distingue a forma que se expressa o poder de obediência. Para o Filósofo Francês, o poder delineia o limite à liberdade e quem deseja entender o poder precisa entender a ideia de direito, pensar o poder sem rei, pensar o poder sem o Estado, para Foucault, o Estado é a configuração final do poder mas não única.
só percebem as realidades próximas. Foucault afirmou que o poder é prolixo, mas há todo um investimento de desejo de poder, a relação entre poder e interesse é muito importante.
[…] a verdade não existe fora do poder ou sem o poder (não é — não obstante um mito, de que seria necessário estabelecer a história e as funções — a recompensa dos espíritos livres, o filho das longas solidões, o privilégio daqueles que souberam se libertar). A verdade é deste mundo, ela é produzida nele graças a múltiplas coerções e nele produz efeitos regulamentados de poder. Cada sociedade tem seu regime de verdade, sua «política geral» de verdade: isto é, os tipos de discurso que ela acolhe e faz funcionar como verdadeiros; os mecanismos e as instâncias que permitem distinguir os enunciados verdadeiros dos falsos, a maneira como se sancionam uns e outros; as técnicas e os procedimentos que são valorizados para a obtenção da verdade; o estatuto daqueles que têm o encargo de dizer o que funciona como verdadeiro (p.12).
[…] o poder produz saber; poder e saber estão diretamente implicados; não há relação de poder sem constituição correlata de um campo de saber; também não há saber sem que haja ou se constituam, ao mesmo tempo, relações de poder. Temos antes que admitir que o poder produz saber (…); que poder e saber estão diretamente implicados; que não há relação de poder sem constituição correlata de um campo de saber, nem saber que não suponha e não constitua ao mesmo tempo, relações de poder. (…) Resumindo, não é a atividade do sujeito de conhecimento que produziria um saber, útil ou arredio ao poder, mas o poder-saber, os processos e as lutas que o atravessam e que o constituem, que determinam as formas e os campos possíveis do conhecimento (p.30 ).
se interessado no elemento estratégico do poder e, em função disso, ele afirmou que a repressão é produtiva, uma vez que, através de sua ação sobre o corpo do indivíduo, ela evita que percebamos o poder em sua forma angustiante de
violência e cinismo. Ao dissimular os mecanismos do poder, os dispositivos, segundo Foucault, fazem com que apareça como elemento remoto, destacado; A análise de Foucault admite que se compreenda o fato político de o Estado não
ser o único lugar de onde brota o poder, ele nem é a fonte do poder. Foucault aponta que esses micro poderes não estão situados em nenhum lugar específico da estrutura social; eles se encontram nessa rede de dispositivos de que ninguém escapa. Foucault afirmou que o poder não é algo que alguém detém como uma propriedade; o poder é exercido. Deste modo, não existe O Poder, mas práticas ou relações de poder.
* Bianca Wild é colaborada do Café com Sociologia, licenciada em Ciências Sociais – FIC/FEUC Professora de sociologia-SEEDUC RJ, Especialista em gênero e sexualidade -UERJ/IMS e membro do Comitê Editorial da Revista Café com Sociologia.
então segundo Foucault a verdade é algo que se impõe?
quanto mais leio Foucaut, mais sinto necessidade de aprofundamento nas leituras. É complexo.