Papeis Sociais
Por Cristiano das Neves Bodart
Um autor que nos ajuda a compreender bem o conceito de papeis sociais é, sem dúvida, Erving Goffman. Goffman, por meio de uma linguagem teatral, buscou apresentar como se dá a interação social, destacando como em nossa vida cotidiana desempenhamos diversos papéis sociais de acordo com o que os outros esperam de nós.
Por papeis sociais podemos, grosso modo, definir como sendo as representações de personagens que criamos e recriamos de acordo com as relações sociais que matemos em nossa vida cotidiana, com o cenário, com as nossas experiências anteriores e nossas expectativas futuras, o que Schutz (1989) chamou de “contexto significativo” (Sinnzusammenhang). Assim, ao longo do dia representamos diferentes papéis sociais de acordo com a situação. Em casa representamos o papel de marido ou de filho, mas ao sair para comprar pão aquele papel anterior não mais será representado. Nesse estante o papel a ser representado será o de consumidor. Para cada situação um papel social diferente representará o indivíduo. No ambiente de trabalho os indivíduos inseridos nesse ambiente tenderão a esperar uns dos outros um determinado comportamento, assim como tendo consciência dessa exigência tenderão a atuar em conformidade com o esperado.
Uma boa dica de leitura para fundamentação teórica é a obra de Erving Goffman, especialmente os capítulos I e VI.
Referências
GOFFMAN, Erving. A representação do Eu na vida Cotidiana. 8o Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
SCHUTZ, Alfred. La construcciòn significativa del mundo social. Paidos: Barcelona. 1989.