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  • Corrupção III

    A música Unimultiplicidade, de Tom Zé e de Ana Carolina, é uma boa opção para trabalhar a relação entre corrupção, clientelismo e parternalismo.

    Unimultiplicidade

    Ana Carolina
    Composição : Ana Carolina E Tom Zé
    Neste Brasil corrupção
    pontapé bundão
    puto saco de mau cheiro
    do Acre ao Rio de Janeiro
    Neste país de manda-chuvas

    cheio de mãos e luvas
    tem sempre alguém se dando bem
    de São Paulo a Belém
    Pego meu violão de guerra
    pra responder essa sujeira
    E como começo de caminho
    quero a unimultiplicidade
    onde cada homem é sozinho
    a casa da humanidade
    Não tenho nada na cabeça
    a não ser o céu
    não tenho nada por sapato
    a não ser o passo
    Neste país de pouca renda
    senhoras costurando
    pela injustiça vão rezando
    da Bahia ao Espírito Santo
    Brasília tem suas estradas
    mas eu navego é noutras águas
    E como começo de caminho
    quero a unimultiplicidade
    onde cada homem é sozinho
    a casa da humanidade

  • Corrupção política II

    Outra sugestão é a música “Parabéns do Brasil pra você”, também de Bezerra da Silva.
    Abaixo letra e música.

    Parabéns do Brasil pra você

    Como mora lalau nesse nosso Brasil, ô Brasil

    Lalau dá trombada no meio da rua

    É que meteram o chefe da Roubos e Furtos,
    limparam o doutor que é o terror da “ratatuia”!
    E tem até ladrão de fraque e cartola roubando
    ladrão, essa tal de falcatrua!
    E o micróbio da fraude e da corrupção continua
    devorando os irmãos e fazendo das suas

    Roubam até da merenda de crianças carentes, minha
    Nossa Senhora!
    Só não roubam São Jorge porque ele mora na lua

    A cruel rapinagem só vai acabar
    quando o nosso governo parar de manobra
    Na hora que a impunidade deixar de imperar
    e meu povo faminto tiver mesa farta e grana de sobra
    Quando a nossa Mãe Pátria se livrar de quem não
    presta
    E o dinheiro do cofre render pra valer sem
    desaparecer
    A nossa renda bem distribuída pra quem merecer
    E o desvio de verba pro banco suíço não acontecer
    E o povão com salário decente e ambiente de festa,
    podes crer.
    Consagrar o Presidente e cantar parabéns pra você (vou
    dizer parabéns)

    Parabéns pra você!
    Nesta data feliz!
    O Presidente é nosso grande amigo e é “sujeito homem”,
    é povo que diz
    Acabou com a miséria e a fome do nosso país, diz aí
    parabéns!

  • Os desafios da administração dos recursos humanos no sistema Capitalista: 1º aula

    Aula preparada com base na obra de Reinaldo Dias, “Sociologia & Administração (2001, p. 118 – 126)

  • 5 º SEMINÁRIO NACIONAL ESTADO E POLÍTICAS SOCIAIS

    TEMA CENTRAL:
    AS POLÍTICAS SOCIAIS NAS TRANSIÇÕES LATINOAMERICANAS NO SÉCULO XXI: TENDÊNCIAS E DESAFIOS
    09 a 12 de outubro de 2011
    Unioeste – Campus de Cascavel
    EVENTO GRATUÍTO
     Mais informações em: https://www.unioeste.br/eventos/gpps/

  • Trabalho escravo

    A dica para tratar dessa temática é a música Fábrica, de Legião Urbana.
    Segue o vídeos da música e a sua letra.

    Fábrica

    Legião Urbana
    Composição : Renato Russo

    Nosso dia vai chegar,
    Teremos nossa vez.

    Não é pedir demais:
    Quero justiça,
    Quero trabalhar em paz.
    Não é muito o que lhe peço –
    Eu quero um trabalho honesto
    Em vez de escravidão.

    Deve haver algum lugar
    Onde o mais forte
    Não consegue escravizar
    Quem não tem chance.

    De onde vem a indiferença
    Temperada a ferro e fogo?
    Quem guarda os portões da fábrica?

    O céu já foi azul, mas agora é cinza
    O que era verde aqui já não existe mais.
    Quem me dera acreditar
    Que não acontece nada de tanto brincar com fogo,
    Que venha o fogo então.

    Esse ar deixou minha vista cansada,
    Nada demais.

  • A ideologia do trabalho

    Uma boa sugestão de música para tratar da ideologia do trabalho é a Música de Trabalho, de Legião Urbana.
    Segue abaixo a vídeo e letra da música:

    Música de Trabalho

    Legião Urbana. Composição : Renato Russo

    Sem trabalho eu não sou nada
    Não tenho dignidade
    Não sinto o meu valor

    Não tenho identidade
    Mas o que eu tenho
    É só um emprego
    E um salário miserável
    Eu tenho o meu ofício
    Que me cansa de verdade
    Tem gente que não tem nada
    E outros que tem mais do que precisam
    Tem gente que não quer saber de trabalhar
    Mas quando chega o fim do dia
    Eu só penso em descansar
    E voltar p’rá casa pros teus braços
    Quem sabe esquecer um pouco
    De todo o meu cansaço
    Nossa vida não é boa
    E nem podemos reclamar
    Sei que existe injustiça
    Eu sei o que acontece
    Tenho medo da polícia
    Eu sei o que acontece
    Se você não segue as ordens
    Se você não obedece
    E não suporta o sofrimento
    Está destinado a miséria

    Mas isso eu não aceito
    Eu sei o que acontece
    Mas isso eu não aceito
    Eu sei o que acontece
    E quando chega o fim do dia
    Eu só penso em descansar
    E voltar p’rá casa pros teus braços
    Quem sabe esquecer um pouco
    Do pouco que não temos
    Quem sabe esquecer um pouco
    De tudo que não sabemos

  • Ética e Moral

    Abro espaço aqui para trazer uma temática da Filosofia:ética e moral

    Objetivo da aula:
    Propiciar uma compreensão básica da temática Ética.

    Tópicos a serem trabalhados
    “Como devo agir perante os outros?”. Trata-se de uma pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora, esta é a questão central da Moral e da Ética.

    Os sentidos para o conceito Ética:

    A palavra vem do grego Ethos, que
    significa caráter, modo se ser.

     Conjunto de princípios ou padrões de conduta.
     Filosofia da Moral, portanto, um pensamento reflexivo sobre os valores e as normas que regem as condutas humanas.
     Conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para seu exercício
     Profissional (por exemplo, os códigos de ética dos médicos, dos advogados, dos psicólogos, etc.).
     Distinção entre princípios que dão rumo ao pensar sem, de antemão, prescrever formas precisas de conduta (ética) e regras precisas e fechadas (moral).
     Reflexão crítica sobre a moralidade, sobre a dimensão moral do comportamento humano.

    O dilema: Moral ou ética?

    Exemplo: É ou não ético roubar um remédio, cujo preço é inacessível, para salvar alguém que, sem ele, morreria? Colocado de outra forma: deve-se privilegiar o valor “vida” (salvar alguém da morte) ou o valor “propriedade privada” (não roubar)?

    • As noções de moral e ética são mutáveis no tempo e no espaço.

    As reflexões em torno da moral são fundamentais para uma postura ética e para colaborar para que tal ética se transforma em moral a posteriori.
    A palavra “moral”, para muitos, tem adquirido um sentido pejorativo, associado a “moralismo”. Prefere-se associar à palavra ética os valores e regras que prezam, querendo assim marcar diferenças com os “moralistas”. Por quê?

    A referência nacional brasileira para a moral:
    A Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988. Nela, encontram-se elementos que identificam questões morais, as quais, de certa forma norteiam nossas concepções éticas.

    Por exemplo,
    O art. 1ª . A dignidade da pessoa humana e o pluralismo político. A ideia segundo a qual todo ser humano, sem distinção, merece tratamento digno corresponde a um valor moral. Segundo esse valor, a pergunta de como agir perante os outros recebe uma resposta precisa: agir sempre de modo a respeitar a dignidade, sem humilhações ou discriminações em relação a sexo ou etnia.

    No art. 5ª, repúdio ao racismo, que limita ações e discursos, que limita a liberdade às suas expressões e, justamente, garante a referida dignidade.

    No art. 3ª, lê-se que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil (entre outros):

    I) construir uma sociedade livre, justa e solidária;

    III) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

    IV) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

    No título II, art. 5º,:

    I) homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações; (…)
    III) ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; (…)
    VI) é inviolável a liberdade de consciência e de crença (…);
    X) são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas (…).

    Os princípios morais são, geralmente, claros e fixados pela sociedade.

    Ética trata de princípios e não de mandamentos. Supõe que o homem deva ser justo. Porém, como ser justo? Ou como agir de forma a garantir o bem de todos? Não há resposta predefinida.

    A ética é um eterno pensar, refletir, construir.
    Por que estudar ética?
    R: Promover a reflexão em torno da moral vigente e se necessário reformulá-las de acordo com concepções éticas.

  • Religião, Espaço Público, Sociabilidade e Desempenho Educacional: apontamentos teóricos para a compreensão de um estudo de caso

    Deixo aqui um artigo que preparei para apresentar na XII Simpósio da Associação Brasileira de História da Religião/ABHR. Fica a sugestão de leitura. Críticas e comentários são sempre bem vindos.

  • Sonegação Fiscal

    Sonegação Fiscal

    SONEGA7E1
    Uma sugestão para trabalharmos em sala de aula a temática sonegação fiscal está em promover um debate com os educandos em torno de questões que, ao meu ver, são de importância significativa para a compreensão de questões ligadas a desigualdade social e judicial no Brasil.
    • A proposta é levar, inicialmente aos alunos a estudarem/pesquisarem o que é sonegação fiscal.;
    • Levá-los a ver a lei 8.137/1990;
    Após adquirir informações básicas sugerimos uma discussão em torno de tais questões:
    •  Quem senega? Só as grandes empresas? Por que sonegam?
    • Por que, em termos gerais, a sonegação de imposto é tratado como um crime administrativo e não criminal?
    • Quais os impactos econômicos e, consequentemente, sociais de tal ato?
    Como sugestão fica a leitura do texto do blog do Thadeu, em https://blogdothadeu.blogspot.com/2011/04/algumas-notas-acerca-da-sonegacao.html
  • Fundamentalismo Religioso

    Fundamentalismo Religioso

    Fundamentalismo religioso: reflexões necessárias

    fundamentalismo

    Por Cristiano das Neves Bodart
    O termo fundamentalismo religioso vem sendo empregado, especialmente pela mídia televisiva, de forma pejorativa (geralmente limitado ao islã). Nesta mídia não vemos o termo associado a boas ações, pelo contrário, a ataques terroristas e outros atos de violência. Nós, cientistas sociais, não podemos colaborar para a solidificação de uma inverdade como esta, principalmente quando temos o monopólio da palavra: em sala de aula.
     
    Tratar de tal conceito sem ir à raiz de suas origens é correr o risco de reproduzir o que a grande mídia “criou”: um monstro que deve ser eliminado.
     
    O termo fundamentalismo religioso foi criado por parte de um grupo religioso, os quais, no início de século XX, nos Estados Unidos, se reuniram para discutir e formular caminhos doutrinários de combate as influências dos movimentos modernistas (na teologia, o Modernismo é uma corrente heterogênea de pensamento que, basicamente, defende a evolução  – e modificação ou transformação – do dogma e “uma reinterpretação da religião à luz do pensamento científico do século XIX”).
     
    Fundamentalismo é um movimento que tem por objetiva voltar aos princípios fundamentais, ou vigentes na fundação do grupo religioso. É preservar as bases doutrinárias, é não permitir que os “modismos” entrem em suas religiões.
     
    Ao contrário, os modernistas cristão, por exemplo, defendiam (ainda defendem) que a bíblia não possui inspiração divina e que a mesma não pode ser seguida em todas as situações, apenas em questões que coincida com os costumes atuais. Defendem que as celebrações devem se adequar aos gostos culturais atuais. Para os fundamentalistas isso seria levar o mundo e suas coisas mundanas para dentro da igreja.
     
    Hoje, se fala muito em respeito. O que buscam os fundamentalistas? Respeito à suas bases religiosas, aos fundamentos de sua religião. Aqui está o motivo de muitos dos conflitos que envolvem grupos religiosos fundamentalistas, especialmente os grupos não ocidentais: a invasão de costumes, hábitos e valores ocidentais em tais grupos.
     
    Não busco defender o fundamentalismo religioso, apenas acredito que respeito deve ser uma ação mutua. Por que, por exemplo, querer criar leis que obrigue os padres e pastores brasileiros a casarem homossexuais (já passou algo assim pelo Congresso Nacional)? Os homossexuais ao buscarem aceitação em outros grupos sociais acabam, mesmo sem desejar, ferindo preceitos fundamentais desses grupos. Por que, por exemplo, querer criar leis que obrigue os templos serem usados como salas de aula durante o dia (também já passou algo assim pelo Congresso Nacional)? Como buscar respeito desrespeitando? Será que a nossa história de etnocídio cultural (o caso de nossos índios) nada nos ensinou? Quantos índios fundamentalistas forma mortos por cruzes afiadas? (lembram da expressão “entre a cruz e a espada”?).
     
    Se agarrar aos preceitos do mundo moderno (globalizado) e não se abrir ao respeito à grupos étnicos e religiosos não seria uma defesa tão legítima quanto daqueles que querem preservar suas fundações? Por que as práticas modernas devem ser aceitas? Ou melhor, impostas? 
     
    A crítica não deve se voltar a prática fundamentalista, mas aos fundamentos que são realmente nocivos a sociedade/humanidade. O desafio maior é definir um parâmetro para tal juízo de valor. Estaria a modernidade (impregnada de concepções capitalistas, individualistas, egocêntricas e mercadológica) habilitada a julgar os fundamentos de grupos minoritários?