição-São Paulo: Ática, 2011.

OLIVEIRA, Zilma Ramos de Oliveira. “Educação Infantil Métodos.” São Paulo (2002).

BAIXE O MODELO DO PLANO DE AULA AQUI.

Roniel Sampaio Silva

Mestre em Educação e Graduado em Ciências Sociais. Professor do Programa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Campo Maior. Dedica-se a pesquisas sobre condições de trabalho docente e desenvolve projetos relacionados ao desenvolvimento de tecnologias.

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

Sair da versão mobile